Os privados, o lucro e a eutanásia
Vi por aí indignação pela circunstância de grupos privados de saúde anunciarem que nas suas redes de cuidados não matarão doentes, ou seja, não practicarão a eutanásia.
Considerar esta decisão ofensiva dos direitos e liberdades individuais é absurda, desde logo porque supostamente quem é favorável à eutanásia não pretende que a práctica seja generalizada, muito menos obrigatória, mas apenas uma opção disponível. A fúria contra os privados é também evidentemente tola porque uma empresa não deve ser obrigada a prestar serviços que não quer oferecer aos seus clientes, além de que os proponentes da despenalização da eutanásia querem que seja o SNS a “tomar conta da ocorrência”.
Mas, numa coisa estes indignados anti-privados têm razão: as considerações económicas (ou “economicistas”, como lhe costumam chamar) não deveriam distorcer ou impedir as boas decisões.
E aqui a questão que se coloca é que cuidar dos enfermos e prestar cuidados paliativos sai muito caro e o SNS não tem dinheiro.
Ou melhor: sairia caro porque hoje apenas uma ínfima percentagem dos cuidados paliativos necessários é assegurada pelo SNS…
Do ponto de vista do governo e do estado, para gestão das finanças públicas, é muito mais simples e fácil de executar cortes ou cativações a eito. Essa é e será a cultura dominante na administração pública pois seria muito mais complexo alterar as prioridades e opções de investimento, já para não falar da sustentação política que tais medidas exigiriam.
Um doente que esteja bem informado sobre cuidados e acções disponíveis para prolongamento com qualidade da sua vida torna-se um centro de custo.
Um doente potencialmente caríssimo e uma despesa extra potencial que importa evitar.
Por muito eticamente conscientes e compassivos que sejam os profissionais do sector, os incentivos são o que são e, mais ou menos inconscientemente, as pessoas respondem a eles.
É fácil de perceber as consequências que daqui poderiam advir…
Por isso importa a todo o custo que no mercado, privado, não estejam disponíveis nem visíveis alternativas à opção definitiva pela eutanásia.
Certamente a Dona Moreira e a Dona Mortágua condenarão o objectivo de obtenção de lucro pelos operadores privados de saúde ao apresentarem serviços adicionais para prolongamento de vida aos doentes. Mas é precisamente esta procura de lucro que moraliza o mercado ao tornar mais informadas as pessoas e, sobretudo, ao dar mais graus de liberdade e escolha aos doentes para tomarem as suas próprias decisões.
Já sabemos que um rico tem sempre acesso a serviços diferenciados.
Mas no caso de um pobre pedir para o matarem se calhar será mais conveniente este não chegar sequer a saber que se tivesse dinheiro poderia viver mais tempo…
“Já sabemos que um rico tem sempre acesso a serviços diferenciados.”
Não na saúde, Sr. Fernandes. Não devia ser assim. E é mais que tempo de perceber que o facto de ser assim é uma opção ideológica.
Tão ideológica como a opção contrária, que deve passar a vida a criticar.
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O Filipe não sabe o que está a dizer. Os ricos têm sempre mais possibilidades de acederem a cuidados de saúde mais diferenciados, tanto em Portugal como no estrangeiro. Quem tem poder económico e não quer morrer, procura a cura nos sítios considerados melhores, estejam eles perto ou longe, Sempre foi assim e assim será mo futuro. E esta procura dos melhores cuidados de saúde, muito contribuiu para a evolução da medicina, quer o Filipe queira, quer não. Só questões ideológicas impedem de ver isso, como parece ser o seu caso.
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É e sempre foi assim porque os DDT querem que seja assim, Tiro ao Alvo. É uma opção ideológica. E muita carneirada, mesmo sendo pobre ou remediada, defende que seja assim!
Experimente propor uma alternativa: chamam-lhe logo de comuna para baixo.
Reconhecer a realidade não impede que se discorde dela; pelo contrário, é o 1º passo para mudá-la.
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No sns já se pratica a eutanásia desde que a geringonça o destroçou com as hierarquias nomeadas a dedo..
