Já nem estamos aqui
A entrada de novas forças partidárias no parlamento nacional não é sinal de vitalidade democrática e sim um dos sintomas da desilusão nacional com torres de marfim nos partidos estabelecidos. Se, por um lado, através de formulações mais ou menos mágicas e/ou recauchutadas de -ismos modelizados em cartão, indicam uma apetência de um eleitorado urbano pela onírica fantasia de uma regeneração do sistema em quimera mais ou menos revolucionária, por outro lado apenas acentuam as diferenças entre as gerações obrigadas a enfrentarem a realidade e a pobreza franciscana da idealização de uma sociedade que não existe fora de certas e determinadas ruas lisboetas.
Nada indica melhor uma aristocracia falida que a obtenção da chave do palacete decrépito, imaginando que com uma demão de pintura a coisa volta a aparentar dignidade. O único resultado relevante destas eleições é o da abstenção: é que o país divide-se em três grupos, o da velha e putativas novas cortes (Lisboa, Porto, Braga), o dos que ainda não têm a certeza se algo do que diz na televisão lhes diz respeito (quase todos) e os que já desistiram da intriga de corte como entretenimento (Açores, Bragança, Vila Real, Faro). Há quem vaticine que as novas forças partidárias têm caminho para crescimento: é possível, mas tal dever-se-á à alienação dos bem-aventurados desistentes – ou seja, ao alargamento da distância entre os “já não temos nada a ver com isto” e as cortes -, não a mérito próprio. Agora, venham mais quatro anos de imensa preocupação com a “desigualdade” do “interior profundo”, que nós gostamos.
Eu adorava saber, o que é que o Eça de Queiroz diria sobre isto tudo. Os tipos que habitam o Largo do Rato & Lda.
A esquerda, profundamente malvada e sempre invejosa, nunca foi contra a monarquia. Tudo mentira. Eles querem é ser a mesma e mandar sózinhos. O resto nada interessa. O dito já nada vale. Agora é manter(-se n)o poder a todo custo nas próprias filas.
Os outros que se lixem.
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Sobre o que é o socialismo e as suas falácias.
https://www.foxnews.com/opinion/sen-rand-paul-socialists-crisis?fbclid=IwAR1HtVpHZOcgNyPoFcXIkmijl4OtVXgalZk69yXnoxKKrsqW-wuaL0xBGPc
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entrou-se na fase «puta que os pariu porque já nos fuderam demasiado»
‘a miséria não tem lei’
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“putativas novas cortes (Lisboa, Porto, Braga)”. >> uns 60% da população
“certeza se algo do que diz na televisão lhes diz respeito (quase todos) ” >> mas alguém ainda vê televisão?
“os que já desistiram da intriga de corte como entretenimento (Açores, Bragança, Vila Real, Faro)”>>> círculos onde se vota PS ou PSD caso contrário o voto vai para o lixo.
Eu acredito que o mediatismo do Chega irá fazer muita diferença. é inacreditável que num governo com Tancos, Pedrogão, mudança da PGR e Ivo Rosa a empenar constantemente o funcionamento da justiça o PS quase obtenha maioria absoluta. Bastou ver o primeiro prós e contras e para perceber que o Ventura em termos mediaticos (TV mas também noutras plataformas) põe o PS no bolso.
O governo já começou bem com a nomeação dos responsáveis do negocio das oliveiras, isto junto a um arrefecimento do ciclo economico acredito que seja um cenario ideal para o Ventura…
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Você pergunta se ainda alguém vê televisão no primeiro parágrafo e no segundo refere-se a um programa de televisão. Achei por bem sublinhar a ironia.
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Quando esse novel herói de sequiosos de justicialismo e órfãos excitados duma “direita” acabrunhada de nome Ventura tiver tomates para na ARepública ou noutro local denunciar COM NOMES !, os mega-trafulhas (uns quantos seus amigos) que têm fodido o país e os tugas, começo a acreditar que começa a deixar de ser oportunista e populista.
O Ventura sem o SLBenfica na CMTV e sem o seu amigo Vieira, não passaria dum mero prof. que bajulou no PSD.
Recentemente a criatura afirmou que o Chega será “daqui a outo anos” o maior partido em Portugal” — fiquei esclarecido mais uma vez sobre esse cómico.
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Errata: “”o Chega será daqui a oito anos
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Dá-te por feliz por viveres bem sem muito trabalho.
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Dá-te por feliz por viveres bem sem muito trabalho….. venha para o interior…. só isso….
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Acabo de fazer contas aos resultados finais das eleições legislativas. Em conjunto, a abstenção mais os votos brancos e nulos mais a votação em partidos que não elegeram deputados, atinge cerca de 60% do eleitorado. Em 2015, essa percentagem estava perto dos 55%.
Quem pode achar que este parlamento representa o país? Não investiguei e nem sei se há dados sobre isso mas dei por mim apensar que, talvez, até o Salazar tinha mais apoiantes na população que todos os partidos juntos deste parlamento. E o governo, representa a vontade de quem? 36% de 40% nem chega a 15% dos eleitores.
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ehehe
É uma União Nacional menos pluralista que a outra que era honesta e sabia governar.
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