O futuro do liberalismo em discussão
Num restaurante baratinho já nos arrabaldes do que seria o limite da corte para colonialistas entusiasmados, um grupo de desconhecidos conspira formas de convencer o inculto povo a abraçar o liberalismo através da concessão aos vícios comunitaristas co-adoptados (sim, a co-adoptação é uma realidade jurídica) dos hábitos de sodomia, suicídio assistido e consumo de ópio da burguesia mais esclarecida.
“O indivíduo é o mais importante, não é a família”, diz o Bernardo Bernardo de Bernardo y Silla enquanto o iPhone liga com uma notificação do JN permitindo ver o papel de parede do dispositivo com a mulher a amamentar o filho de ambos, Sampedro Santiago Sebastião Von Mises-Silva (doação de esperma e barriga de aluguer), de seis anos. “Malditos conservadores ultramontanistas tradicionalistas beato-islamofóbicos”, exclama Rimbaud Verlaine de Matos Sottomayor, filho de Marx-Lenine Pitta Sottomayor e da criada filha da senhora com quem Manuel Alegre perdeu a virgindade. “É necessário redefinir conceitos”, diz, em contramão, Valentina de Mamadou Tá Tá Tá, a feminista preta que acumula com outras condições não especificadas de vítima.
“Como é que querem pagar a conta?” – pergunta o empregado de mesa. “É para dividir por todos!” – exclamam em surdina.

Ler Vitor Cunha é simplesmente um bálsamo para o espírito. E melhor elogio não poderia fazer.
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Texto brilhante ! Para uma antologia !
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Está muito giro. Continuem a picardia que o de cima ainda vai parar ao Observador no lugar das crónicas da côncia aquando do referendo das interrompidas
“:OP
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Não é Vitor Cunha quem quer…
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O vosso liberalismo nem discussão tem. Não existe. Confessem. Não sejam tímidos…
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