Crucifiquem o gajo! Dá-nos Barrabás!
Anda aí alguma comoção porque um livro foi publicado. Maravilha! Essa comoção comichosa estende-se generosamente a todo o bandalho que se der ao trabalho de defender ou publicitar a dita publicação. Repare o leitor que não me refiro a uma obra verdadeiramente perigosa (como, por exemplo, o orçamento de estado do Centeno ou um guia para o veganismo) e sim a “uma história do Alentejo através de histórias familiares e memórias pessoais” do autor. Sei que soa extremamente subversivo e, inclusivamente, audacioso ao ponto de poder induzir toxicidade por via de ingestão de opinião alheia, porém, as coisas são o que são e o português só está bem quando dá asas à sua pulsão exuberantemente agastada por opinião de outrem. Vai daí, que até está frio e fazer filhos está pela hora da morte, toca a organizar um boicote concertado de linchamento ao autor e associados, que é para aprenderem a guardar opinião nos confins do silêncio mental; é assim mesmo ou já chegamos à Madeira, hein? “O autor é filho de alentejanos que migraram para a Grande Lisboa nos anos 60 e sempre assumiu que encontraria a sua identidade perdida numa viagem deste estilo pelo Alentejo. Será que esse velho sonho resistiu à realidade?”. Claro que não resistiu à realidade. A realidade é calar bandidos que atentam contra o bom nome do hipotético bisavô violador que qualquer português de sangue quente desejaria ter tido. Proibir livros soa má ideia, sob risco de se perderem obras com significado etnográfico de relevo em passagens como “o meu umbigo vomitado numa noite aterradora” no magistral “Apátrida” de Isabel Moreira, porém, é necessário, para manter o português ocupado entre acções de remoção de crucifixos de espaços públicos. Repita para si próprio, com o tom fanhoso de quem tem um furão na narina: “o Estado é laico. Amen”. Já começou a topar-se?
Podemos questionar se o português está a caminhar a passos largos para o fetiche fascista que paira no ar sob égide da “ética republicana”, essa puta que serve para tudo e mais alguma coisa que não se faz dentro de portas com a boca que beija os filhos. Podemos, mas estamos a perder tempo com pachecopereirismos de olhar para a questão não-essencial: o português lida mal é com a retórica necessária para manter aparência de um regime liberal e democrático, não com a ausência desse regime. Seria muito mais tranqüilo para todos se pudéssemos abraçar o autoritarismo que desejamos para mitigar o “não se governam nem se deixam governar” que nos tolhe o ADN mesmo antes de abandonarmos o útero do lusitanismo. “Um Salazar em cada esquina, é o que era”, que “eu nem gosto do Raposo e uma visita da PIDE só lhe fazia bem”. É isto o português. Felizmente temos um governo capaz de nos providenciar a alavanca para atingirmos a utopia da nossa essência prometida, a de bestas quadradas. Viva António Costa! Queimem o Raposo.
Barrabás! Barrabás! Dá-nos Barrabás!
Já soube que o livro do Henrique Raposo anda na boca da esquerda, há ali qualquer coisa que mexe com a esquerda. Que Raposo não é de esquerda, isso já sabemos, mas que mal terá ele feito ao escrever um livro? Fogueira com ele, o livro não respeita “a causa”.
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Barrabás! Dá-nos Barrabás!
É a grande frase (sentença) para a morte do país.
Na minha consciência, 80% dos portugas são estúpidos e ignorantes. Dos restantes 20%, 15% só são ignorantes. Safam-se 5% que, em geral, não são políticos pois é uma actividade para merdosos. Trabalham, são trabalhadores!
Já passei dos 70 anos e cada vez mais tenho a noção acima descrita.
Em tom de “desculpa” sei que a malta com menos de 45 anos nem Instrução Primária teve; teve experiências pedagógicas comunistas. Assim há Decretos-Lei que em menos de 6 meses já vão na 4a ou 5a revisão/emenda. Elaborados pelos analfa que aludi.
