Os símbolos contam

” Já não temos nada a ver com eles ”

Fado,

Acho que pisaste cedo demais…

” A Comissão Europeia decidiu colocar cinco Estados-membros, entre os quais Portugal, sob “monitorização específica”. Elevado endividamento e crescimento baixo são os fatores mais preocupantes.”

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Bolota,
Apesar das aparencias, a noticia não surpreende e até é boa…
Na verdade, Portugal até melhorou a sua posição : passou de “vigilancia intensiva” (quando estava sob resgate da troika) para “monotorização especifica” (tal como a Franca e a Italia, que nunca estiveram sob resgate). A razão deste acompanhamento tem a ver com a existencia de “desequilibrios economicos excessivos”, em particular, a divida global excessiva, o desemprego elevado, uma taxa de crescimento ainda demasiado baixa (problema de quase todos os paises da UE).
Portanto, nada de novo. Sabemos todos, incluindo a UE, que estes desequilibrios resultaram das politicas anteriores à quase bancarrota de 2011.
De resto, é a propria UE a recordar que entretanto foram feitos “progressos consideráveis durante a implementação do programa de assistência”.
A evolução é positiva. Convém continuar na mesma direcção !

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Bolota,

Portugal está no “lixo” por causa das politicas despesistas de governos anteriores. A austeridade é precisamente para evitar ainda pior, a bancarrota, e para ir recuperarando a credibilidade financeira.
Ora, a verdade é que, graças à austeridade, esta credibilidade tem vindo a melhorar progressivamente. O rating de Portugal, embora ainda baixo, tem vindo a subir.
O que acontece é que corrigir completamente a porcaria que outros deixaram, ainda por cima com resistencias e oposições daqueles que acham que tudo se resolveria voltando a cometer as mesmas asneiras, senão mesmo piores, não é facil e não se faz de um dia para o outro.

A posição do governo português relativamente à Grécia é bastante correcta : apenas se deve continuar a ajudar este pais se o seu governo se comprometer com uma politica de austeridade e reformas e mostrar na pratica que a aplica (nem mais um euro sem resultados) ; o governo português não entra em alianças suicidárias dos “paises do Sul” contra as politicas de austeridade.
É por ser uma posição correcta que, apesar das muitas tentativas vindas de muitos lados (inclusivé do proprio governo grego) para equiparar a situação de Portugal à da Grécia, a credibilidade do pais não foi prejudicada e até melhorou (veja-se por exemplo a continuação da baixa dos juros portugueses).

Não percebi nada da tua conversa sobre o PIB !….

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Bolota,
Desculpa, mas continuo a não perceber … 🙂
A não ser que seja um lapso teu (acontece !) e que quando dizes “Pib” (grosso modo, a produção nacional) estás a pensar na “divida publica” ?…
Efectivamente, a Ministra das Finanças disse que a divida publica aumentou ultimamente um pouco mais para além da previsão anterior do governo pelo facto de se ter constituido entretanto uma almofada financeira, aproveitando o apetite do mercado pela divida portuguesa e as baixas taxas de juro, tendo em vista o reembolso previsto ao FMI (mas que ainda não foi concretizado por razões técnicas).
Se percebo bem, a tua questão seria se não seria preferivel não reembolsar o FMI e prescindir assim da economia de juros que resulta dos novos empréstimos a taxas mais baixas, isto de modo a não fazer aumentar a divida total e ter assim mais hipoteses de “sair da zona lixo”.
Bom, a este nivel, com muitas variáveis em jogo e de comportamento futuro imprevisivel, não há respostas taxativas e categoricas.
Mas eu diria que não.
Desde logo, porque, como referi acima, o aumento da divida é pontual, técnico, devido ao desfasamento entre a obtenção de novos empréstimos (já feitos) e o reembolso ao FMI (ainda por fazer). Uma vez feito este reembolso a divida volta a descer e, no final, o custo em juros é mais baixo do que era com o financiamento do FMI (que já era bastante baixo, recorde-se).
Depois porque, para além desta vantagem, a percepção, pelos credores, pelos mercados, pelas agencias de rating, pelos observadores em geral, de que a Portugal está a reestruturar a sua divida, reembolsando a mais cara e ficando com a mais barata, é de molde a aumentar ainda mais a credibilidade do pais e a confiança dos investidores. Esta realidade, e o efeito psicologico associado, são em si favoraveis à continuação da baixa das taxas de juro e a proximas revisões positivas do rating de Portugal. Apesar já de ter subido o rating, Portugal ainda está ao nivel de “lixo” sobretudo porque a situação do pais ainda é delicada. A UE veio agora lembrar a existencia dos riscos que todos conhecemos e, precisamente por isto, é que não se pode baixar a guarda, acabar com a austeridade, e voltar a gastar desalmadamente, há ainda muito por fazer. Também é verdade que as agencias de rating, que no passado pecaram por optimismo, são agora muito mais prudentes antes de decidirem subidas de ratings. O que é certo, toda a gente já percebeu isso, é que se Portugal continuar firme com o processo de ajustamento, vai acabar por sair do lixo dentro de relativamente pouco tempo. Como já aconteceu com a Irlanda.

