Da tinta verde a Passos Coelho

Mais um ataque engendrado pelo genro de Francisco Louçã, de seu nome João Camargo, e actual líder do movimento Climáximo. Porém, o cobardolas, para não ficar encalacrado na praça pública, prefere ficar na sombra e manda uns idiotas e umas palermas fazer o trabalhinho sujo. Como diz o Paulo, e bem, no seu comentário transcrito acima, seria interessante saber-se quem financia estes arruaceiros activistas do clima, que não sendo George Soros, só pode ser George Soros. Se acontecesse comigo o que aconteceu com Luís Montenegro – é a tal tolerância portuguesinha para com os infractores e prevaricadores – eu não me ficava e partia o focinho todo ao autor.
Como diz o Telmo – e com carradas de razão – só um discurso agregador de todo o espaço da Direita é capaz de fazer uma frente de combate ao partido socialista, obrigando-o, inapelavelmente, a refugiar-se nas trincheiras demagógicas do fazedorismo de propaganda, que só têm emperrado, atrasado e desgovernado este país.
Mas não foi o Chega nem André Ventura que estabeleceram as chamadas linhas vermelhas e as cercas sanitárias, tão do agrado da comunicação social avençada, alinhada e subjugada às ordens escritas na madrassa do Largo do Rato, foi o próprio PSD e o seu líder, Luís Montenegro, levados pela cantiga de embalar do bandido – entenda-se António Costa e pelo slogan da sua raiva, “não passarão!” e “vem aí o papão!” – que estamos hoje neste impasse e num cenário de possível ingovernabilidade, pois a esquerdalha, e sobretudo os camaradas socialistas, tudo farão para que tudo fique na mesma como a lesma, agarrando-se como lapas ao poder e sem intenções de o largar, se entretanto a Direita continuar a degladiar-se entre si e a autoflagelar-se, mais preocupada na afirmação de éticas moralistas do que encontrar soluções governativas.
É evidente que Luís Montenegro cometeu um erro de avaliação, foi ingénuo, demasiado imprudente, não mediu bem o alcance e as consequências das suas palavras inconsequentes, que na ilha da Madeira tolera as acções dos laranjas corruptos, mas no continente diaboliza aqueles que, no seu entender, são racistas e xenófobos, mas que dizem as verdades e não se deixam influenciar por jogos e estratégias partidárias, e se o não é não, pois que fique com ele para recordação ou, quiçá, como arrependimento tardio, de quem não está a ver o filme todo, pois mesmo que ele ache – convictamente ou nem por isso – que o Chega não faz parte da equação e, conjuntamente com os liberais tontos da IL, dos insubordinados do CDS ou do enigmático e escondido PPM, tenha encontrado a fórmula mágica para formar um governo minimamente estável, está muito enganado e, no fundo, bem lá no fundo, espera do Chega um comportamento salvífico e responsável, coisa que até hoje o líder do PSD nunca teve.
Mesmo que os psitacídeos dos jornais e da televisão o neguem, ou estejam incrédulos e renitentes em o aceitar, a verdade é que este país já mudou, independentemente dos resultados ou combinações que possam haver nas eleições do próximo dia 10 de Março, pois não é preciso ser bruxo nem astrólogo, ou coisa que o valha, para se perceber e percepcionar-se que existe já hoje na sociedade portuguesa – ainda que primeiro a medo mas agora já mais às claras e assumido – uma maioria sociológica de direita, não só nas conversas de café ou nos lamentos diários quando se vai às compras e está tudo mais caro, mas também na realidade dos depauperados serviços públicos quando os utilizamos, na indecência do funcionamento dos hospitais e centros de saúde, em que os doentes desesperam em filas por uma consulta que demora ou por uma cirurgia ciclicamente adiada; no caos das escolas públicas, sem professores e sem condições para funcionarem, que deixam pais e alunos na corda-bamba da previsibilidade e do aproveitamento, carências e desperdícios, desmazelos e incompetências de toda a ordem, que coabitam no nosso dia-a-dia, sem que se vislumbre um menor ímpeto reformista, por parte de quem nos tem (des)governado até hoje, para virar a página de um país terceiro-mundista à beira do abismo, sem futuro nem identidade, se entretanto não houver alguém ousado que dê um murro na mesa e uma pedrada no charco, neste imobilismo atávico e fétido, que se vangloria muito dos 50 anos de democracia (qual democracia? A deles?), mas que pouco lamenta ou nada se importa, pelo definhar da nossa cultura e da nossa história, enquanto povo e nação.
Ó sábio povo, não vos deixeis enganar repetidamente por estes intratados imbecis, que de vós, a única coisa que querem, é a carta branca (o vosso voto) para o despudor impune continuar.

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Haja decoro erradicando um sistema eleitoral fraudulento.
Devia ser obrigatório que a opção pela abstenção figurasse no boletim , e ter a legitima condição de voto validamente expresso.
Considerar como abstenção todos os eleitores ausentes nas urnas não passa de uma habilidade insustentável.
Isto porque haverá centenas de razões para as ausências, como doença impossibilidades várias ou simples desprezo.
Para todos os efeitos morais, cívicos e pura transparência a verdadeira abstenção só pode ser exercida presencialmente.
Virá a propósito referir que na AR os deputados para se abster tem que estar presente.
Temos uma democracia coxa em que um cidadão para o ser de corpo inteiro tem que ser associado de um partido politico.
Além disso não pode deixar de ser condenável que as cupular partidárias façam uma pré-seleção colocando os seus em lugares elegíveis.
Uma hipótese de solução seria os partidos concorrerem apresentado os nomes que propõem, e o eleitor escolheria o nome em quem votar, sem prejuízo de ser considerado um voto no respetivo partido.

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Se queres ver os teus filhos e os teus netos sem futuro que preste, casais separados, filhos desamparados, os melhores a emigrar e os que não têm formação académica nem sabem falar português a entrarem todos os dias em Portugal sem qualquer controlo,
vota na Esquerda.
Se és reformado ou pensionista e queres continuar a receber uma reforma de fome com aumentos anuais que dão para beberes um café todos os dias,
vota na Esquerda.
Se gostas de ver os outros iguais a ti a morrerem à porta do Hospital e tu ficas contente por te ires safando,
vota na Esquerda.
Se não te importas que os teus filhos ou os teus netos aprendam pouco na Escola, seja por falta de professor, seja porque o professor faz muitas greves, seja porque o professor é obrigado a passá-los de ano para Portugal aparecer nas estatísticas da Europa a fazer ver que o Ensino está bom,
vota na Esquerda.
Se te aconselham a comprar um carro elétrico e tu não tens dinheiro para comprar um a gasolina em segunda mão,
vota na Esquerda.
Se foste enganado com qualquer trafulhice, a Justiça não te defende e tu achas isso normal,
vota na Esquerda.
Se não encontras um pedreiro competente para te fazer um biscate em casa e tu achas que é por tu estares fora do assunto e não teres a sorte de o encontrar,
vota na Esquerda.
Se finalmente conseguires arranjar algum que no fim do trabalho te apresenta a conta e te diz logo que se quiseres fatura tens que pagar mais 23%,
vota na Esquerda.
Se no fundo achas que isto não está bom mas que com a Direita ainda ia ficar pior,
Vota na Esquerda.

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