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Das indignações que manifestam a ilusória dor interior

19 Novembro, 2015

Há motivo para certos temas, declarações ou adjectivos causarem grande comoção enquanto outros escapam ao crivo da grande indignação colectiva.

Em primeiro lugar, as redes sociais, grande meio de difusão da indignação (incluo aqui também o sistema de comentários dos jornais), têm a sua génese na propagação e amplificação do “eu”. Quanto mais viral é a indignação de um “eu”, mais “eus” estão dispostos a embarcar no grande colectivo indignado, a grande marcha para o abismo. As pessoas são assim, gostam de pertencer a grupos que parecem estar na mó de cima, independentemente da queda abrupta que se possa avizinhar. Esta indignação do “eu” tem muito menos que ver com uma visão individualista assente em ideias, como se oriunda de uma tradição de pensamento liberal, e sim em sentimentos abstractos, indefiníveis, suficientemente vagos para assumirem a importância de um todo, o segundo factor que determina a fase presente da ditadura do direito vago a um bem estar emocional sem o stress do confronto.

Em segundo lugar, o direito a ofender-se tornou-se um acto de introspecção. Não são apontados motivos comparativos nem aceites premissas lógicas na discussão porque, essencialmente, a ideia da própria discussão é ofensiva. Ninguém discute, por exemplo, o aborto. Hoje em dia, temas controversos não estão na mesa porque podem ofender. Não o acto de abortar e sim o acto de discutir o aborto, sempre caracterizado como um direito e cuja discussão seria equivalente à sua remoção: alegando uma ofensa interior sem substância palpável ou que possa ser instanciada em argumentos concretos, está ofensa materializa-se na dor sofrida pela sugestão de discussão de um tema que, decerto, seria causador de grande transtorno pela mera exposição, assim abafado, para o bem e paz social. Tornando-se garantido que algo é um direito, a sugestão de discussão é, por si só, uma retrocesso civilizacional. Naturalmente, o que isto indica é uma total insegurança sobre a validade dos argumentos que geraram o direito em primeiro lugar, insegurança esta que não pode ser confrontada sob risco de ruir.

Ao definirmos o que pode ser dito pelo potencial de não originar um polémica indutora de “grande sofrimento pessoal”, criamos a geração mais estúpida de todas, a que substituiu definitivamente o saber pelo sentimento difuso da emoção indefinível porque fechada num “eu” tão individualizado que, pela unicidade inerente, nem faz sentido questionar. Não é de surpreender que em vez de rebelião contra o estabelecido, jovens prefiram o controlo e conforto das regras, pela segurança emocional que origina não ser confrontado com sentimentos de insegurança.

Por isso, ideias de igualdade, de correcto e de justo convivem com as suas antíteses na mesma declaração, num doublethink diferente mas igualmente assustador ao de Orwell, porque intocável, não vá causar grande transtorno à redoma de emoções que cada um sente sempre que se considera abordar a hipótese de usar o cérebro para pensar.

40 comentários leave one →
  1. JC's avatar
    19 Novembro, 2015 13:22

    a sociedade do politicamente correto anestesia quase toda a gente e impõe apenas uma agenda única. Quem se atrever fora dessa agenda é fascista ou retrogrado ou coisas piores. O aborto é um dos assuntos proibidos. Indignamo-nos pelo fato de alguém colocar no facebook um cão que levou um pontapé por ex. mas calamo-nos quando sabemos que milhares de bebés são abortados no sistema nacional de saúde anualmente apenas porque sim, é um direito. Outro ex, é o viveiro de radicalismo/criminalidade/terrorismo em que se tornaram certos bairros no centro da europa mas como discutir o assunto seria racismo ou xenofobia, preferimos acender velas e colocar luzes no face de cada vez que inocentes morrem porque as autoridades foram politicamente corretas e não agiram em prol da nossa segurança.

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    • Portuga's avatar
      Portuga permalink
      19 Novembro, 2015 15:27

      Correto.

