O nacionalismo em 39 palavras

Que pensamento profundo

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VC, 18:59.

Exacto.

O P”SD” se até Setembro tiver talento para “administrar” a opinião pública (actualmente numas eleições tem de ser assim) e arrasar ACosta e o P”S” (não será preciso tocar no caso 44), arrisca-se a vencer à justa.

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Se o staff eleitoral e eleitoralista do ACosta lhe entregar o resultado (mesmo manobrado para agradar ao chefe) duma sondagem sobre a popularidade (dispensa memorando) de Tsipras e do Syriza em Portugal, temos certa a visita a convite do P”S”, do PM grego.
E não ficarei surpreendido se numa conferência de imprensa AC lhe prometer compromissos em nome do Estado tuga…Ganhe ou não as legislativas — vale tudo !

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Não tenho nada contra o patriotismo, uma espécie de auto-estima mínima saudável em qualquer país, não “contra” quaisquer outros, mas mais próximo de um “se me dá licença ainda existimos e aqui decidimos nós o nosso caminho”.
Quando passa a ser um mero nós contra os outros é que lhe passo a chamar “nacionalismo” e vale tanto para quem quer a esta altura do campeonato indemnizações da segunda guerra como para quem repete acefalamente todos os dias que a culpa é “da Europa”.
Na Grécia é este nacionalismo Chavista que vejo, com a sua rede internacionalista de órfãos do comunismo, um grupo de garotos achou-se eleito para governar e não tendo soluções ou coragem para as implementar limita-se a passar do ruído blogueiro para a versão oral, produzindo muitas e difusas opiniões e soundbytes por hora, todos os dias, sem qualquer consequência prática a não ser o eco que os adversários da Zona Euro escolhem dar-lhes com os objectivos de sempre.
Depois no fim de Fevereiro acabam-se os Euros e a retórica vai continuar, aos berros, a culpar a Europa enquanto que os 3/4 dos gregos que queriam ficar na zona euro lhes vão aos poucos perguntar quando é que param de falar barato e começam a fazer alguma coisinha que se veja.

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«Por falar em nacionalismos : a situação geográfica tende a proteger-nos, mas se “aquilo” que se está a passar na outra ponta do mapa , “passa” de certo ponto, vai provocar ondas de choque até ao Espichel…»

Os gregos sabem que estão num ponto geostratégico fundamental e estão a aproveitar-se disso para fazer chantagem. Tanto a Grécia como os Balcãs são uma zona tampão que protege a Europa Ocidental da Turquia e da Rússia. Para além disso a contínua islamização dos turcos, dos egípcios ou dos líbios ainda agrava mais o cenário.

Quando o Chipre caiu a Alemanha mostrou a sua inabilidade diplomática ao recusar a ajuda à pequena ilha. Consta que os alemães diziam que se o Chipre caísse não traria impacto pois pouco valem para o PIB europeu. Enganaram-se e muito. Aquela solução imposta à banca cipriota foi um erro geostratégico grave numa ilha divida ao meio entre gregos e turcos, sendo o último reduto do Ocidente no Mediterrâneo Oriental (além de Israel). As consequências estão aí e os russos já se preparam para instalar uma base na ilha.

As exigências de Tsipras são ridículas, mas se a Europa quiser manter a Grécia, e é fundamental que mantenha, a Alemanha terá de ceder um pouco… em nome da paz e da estabilidade no Velho Continente.

Além de procurarem colo nos russos os gregos tentarão ainda fazer jogo duplo aproximando-se de Israel, dos EUA e do Reino Unido. Uma fragilização do euro ou mesmo o seu fim beneficiaria o mundo anglo-saxónico…

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