bilhete da província
4 Fevereiro, 2022
Alguns comentadores do meu último post insurgiram-se por eu ter dito que a Catarina Martins era uma provinciana nascida no Porto. Ora, eu próprio nasci no Porto, vivo habitualmente no Porto e não me importo nada de assumir o epíteto, esclarecendo os leitores indignados que uma coisa é ser provinciano, outra saloio e outra ainda um patego/parolo indecente. Acrescento, aliás, que a província não se exclui do universo da civilização e que, bem pelo contrário, se pode ser provinciano e cosmopolita. A quem não tiver ainda entendido a coisa, resta-me uma sugestão: leiam A Cidade e as Serras.
5 comentários
leave one →
Eu diria que sou da província mas não sou provinciano.
Acrescentaria ainda que há muitos provincianos (no mau sentido da palavra) em L(e)sboa…
Mas são provincianos “finos”.
Rui Silva
GostarGostar
Ó cá xou de Lexboua.
GostarGostar
O problema, Rui A., não é somente considerar o Porto como sendo “província”. O problema é também confrontar o Porto com Coimbra e sugerir que esta última não é “província”.
Ora, eu diria que, se o Porto é “província”, Coimbra ainda o é muitíssimo mais. O Porto é uma cidade cosmopolita, com um aeroporto, com montes de estrangeiros lá residentes, etc. Coimbra é, basicamente, uma cidade com uma universidade que, até há pouco tempo, só era frequentada por estudantes provincianos.
O Rui A. assuma-se provinciano se quiser. Mas não vá dizer que Boaventura Sousa Santos não é também provinciano, ainda muito mais que o Rui A.!
GostarGostar
Tou mesmo deslocado e fora do tempo
… desde pequenino que me ensinaram que os indígenas do Porto eram tripeiros….
Custa chegar a esta idade e saber que andei uma vida inteira e longa, enganado..
Será fruto do novo desacordo ortográfico?
Quem sabe disso é o SS Máventura , presumido e jubilado oriundo de uma qualquer província lá de chima
GostarGostar
Hoje, muita gente foge das cidades. Pode-se ter o melhor de dois mundos. Os novos meios de comunicação e a moderna rede viária colocam toda a gente muito próxima.
Caducou, esse debate 🙂
No caso de Portugal e S.Marino ou Liechtenstein, por exemplo, devido à grande extensão territorial, existem aborígenes provincianos nas zonas mais remotas. Só a regionalização pode resolver isso.
GostarGostar