As opções da Grécia
São apenas duas, austeridade com moeda forte ou com moeda fraca, com estabilidade de preços ou com inflação. Portugal já penou com ambas e tudo aponta para que o ajustamento feito em moeda forte seja mais equitativo e aquele que gera mudanças mais virtuosas. Excedentes comerciais em moeda forte, que já se vão tornando recorrentes, constituem um bom indicador da mudança de paradigma.
A Grécia não aguentou a dor de uma operação sem anestesia e embarcou no canto de sereia de curandeiros charlatães. Estes têm uma terapêutica que é sempre atractiva para a populaça, ferrar o calote aos credores. Não constitui nenhuma opção, mas sim a via mais rápida para a miséria perene. Ao fim de poucos dias, as prateleiras dos super-mercados estarão (definitivamente) vazias.
É curioso (ou talvez não…) que a Venezuela ande tão fora dos radares mediáticos.

Dentro de dias não poderá haver comida e medicamentos na Grécia, segundo reportam uns ingleses:
“Tourists could be left without access to essential food and medicines within days
British holidaymakers in Greece will be unable to buy food or medicine within days if a deal is not reached to reopen the banks, the head of a leading business body has warned.
Constantine Michalos, president of Athens Chamber of Commerce, has warned that there could be “shortages on the shelves” by early next week and tourists could be left without “basics”.
He warned that shops will begin to close on Friday and not reopen because they are unable to import products due to the bank closures”
in http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/greece/11715294/Food-and-medicine-shortages-for-British-tourists-in-Greece-within-days.html
Os bifes, como é costume, comportam-se como os amigos de Peniche. Primeiro incentivaram os gregos, e outros, a “baterem o pé à Alemanha”, agora lançam às feras os gregos a conselham-nos a abandonar o euro. Por fim, reportam que a fome poderá ser uma realidade dentro de dias ou semanas nesta Grécia, que eles tanto “acarinham”.
Um dia destes a própria Grécia proibe o turismo porque sem comida não podem alimentar tantas almas, as gregas e as estrangeiras.
A Grécia é vítima de si mesmo mas também dos bifes que lhes venderam ilusões. E ainda há quem considere os ingleses muito espertos. Pois devem ser. São como os amigos de Peniche. 😉
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É verdade, meu Caro, também me começam a irritar alguns ilustres “eurófobos” da praça, sempre subservientes face à “superioridade” dos nossos antigos colonizadores.
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Caro LR, veja este amigo de Peniche:
“In any case, this debilitating charade has carried on quite long enough. For once, the German high command is correct; even if some sort of a compromise could be cobbled together, Greece’s hard-Left Syriza-led government couldn’t be trusted to implement the stipulated reforms, and a few months down the line, we would be back in exactly the same position.”
in http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/11714603/Weve-had-enough-Greece-must-be-told-to-leave-the-euro.html
Coitados dos que seguem rligiosamente os bifes. 😉
Abç
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O primeiro saque acaba de acontecer num supermercado em Atenas.
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Para pensar, Senhores.
Seria tempo bem gasto ou um excelente exercício para férias:
A forma exacta de desenvolvimento que conhecemos é o empréstimo, e este padrão em que vivemos ainda não foi totalmente esgotado, forma de tranquilizar ambas as partes envolvidas no mundo financeiro.
Será difícil determinar quando e qual vai ser a “nova moeda” para cobrar divida, mas já existe conhecimento tecnológico suficiente para assegurar um novo modelo de crédito a implementar aos devedores e credores.
(Belo de registar são os medos por parte da “jurisdição destra” que perderá à partida para “uma nova moeda” quando se dispensarem os seus serviços.)
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Depois dos resultados na França, na Alemanha, em Espanha, na Inglaterra, na Grécia, na Madeira e nas próximas legislativas e presidenciais, os radares não terão muitos assuntos interessantes em que se concentrar, senão naquelas reflexões, concentrações e palestras sobre “A Internet e o Futuro do Jornalismo”. E nos faqueiros, claro. O que me enche de curiosidade é como certas organizações conseguirão prosseguir o seu caminho fazendo o que têm feito: arranjar gente cada vez pior. É que começa a tornar-se quase impossível. Teremos batido no fundo, ou o ser humano é capaz de mais?
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Em Interalpene ao telefone de Obama para a senhora foi assim:
“D~em lá uma esmolinha a esses gajos e atenção com as bases de Creta que vamos precisar muito delas e não queremos chatices!”.
Resultdo a Christine volta a fazer as contas, vai um bonus para o syrisa até ver, os gregos vão aprender u pouco, tudo berm.
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O Obama não ajuda o Porto Rico e ia ajudar a Grécia? 😉
Palavras bonitas todos nós temos. Mas, às tantas, faz-me lembrar: falta uns centimetros para o precipicio, avate amigo, estamos todos contigo.
Estamos com o suicida mas é a ver de longe. lol
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A Grécia está na situação em que está por culpa exclusiva do modelo de construção que a U.E apostou. O empréstimo, a que muitos chamam emissão de dívida.