As minhas filhas aprenderam Lógica Boleana pelos 12 anos, mas não sabem Logarítmos nem calcular uma raíz quadrada.
Claro que melhores dias virão: «Não há mal que sempre dure».
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A tosca e ignorante da Varela, então que responda a isto
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Obrigado, Bolota, por trazer uma parola ignorante para aqui.
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“A pergunta que fica é qual é a escala da Fundação Pingo Doce? O humor? A superficialidade? O disparate?”
Ainda bem que gostaram- Acho que o Raposo Passou a Zorro
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Esse método de denegrir pessoas que fogem ao vosso molde é muito azeiteiro.
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alentejano e pedreiro-livre digo
PÁLIDA AMOSTRA DAQUELA MERDA
donde até o Povo Rom, vulgo Ciganos, fugiu a 7 pés
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Mas o que é que eles andam a fazer? Estou a leste. Há boicote ao livro?
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Uma síntese: http://www.sabado.pt/vida/detalhe/alentejo_prometido_ou_como_um_livro_lancou_uma_intifada.html
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Muito obrigada. Como não tenho tv nem sabia de nada.
Mas que coisa mais anormal. Esta gente reage por uma entrevista na televisão e nem precisam de ler nada.
Que raio- então não lhes incomoda que tenha andado por lá uma firma nórdica a recolher DNA dos alentejanos precisamente para estudarem esse fenómeno do suicído?
E incomoda-lhes agora que se diga o óbvio?
É demasiado anormal para ser mero bairrismo.
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Não é bairrismo. É a esquerdalhada que se deslumbra por Varoufakis e que acha que a plebe só atrapalha com essa porcaria do direito de expressão.
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Acha que é tudo coisa de escardalhada?
Em entrando o facebook, para falar verdade, acho que em primeiro lugar tem de ser coisa de mongalhada.
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Acho que não, inicialmente. Depois a esquerdalhada vê a oportunidade e cavalga no trabalho iniciado pela mongalhada que tem que se indignar todos os dias com qualquer coisa.
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Eles não tinham, ou têm para lá outra página a dizer que Rebelo Pinto nem devia existir ou estar viva?
E depois é tudo grande leitor do Paulo Coelho.
E nem tem nada a ver com literatura. E ameaçam com coisas porno e completamente ordinárias.
Agora se ele não pode fazer lançamento do livro, aí a coisa já ultrapassa a bestialidade da rede social
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E as barbudas. As malukas das barbudas de ambos os sexos até entraram num blogue meu de trabalho para deixarem lá ameaças do ISIS.
Isto só por me ter limitado a mandar uma boca básica aquando daquela invasão à barbearia do Chiado.
Estes marginais agora estão no Poder, portanto a coisa fica assim até se mudar o cartaz.
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Se puder vou já comprá-lo, face à critica dos esquerdos deve ter algo de assertivo que doeu.
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uns nasce amarelos, outros pretos, muitos socialistas.
tive a triste sina de nascer alentejano.
por pouco não via a luz don dia do outro lado da raia … que os parta
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VC,
Da planicie dourada
Aonde o suor dá pão
Entre trigais e malhadas
Minha terra é Baleizão.
Sabe onde fica???
Sobre o Barrabás…mas um dia mama-as por ai num sitio qualquer, já fez o mesmo com as gentes de Odiaxere, sabe onde fica???? Nem ele.
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Tadinho do oak nut (maluco do carvalho)…
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Estive para comprar online. Pedem numero de contribuinte, senao n enviam. Nem sequer quero factura. So falta pedir o nome do pai e da mae. Triste pais pidesco
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Fahrenheit 451.
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Vou comprar o livro das sombras de Grey, o alentejo não parece grande espingrda, mas ainda vou perguntar ao escritor “soft-porno”, João Soares.
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