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    • fado alexandrino's avatar
      20 Novembro, 2015 00:00

      autoridades foram politicamente corretas e não agiram em prol da nossa segurança.

      São politicamente correctas porque agem em prol da própria segurança.
      Por exemplo um polícia nunca dispara antes de levar um tiro, porque sabe que se o fizer pode ser levado a tribunal.
      Claro que no exemplo pode morrer, azar.

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  2. Henrique's avatar
    Henrique permalink
    19 Novembro, 2015 13:31

    «Não são apontados motivos comparativos nem aceites premissas lógicas na discussão porque, essencialmente, a ideia da própria discussão é ofensiva. (…) Tornando-se garantido que algo é um direito, a sugestão de discussão é, por si só, uma retrocesso civilizacional. Naturalmente, o que isto indica é uma total insegurança sobre a validade dos argumentos que geraram o direito em primeiro lugar, insegurança esta que não pode ser confrontada sob risco de ruir.»

    Interrogo-me que pensará vitorcunha, com cujo texto concordo, de o aplicarmos à “negação do Holocausto” e respectiva legislação punitiva em vários países.

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    • vitorcunha's avatar
      19 Novembro, 2015 13:38

      Acho muito mal que exista legislação a impedir que coisas sejam ditas, independentemente dessas coisas.

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      • Bolota's avatar
        Bolota permalink
        19 Novembro, 2015 14:01

        Só existe legislação que impede porque querem. Porque não a alteraram??? Não faça é como outro mudar para fazer eleiçoes até á obter maioria absoluta.

        Bom texto, quando quer…

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      • vitorcunha's avatar
        19 Novembro, 2015 14:06

        Peço desculpa por não ter alterado a Constituição portuguesa ou as leis francesas na anterior legislatura. Prometo esforçar-me mais nesta legislatura e amanhã escrevo um post aqui neste blog que vai mudar estas leis todas de vez.

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      • Henrique's avatar
        Henrique permalink
        19 Novembro, 2015 14:32

        Obrigado pela resposta, mas não é difícil compreender legislação sobre o incitamento à violência. De contrário, podíamos ouvir qualquer “opinion maker” apelar ao apedrejamento dos negros, dos chineses, dos moradores de Alfragide, ou da Teresa Guilherme. É compreensível que uma sociedade, conhecendo a sua própria volatilidade, desencoraje a expressão do ódio contra uma minoria ou uma pessoa.

        Porém, o seu texto não é tanto sobre ódio: é sobre a «insegurança que não pode ser confrontada sob risco de ruir».

        O Holocausto nem pode ser discutido: ao fazê-lo, passa automaticamente a “negador”. E é punido por isso, mesmo sem incitar a nada. Não será isto a «insegurança que não pode ser confrontada sob risco de ruir»?

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      • vitorcunha's avatar
        19 Novembro, 2015 14:35

        Incitar violência é um grande guarda-chuva que pode servir para tudo e abrigar qualquer indignação. Não é por eu dizer algo repugnante (p.ex., devíamos ter escravos) que devo ser reprimido e sim pelo acto de escravizar alguém.

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      • Henrique's avatar
        Henrique permalink
        19 Novembro, 2015 17:31

        Num mundo em que tantos são mortos em nome de uma religião ou ideologia, meras palavras escritas em livros, e repetidas por responsáveis religiosos ou políticos, decerto concordará que nem todas as palavras são tão inofensivas.

        Uma arma de fogo também é, em si mesma, inofensiva. Mas há bons motivos para não ser vendida livremente em supermercados.

        Vejo que evita a especificidade do Holocausto, e regressa sempre ao tema geral, e mais consensual, da liberdade de expressão. É deliberado?

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      • vitorcunha's avatar
        19 Novembro, 2015 18:04

        É deliberado. Não creio que o holocausto ou qualquer outro acto de guerra que possa ser considerado genocídio deva ter privilégios de não ser passível de discussão. Daí que entenda o caso geral como o relevante.

