Lisboa ciclável fora das ciclovias
Um estranho cortejo avançava este sábado, 18, na zona de Sete-Rios em Lisboa: vários polícias em motos e automóveis acompanhavam um grupo de ciclistas. Espantosamente os ciclistas ignoravam as duas ciclovias paralelas existentes neste local da capital (ciclovias da Conde Almoster e da Radial de Benfica) e pedalavam pelo asfalto devidamente escoltados pela frota automóvel da polícia. Para mais tudo isto aconteceu no âmbito de um evento denominado Lisboa Ciclável que diz ter “como objetivo promover a utilização da bicicleta e das ciclovias da cidade de Lisboa”. Para lá do óbvio absurdo deste caso — se o evento se destinava a promover a utilização das ciclovias porque não as usavam? —, o folclore em torno do uso da bicicleta está a ficar insuportável.
É o ódio contra o carro individual como simbolo do capitalismo.
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Calma, calma. A escolta é só uma vez por ano. No resto do tempo, continua a ser milagre regressarem vivos a casa. Deixem a lei de Darwin funcionar.
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Já agora: porque é que as escolas de condução tugas não integram no seu plano de formação umas horitas dedicadas ao suicídio ao volante? Ou então uma visita de estudo ao Alcoitão? Seria tão mais produtivo…
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Desta vez esqueceram-se do burro e do ferrari.
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O Burro preside à Câmara e o Ferrari foi comprado com os fundos da Bazuca.
Não se esqueceram, mas fazem por que esqueçamos.
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As ciclovias são mais uma moda passageira que acabará por se esboroar na poeira dos tempos.
Tal como a obsessão doentia por rotundas, que vão proliferando como cogumelos pelas nossas cidades, também a construção abusiva de ciclovias não é mais que um mero pretexto com que os autarcas deste país querem enganar os seus munícipes, para de alguma forma justificarem que estão a fazer alguma coisa e o cargo para que foram eleitos.
Nada de mais falso e ilusório, e isto insere-se numa estratégia de propaganda política dos maiores partidos, PS e PSD, que estão esgotados na sua essência e já não têm nada de novo para oferecer, a não ser o compadrio da cunha para os “boys” e o flanco aberto para a corrupção.
As nossas cidades tornaram-se locais insuportáveis e já não é aprazível viver-se nelas. Percorrê-las com um sentido contemplativo já não é, doravante, possível, porque simplesmente as foram desvirtuando e descaracterizando, e viver hoje nelas é mais que um sacrifício, é um calvário rotineiro que não parece ter fim.
Não são as ciclovias, nem tão-pouco as rotundas, que se vão substituir às andorinhas para fazerem chegar a Primavera às nossas urbes. É com planeamento pensado e responsável, e não a troco de obras megalómanas e inusitadas, que à queda das primeiras chuvas provocam inundações ciclópicas por ausência de escoamento das águas, que em nome do futuro e da modernidade, vamos criando pequenas “venezas” entre nós, navegadas pelas gôndolas da incompetência e do desleixo com que nos permitimos e acedemos ser governados.
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Sabe que Ojeda, o descobridor do Lago maracaibo, chamou a um assentamento de índios sobre o Lago (em casas sobre estacas) Pequena Veneza ou Venezuela?
O seu comentário, nesse seu último parágrafo, é precisamente simbólico!
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Já agora, quando vivia em Lisboa andava muito de bicicleta (vinte e poucos quilómetros nos dias úteis). Vi que as ciclovias são usados por todos menos pelas bicicletas: carros de bebé (compreende-se), malas de arrasto (compreende-se), casais que acham o piso liso mais confortável e que ocupam as duas faixas, e mulheres de salto alto no Inverno que preferem o piso liso e absorvente e antiderrapante à calçada portuguesa.
Dito isto, éramos poucos a andar de bicicleta, a ponto de nos reconhecermos e nos cumprimentarmos. Nada justificava ciclovias dedicadas. Mais valia que fizessem um risco no passeio e chamassem a isso ciclovia. Ficava mais barato.
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diariamente andam nos passeios e nas ruas em zonas de ciclovias
‘entusiasmo urinário?’
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