Ainda a propósito de gramáticas…
13 Maio, 2015
Há aqui um problema: o Chomsky que desarranjou as cabecinhas a muito boa gente por esse mundo, gramaticalmente falando, considera que “Tem havido um decréscimo drástico da democracia na Europa”. Ora isso é muito decrescer porque o autor de Arquipélago de Sangue (qualquer semelhança com o Arquipélago de Gulag não é coincidência) não primava por achar que o mundo ocidental fosse razoavelmente democrático. Pelo que se desse patamar já de si baixinho ainda decrescemos estaremos mais ou menos onde?
12 comentários
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E no entanto, tem razão!
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Mas o senhor considera que aqui não se vive em democracia?
Eu nunca li nenhum tratado que indicasse os diferentes níveis de democracia, sempre ouvi falar em democracia ou ditadura.
Como é que se mede uma democracia de grau 4, numa escala até 10?
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Eis uma bela questão!, por mim, olho à minha volta e, também, a partir da minha própria experiência, identifico profundas distorções económicas e sociais incompatíveis com os pressupostos das autênticas democracias. Por outro lado, o processo democrático em Portugal e na Europa, quanto a mim, assegura a representatividade nominal (formal) mas não efetiva. Daqui resulta um cada vez mais patente afastamento dos governantes dos governados. Exemplos não faltam. Julgo que se perdeu algo de substancial e acho que já nem damos conta. Aldus Huxley descreve bem este processo. Não conheço graduação das Democracias, mas sabemos que as há diferentes e umas eficazes que outras.
No entanto, quanto a mim, o fator primordial dos regimes políticos reside na cultura da sua população. Não da acumulação e especialização de conhecimentos – um equívoco atual -, mas, tão simplesmente, aquela que induz a capacidade de cada um respeitar os outro, os outros.
(o seu NICK é uma alusão a uma obra de ALA, não é?)
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estamos a caminho da Coreia do Norte?
Tenham juizo, mais esse tal de Chomsky . . .
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Permita-me a Helena juntar este post ao anterior.
Devo dizer que admiro Chomsky, embora não concorde com ele em muitos aspetos.
Curiosamente Chomsky cita um personagem fulcral António Gramsci.
Não vamos comparar Chomsky com qualquer idiota a leccionar numa madrassa alfacinha, mas é curioso que até certo ponto convergem.
Em 1926 Antonio Gramsci se dispôs a minar a cultura ocidental por dentro. As suas teorias de hegemonia e anti hegemonia têm influenciado vastos grupos de intelectuais da Europa aos Estados Unidos.
Tendo sido um marxista ele viu muito mais longe, em particular depois da sua curta estadia na urss, onde correu sérios riscos.
Ele percebeu que a tal revolução do proletariado era uma treta e que a tirania era simplesmente imposta à força.
Gramcsi era inteligente. Ele pensou na lavagem de cérebro como forma mais eficiente de fazer a mudança desejada. Cá no burgo não tem corrido nada mal com berloques á mistura.
Criou o conceito de Hegemonia, a armadura que solidifica a sociedade e mantém a coesão social: autoridade, moralidade, casamento monogâmico, sentido de responsabilidade, patriotismo, unidade nacional, comunidade, apego à tradição, educação, conservadorismo, respeito pela linguagem, pela lei e pela verdade.
A luta contra a hegemonia tem sido desenvolvida através de mensagens diretas, apelativas e sub-liminares, tendo como pano de fundo o politicamente correto. Sem contraditório.
Ai de quem os critique! De reacionário, facista e neoliberal, nunca mais param.
Os isctés andam angustiados, acham que um bandido é apenas um revolucionário que não deu certo, um homosexual é apenas uma menina sem boneco.
Vivem da imaginação, sorvem bastantes recursos de quem os alimenta. Nós.
Até quando?
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…Estaremos, em Portugal, ao nível dum coktail ideológico feito com DLoureiro + Zandinga + MSoares-com-90’s + OliveiraCosta + Vara + Relvas + a ex do JSócrates e ele-próprio + o coreano Bernardino + o instalado DanielOli + quem se sabe espécimes “exemplares”. Coktail agitado por oráculos tipo Marcello, ClaraFAlves, Lopes, Victorino ou Coelho,Jorge.
NChomsky foi bastante acutilante e certeiro na Gulbenkian. A HMatos foi lá, ouviu-o ?
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Não preciso: esses, conheço-os de ginjeira . . .
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Para além das Ciências Duras, Matemática, Física, Geofísica, Engenharias,
Químicas, a que vamos juntar as recém chegadas Biologia e Biotecnologia,
é o deserto.
Dão-me um gozo especial a Sociologia, Psicologia, em particular o Homem
manietado, unilateralizado, oprimido pelo inhumano Capitalismo.
Que diabo! Cada homem encontra o seu “nicho” para ser feliz aos rasgos.
Aos que se sentem “coitadinhos” deveria ser facultado (até é) viver sob
um resime Socialista Puro para ver a diferença. PULHAS . . .
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Desconfiei sempre da legalidade e bondade dos sistemas político-sociais
em que se apela para o “homem novo” que ao ser “fabricado” se sentiria feliz
dentro do condicionalismo pre-estabelecido pelos “teóricos”.
A História ensina-nos sem sombra de dúvida que o Poder não espera pelos
novos recrutas “à maneira”. Aos que resistem, assassina-os, Não prestam, são lixo.
Só atrapalham. Reaccionários.
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Depois vêm os anarquistas. Sendo certo que a minha Liberdade termia
onde a Liberdade do outro começa e não havendo Estado que determine
esse limite . . .
Tudo se reduz à ignomínia que é o mais forte, o Alfa, que domina todos.
Até tem um nome: Adolfo.
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A banalIzação destas situações é prova mais que provada que a repressão, a existir, não resolve absolutamente nada.
Já a supressão…
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Chiça !
Erro de “paralaxe” – a nota destinava-se ( destina-se) ao “post” seguinte.
As pertinentes desculpas.
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