Há diversas formas de o fazer. Fazer um doente canceroso esperar meses por uma consulta, não ter tempo para acudir a uma insuficiência respiratória ou cardíaca dentro do próprio hospital, manter um doente com uma doeça grave por diagnosticar durante anos num centro de saúde, atrasar a administração de um medicamento, um engano aqui, um erro ali, é só ecolher. Não me obriguem a relatar casos. Sou daqueles que só considera possível a reforma do sns com recurso a comissões idóneas de advogados apoiados de peritos auditores nas diversas áreas clínicas
Nos países onde se fazer estatísticas a ponto de saber a razão da morte dos doentes, sabe-se que um terço morre por erro dos serviços de saúde. Não se preocupem demasiado, lembrem-se daquela frase do toninho antes de fugir do pântano: “É a vida!”.
Não é possivel discutir civilizadamente a magna questão público/privado.
Para alguns iluminados a saúde não é um negócio. Adquirir medicamentos, próteses, fornecer água, electricidade, redes informáticas, luvas, batas, não é negócio.
Quem pensa assim faz falta nos locais onde praticam o modelo.
Quanto à eutanásia.
O público abre a porta, os privados fecham-na.
Tirem daí as devidas conclusões.
No público porém, vai haver médicos que se recusam à prática.
Serão outros colegas os escolhidos, os selecionados, imagina-se quem serão.
A chegar a casa. Do filho curioso para o pai: ” Ó pai quantos despachaste hoje”?
Agora vamos supor. A totalidade dos médicos do hospital negam-se.
Serão obrigados? Por quem? Pelo ministro da administração interna ou pelo da economia? Recorre-se aos enfermeiros? E se também se negam?
Restará recorrer aos deputados que votaram a favor.
Estejam descansados. Viver afinal já não tem assim tanta importância e se formos a ver, quem não perfilhe o socialismo, nem nunca devia ter nascido.
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“Não é possivel discutir civilizadamente a magna questão público/privado. Para alguns iluminados a saúde não é um negócio. Adquirir medicamentos, próteses, fornecer água, electricidade, redes informáticas, luvas, batas, não é negócio.”
Salvo melhor opinião, creio que estamos aqui civilizadamente.
A saúde pode requerer produtos e serviços privados, como qualquer actividade, e pagar por eles a esses privados. Nada contra; não poderia ser 100% auto-suficiente.
O que está em causa é tornar a saúde um negócio, vendendo-a como qualquer produto ou serviço, subordinando-a a lucros e accionistas, e restringindo o acesso à saúde, que deve universal, à ganância do ‘mercado’ e dos mamões que o exploram.
Está a ver, Procópio?
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mas se já a praticam , de diferentes modos , nos hospitais públicos , conforme enumera , porque não descriminalizá-la? muito provavelmente esses ditos erros clínicos e atrasos , andam a matar pessoas que queriam viver … com a eutanásia , em principio,, será para quem quer , ou seja , os que estão morrendo de medo de ser eutanasiados à força podem ficar mais descansados. .:)
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Ofereçam-se para carrascos. Vocação não vos falta.
Não metam é médicos e enfermeiros nisto.
Acaso há médicos públicos e outros seres chamados médicos privados?
E o mesmo para enfermeiros/as.
Não trabalham todos eles em ambos e usam o público para “picar o ponto”?
E um médico do Estado pode passar a carrasco mas se for do privado tem a “fonte da eternidade” para venda?
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Eu não sabia é que agora a zazie falava em nome da consciência dos/de médicos e dos/de enfermeiros…
rr.sapo.pt/2016/02/29/pais/bastonaria-dos-enfermeiros-eutanasia-ja-e-praticada-nos-hospitais-publicos/noticia/47983/
http://www.jn.pt/nacional/-bastonaria-dos-enfermeiros-favoravel-a-eutanasia-com-regras-9286293.html
Quando os médicos andavam a estragar as contas ao Passos e a chantagear o pais em greves., Ai eram uns filhos corporativos e interesseiros da (ph)uta. Agora é não toquem nos “inocentes e puros de espirito” dos médicos. Parecem o pcp a falar em nome dos “trabalhadores”.
