Desobediência
Na Coluna semanal da Oficina da Liberdade, com o seu habitual génio o Carlos Fernandes escreve sobre desobediência.
Algumas passagens:
O medo, da violência do Estado ou das narrativas da sua propaganda, deixa assim de ser uma razão válida na generalidade das circunstâncias, para ficar reduzido à medida da cobardia do povo. Muito antes, já Cícero havia notado que «a servidão é a submissão de um espírito enfraquecido e cobarde, carecendo de vontade própria.»
se forem relegados para os bastidores com vista a entregar o palco ao sofisma do bem comum ou a outros disparates colectivistas, os princípios levam consigo a legitimidade do poder político, deixando-o entregue à prepotência das massas ou ao arbítrio dos iluminados.
os limites do Estado e do poder político: as leis devem ser justas e não podem, em caso algum, corromper o espaço privado ou violar a lei divina.
o voluntarismo de alguns conduz a opressão de todos, e não há barreira de imunidade suficientemente forte, pelo menos sem o recurso à violência, que consiga circunscrever o surto. O respeito devido aos outros aconselha os mais submissos a praticar o isolamento social durante uma epidemia liberticida, até porque, se a obediência ao Estado não é um imperativo categórico, a obediência a um bando de demagogos e oportunistas é uma indecência.
A obediência ao Estado é uma contradição nos termos. A instituição está ao serviço dos cidadãos, é pago por eles, logo, é ela que lhes deve obediência. Destes factos resulta que o Estado deve estar exposto, como os educandos de outrora, à coação da férula. A desobediência civil é, quase por definição, pacífica, mas, uma vez chegados definitivamente a uma conjuntura que a solicita, uma dúvida se impõe: onde está a fronteira, na escala das afrontas à liberdade, que separa a reacção pacífica da violenta?
Ler o texto completo é um prazer e tempo de qualidade de que se desfruta por estar perante um dos mais relevantes artigos de opinião dos últimos tempos. Aqui.
estou há mais de um ano na pildra
devido a uma legião de imbecis
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