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      • fado alexandrino's avatar
        20 Novembro, 2015 00:07

        Muito interessante este último ponto.
        Discutir o holocausto, mas discutir o quê?
        Que não existiu?
        Ora uma pessoa que inicie a discussão baseando-se nisso, equivale aqueles que não acreditam que o Homem pisou a Lua.
        Podem ser ouvidos e desculpados porque tolos é o que mais há no Mundo.
        Mas pode no entanto discutir-se porque é que existiu,
        E isso já pode ser tema de interessantes confrontos.
        Aliás uma das coisas que me impressiona, foi a passividade com que milhões se deixaram matar.

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      • Buiça's avatar
        Buiça permalink
        20 Novembro, 2015 00:10

        Ja agora, de qual holocausto falam? Houve-os em todas as grande guerras e até em algumas pequenas. Valorizar um acima dos outros tem algo de contraproducente. Ou então um judeu vale mais que um arménio ou um ruandês da etnia errada ou um russo menos crente nos benefícios da colectivização.

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  3. zazie's avatar
    zazie permalink
    19 Novembro, 2015 14:09

    Tem razão. A indignação é o “estou que nem posso e nem sei porquê”. A crítica é logo impedida por outro meme da moda que é dizer-se” mas não tenho direito a pensar assim?”.

    Pois tem direito a pensar e a exprimir e por isso mesmo é que a crítica e a opinião também é livre. Mas eles abafam logo qualquer discussão acerca das suas crendices com essa treta do “tenho o direito”.

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  4. zazie's avatar
    zazie permalink
    19 Novembro, 2015 14:14

    E esse controle é feito pelos media. Recebem sempre directivas nesse sentido. Inventam palavras e tiram outras sempre em função de tornar intocáveis os assuntos que não lhes interessa serem questionados

    Ultimamente, até com estas questões do islão e da imigração é mais que notório.

    Não se pode dizer que alguém é preto ou islâmico porque o que conta é o BI e então é sempre ou francês ou de “ascendência portuguesa” ou apenas jovem.
    Os imigrantes e emigrantes desapareceram e agora só há “migrantes”.

    O ISIS também está em vias de extinção porque agora chama-se uma coisa lá longe que ninguém tem dentro de casa- o DAESH.

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    • vitorcunha's avatar
      19 Novembro, 2015 14:20

      Aborto passou a interrupção voluntária de gravidez. Em termos linguísticos, um termo definitivo e irreversível transformou-se em algo que pode ser retomado – interrupção não é definitivo. Isto não é inocente, é açúcar para a mente de forma a não se questionar ou discutir seja o que for que possa chocar com o fim da história continuamente anunciado.

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      • zazie's avatar
        zazie permalink
        19 Novembro, 2015 14:25

        Sim. A côncia passou o tempo com novelas interrompidas. Eu até fiz uma séria no Cocanha à conta disso.

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      • vitorcunha's avatar
        19 Novembro, 2015 14:29

        A mulher branca urbana que explica o que sente a preta ou a muçulmana. Se contrariada pela preta, explica-lhe que sente grande empatia pela sua dor mas que está errada, que ela é que sabe o que sente a preta, coitada, levada a pensar errado pelo Bush, pela indústria farmacêutica ou pelos padres.

        Doida varrida. (Podem citar-me).

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      • Licas's avatar
        Licas permalink
        19 Novembro, 2015 14:54

        Logo após a revolução foi um fartote:
        criadas de servir —-> Empregadas Domésticas
        mulheres da limpeza —-> Senhoras da Higiene
        putas —-> Profissionais do Sexo

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  5. miguel's avatar
    miguel permalink
    19 Novembro, 2015 14:22

    Já aprendi muito coisa, não se pode discutir Futebol, Religião e Política. E de preferência,fugir delas.

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    • Democrata com Larga Experiência ― Vende-se's avatar
      Democrata com Larga Experiência ― Vende-se permalink
      20 Novembro, 2015 05:51

      Estou confuso: a Sra., Da. Bobone disse-me que esses temas seriam tabu em festas, almoçaradas, jantas e afins.

