2025
Joana entrou no quarto dos pais, cabisbaixa e a arrastar os pés, e agarrou-se à mãe, que estava a arrumar umas roupas.
– Mãe, não gosto de estudar e não me vou safar nos exames. Estou desesperada, a minha vida vai ser horrível.
– Calma, filha – respondeu-lhe a progenitora, acariciando-lhe o cabelo, – há muita gente sem estudos que vive vidas felizes, nem todos os empregos exigem grandes qualificações académicas. É verdade que os salários são mais baixos, mas o dinheiro não é tudo.
– Isso era antigamente, mamã, agora os sindicatos e os políticos com sensibilidade social dizem ser melhor para todos que as empresas que não conseguem pagar salários médios ou altos fechem as portas. Segundo eles, não fazem cá falta nenhuma, que isto não é a China. Estou tão tramada!
– Joana, como bem sabes eu nunca trabalhei fora – disse-lhe a mãe, agarrando-a pelos ombros. – Tu adoras cozinhar e tratar de crianças, há sempre a hipótese, no futuro, de ficares em casa a cuidar do lar e dos filhos enquanto o teu marido sustenta financeiramente a família. Eu nunca me senti menorizada por causa disso.
– Estás maluca?! Nem pensar, os meus gostos não são para aqui chamados! Ser dona de casa é muito malvisto pelos progressistas. E como hoje em dia quase toda a gente é progressista, seria criticada e desprezada sem dó nem piedade.
– Pronto, tudo bem, mas não desesperes – gritou-lhe a mãe, quase desesperada, – tu és uma miúda linda e elegante. Sei lá, podes sempre utilizar esses atributos em campanhas publicitárias ou em concursos de beleza. Olha a Sophia Loren, começou por concorrer a Miss Itália e acabou por se tornar uma das actrizes mais respeitadas em todo o mundo.
– ISSO É OBJECTIFICAÇÃO! O movimento feminista luta contra isso há anos, desde a queima de sutiãs no Miss América 1969, e está quase a conseguir criminalizar essas actividades. Queres que eu vá presa, mamã? – vociferou, gesticulando. – Reforçar estereótipos de género é uma coisa grave, posso arranjar problemas para toda a vida. Não te esqueças que agora vivemos num mundo pós-patriarcal.
– BOLAS, JOANA, BOLAS! Não sei que mais posso dizer! Vai para missionária, ajudar os africanos em dificuldade.
– Caridadezinha?! Não posso fazer isso, estava feita. Ainda para mais podia ser acusada de ter tendências cristãs e neocoloniais, delitos muito sérios.
– E trabalhitos em part-time, a promover produtos em supermercados ou a dar beijinhos aos vencedores da Volta a Portugal? Hum, esquece, melhor não. Sabes, filha, às vezes sinto-me muito feliz por ter nascido numa época em que as mulheres não tinham liberdade nenhuma.
Acabem com o ciclismo, são só homens. Parvos são os homens em perpetuar as diferenças de género aceitando trabalhos estereotipados, como trolhas, canalizadores, electricistas, mecânicos, e outras coisas que tal.
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“As saudades que eu já tinha,
da minh’á alegre casinha.
tão modesta quanto eu……”
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???
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O fim da Liberdade e o nascimento da Democracia Totalitária feita pelos jornais onde não poderão existir diferenças de opinião.
E o fim da “degradante” discriminação sexista nos jogos olímpicos, ténis, ginástica, futebol etc.?.
E nos preços discriminatórios sexistas nos estádios de futebol e discotecas?
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VCunha,
que idade tem a Joana ?
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17-18 anos. Nunca mais vai ser tão boa como é agora, coitadinha…
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Steve McQueen,
deves ter comido tantas, carago !
Sim, 17-18 aninhos, pelo estilo da conversa. Assim sendo, uma moça florida à espera de ser desflorada.
(Mas o VCunha é que sabe qual a idade exacta).
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É melhor dirigir a pergunta ao autor do texto…
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O senhor tem um fetiche pelo VCunha, já não é a primeira vez que crónicas bem saborosas de outros o senhor julga dele.
Dê mérito a quem tem.
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Alguém que pergunte à menina, e a alguma das suas amigas queques se por acaso não tem lá na prateleira da sua casa as “50 sombras de grey” ?
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Bem, isto vai ter de parar nalgum lado, nem que seja nos anúncios a tampões.
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A ver vamos…
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Freebleeding? Ui…
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Uma das coisas mais ridículas da Liga Portuguesa de Futebol, é fazer a entrada das equipas em campo com uma menina a segurar a bola.
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Realmente se fosse o Piscoiso era mais giro.
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A cavalo no André Miguel.
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Para evitar descriminações, normalmente a menina da bola é hermafrodita.
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eh,eh,eh…já me fizeste ganhar o dia André.
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Liberdade, essa coisa inatingível e impossível de definir.