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Obrigado.
Já responderam, em vão, por mim.
Em vão porque Bolota mesmo que lhe mostrem que o azul é verde não acreditará.

A posição do governo português relativamente à Grécia é bastante correcta

Esta é uma das maiores falácias da actualidade.
Não há posição portuguesa, há uma posição conjunta do Eurogrupo.
Porque é que não falam da posição da Itália, França, Bélgica e de todos os outros?

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“Não há posição portuguesa, há uma posição conjunta do Eurogrupo.”

fado alexandrino,

Não digo que não …
Mas, em rigor, “a posição conjunta do Eurogrupo” é feita a partir das posições dos diferentes paises membros, incluindo Portugal, por mais insignificante que seja.
Sabemos que a posição portuguesa expressa no Eurogrupo e publicamente está fundamentalmente em linha com a tendencia para não aceitar emprestar mais dinheiro à Grécia sem garantias claras quanto ao respeito pelo essencial dos compromissos assumidos anteriormente. Neste aspecto, apesar de terem existido muitos apelos nesse sentido, o governo português, e muito bem, não cedeu à tentação de admitir que poderiam ser feitas concessões de fundo à Grécia. Outros governos, de resto com maior peso, teem tido publicamente um discurso bem mais ambiguo (França, Italia,…).

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O sigilo fiscal só existiria se os 27 funcionários tomassem a iniciativa de consultar o património imobiliário do Partido Comunista. Neste caso, os processos eram mais do que justificados, porque os funcionários teriam violado direitos constitucionais.
Como se sabe, os inimigos do Partido Comunista não têm direito ao sigilo fiscal. Por isso, as informações fiscais do Primeiro Ministro deveriam ser de livre acesso, não é camarada Bolota? Desde que o objecto seja a privacidade do PM, a lei já não se aplica. Certo?

O que mais impressiona nem é a habitual atitude provocatória de meter na caixa de comentários assuntos aparentemente beliscadores da actividade do governo, mesmo que completamente alheios à matéria dos postes. O que mais impressiona é a ignorância subjacente.
Foda-se, Bolota, mesmo para comunista és de uma ignorância avassaladora, pá.

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” on topic. ”

vitorcunha,

Seja lá isso o que for, o meu forte não são linguas, o meu forte…é arreliar anonimos que nem sabem o que dizem e muito menos o que sabem .

Acho que tem de barrar esta gente que não presta.

Se reparar, eu entrei dentro do tema, a discussão é qu efoi arrastada para outro lado.

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Tido ao Alvo,

Eu deixava de me preocupar com o Bolota e preocupava-me com isto:

” Comissão Europeia concluiu que Portugal apresenta “desequilíbrios excessivos”, nomeadamente devido aos “níveis elevados de dívida”. O país será alvo de “revisões regulares”.

Mesmo arrancando a pele vivos, deixamos de ser uns incumpridores de merda

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