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Síndrome de Centeno, Costa e Marcelo

13 Setembro, 2023

O forrobodó do Conselho de Estado ainda alimenta polémicas. Alguns dos seus membros que se pelam por microfones e câmaras à sua frente ou referências na impresa a fontes não identificadas, não deixaram de mandar em público a sua bojarda sobre o tema e distribuiram nas televisões e jornais vigançazinhas com variados destinatários.

É certo que as fugas de informação tornadas editais na comunicação social; o fala, não fala ou o mente, não mente tornaram o Conselho de Estado uma espécie de recreio infantil de Marcelo e Costa, sendo os conselheiros usados exactamente para efeito de traquinices destes personagens.

Mas o problema não são tanto os ditos «conflitos institucionais» entre orgãos de soberania, ou a actual inutilidade do Conselho de Estado. Quem esteja minimamente atento à realidade politica desde 2015/2016, sabe que mais grave do que isso é que Marcelo e Costa, cada um à sua maneira, têm propositadamente vindo a degradar gradualmente as instituições democráticas e a descompor o Estado de Direito de acordo com o que a cada momento mais convém às suas respectivas agendas pessoais.

Não seria eu, pois, a criticar se figuras como Cavaco Silva, Leonor Beleza ou Miguel Cadilhe renunciassem ao seu cargo no Conselho de Estado em nome da sua dignidade pessoal.

Entretanto, no mesmo registo de abandalhamento e sequestro das instituições para fins particulares, Mário Centeno que passou de Ministro das Finanças directamente para o Banco de Portugal e recentemente passou a deixar alimentar a ideia de poder vir a ser candidato à Presidencia da República, mandou recentemente às malvas os resquícios de credibilidade e independência do  nosso banco central ao fazer, em nome individual, uma análise da economia portuguesa. Quebrou assim a tradição do Banco de publicar documentos institucionais validados colegialmente.

Ou seja: Centeno – tal como Marcelo e Costa – usa as instituições para fazer política em nome próprio e insuflar egos de fracos líderes.

Camões dizia: “o fraco rei faz fraca a forte gente”.

Será que os Portugueses ainda têm força?

A acreditar nas sondagens eleitorais, parecem, infelizmente, resignados à fraqueza.

A minha crónica-vídeo, aqui:

4 comentários leave one →
  1. Maria permalink
    14 Setembro, 2023 00:26

    Excelente e assertivo texto cujos defeitos insanáveis apontados abrangem toda a politicagem (a passada e sobretudo a actual que segue à letra a inicial, aquela que iniciou a destruição do País) que nos vem regendo há tempo demasiado. Mas o pior mesmo, se tal é possível, é presentemente estarmos perante umas centenas de traidores à Pátria (e que para iludir os inocentes eleitores trocam de cargo a cada mês ou ano que passa e depois descaradamente voltam a ocupar o cargo anterior ou outro monetàriamente compatível) que detêm há quase duas décadas cargos governativos de topo e que para mal dos nossos pecados continuam a destruir diária e impunemente o nosso infeliz País em todos os seus domínios sem que sejam chamados à pedra. A Nação Portuguesa vai para mil anos graças a um punhado de Heróis que pela bravura e determinação a tornaram Nobre, Gloriosa, Soberana e Independente. Os actuais traidores à Pátria, descendentes dos iniciais e herdeiros fiéis da sua agenda criminosa, que tomaram d’assalto o poder há quase cinquenta anos tudo têm feito para dar continuidade à total destruição do País mas não conseguirão. Deus sempre protegeu Portugal e o seu crente e bom Povo e continuará a fazê-lo enquanto determinar a existência do Mundo/Planeta Terra – Sua maravilhosa e Divina Criação – tal como o conhecemos.

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  2. carlos rosa permalink
    14 Setembro, 2023 23:17

    CHEGA-lhe Telmo!

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  3. Rocco permalink
    15 Setembro, 2023 16:37

    Muito sucintamente… Isto está uma miserável, apagada e vil tristeza.

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  4. Mário Marques permalink
    19 Setembro, 2023 12:11

    Os traidores que tomaram Portugal à quase 50 anos deixaram as suas “sementes” que por sua vez tomaram as instituições e colocaram os seus apaniguados em vários cargos. São as pessoas certas para quem quer tomar o mundo, pois vendem-se por pouco (comparando com os valores e património que estão e estavam em causa). Não esperem que isto mude, a sociedade portuguesa está moribunda e os mais jovens estão doutrinados e apáticos ao que se passa, pois para eles é tudo normal nomeadamente aos valores e à Pátria.

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