      Será que aqui também não deveremos, por exemplo, indagar acerca da razão que leva a Sra. Da. Martins a ter, quase sempre, os olhos tão abertos, mesmo esbugalhados?

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  6. zazie's avatar
    zazie permalink
    19 Novembro, 2015 14:22

    Aqui:
    http://www.tsf.pt/internacional/interior/por-que-devemos-dizer-daesh-em-vez-de-estado-islamico-4890071.html

    No caso das imagens dos mortos no Bataclan foi o mesmo. A fotografia que apareceu foi logo censurada e tapada. Todos os jornalistas passaram essa directiva alegando que era “mau gosto”.

    Não se via nenhuma pessoa identificável mas via-se que a coisa foi sanguinária. O que é sanguinário é de ordem factual e é bom que se veja.

    Em vez disso, passam logo às relativizações por comparação com mortos na Grande Guerra ou o terrorismo da ETA ou sei lá mais que imbecilidade.

    Principalmente, há que esconder os bastiões onde os fabricam, nos bairros suburbanos de toda a Europa.

    Por cá, sempre quero ver o que faz o Costa mailos bloquistas com a promessa de nova mesquita paga com dinheiros públicos.

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  7. zazie's avatar
    zazie permalink
    19 Novembro, 2015 14:23

    Ainda por cima parece que querem que seja no Intendente o que é mesmo bacano ao criar ali, no centro de Lisboa, um guetho altamente tendencioso.

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    • fado alexandrino's avatar
      20 Novembro, 2015 00:20

      Na realidade toda a zona está entregue a indianos, chineses e muçulmanos.
      Os dois centos comerciais do Martim Moniz são um bom espelho.
      A Rua do Benformoso é toda deles.
      O Largo de São Domingos tem mais negros por metro quadrado do que o Mali.

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      • zazie's avatar
        zazie permalink
        20 Novembro, 2015 00:49

        Pois é mas isso não me incomoda. É comércio e também existe no género e bem maior em Camden Town. Agora mesquita é outra coisa, por todos os motivos e nada tem de melting pot.

        Mesquita devia ser, para já paga por eles, e apenas em local onde só se pode ir de carro- tal como os hipermercados.

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      • zazie's avatar
        zazie permalink
        20 Novembro, 2015 00:50

        O que me incomoda é o vandalismo e os bunkers residenciais. Quanto ao resto, por muito que possa parecer racismo da minha parte é literalmente o contrário. É para o evitar. E para isso é preciso conta, peso e medida.

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      • zazie's avatar
        zazie permalink
        20 Novembro, 2015 00:54

        Se quer saber, a coisa que mais me dá volta ao estômago são a porcaria dos ditos graffitis e tudo riscado por toda a parte. E incluo nisso tudo- literalmente tudo, mesmo o que até permitem de forma legal, dizendo que é arte.

        Porque ninguém tem direito de impor, em formato gigantesco, o seus gostos aos outros. E os edifícios também não foram feitos para serem mascarados.

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      • vitorcunha's avatar
        20 Novembro, 2015 03:11

        Conhece este texto? http://www.city-journal.org/2013/23_2_otbie-banksy.html

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      • zazie's avatar
        zazie permalink
        20 Novembro, 2015 00:56

        No entanto, sempre achei lindíssima a mesquita da Praça de Espanha. Nem sequer estraga a paisagem.

        Deviam ficar-se por aí. Em todos os aspectos.

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      • zazie's avatar
        zazie permalink
        20 Novembro, 2015 11:29

        Muito obrigada pelo artigo, Vitor Cunha. Não conhecia mas é muitíssimo pertinente e vou guardar.

        «Banksy argues that all public space should be available for self-expression by the people, forgetting that the majority of the people may want to express themselves by leaving elegant blank walls elegantly blank. But then, they are only people, not the people, a crucial distinction in Banksy’s mind.»

        É um assunto que directamente acabo por ser obrigada a lidar e estou completamente sozinha na minha oposição.