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Consciência?
Eu falo em nome dos doentes que tanto podem ter um que veio de matar, como outro que veio de salvar.
E a prioridade não é do doente. É de quem tanto pode salvar vidas como tirá-las, como um carrasco.
O que eu penso é que os merdas que se armam em muito humanistas e verdadeiramente liberais em prol de fazer dos médicos carrascos, são uns cobardes que nem coragem têm para o fazer aos seus próprios familiares.
Descartam-se como sendo “um acto médico”, tirar a vida de forma asséptica
Porque, se o argumento fosse mesmo aliviar o sofrimento de quem sabem e têm muita pena por esse sofrimento tremendo, então era fácil, desligavam os próprios essa vida.
Qualquer um pode dar o tal golpe de misericórdia sem que se saiba que é homicídio, dado estar com os pés para a cova.
O modo de o fazer é básico -vai ao Google que ensina e compra online. .
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Portantos pelo contrario a zazie não confia na consciência e boa fé dos médicos. É isso ?
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“O modo de o fazer é básico -vai ao Google que ensina e compra online.”
Produzido e embalado numa vacaria, com um selo de qualidade de laboratório colado a cuspe na china ?
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Ora, ora, médicos que passam atestados falsos para baixas ou cartas de condução servem perfeitamente. Talvez até saibam dar uma injeção.
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Eu gramava era que me traduzi-se a tal “alternativa à eutanásia”
Será que vamos voltar à demanda do Prestes João das Índias, para sermos mais originais até na neotontice?
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traduzisse! phónix!
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Vejo bem, preferia às vezes não ver.
Quem está a restrigir o acesso à saúde.
Quem falou em exploração?
Quem falou em accionistas?
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Consciência?
Eu falo em nome dos doentes que tanto podem ter um que veio de matar, como outro que veio de salvar.
E a prioridade não é do doente. É de quem tanto pode salvar vidas como tirá-las, como um carrasco.
O que eu penso é que os merdas que se armam em muito humanistas e verdadeiramente liberais em prol de fazer dos médicos carrascos, são uns cobardes que nem coragem têm para o fazer aos seus próprios familiares.
Descartam-se como sendo “um acto médico”, tirar a vida de forma asséptica
Porque, se o argumento fosse mesmo aliviar o sofrimento de quem sabem e têm muita pena por esse sofrimento tremendo, então era fácil, desligavam os próprios essa vida.
Qualquer um pode dar o tal golpe de misericórdia sem que se saiba que é homicídio, dado estar com os pés para a cova.
O modo de o fazer é básico -vai ao Google que ensina e compra online. .
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“O que eu penso é que os merdas que se armam em muito humanistas e verdadeiramente liberais em prol de fazer dos médicos carrascos, são uns cobardes que nem coragem têm para o fazer aos seus próprios familiares.”
Creio que se a Zazie pensar um bocadinho verá que nem todos são capazes de matar um ente querido, mesmo que seja para lhe poupar sofrimento, e que isso não os torna cobardes.
Um médico ou um enfermeiro lidam com a morte todos os dias; no mundo moderno uma pessoa comum só vê a morte de longe a longe, e ainda bem. Mais: fazer isso continua a ser ILEGAL.
O argumento de “fazer dos médicos carrascos” não colhe: isto é para casos terminais onde a medicina já fez tudo que podia. Não é uma licença para matar de forma arbitrária ou punitiva.
Ademais, muitos médicos já fazem pior: recusam tratamento por dinheiro. Deixam pessoas sofrer ou morrer por ganância. É isso a saúde privada. Faz da saúde um negócio.
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Se não são capazes, não deleguem! Ponto final.
Se o próprio o desejava quando estava bem, então fizesse como faziam os romanos, delegava no escravo ou no criado.
Quem não tem amigos para o matarem, devia ter arranjado a tempo e horas inimigos que o fizessem por gosto e à borla.
Os médicos e enfermeiros nada têm a ver com estas questiúnculas privadas do âmbito da consciência de cada um.
E a sociedade muito menos. Porque a sociedade não deve delegar em políticos o que é sua base moral ancestral.