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Há muitos livros que podem ajudar…
“The most evident sign of totalitarian democracy is the fact that “it treats all human thought and action as having social significance, and therefore as falling within the orbit of political action.” So the space for personal decisions is continuously narrowed and politics (i.e. political men) reigns supreme. Politics becomes the new religion and it could very well be seen as the new “opium of the people.”
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A política considerada como religião e ópio do povo, é uma ideia interessante.
É provável que alguns Partidos, com a “catequese” das jotas, se aproximem disso.
No entanto acho que numa ditadura, com Partido único, isso é mais real, onde por vezes o ditador até é considerado um santo.
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A catequese é o telejornal das 20h e os padres são os jornalistas, são eles que definem e demarcam a moral que pode ser aceite hoje.
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https://www.wook.pt/livro/contra-a-democracia-jason-brennan/19658021
Já que estamos numa de ideias “subversivas”, aí vai a minha contribuição. Não li na íntegra ainda, mas o autor desmonta uma série de pressupostos com argumentação bem fundamentada. Numa época de frases feitas…
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Ele, Jason Brennan, fala da epistocracia, ou governo dos sábios.
Falta saber se os sábios estão dispostos a formar governo.
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> são eles que definem e demarcam a moral
Ah, então “écrasez l’infâme”, como dizia o camarada Araruta.
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Sou contra sábios, a história demonstra que estão quase sempre enganados.
Objecção de consciência e direito de secessão. Qualquer organização em que os seus membros sejam forçados a pertencer-lhe é ilegítima.
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Representação no parlamento com lugares vazios quem não vota ou vota branco e nulo.
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Não vou em generalizações do género “papel da mulher na sociedade”.
Cada qual sabe de si e decide em conformidade, com ou sem casamento, com ou sem filhos, com emprego ou vivendo à custa de alguém.
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E se a Joaninha anunciasse publicamente que é lésbica, estilo afirmação política?…
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…teria emprego garantido e imediato no gabinete da gracinha.
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Mas a esquerda progressista que legalizou o casamento gay, adopção gay, barrigas de escravas, eutanásia para brancos heterossexuais ( na forja), não estava para legalizar a prostituição preparando-se desse modo para resolver o desemprego feminino mundial ?
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Parece que a Associação dos utentes de utentes da Casa Pia se opôs…
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A Távola Redonda sabe onde é que esta gaja pode ir
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Paula Cosme Pinto teve um problema na infância.
Vou contar, é só para homens machistas.
Os outros e outras vão dar uma volta.
Um dia apareceu-lhe o período.
Veio a correr em lágrimas ao irmão Zéquinha pedir conselho.
Mostrou-se e ele disse-lhe, estás fodida cortaram-te o caralho.
Desde aí nunca mais se curou.
É um caso perdido.
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Oh Ilharco, fizeste-me rir.
Ficou com as ilhargas a sangrar, sem cacete.
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Quer dizer que o problema da Paula Cosme Pinto é falta de piça?
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Sim.
E de muitas outras, quiçá daquela senhora do Governo.
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as e os crianças deviam nascer com os 3 géneros (2 à frente e 1 atrás)
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Na caixa de comentários do Expresso há uns gajos que chamam “feminazi” à senhora Paula Cosme Pinto. Chamar-lhe senhora não é sinal de machismo e sexismo, pois não?
Já agora, boa posta!
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O Expresso não permite comentários a notícia nenhuma.
Onde é que leu isso?
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Creio que a crónica da Paula Cosme Pinto só existe no Expresso online e aí eram permitidos comentários.
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Eram, mas já não são desde a morte do Soares, actualize-se.
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Desde a morte do Soares? Não percebo. Foi alguma homenagem?
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Não,foi uma grande surpresa para eles pois julgavam que o povinho estava todo aos prantos.
Quando perceberam pelos comentários que havia por ai alegria a rodos resolveram o problema fechando primeira umas e depois todas as caixas de comentários.
Aliás as caixas de comentários sobre a morte deste traste tiveram a mesma sorte nos outros orgãos ditos de comunicação social.
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Haver “alegria a rodos” pela morte de um velhote não me parece bem. Apesar de todos os defeitos que pudesse ter foi uma figura incontornável na nossa história recente.
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Figuras incontornáveis da História são aos montes e a maioria não deixou saudades nenhumas.
A partida deste era há muito aguardada por milhares de retornados e especialmente por muitos que não conseguiram retornar.
Ainda há por ai muitos para se abrirem garrafas de espumante.
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Machista, machista é o Chico Buarque.
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O mal da mãe da Joaninha foi ter andado a folhear os livros de exercícios da Porto Editora.
Mas a brigada de costumes já saiu a terreiro. Vamos ter fogueira!
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Os mutawas da Arábia Saudita não diriam nada diferente…
https://www.cig.gov.pt/2017/08/nota-a-comunicacao-social/
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Claro! Quando o Benfica ganha e marca golos há lá meninas boazonas a cheirar o bedume a suor dos jogadores??
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