A Terceira Via

Bora lá sair do euro e voltar à moeda fraca. Depois vamos todos lavrar os solos de xisto-grauvaque que já desapareceram com milénios de pastorícia, séculos de enxurradas e décadas de campanhas do trigo. Sim porque não se podem importar alimentos, e a moeda fraca também não ajuda. A roupa passa a ser comprada na feira, aos ciganos, como fazia a classe média da província, antes da chegada das marcas espanholas baratas. Carros importados? Em segunda mão. Fábricas têxteis com fartura com salários magrebinos a produzir roupa sem qualidade para o mercado interno. Turismo: vá para fora cá dentro. A Esquerda defende a qualidade por oposição à quantidade: com a moeda fraca terão exactamente o contrário, os operários do RU e da Alemanha a apanhar sol em Quarteira, Lagos ou Manta Rota.

Estes mentirosos iludem as pessoas com o mantra do «não à austeridade». Há alternativa? Na realidade não há! Se imprimem notas e criam inflação o novo escudo enfraqueceria e em termos relativos ficaríamos muito mais pobres, isto depois de um valente tombo no PIB. Se ficarmos no euro vamos crescer pouco nos próximos anos MAS no médio e longo prazo SE houve responsabilidade da parte do próximo governo poderemos ter alguma convergência com o PIB per capita dos nossos parceiros europeus. Porquê? Por um lado o euro forçou uma modernização «à bruta e a seco» da agricultura, turismo e indústrias tradicionais, essa dinâmica continuará com reflexo no emprego nos próximos anos. Por outro Bruxelas trava as aventuras despesistas que servem no fundo para alimentar os rendeiros do Regime, enquanto iludem os mais pobres e os menos instruídos com mítica salvação do Estado Social.

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“Não estamos “salvos” de coisa nenhuma, todos os anos continuamos a vender e privatizar e concessionar e aumentar impostos para a receita NUNCA chegar para a despesa que continua mais que muita.”

Em 2015 não houve aumento da carga fiscal. E privatiza-se, não apenas para gerar receita, mas mudar o sistema económico e o tornar mais competitivo para gerar maiores produtividades. E é o que está ser feito em Portugal.

“O travão nas despesas ridiculas/criminosas e no exagero a que se tinha chegado veio logo que chegou a troika e o Gaspar, tudo o resto está por fazer e a unica coisa que vejo é o “arco da governação” a encenar teatrinhos e crises histérico-constitucionais e conselhos de estado para tudo ir ficando mais ou menos como sempre e a clientela do costume continuar a ser servida.”

Muito continua por fazer mas o mais importante já foi feito. Hoje em dia, as piores despesas do Estado são salários e pensões. Mas como o estado tem vindo a reduzir funcionários na prática acaba por conter os custos com a massa salarial. Nas pensões, no curto prazo existe uma elevada pressão mas no médio e longo prazo, o sistema deverá já ser sustenável. Embora estudos como a de Maragrida Correia ponham em dúvida esta ideia. E é o no sistema de pensões que é preciso fazer muita coisa mas só o se pode com o acordo do PS, se não, depois eles desfazem o que já foi feito. Como até prometem no seu (ou seus, quel eles são tantos) programa eleitoral.

“Continuamos com défices, enquanto isso acontecer a dívida continua a aumentar e o preço (mesmo com os juros a “zero”) é astronómico e somos efectivamente vassalos de quem emprestou.”

Vc. pode ter défices e mesmo assim a dívida pode baixar. Aliás, já o peso da dívida do estado já começou a cair e mesmo com défices. O preço dos juros srerá sempre astronómico e só há uma forma de evitar esse problema. É gerar fortes excedentes orçamentais e cumrpir os Tratados que mudaram a governação do Euro. Se Portugal cumprir, o peso da dívida cai assim como os custos de financiar a dívida. Mas apesar disso tudo, os custos com a dívida, em peso do PIB, estão historicamente baixos.

“Não merecemos um bocadinho melhor do que os eternos jotinhas que nos apresentam como “alternativa”?”

Merecemos. Mas quem não é político profissional já poucas hipóteses tem de chegar a gerir um país. Ou melhor, cada vez há menos pessoas dispostas a gerir um país e que sejam insultadas, caluniadas e maltratadas por gente ignorante e populista, como se pode confirmar pelo aconteceu ao Vitor Gaspar. Que foi insultado por quae todo o mundo mas o tempo veio a mostrar que ele sabia o que fazia.

Em todos as sociedades modernas, os políticos são cada vez mais profissionais. E são eles que dominam as técnicas para se aguentarem em termos políticos e os distos independentes acabam por serem aniquilidados por não dominarem as técnicas de se manterem à tona da água.

O Obama era um jotinha, como o Cameron, o Hollande, etc. Cada vez mais são jotinhas porque quem é independente não está para se sujeitar a coisas que acontecem na política. Servir o país, sim. Ser maltratado pelo país, não. São os problemas de um mundo mediático em que qualquer Buica pode escrever disparates contra um político e até aplaudido. 😉

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Buiça, bem vindo. Claro que tem razão, aqui vão números esclarecedores retirados do DEO ,.(Quadro II.1.Conta das administrações
ano 2010 ano 2014
Despesas com pessoal -24610,5 milhões Despesa com pessoal -20481,5 milhões
Despesa corrente primária- 75018,9 milhões Despesa corrente primária- 70571,8 milhões
Formação Bruta capital fixo- 9478,7 milhões Formação Bruta de capital -3486,6 milhões
Receitas totais -73136,9milhões Receitas totais -77011,9milhões
Despesas totais -93237,1 Despesas totais -84728,8milhões

O corte na despesa foi de 8508,3 (93237,1-84728,8) feito grosso modo com duas vertentes, salários em 4129(24610,5-20481,5) e na FBCF (corte na despesas megalómanas do 44), 5992(9478,7-3486,6). Por outro lado, o aumento da receita de 3875( 77011,9-73136,9) é consequência do brutal aumento de impostos do Sr. Gaspar. O “ajustamento” foi feito grosso por corte de salários e no investimento. Falta fazer um verdadeiro ajustamento de 84728,8-77011,9= 7716,1 milhões. Este governo está esgotado e o próximo do PS ainda é pior, a situação é pouco auspiciosa.

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