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Liberais e estatistas em Portugal: uma questão de idade?

4 Maio, 2008
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As opiniões políticas das pessoas são diferentes e ainda bem que assim é. Tal como em muitos outros casos do foro psicológico, é provável que vários factores influenciem essas opiniões. A impressão que se pode ter é a de que a data de nascimento pode ser um desses factores. De facto, na altura da vida em que cada pessoa desenvolve uma “consciência política”, existe uma “atmosfera” que pode variar significativamente, por exemplo, de uma década para outra. Sem prejuízo da existência de outros factores (tais como o ambiente em que cada um se insere), cada um de nós poderá ser influenciado pelo “espírito do tempo”, não do tempo em que nasceu, mas antes do tempo em que formou as suas ideias políticas.

 

Em Portugal, para além das influências do “espírito do tempo” comum ao mundo ocidental, existem aspectos próprios, decorrentes da forte influência, quer do salazarismo, quer do comunismo, portanto, de duas formas de estatismo, em muitas pessoas que formaram a sua consciência política antes de 1974 (antes da revolução).

 

É sabido que muitas pessoas que, em Portugal, ainda hoje aderem às ideias comunistas, são idosas. No reverso da medalha, muitas pessoas que aderem às ideais liberais nasceram nas décadas que se seguiram à de 1950. Poderão existir casos de famílias nas quais pessoas mais velhas são salazaristas, entre as seguintes existem comunistas, e entre as mais novas poderão existir simpatias liberais. De igual forma, são também conhecidos liberais que, tendo nascido antes de 1960, antes de o serem militaram em algum tipo de ideologia filo-comunista. Estes últimos casos são particularmente interessantes uma vez que parecem indicar que o zeitgeist não constitui uma fatalidade, ou seja, que o zeitgeist é superável.

 

A data de nascimento poderá influenciar a forma como cada um vê momentos ou figuras históricas: para muitas pessoas que formaram a sua sensibilidade política antes da revolução de Abril, Maio de 68, Che Guevara, ou Sartre funcionam como marcos históricos e/ou culturais; para alguns dos que vieram depois, trata-se de figuras ou momentos pouco mais do que irrelevantes, um vez que a História seguiu um caminho completamente diferente – de 68, a reter alguém, seria Dubček.

 

Num mundo globalizado, salvo melhor opinião, não existem verdadeiras alternativas ao liberalismo – este é espírito do nosso tempo, quer queiramos, quer não. Existirá algum papel para o socialismo? Sim, o papel de contribuir para manter a coesão social em cada país – o socialismo mínimo. É que, caros amigos, se não faz sentido impedir as pessoas de seguirem na vida os caminhos que entendem escolher para si próprias, tão pouco fará sentido deixar pessoas morrer à fome.

 

José Pedro Lopes Nunes

35 comentários leave one →
  1. Inculto permalink
    4 Maio, 2008 11:14

    Claro que essa tua análise é superficial e não “obriga” a que todos a sigam. Mas merece sem dúvida ser aprofundada. Eu pensei muitas vezes em temas semelhantes. Por exemplo, existe uma grande percentagem dos “jovens de Abril” que agora estão na casa dos 50, que têm muitas semelhanças, até traumas comuns.

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  2. piscoiso permalink
    4 Maio, 2008 11:19

    CLAP
    CLAP
    CLAP

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  3. 4 Maio, 2008 11:45

    Na perspectiva neoliberal, os pobres são culpados pela pobreza; os desempregados pelo desemprego; os corruptos pela corrupção; os professores pela péssima qualidade dos serviços educacionais. O neoliberalismo privatiza tudo, inclusive também o êxito e o fracasso social. Ambos passam a ser considerados variáveis dependentes de um conjunto de opções individuais através das quais as pessoas jogam dia a dia seu destino, como num jogo de baccarat. Se a maioria dos indivíduos é responsável por um destino não muito gratificante é porque não souberam reconhecer as vantagens que oferecem o mérito e o esforço individuais através dos quais se triunfa na vida. É preciso competir, e uma sociedade moderna é aquela na qual só os melhores triunfam. Dito de maneira simples: a escola funciona mal porque as pessoas não reconhecem o valor do conhecimento; os professores trabalham pouco e não se actualizam, são preguiçosos; os alunos fingem que estudam quando, na realidade, perdem tempo, etc

    A resposta neoliberal é simplista e enganadora: promete mais mercado quando, na realidade, é na própria configuração do mercado que se encontram as raízes da exclusão e da desigualdade. É nesse mercado que a exclusão e a desigualdade se reproduzem e se ampliam. O neoliberalismo nada nos diz acerca de como actuar contra as causas estruturais da pobreza; ao contrário, actua intensificando-as.

    Os governos neoliberais não só transformam materialmente a realidade económica, política, jurídica e social, também conseguem que esta transformação seja aceite como a única saída possível e dolorosa para a crise.

    O raciocinio do JPLN é bem um exemplo disto.

