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Contra o novo normal

31 Maio, 2020

O novo normal expôs uma oposição que à esquerda fez do crescimento do aparelho de estado o seu euromilhões e que à direita, no PSD, vive uma espécie de regresso ao passado, àqueles tempos em que criticar um governo era sinónimo de atacar o país. E depois, claro temos devidamente exponenciado o síndroma André Ventura, essa patologia que se traduz por acreditar que tudo aquilo que André Ventura diz é mau só porque é dito por André Ventura. Deste síndroma André Ventura também faz parte a convicção que André Ventura tem um apoio de tal forma crescente que qualquer candidato que surja à direita será derrotado por Ventura, à excepção de Marcelo, claro. Percebo que a tese agrade a ambos, a Marcelo e a Ventura, mas isto não é um dilema é uma ratoeira. Ou se quebra esta dicotomia apresentando uma outra candidatura ou os próximos anos serão marcados pelo tacticismo egocêntrico de Marcelo e o crescimento do ascendente político do líder do Chega que na verdade já nem precisa de abrir a boca para ser declarado vencedor dos debates que não travou.

6 comentários leave one →
  1. Weltenbummler permalink
    31 Maio, 2020 11:07

    bem observado

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  2. Leunam permalink
    31 Maio, 2020 13:48

    A “democracia” portuguesa (a fingir) nasceu há mais de 46 anos!

    Filha de gente ávida do poder e dos bens materiais, a infeliz nasceu muito defeituosa:

    Um aborto, por assim dizer:

    É Zarolha do olho do lado direito e Maneta e Perneta do mesmo lado.

    Os pais de tal figureta, já se finaram depois de encherem a pança, à conta de tal aborto.

    Deixaram-na, no Mundo, à sorte e à ventura, amparada pela caridade alheia de vizinhos…

    Triste sorte de tal malparida!

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    • Luis permalink
      1 Junho, 2020 09:41

      A democracia portuguesa nasceu praticamente sem Direita. O PSD representa uma ideologia, a social-democracia, de Centro Esquerda. No plano económico sempre foi mais estatista que liberal. Em Espanha a democracia nasceu com um verdadeiro partido de Direita, o PP, fortemente conservador e católico nos costumes, e mais amigo do sector privado que o PSD português. O CDS, que poderia ser o grande partido de Direita, murchou com o cavaquismo, e alguns dos seus viraram à Esquerda ou à agenda «fracturante»… se calhar porque nunca tinham sido verdadeiramente de Direita.

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  3. 31 Maio, 2020 14:13

    Não são os velhos anormais que foram votados para nos governar que trarão qualquer nova normalidade.

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  4. Luis permalink
    1 Junho, 2020 09:52

    A Direita portuguesa está por fazer e vai demorar muitos e longos anos a construir. O mal já está feito, já foi feito nas décadas passadas. O mal foi ter deixado que a Esquerda dominasse a Academia, os programas escolares, a comunicação social, o ensino do jornalismo. Não se politizou a população, que não ganhou consciência política. Por isso vemos gente que tem bens ou PMEs a votar em massa no PS… um partido que só sabe taxar e prejudicar… quem tem bens ou PMEs.

    O Ventura e o Cotrim são carismáticos mas sozinhos não vão a lado nenhum. Os partidos precisam de quadros académicos, precisam de ter presença nas associações de estudantes e a nível regional, e precisam de ter acesso à comunicação social de forma inteligente. Ora o deputado Cotrim é genericamente ignorado e do Ventura falam para atacar…

    Se Portugal fosse um país equilibrado teria uma Direita e social-democracia (Centro-Esquerda) com bem mais de 60% das intenções de voto. E Direita entende-se por CDS, IL e Chega. Neste momento estes partidos juntos nem chegam aos 35%. E isso é surreal, pois Portugal é um país de pequenos e médios proprietários, a maioria da população vive a Norte do Tejo, onde estão as PMEs e onde domina a pequena e média propriedade. Estas percentagens indiciam que parte da população não tem consciência política e não tem noção das consequência práticas da ideologia em que vota!

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  5. Leunam permalink
    1 Junho, 2020 11:29

    Luis
    O seu diagnóstico é a realidade.
    A elite da direita portuguesa ou não existe ou age como se não existisse.
    Sem uma elite forte, consciente e produtiva nenhum povo evolui para melhor.
    Tudo é consequência da INÉRCIA CULTURAL do Povo português:
    Não se ilustra, não procura saber do mundo que o rodeia, nem dá mostras de querer evoluir individual e colectivamente.
    Mesa, praia, futebol e concertos ao ar livre, preenchem as vidas das gerações que deviam estar a preparar-se para as responsabilidades do Amanhã.
    Caminha-se claramente para tempos de ESCRAVATURA pura e dura.

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