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cds

6 Outubro, 2019
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índiceO CDS teve, em toda a sua história, dois momentos: o da sua fundação, que foi até ao fim da primeira AD, em que beneficiou de um eleitorado vindo, essencialmente, do antigo regime, e o da refundação operada pelo O Independente e Paulo Portas, em que apanhou um eleitorado jovem, cansado do cavaquismo e que se revia na modernidade do projecto político e de comunicação social daquele jornal e do seu director.

O seu segundo ciclo foi completamente dominado pela figura de cada um dos seus dois presidentes, Manuel Monteiro e Paulo Portas, ambos com boa imagem mediática, mais o segundo do que o primeiro. Foi por isso que o CDS voltou a crescer, e foi graças ao carisma mediático do “Paulinho das feiras” que conquistou eleitorado e foi parar duas vezes ao governo.

Todavia, nesta última fase o CDS praticamente nunca ultrapassou os 10%, e foi-se esclerosando em torno da elite dos dirigentes que, com Portas, tirou o partido a Monteiro, no célebre Congresso de Braga. Hoje, os seus dirigentes são ainda os mesmos desse tempo, e o CDS é um partido de velhos-novos, porque, apesar de ainda serem relativamente jovens, já lá estão há décadas, não deixando o partido renovar-se.

Cristas foi das muito poucas que não saiu desse naipe, escolha pessoal de Paulo Portas para o partido e para o governo. Quando se diz que o CDS não arranjará melhor do que ela, é porque ela ainda tinha uma réstia do único argumento que rendia votos ao partido: uma imagem agradável e fresca, que não passava mal na comunicação social.

Tudo o mais é uma desgraça, porque o CDS nunca se preocupou em ser mais do que um clube de amigos em Lisboa e outro no Porto. O Adolfo Mesquita Nunes fugia a este estereótipo, mas, por si só, não chegava, como não chegou e se foi embora.

Consequentemente, o que sobra ao CDS é o vácuo absoluto. E dificilmente sairá dele.

11 comentários leave one →
  1. Jornaleca permalink
    6 Outubro, 2019 22:35

    Eu não dou um tostão por rótulos e dou tudo por valores augustos.

    E nem sei, o que é que este CDS representa. Um partido inteligente já não é. E uma mulher a liderar um partido? Não obrigado. São as mulheres por toda a Europa que estão a dar cabo da mesma.

    E os bárbaros detestam mulheres. As mulheres estão a deixar entrar o pior do pior, que só tem um sonho: violar quanto mais melhor.

    A Cristas andou a sonhar e colheu o que mereceu. Ou pior, ela sabe-o e não teve colhões de falar sobre os problemas reais deste país.

    Mas uma coisa também é certa, os outros partidos são piores.

    Portugal já não é um país independente. Um grande problema. Quase todos vão ao cu das putas dos Bilderbergers e vivem muito bem. O povo que não gostar disto paga a factura. As elites podres andam a mentir ao povo. E o eleitorado mais burro e atrasado é a tal esquerda.

    Para voltar aos valores: os valores da esquerda não valem um corno.

    E melhor. Eu não dependo de nenhum desses políticos. Por isso, eu durmo muito bem.

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  2. Zé Manel Tonto permalink
    6 Outubro, 2019 22:38

    Eu votei uma vez CDS, quando era o “partido dos contrinuintes”.

    Depois votou a favor de todos os aumentos de impostos do Gaspar.

    Nunca mais!

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  3. JMS permalink
    6 Outubro, 2019 23:06

    Independentemente do CDS que, diga-se em abono da verdade, não me entusiasma há décadas, o que verdadeiramente me incomoda é a escolha dos portugueses em viver cada vez pior.

    O resultado destas eleições mostram, claramente, o desejo de continuar o caminho para a cauda da Europa e, enquanto não chegarmos mesmo ao último lugar, não descansamos.

    Continuamos a adiar a esperança de termos uma vida com um mínimo de dignidade.

    Ainda pouca gente percebeu que, com esta quantidade de esquerda na AR, nunca seremos um país onde seja minimamente interessante viver a não ser, para essa mesma esquerda, com festivais de proibições, obrigacionismos, coimas, multas, ataques a qualquer tipo de liberdade.

    Confirmámos, hoje mesmo, a nossa tendência para vivermos atascados em merda.

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    • JMS permalink
      6 Outubro, 2019 23:28

      Esqueci-me de referir que, um país supostamente europeu, acabou de eleger um arruaceiro, vigarista habilidoso e incompetente como primeiro ministro.

      O país merece-o totalmente.

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      • Zé Manel Tonto permalink
        6 Outubro, 2019 23:35

        Não tivemos já Sócrates a ser eleito duas vezes? Porque é que desta seria diferente.

        O povo gosta destes habilidosos.

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  4. JMS permalink
    7 Outubro, 2019 00:07

    Gostamos de sofrer, é isso? Masoquismo, bondage, etc.

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  5. Duarte de Aviz permalink
    7 Outubro, 2019 00:21

    O Paulo Portas reconstruiu o CDS com o Independente deu o golpe mortal no partido na palermice “inadiável”. Nesse dia os eleitores conservadores e nacionalistas perceberam que o CDS já não representava nada daquilo em que eles acreditam, que era, e é – Portugal acima de tudo.
    A viagem para o fundo não tem regresso. Os “Mesquitas Nunes” vão juntar-se aos liberais, desde que eles não se abastardem e se mantenham fora de merdices como a eutanásia, regionalização e coisas do género.
    Simbolicamente, a morte de Freitas do Amaral marca também a fase terminal da agonia do CDS. Paz à sua alma.

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    • Jornaleca permalink
      7 Outubro, 2019 00:34

      Paz à alma de Freitas do Amaral, um dos maiores traidores?
      Jamais!

      Só debaixo de uma certa premissa, que eu penso que ele não tinha colhões para pedir.

      Os rótulos mudam, os vigaristas aparecem e desaparecem, mas os valores bons estão por aí, abandonados.

      E as leis da economia políticia são piores do que as da física, nunca falham. O Costa e os afins vão desiludir aqueles que neles votaram.

      A excelência continua à espera.

      É mais fácil hoje mentir, do que dizer a verdade. Aqueles que votam em vigaristas, que se lixem. E o Freitas foi um idiota, mais tarde.

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  6. Mario Figueiredo permalink
    7 Outubro, 2019 00:40

    Houve ali um tempo curto de uns poucos anitos em que o CDS foi um partido popular de direita. Contra a união monetária e o peso de um estado-Europa. O Manuel Monteiro conseguiu então levantar o partido. Nunca mais tivemos esse CDS. O Paulo Portas veio para colocar o CDS ao centro e fazer dele um partido popularucho. O CDS só não chegou a esta desgraça mais cedo, porque pelo caminho tivemos um primeiro ministro criminoso que deu ao PSD a governação.

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  7. Arlindo da Costa permalink
    7 Outubro, 2019 02:01

    O CDS-PP, com o abastardamento que teve durante a troika e a sua satelização em relação ao PSD do neo-comunista Pedro Passos Coelho, só tinha que desaparecer.

    Há muito que não é um partido centrista e democrata-cristão.

    É um partido populista e arruaceiro de direita.

    Um partido que ofende a memória dos seus fundadores – Freitas do Amaral, Amaro da Costa e outros.

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  8. sam permalink
    7 Outubro, 2019 13:48

    Cristas demitiu-se porque se perderam 15 gamelas.
    É muita gamela, senhores.
    Os uivos de fome ouvem-se longe…

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