Celebre-se, pois

O Putsch da Cervejaria, ocorrido em Munique a 8 de Novembro de 1923, faz 94 anos. Entre alocuções apologéticas e críticas anti-nazis, há espaço para uma celebração simbólica e afectiva, e há também espaço para uma fervilhante reflexividade em iniciativas académicas e culturais. É bom que assim seja. Dado que a direita portuguesa se radicalizou, considero meu dever, como deputado do partido que representa a moderação reformista, recentrar, através da análise dos extremos, o debate político em Portugal. Tendo já feito a minha reflexão sobre a Revolução Bolchevique, dedico-me agora ao lado oposto do espectro ideológico.
O Putsch da Cervejaria foi objectivamente um dos acontecimentos mais marcante do século XX. O seu impacto mudou a geopolítica da Humanidade. Foi um “game changer” tão grande como a Revolução Francesa, em relação à qual falar do “grande terror” parece – porque é – um anacronismo face ao que significou no curso da história (principalmente por não ter sido a minha cabeça a saltar fora na guilhotina). Obviamente que a lenta mas inexorável conquista do poder por parte do Partido Nazi resultou de uma conjugação de factores e não da acção mitificada de um grupo de homens que muitos acasos poderiam não ter permitido. Mas permitiram: a Primeira Guerra Mundial, a República de Weimar, o Tratado de Versalhes, a perda das colónias, a crise de 1923 e a hiperinflação, a ocupação do Ruhr, o crash de 1929, a teorização orgânica do nazismo por esse brilhante estratega político que foi Adolf Hitler, um grande conspirador, um amante da pintura, da arquitectura e da música, um operacional e um teórico do nacional-socialismo.
Na Alemanha, foi possível recuperar uma nação destruída e desmoralizada, e fazer com que o orgulho regressasse às almas dos seus cidadãos. A economia, completamente arrasada, foi reerguida; a taxa de inflação, incapaz de se manter em intervalos adequados, foi posta nos eixos; o desemprego, que atingia uns inimagináveis 6 milhões de alemães, foi brutalmente reduzido; e o PIB per capita substancialmente aumentado. Em pouco tempo, a Alemanha passou de um país humilhado para uma das maiores potências mundiais.
A história é o que é. Para lá de todas as disputas que o tempo presente ainda convoca, o 8 de Novembro de 1923 é uma das chaves do século XX e uma das marcas mais poderosas da história universal. Emancipadora, pois claro, no contexto que a permitiu e a consolidou. Celebre-se, pois.
Tiago Barbosa Ribeiro

UAUU… Isto vai pegar FOGO!!
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Não percebo: o Tiaguinho escreveu mesmo isto? wtf, pifou-lhe qq coisa no cerebrelo?
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Nada disso. Já que o esgazeado Tiaguinho escreveu uma ode à “revolução” comunista de Outubro de 1917, o Sérgio Barreto Costa, autor do post, pôs o dito cujo esgazeado a celebrar também, e com os mesmos elogios, o Putsch nazi de Munique.
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Se non è vero, è ben trovato.
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Herr Adolf nunca esteve só
3 milhões de Schutzstaffel
se esperasse 3 anos pelo começo da guerra
estávamos todos a sprechen Deutsch
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Se há coisa insuportável em Portugal são os comunistas convenientemente instalados e aconchegados no PS, e os partidos que fazem de conta que não se passa nada. Foi ontem anunciado publicamente em forma de notícia que Carlos César será o presidente da AR após a confirmação da estrondosa re-eleição de António Costa como líder da oposição em 2019.
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Um socialista (PS) é um comunista com medo de avançar.
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Lendo o TBR , só resta acrescentar que o dito cujo teria tido orgulho em pertencer àquela legião de nazis que reergueram o orgulho do nazional-socialism alemão….
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Portugal está bem entregue. Uns celebram a revolução comunista de 1917, outros celebram o putsch dos nazis em 1923….comunistas e nazis as faces da mesma moeda. Parabéns à esquerda progressista que não se cansa de mostrar o caminho para o socialismo.
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Celebrações fazem-se porque sempre existiram (e existirâo) saudosistas.
As referidas por jc estão historicamente classificadas por FÙNEBRES, oxalá.
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Naahhh…a coisa não se deve só ao consumo de coisas estragadas.
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Conheço este tipo mas à distância. Rapazola perigoso, arrogante, esquivo e vingativo.
Nunca fez nada de relevante.
Muito cuidado com esta rês.
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É socialista, prontos!
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A cara dele de esgazeado já diz muito!
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Pois é, a racionalidade está a brotar por aqui.
Agora os republicanos, socialistas e laicos, só têm 2 hipóteses: ou seguem os camaradas na glorificação do regime soviético -e não podem prender quem glorifique “o golpe da cervejaria” ; ou fingem que são democratas e livram-se dos putischistas -e lá se vai a geringonça. :))))))
Dilema…..
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Tiago Barbosa Ribeiro&Sérgio Barreto Costa para o panteão já!
quando o cérebro se transforma em osso só resta pedra em cima
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zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
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HUUUUUUU!, acorda pá!
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ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ
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Quando li que a direita portuguesa se radicalizou, vi logo que vai longe na vida. Esta cartilha abre todas as portas menos esta, infelizmente
https://i1.wp.com/ncultura.pt/wp-content/uploads/2017/11/Hospital-Miguel-Bombarda-Lisboa-e1510168529403.jpg?resize=640%2C426
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