Utilização de linguagem não discriminatória nas FA: salvou-se o ministro (género masculino) e tramou-se a secretaria (género feminino)
18 de setembro: Um documento designado “Diretiva sobre a utilização de linguagem não discriminatória” foi enviado aos chefes dos três ramos e ao Estado-Maior-General das Forças Armadas. Estava assinado pelo secretário-geral do ministério, João Ribeiro.
28 de Setembro: a Secretaria-Geral do MDN envia aos chefes dos três ramos e ao Estado-Maior-General das Forças Armadas um documento onde lhes solicita “os contributos que entendam como relevantes” sobre a “Diretiva sobre a utilização de linguagem não discriminatória”
30 de Setembro: a associação que representa os oficiais afirma que a orientação emanada pela Secretaria-Geral “é um disparate” e “uma baboseira”. Admitia esta associação uma “manifestação ruidosa” contra a directiva.
1 de Outubro: o ministro declara: “O que é verdadeiramente importante é o trabalho que está a ser feito na promoção da igualdade de género dentro das Forças Armadas. Depois se se deve prever ‘nascido em’ ou ‘data de nascimento’, isso é absolutamente menor, não tem relevância nenhuma e, do meu lado, confesso que não pretendo passar muito tempo a pensar nessa matéria“
2 de Outubro: O ministro anula a directiva: “Tomei conhecimento do envio pela secretaria-geral dos ofícios (…) com o título ‘Diretiva sobre a utilização de linguagem não discriminatória’, dirigido ao EMGFA, aos Ramos, e aos serviços centrais do ministério, suplementado posteriormente pelo ofício (…).Por carecer de aprovação superior e por se tratar de um documento de trabalho que não evidencia um estado de maturação adequado, devem considerar-se anulados os referidos ofícios“
Moral da História (e do historial que nós aqui no Blasfémias somos militante do género);
- O ministro (género masculino) salvou a face e quem se tramou foi a secretaria (género feminino). Moral da História: a pancada sobra sempre para as mesmas
- O ministro (género masculino) diz desconhecer o que faz a secretaria-geral (género feminino). Moral da História: o género masculino é sempre o último a saber. Mesmo quando é ministro
- O ministro tenta passar incólume entre a secretaria-geral (do ministério) e a baboseira (dos oficiais) Mas nestas coisas o género masculino ministro sai sempre amachucado. Ou para não ser sexista não sai incólume.
O ministro nunca foi à tropa
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O MDN está cheio de gente a quem se aplica o art. 16 do RDM.
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a culpa é do Trump e não do joe bidé
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