Saltar para o conteúdo

O pudim

14 Janeiro, 2018

A imagem que melhor define o que vivemos não vem da política nem da História mas sim da culinária: nós somos um pudim. Pouco consistente mas um pudim em que as diversas fatias se amparam umas às outras na expectativa do momento em que caia a primeira. Entretanto Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio e António Costa estão à espera de acertar com a sua hora Macron. Esse momento em que um homem pode cavalgar a onda de um regime que se procura regenerar. Sabem que esse homem virá provavelmente de dentro do regime e acreditam ser eles neste momento os melhores posicionados para o conseguir. Não ignoram também que há um quarto nome nesta espera: Passos Coelho

12 comentários leave one →
  1. Luis permalink
    14 Janeiro, 2018 13:59

    O Regime so Regenera alguma coisa com dois tipos de homem.

    Um milionario populista com um discurso com semelhancas a Trump ou a Berlusconi e preparado para ter toda a sua vida vasculhada a pente fino pelos jornalistas de Esquerda, alguem fora do sistema que nao tenha portanto nada a perder e nao tenha estabelecidas redes de contactos ou de amizades.

    Ou um homem “providencial”, um academico asceta que sera chamado numa situacao de desespero e aceite pela populaca por ser inteligente, recto e frugal.

    Homens do primeiro tipo nao ha em Portugal. Do segundo, ainda ha alguns…

    O pais vai continuar pelintra, pois os aparelhos partidarios, o Tribunal Constitucional e a comunicacao social conseguirao no final bloquear grandes reformas.

    Gostar

    • Fernando S. permalink
      14 Janeiro, 2018 17:15

      Quanto ao constitucional, talvez lembrar que os juizes são nomeados por partidos. Parece que constitucionalista, no meio daquilo tudo apenas havia uma…

      Gostar

  2. Luis permalink
    14 Janeiro, 2018 14:01

    Como e que Rui Rio conseguiria mexer nos municipios? O partido nao perdoaria. E muitos militantes graudos e os aventalinhos de cozinha nao perdoaria qualquer mexida no Estado paralelo das IPSSs e das Fundacoes. A oportunidade de fazer estas reformas ja passou e foi quando a troika aterrou em Lisboa.

    Gostar

    • André Miguel permalink
      14 Janeiro, 2018 15:44

      Voltará a aterrar e já com a lição aprendida do passado recente: primeiro as reformas depois os euros. Tudo tem um fim. Até este regime.

      Gostar

  3. Luis permalink
    14 Janeiro, 2018 14:06

    Os dois ministros que fizeram alguma coisa decente e que tinham ideias de jeito foram corridos. Vitor Gaspar tentou cortar o consumo, o que fez todo o sentido pois tendo em conta as medias europeias consumimos muito em percentagem do PIB, e estavamos a importar demasiado face a outros indicadores. O objectivo era desviar o investimento para exportacoes e turismo. Alvaro dos Santos Pereira tentou abrir sectores protegidos, cortar rendas e burocracias que protegem oligarquias.

    Ja Mesquita Nunes fez um trabalho notavel no Turismo e ao mesmo tempo ganhou o odio do sistema. E odiado por jornalistas, hoteleiros, comunistas e esquerdistas, advogados, malta do negocio do jogo, gente da Santa Casa…

    Liked by 1 person

    • Fernando S. permalink
      14 Janeiro, 2018 17:18

      Passos Coelho não teve força ou vontade para os segurar. Aliás, como é que Passos pode ter o apoio de Relvas que representa o país das benesses?

      Gostar

  4. Luis permalink
    14 Janeiro, 2018 14:15

    Na minha terrinha os velhos de uma geracao que ja desapareceu diziam que nunca se deve dar rendas, beneficios, privilegios ou subsidios a ninguem, pois quando vierem tempos de carestia so com guerra se tira o que se deu. Quando o Estado comecou a encher os quadros, a dar o rendimento minimo, e pensoes a toda a gente, ou quando vieram os subsidios da CEE, os velhos lavradores diziam que viria o dia em que haveria cacetada e pancadaria, pois quando acabasse a fartura, quem tinha as rendas nao aceitaria a bem o seu fim. Os maus habitos sao muito bons de por mas muito maus de se tirar, diziam.

    Ora o tempo esta a mostrar que tinham razao. O Estados sociais que temos estao a corroer a Europa. Agora, qualquer politico do centro que corte rendas, privilegios, garantias, gerara multidoes de indignados, dispostos a dar o voto a Le Pen, Pablo Iglesias, Catarina Martins, Nigel Farage, Puidgemont, a qualquer grupo extremista, nacionalista, comunista que o vingue contra o “sistema”.

    O Estado Social que deveria ser so para os verdadeiramente pobres estendeu-se a remediados e ricos. As consequencias sao e serao nefastas.

    Gostar

  5. 14 Janeiro, 2018 14:26

    Terá Pedro Passos Coelho vontade de liderar um movimento alternativo ao socialismo dominante na sociedade portuguesa? Aqueles que votaram Pedro Santana Lopes e os que votam PAF agradeciam, e o país merecia (precisa de) um partido liberal.

    Gostar

  6. PA, permalink
    14 Janeiro, 2018 15:37

    PPC é muito mais do que isso, um perfeito estadista. Tem forçosamente de ir muito longe na politica.

    Gostar

  7. licas permalink
    14 Janeiro, 2018 15:44

    Luis PERMALINK
    14 Janeiro, 2018 13:59
    Ou um homem “providencial”, um academico asceta que sera chamado numa situacao de desespero e aceite pela populaca por ser inteligente, recto e frugal.
    _

    Va de retro, Satanás
    __Por ser completamente incapaz de compreender as circunstâncias do tempo em que viveu (Guerra do Ultramar)
    __Por se julgar insubstituível no Poder (as pseudo eleições, muito raras e fraudulentas)
    __Por não admitir a liberdade tanto de pensamento quanto a de expressão punindo os recalcitrantes com a prisão, a tortura e a morte
    __Por sistematicamente usar a Censura dos jornais e de todos os livros de que os concidadãos foram autores
    __Por não admitir greves de protesto

    , , , and so on

    Gostar

  8. licas permalink
    14 Janeiro, 2018 16:32

    licas PERMALINK
    14 Janeiro, 2018 15:44

    Continuando, , ,

    Réu do assassínio de DEZENAS DE MILHAR de jóvens soldados.

    Gostar

  9. Weltenbummler permalink
    14 Janeiro, 2018 16:59

    «Cocó, Ranheta e Facada (os três da vida airada)», com esta explicação: «Diz-se de três pessoas que andam sempre juntas.»

    Gostar

Indigne-se aqui.