Boring Johnson
Tivemos esta semana, como se ainda fosse necessário, mais uma prova da imensa superioridade da democracia portuguesa em relação às suas congéneres internacionais. O Reino Unido viu-se sem primeiro-ministro e, numa manobra política rápida, previsível e tremendamente entediante, encontrou um substituto. Esse exercício, baseado num sistema excêntrico a que os nossos velhos aliados dão o nome de parlamentarismo, despertou, como é evidente, forte repulsa no nosso país. Habituados que estamos à excelência do nosso regime, e suportados por uma vasta e secular tradição democrática, era inevitável que não resistíssemos à tentação de dar umas lições a esses rústicos ilhéus.
A verdade é que o grau de civilização de um povo também se vê na complexidade da sua arquitectura institucional e, como é evidente – pelo menos para nós –, quanto mais complexo, melhor. É a diferença entre uma tasca que só serve sandes de leitão e copos de maduro tinto e um restaurante com um menu à la carte carregado de opções. No Reino Unido tiveram de comer, salvo seja, o bacorinho loiro e despenteado; já em Portugal, terra sofisticada, a coisa seria menos líquida. E estaria dependente, como é normal nos universos requintados, do ano e dos caprichos, perdão, do estado de espírito dos vários intervenientes. Se estivéssemos em 2015, ano em que se considerou que a Assembleia da República é soberana, Boris Johnson não teria qualquer problema; se fosse em 2004, durante o Verão, seria sujeito a um suspense de fazer inveja a Hitchcock e só depois poderia sentar o rabo no Palacete de São Bento; ainda em 2004, mas desta vez já com o cheiro a rabanadas no ar, teria de procurar outra ocupação e perceber que neste país, como esforçadamente nos transmitem variadíssimos comentadores, reina a “geometria variável”.
Pelo caminho, Boris Johnson perceberia também outra coisa: os parlamentaristas de 2004 são os antiparlamentaristas de 2015; os antiparlamentaristas de 2004 são os parlamentaristas de 2015; e um dos parlamentaristas de 2004 – chamemos-lhe, para harmonizar conteúdos, o “rainha de Inglaterra” – é simultaneamente um dos antiparlamentaristas de 2004, o que vem provar que o pénis masculino não é o único órgão que vê a sua grandeza diminuída pelo frio.
Boris Johnson é uma escolha muito boa.
Se ele cumprir o que diz, o que promete, ainda melhor será.
Embora ele tenha que aprender ainda muito do excelente e muito inteligente Donald Trump.
Porque o mesmo Boris falou estes dias sobre a boa produção de baterias para carros eléctricos na Grã-Bretanha. Um erro estrategico colossal.
E também de combater as alterações climáticas, as quais ele “pensa”, que o ser humano pode influenciar. Outroa estupidez de grande calibre.
A Wharton School (EUA) é muito superior a Oxford (Eton).
P.S.:
Os macacos com o caralho encolhido em Bruxelas (Paris, Berlim) já estão a tremer.
Se o Boris sair da UE sem contrato, “No Deal”, terá cerca de 39 mil milhões de libras inglesas para gastar de sobra.
Haverá menos dinheiro para os nossos cabrões e fascistas da esquerda.
A guerra pode começar. E se o Boris for aquele, que ele diz ser, a UE vai perder, e muito.
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Parvoeira de post. Não diz nada que se entenda.
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Acho que o autor tentou o sarcasmo, mas saiu uma salganhada que ninguém percebe. LOL
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Só quem pensa ser o centro do universo, as mulheres, é que assim falam?
@André Migalha de Vienna
Ninguém percebe? Hahahahahhaah.
É cego e incompetente.
Foder gatos faz-lhe mal, pá!
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Quando V. Exa. tiver nível, educação e inteligência, para compreender figuras de estilo, podemos conversar. Até lá não passa de um troll.
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zazie se ler com calma percebe-se que o texto é barroco no estilo (excesso de perífrase, superlativação dos adjectivos e segundos sentidos oriundos de jargão próprio) mas está cheio de verdades, excepto aquela do carros electricos. Agora que o (em português Vicentino) o linguadejar aqui está a ficar muito bárbaro, isso está. E uma extrema Direita capaz de tomar de assalto o Poder tem que ter outra objectividade nas palavras.
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Isso é óbvio. O que não é óbvio é o título.
Já chateia tanta cretinice contra o Boris Johnson.
E, neste caso, até lhe podia ter pegado (por comparação irónica) com a nomeação do irmão.
Fora isso, o homem pode ter tudo menos ser “boring”.
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Diga-se que deve ser a única pessoa em quem eu votava (se pudesse) e com gosto. Sou “fã” dele desde os tempos de mayor londrino.
Mais do que ele só o maluco do príncipe Filipe (esse é que era politicamente incorrecto com sentido de humor pythoniano).
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O Sérgio exagerou um pouco na dose de ironia !
E essa de imaginar um “Boris” em S. Bento é mesmo uma grande maldade 🙂
Podemos não gostar do nosso monhé, nem do truque de secretaria que o pôs lá, mas olhando para leste vemos o nosso vizinho grande em banho maria quase seco, e de noroeste os nossos aliados mais antigos com fama de grande experiência parlamentar, não nos ensinam nada para além de parlamentarem muito !
Pelo andar da carruagem, qualquer dia acredito que temos de “agradecer” à Indra por nos ter enviado este texugo gordo …
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A economia espanhola cresceu mais sempre que ficou sem governo! Lol
Nuestros hermanos não se preocupam, quanto mais tempo menos estragos os políticos fazem.
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Pois, lá a regionalização funciona tornando o governo central algo redundante … e qual é a região que mais contribui para o orçamento do estado ? Claro, a Catalunha ! O que explica a sua pretensão independentista. Ninguém gosta de alimentar parasitas …
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Com Boris o isolacionismo ainda aperta mais.
Sanchez está de molho,
Macron em fogo,
a Merkel tremula.
A Ursula tem tudo para não dar certo.
Podem vir dias maus.
Só vejo uma solução:
sócrates presidente, fotocópias e prosápias em vez de beijinhos,
joe berardo ministro das finanças, uma ambição justa que tarda em concretizar-se.
o kosta no Banco de Portugal, garantia que o dinheiro dele está seguro,
o centeno no algarve de onde nunca deveria ter saído,
a katarina nas limpezas, cautela com a mortágua,
o jeróimo rejuvenecido com células estaminais, abraçado ao seu povo,
o césar triunfante junto da sua família, só falta empregar o cão.
Estejam descansados.
Uma coisa é certa, o benfica vai ganhar o campeonato.
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Procópio, será que lhe posso solicitar um empenho ? (leia-se “meter uma cunha”)
Isso de mandar o Ronaldo das finanças para o Algarve pode ser visto como um desperdício de recursos altamente qualificados !
Proponho colocá-lo no ministério da saúde ( dada a sua longa experiência).
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Acho que fica melhor despachado para New York …. longe chateia menos como: Guterres, Sampaio e o Maoista Durão Barroso.
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sim, ficavamos todos felizes … o problema é que não o querem lá 🙂
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2004 a data de um Golpe de Estado em Portugal.
Como os jornais concordaram com o dito, não existiu Golpe de Estado…
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