Isso substituir a tradição e a Moral, ela Lei jacobina, ditada por políticos eleitos a prazo que não vão responder pelo que decretam para o futuro, pois apenas estão lá a termo de 4 anos.
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pela Lei Jacobina.
Os médicos não deixam ninguém a sofrer por ganância.
Podem é despachar para poupar e prestarem serviço de poupança ao Estado.
E sim. Já o fazem mesmo sem a lei estar aprovada e poderem por lei serem acusados de homicídio.
Mas são apenas alguns- médicos e enfermeiros. Não são todos- daí esta questão de dar cobertura legal ao que alguns já fazem, também criar divisões entre a própria classe de cuidados de saúde.
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Alguém sabe explicar o motivo pelo qual as certidões de óbito deixaram de ter escrito o motivo da morte?
Eu perguntei. Ninguém me respondeu de forma clara.
Disseram que é comunicado à polícia-
Se for óbito em casa, a polícia pode exigir autópsia.
Se for morte em hospital, a polícia apenas fica com a notificação e a causa não é assinalada na certidão que os familiares recebem já com a autenticação da chancela do IRN.
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“Se não são capazes, não deleguem! Ponto final.”
Só isso, ponto final? Condena assim incontáveis pessoas a sofrimento indescritível e escusado?Espero que nunca se veja nessa situação, Zazie: já não irá a tempo de mudar de ideias.
A nossa “base moral ancestral” precisa de reparos urgentes. Está podre. Foi erigida sobre um Deus imaginário, que nunca previu esta classe pulhítica, os ‘mercados’ ou a internet.
Outro exemplo é a saúde privada. Os médicos deixam pessoas sofrer, até morrer, por ganância. Deixam sim senhor. Um hospital privado ou uma farmacêutica negam-lhe o tratamento se não pagar. E a nossa sociedade acha isso normal!
Vê como a moral está podre?
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“Os médicos não deixam ninguém a sofrer por ganância.”
Ok, basta a zazie dizer e temos que acreditar ?
Ah pois já me esquecia “Je fais ma loi” … está tudo dito !
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“Os médicos e enfermeiros nada têm a ver com estas questiúnculas privadas do âmbito da consciência de cada um.”
Lá está a za-zie no zag zieg do diz e desdiz…
Como diz o velho do restelo a zazie está certa porque “Je fais ma loi”. Ontem era assim que depois deixou de ser, porque nunca o disse. Agora reafirma aquilo que ontem negou ter dito.
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“E a sociedade muito menos. Porque a sociedade não deve delegar em políticos o que é sua base moral ancestral.”
E o que é que foi a instituição da igreja católica dona zazie ? As ordem e a autoridade moral não vinham também por decreto e por decisão das altas instancias e dos seus concilios.
Também era “jacobina” quando andava a destruir os locais sagrados pre-cristãos construindo-lhes igrejas em cima e à caça de quem não lhes seguisse as normas ? Qual era a diferença entre o “jacobinismo” da guilhotina e os seus anos de terror, e o “jacobinismo” dos autos de fé da inquisição e da salvação das almas pelo fogo ?
Não foi cristo que quebrou com a moralidade do antigo testamento, que lhe custou o ódio e a perseguição dos que a queriam preservar ? A escravatura sempre foi condenada ?
A moralidade romana era igual à da cristã ?
A moral do antido testamento é a mesma que do novo ?
Portantos, de que raio a zazie está a falar quando fala de “sociedade” e da sua base moral ancestral” ? Sociedade , qual sociedade ? Moral ancestral, qual delas?
Diz que a sociedade não deve delegar a politicos, mas e aos padres e bispos já podia ser ?
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Portanto: defendem que, em nome da Ciência e sob junta médica, os médicos possam tirar a vida, porque a Ciência está tão avançada que lhes dá esta oportunidade, só não dá a de aliviar sofrimento por meio farmacológico.
E então um suicida que está a sofrer tanto que sobe a um andar alto (já assisti na torre de Edinburgo) porque está com ideias e não se decide logo.
Vai lá o médico dar o empurrão ou o bombeiro?