Eu, pessoalmente, não sou contra! Os países europeus não são ricos em recursos energéticos (como petróleo ou gás), não temos ouro nem esmeraldas em abundância, e não somos totalmente autosuficientes a nível agroalimentar. Portanto não somos abundantes em capital nem abundantes em recursos que produzem capital.
Na falta de capital há que “emitir” concedendo-se empréstimos numa moeda que é comum a 19 países … mas que deveria apenas ter uns 10 países. O problema dos empréstimos é que quando se atinge uma sucessão de empréstimos temos uma grande dívida e quando temos uma grande dívida só há duas coisas possíveis. Ou conseguimos pagar ou ficamos em incumprimento.
A Grécia tem uma dívida superior a 300 mil milhões de Euros o que corresponde a mais de 150% do PIB grego. Poucos países da U.E têm o seu nível de dívida no padrão dos 60% do PIB (nem a Alemanha nem a França). A U.E foi concedendo facilidades de emissão de divida, emitiu divida para pagar dividas anteriores (o que por si não tem que ser uma política errada) e esqueceu-se de avaliar a capacidade dos países criarem riqueza para pagar!
Agora a Grécia está na situação em que está por culpa própria, mas também por culpa das instituições europeias e internacionais.
Porquê que eu sou contra o 3º resgate? Não porque tenha alguma coisa contra os gregos. Mas simplesmente não vai resultar! Imagine-se que há acordo! As bolsas vão rejubilar e os “mercados” vão dar pulos de hipocrisia passageira! Quanto se empresta à Grécia? 40, 50, 60 mil milhões? Em que condições? Esse dinheiro não vai chegar para 6 meses e passados 6 meses voltamos à mesma situação e andamos sempre nisso!
A Grécia não tem economia para aguentar o Euro. A solução, infelizmente, para os gregos é a saída do Euro. Mais vale uma solução drástica do que um adiamento penoso dessa solução. A Grécia com a sua própria moeda depende dela própria e faz as suas escolhas!
Se eu não tenho 200.000€ e preciso deles não vou exigir condições a quem mos empresta! Posso sempre negociar, mas não exigir em condições de chantagem como o governo grego está a fazer! Existe uma hipocrisia generalizada na U.E, onde claramente ninguem quer ceder e onde a U.E também não sai bem desta situação, mas claramente, mesmo considerando os perigos políticos e estratégicos da saída da Grécia do Euro (e potencialmente da U.E), a Grécia é um caso perdido!
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Nesse caso leia…
Las diez vergüenzas de Grecia que nunca le contarán Syriza ni Podemos
http://www.libremercado.com/2015-01-19/las-diez-verguenzas-de-grecia-que-nunca-le-contaran-syriza-ni-podemos-1276538475/
Las cifras que desmontan las mentiras de Syriza
http://www.libremercado.com/2015-07-03/si-se-puede-pagar-la-deuda-griega-las-cifras-que-desmontan-las-mentiras-de-syriza-1276552015/
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“A Grécia está na situação em que está por culpa exclusiva do modelo de construção que a U.E apostou.”
Exacto. Apontaram uma pistola aos gregos (e aos Portugueses) e obrigaram-nos a viver muito acima das suas possibilidades.
Olhe, amigo. Não me quer emprestar mil euritos? É só para o fim-de-semana. 🙂
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Parra para cá a massa ou eu disparo.
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O Tripas é tal e qual o falecido Chavez:
” Primeiro-ministro grego prepara-se para falar ao país em breve. A notícia é avançada pelo canal MegaTV, citado pela Reuters.”
in http://tinyurl.com/p856f42
Depois irá acusar o Bush, perdão, a Merkel de preparar um golpe-de-estado na Grécia, irá culpar a oposição ao serviço do “imperialismo capitalista” alemão, etc.
Depois não digam que não vos avisei. 😉
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Duas opções, velhas táticas (confidenciais publicadas):
http://www.noticiasaominuto.com/economia/415436/acordo-esta-mais-ou-menos-fechado-palavra-de-varoufakis
Votem no “não” que já temos solução.
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Quem gasta mais do que o que consegue produzir , tem que reduzir a DESPESA . É aqui que reside o verdadeiro problema que nem troikas nem governos socialistas conseguem implementar.
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Simples e claro.
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A Grécia tem opções. Portugal tem poções.
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P.f., elucide-me. Pode-me ter falhado alguma.
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Meu caro,
A Grécia pode escolher qual é a corda com que se vai enforcar, ou manda o Syriza às malvas e faz a via sacra até à redenção.
A Poção Rosa ou a Poção Vermelha não dão senão estes efeitos: uma dor de cabeça monumental e uma depressão sem fim.
Corte no medicamento desses escolápios. Se eles soubessem tratar da sua casa e da sua horta, poderíamos pensar que até poderiam ser bons para o país. Ora, o PS está falido e Lisboa cheia de buracos — e não apenas nas estradas. Um antogo secretário geral do PS está em prisão preventiva, aguardando que se prove o que todos sabem; e se houvesse justiça o PS ficaria sem dirigentes e teríamos de arrendar cadeias aos espanhóis. Ou pôr barras no Larego do Rato e alimentar esses roedores noruegueses de quando em quando.
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