        O texto é mesmo muito pertinente e ainda bem que deixou o link

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  8. zazie's avatar
    zazie permalink
    19 Novembro, 2015 14:24

    No Martim Moniz. No Intendente devia estar ele à janela

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  9. Susana VC's avatar
  10. João de Brito's avatar
    João de Brito permalink
    19 Novembro, 2015 16:51

    Texto muito interessante.
    Pelo tema e pelo tratamento.
    O tema é riquíssimo e fundador da relação entre o eu e o nós.
    O tratamento selecionou um dos aspetos da censura do nós sobre o eu.
    Censura crescente, potenciada pela realidade da aldeia global.
    O indivíduo soçobrou perante o coletivo.
    Os blogues são um bom exemplo.
    Sentem-se melhor na monotonia.
    A polifonia incomoda-os.
    Por mim, acho a polifonia desafiante e a monotonia… monótona.
    Por isso e por se ter referido o Holocausto, declaro que sempre o considerei sob reserva (muito diferente de o negar), uma vez que a versão de que dispomos sob diversíssimas formas é a versão dos vencedores (atualmente os alemães são aliados dos vencedores).
    Numa situação destas, é a atitude que a mais elementar regra do conhecimento impõe.
    E “Não há machado que corte a raiz ao pensamento…”.
    Legal ou não.

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    • Henrique's avatar
      Henrique permalink
      19 Novembro, 2015 18:00

      «Declaro que sempre considerei [o Holocausto] sob reserva (muito diferente de o negar)».

      A sua reserva não chega para ir preso, não é suficientemente explícita, mas é suficiente para torná-lo um negador do Holocausto.

      O Holocausto é o único tema histórico que não admite discussão: ou o aceita inteiro ou está a negá-lo. É como a religião na Idade Média, ou hoje no Estado Islâmico. Não há nada a discutir, não há reserva possível. É uma verdade infalível.

      Daí lembrar-me dele, ou melhor, Dele, ao ler: «o que isto indica é uma total insegurança sobre a validade dos argumentos … que não pode ser confrontada sob risco de ruir».

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  11. JCA's avatar
    JCA permalink
    20 Novembro, 2015 00:37

    .
    =The Power of No
    Wielded wisely, No is an instrument of integrity and a shield against exploitation. It often takes courage to say. It is hard to receive. But setting limits sets us free.
    https://www.psychologytoday.com/articles/201310/the-power-no?collection=1082139
    .

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  12. Buiça's avatar
    Buiça permalink
    20 Novembro, 2015 00:45

    O tema em geral é interessante, faz-me sempre lembrar a negação da aritmética simples por quem não entende que a dívida não é mais que o somatório de défices, ou por detrás de frases pomposas como “a sustentabilidade da segurança social é uma opção politica” (tipo interruptor, é só escolher se a queremos sustentável ou insustentável, assim, sem contas).
    Não há muito o que discutir no aborto, passamos por 2 referendos e chegou-se a uma solução razoável. Parte dessa solução previa que o aborto não seria um método contraceptivo aceitável. Reabrir o tema em geral por o nível dos jotinhas em posição legislativa actualmente ser tão baixo que não conseguem resolver a coisa sem o chicaguismo de regular pelo preço ou o esganicadismo de qualquer mudança ser um crime contra a humanidade, parece-me ridículo.

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  13. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    20 Novembro, 2015 02:02

    Sendo os portugueses maioritariamente mouros e berberes eu aconselhava mais prudência.

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  14. Incauto's avatar
    Incauto permalink
    20 Novembro, 2015 10:30

    Não se fala, sendo que o aborto é O Holocausto dos nossos dias.

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  15. Incauto's avatar
    Incauto permalink
    20 Novembro, 2015 10:34

    Por exemplo, nos EUA, por ano, as causas de morte são:

    4 – Acidentes vários: 121.000
    3 – Cancro: 580.000
    2 – Doenças do coracão: 600.000
    1 – Aborto: 1.600.000

    Mas como é um “direito”, e não se pode discutir o que “as mulheres fazem com o seu corpo”, se calhar não faz mal.

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