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Portantos a anti-cientoina zazie agora já acredita na maravilha romântica da ciência, e que é possivel em nome da magia da santa ciência “aliviar” o sofrimento por meio farmacológico…
MAs nos já sabemos, a zazie tem estorias, e mais ninguem as tem…
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Olha aqui, ó analfa mija-nos-finados- qual é o étimo de “estórias”?
Que merda de palavra é essa?
Vai beijar o cu ao demo que o teu problema é orfandade mística.
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E se a eutanásia voltar a ser chumbada pela segunda vez, cá estaremos todos para a levar a votos na próxima legislatura. É até passar…
A vontade do povo num país com mais de 50% de abstenção nas legislativas não interessa, Mas tão pouco interessam os actos legislativos anteriores. É assim como a Grécia, mas no nosso caso nem é preciso ir a referendo para o ignorar.
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Pois, isto aqui não é o Reino Unido. Lá a Democracia é a sério. É Brexit, é Brexit. OK?
Aqui é uma pouca vergonha. E o André Ventura é que é mau por dizer as verdades.
Os de Esquerda podem dizer todas as falsidades e poucas vergonhas que é sempre uma gracinha do politicamente correto. O Ventura não. Alto lá que é de Extrema-Direita.
Continuem assim esquerdolas politicamente corretos. Digam mal do Ventura do Bolsonaro e do Trump que Portugal precisa de vocês assim para elegermos mais depressa e em terceiro lugar o primeiro da lista.
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“sairia caro porque hoje apenas uma ínfima percentagem dos cuidados paliativos necessários é assegurada pelo SNS…”
Esta afirmação que acabou de fazer é o que se chama em politiquês, uma “não verdade”…
Já o constante oportunismo de tentar convencer os ingênuos, de que é na gestão tecnocrática do estado, que se encontra o pecado original, e que é na estrita vontade de lucro dos mercados onde se encontra a solução moral. Soa apenas a panfletarismo rasco libero/anarcocapitalista .
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O MG pensa que o SNS oferece, a todos os cidadãos em agonia, os cuidados paliativos adequados? Se pensa que sim, está muitíssimo enganado. Faltam muitas camas e muitos profissionais da saúde para termos cuidados paliativos para todos os necessitados, cada dia mais necessários – a população está a envelhecer.
Porque é que os técnicos e os burocráticos que vão ser necessários para fazer eutanásias não são desviados para serviços de cuidados paliativos, evitando que os doentes e as suas famílias entrem em desespero?
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Isto é o que se chama dar um tiro ao lado. Com esta sua zarolhice, assim fica difícil acertar no alvo…
A capacidade com que vocês da direitêlha interpretam o que não é escrito nem dito, e distorcem aquilo que lêem. Começam a competir ao mesmo nível cognitivo de irracionalidade histerica enquanto grupêlho politiqueiro, que os vossos adversários esganiçados possuídos.
Regule a pontaria e tente novamente.
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E só não é mais caro porque depende em grande parte do Voluntariado!
Olaré, ainda por estes dias alguém dizia que eram precisos mais voluntários para “melhorar” a capacidade de resposta dos paliativos !
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Alguém escreveu: “sairia caro porque hoje apenas uma ínfima percentagem dos cuidados paliativos necessários é assegurada pelo SNS…”
O MG ripostou: “Esta afirmação (…) é o que se chama em politiquês, uma “não verdade”
Eu escrevi: O MG pensa que o SNS oferece, a todos os cidadãos em agonia, os cuidados paliativos adequados? Se pensa que sim, está muitíssimo enganado.
No Público de hoje, página 5, noticia-se: “Há doentes que esperam seis meses por uma consulta de cuidados paliativos”.
Em resultado o MG vem chamar-me zarolho e direitolas. E acusar-me de distorcer aquilo que escreveu.
Que se há de fazer?
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Faz-me confusão esta conversa de matar o doente que já não tem esperança de vida e/ou vive em sofrimento, sem discutir a situação que o pode ter levado a esse estado.
Quantas vezes o estado de saúde do doente agrava-se para além do ponto de reversibilidade porque o ventilador que está inoperacional por causa da falta uma peça que o hospital não compra há meses porque não tem verba, por não ter sido feito o exame complementar no devido tempo que ira fazer o diagnóstico (também aqui, muitas vezes por aparelhos estarem avariados a aguardar disponibilidade de verbas), por causa de longas listas de espera para consultas ou cirurgias.
Estivesse o SNS a funcionar correctamente e a manter vivos, e com qualidade, os que querem viver e de certeza seriam muito menos os potenciais candidatos à eutanásia. Ou talvez não tendo em conta o número de “eutanásias”, contra a vontade do próprio (afinal está em lista de espera porque quer tratar-se), que o SNS já pratica com as suas longas listas de espera para tudo.
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Se isso lhe faz confusão, imagine a confusão que não fará a um doente imobilizado numa cama, sem qualquer esperança de cura, e com uma tremenda vontade de largar esta vida para iniciar a outra que lhe prometeram no além (sim ele até é crente), ao saber que uns quantos idiotas andam por aí a querer decidir por ele, e a engonhar com a tanga dos paliativos !
Concordo na generalidade com a análise do Telmo, e acrescentaria :
» Ainda que os paliativos funcionem exemplarmente.
» Ainda que a medicina evolua ao ponto de tornar curáveis todas as doenças degenerativas e cancerosas que hoje nos preocupam.
A eutanásia não tem de ser criminalizada, mas sim devidamente regulamentada !
Mesmo que tudo funcionasse na perfeição, há uma coisa que vai falhar com regularidade:
» Vai continuar a haver crises, cada vez mais frequentes, e quando não há dinheiro é necessário estabelecer prioridades.
Até parece que não vimos já esse filme, mas os profissionais da “manipulação” querem é vender o “peixe podre” de quem os sustenta !
Claro, quem tem dinheiro vai lá fora. Seja para tratar da saúde, ou para se livrar da gravidez indesejada (discretamente), e porque não para se livrar da própria vida ?
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“e com uma tremenda vontade de largar esta vida para iniciar a outra que lhe prometeram no além (sim ele até é crente)”
Não me parece que seja muito crente, caso contrário saberia que se atentar contra própria vida, o lugar que lhe vai ser reservado é bastante aquecido, e vai ser para a vida eterna. Talvez um pouco de sofrimento na vida efémera seja vantajoso para obter alguma glória para a vida eterna… Isto sou eu a pensar sem confusões.
Continuo a dizer o SNS deve concentrar os recursos nos vivos que querem viver, para que vivam com qualidade na saúde e com o mínimo sofrimento na doença. Quem se quer matar, crie o SNM (Serviço Nacional da Morte) sem retirar fundos ao SNS.
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Mas se a questão é só essa (o SNS), por mim temos acordo.
Mas por uma questão de coerência, tirava do SNS (e de qualquer serviço pago pelo estado) o apoio às doenças aditivas ! Sim também não gosto de ver o dinheiro dos meus impostos gasto com viciados em coca, álcool …
As pessoas são livres, tomam as suas opções devem assumir as consequências !
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dado o bolo contribuinte ser limitado cabe perguntar aos que ganham para redistribuir quanto querem orçamentar para manter moribundos vivos no sns . devemos afectar os recursos aos que estão doentes com vida ou aos quase mortos?
nada a opor que ricos sustentem anos quem eles quiserem no estado vegetal , gastem o dinheiro onde quisere ,não temos nada a ver com isso , com dinheiro públicos temos..
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Estás a confundir o desligar das máquinas com a eutanásia?
Estás a confundir a recusa da obstinação terapêutica com a eutanásia?
Sabes mesmo do que estás a falar?
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É mais um caso de trauma pessoal familiar.
Acha que lhe deviam ter morto o pai e agora quer que os médicos passem a matar pais e mães dos outros.
A marina não sabe o que diz. Acredita que as gerações se renovam se os velhos morrerem mais cedo.
Estranho é não lhes nascer filho mesmo morrendo-lhes avós e o que mais restar de ascendência.
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“Do ponto de vista do governo e do estado, para gestão das finanças públicas, é muito mais simples e fácil de executar.” Bastava ficar por aqui.
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