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  4. 4 Maio, 2008 11:52

    A acumulação de capital decorre em paralelo ao retrocesso social.
    Esta uniformização politica não distingue os social democratas dos democratas cristãos na Alemanha, nem os trabalhistas dos conservadores no Reino Unido, nem os populares dos socialistas em Espanha, nem os Prodis dos Berluskonis em Itália, nem os social democratas ou os socialistas em Portugal. Todos usam o mesmo figurino político. O figurino imposto pelas oligarquias financeiras europeias e americana de quem são fiéis serventuários.
    O cidadão europeu encontra-se encurralado. Como em Portugal, votar no PSD ou votar no PS, votar num qualquer partido de alternância do poder, tem o mesmo significado e consequências. Só difere o discurso das promessas eleitorais. Ainda que, constantemente, pretendam ocultar perante os cidadãos os seus reais objectivos políticos, há momentos em que, pela agudeza dos problemas, acabam por deixar cair a máscara e tornar transparentes os seus propósitos.
    Um desses momentos acontece agora com a aprovação do “Tratado Europeu”. Pretendem de todas as maneiras subtrair o Tratado Europeu ao referendo popular, com manobras cada vez mais patéticas. Como antes, ao arrepio da vontade das populações europeias, apoiaram a aventura de Bush no Iraque.
    Os povos europeus só poderão sair da camisa de forças em que os colocaram quando souberem erguer uma nova formação política, alheia aos vícios e ao “profissionalismo” dos actuais partidos, assente numa verdadeira ideologia Social Democrata, que usando o poder democrático conquistado em eleições, inverta os desequilíbrios actuais da distribuição da riqueza, impulsione um desenvolvimento económico sustentado e promova a qualidade de vida e ambiental dos cidadãos.

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  5. Spacek permalink
    4 Maio, 2008 12:59

    Grande posta. Parabéns.

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  6. JPLN permalink
    4 Maio, 2008 13:10

    Por lapso, dois erros: “um vez” (uma vez) e “este é espírito” (este é o espírito). Aos leitores, as minhas desculpas.

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  7. 4 Maio, 2008 13:49

    “A acumulação de capital decorre em paralelo ao retrocesso social.”

    A História não nos diz isso. Desde a revolução industrial, que marca o advento do capitalismo liberal, milhões de pessoas saíram de uma situação de miséria e ascenderam a um nível de vida antes nunca sonhado.

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  8. 4 Maio, 2008 13:53

    Democracia portuguesa não presta!

    Democracia portuguesa é das piores da Europa (incluindo o “leste”)!

    http://criticademusica.blogspot.com/

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  9. 4 Maio, 2008 14:29

    LR, tem razão.
    Referia-me à acumulação de capital no actual estádio de desenvolvimento capitalista, na chamada “globalização”e não do capitalismo anterior aos anos sessenta.
    Repare que é um Relatório da comunidade Europeia que confirma o que digo. A parcela de riqueza que é destinada aos salários é actualmente a mais baixa desde, pelo menos, 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza que se traduz em lucros, que remuneram os detentores do capital, é cada vez mais alta.

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  10. 4 Maio, 2008 14:46

    “A parcela de riqueza que é destinada aos salários é actualmente a mais baixa desde, pelo menos, 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza que se traduz em lucros, que remuneram os detentores do capital, é cada vez mais alta.”

    Meu Caro, ainda bem que assim é, senão ainda estaríamos na pré-história. Repare, nos primórdios, o rendimento decorria 100% do trabalho – braçal e bem pesado. Quando se introduziu na actividade produtiva o factor capital – começou com a tracção animal, depois veio a descoberta da roda, da lente óptica, do tear, da máquina a vapor e por aí fora – a produtividade e por esta via, a qualidade de vida, subiu exponencialmente.

    Daí que seja um contra-senso defender o aumento do peso dos rendimentos do trabalho. Representaria andar para trás na história.

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  11. piscoiso permalink
    4 Maio, 2008 15:11

    Daí que seja um contra-senso defender o aumento do peso dos rendimentos do trabalho.

    Começa a ser um contra-senso trabalhar !

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  12. Nuspirit permalink
    4 Maio, 2008 15:34

    O crescimento cumulativo de rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos nos USA pós-guerra é muito distinto nas administrações democratas e republicanas. No Período republicano, e o seu endeusamento do mercado, assistiu-se a um menor crescimento e a uma estagnação dos salários dos mais pobres: as desigualdades aumentaram. No democrata, com a adopção de politicas keynesianas e o capitalismo com trela encurtada, o bolo cresceu mais e as fatias foram melhor repartidas: a prosperidade foi partilhada.

    Só a morte é inevitável!

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  13. 4 Maio, 2008 16:35

    Mais casos residuais (tema do CM de hoje), agora (agora começam a ser conhecidos… transferidos para a família (porque para a sociedade já há muito que se nota o aumento da criminalidade jovem, ainda que ninguém diga claramente que esse aumento é um reflexo, directo, da educação para a impunidade q se pratica nas escolas de ensino básico portuguesas).
    http://criticademusica.blogspot.com/

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  14. Anónimo permalink
    4 Maio, 2008 16:57

    Alvaro, a maior taxa de crescimento das agressões aos pais ocorreu entre os filhos com idades compreendidas entre os 36 e os 45 anos. Muitos fizeram o ensino básico no tempo das reguadas. Deixe-se de tretas, com a impunidade no ensino básico. Já nao se atura a histotinha da treta. Pelo menos eu já estou pelos canbelos com os tadinhos dos professores. Tadinhos que nao podem ensinar que as crianças sao uimas pestes. Impunidade uma ova.

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  15. Anónimo permalink
    4 Maio, 2008 17:04

    O país tem é que se preocupar com a quantidade assustadora de maus tratos infantis, de mau ambiente familiar, da vida desgraçada que levam muitas crianças neste país. Fico pelos cabelos com os tadinhos dos professores. Porra para os adultos de merda.

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  16. Vítor permalink
    4 Maio, 2008 17:05

    Grande texto Ruy. Se incluires valores e portugueses, voto em ti 😉

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  17. Anónimo permalink
    4 Maio, 2008 17:14

    Ja , essa conclusao é capaz de estar certa. O socialismo liberal. É o que temos. Nem se entende porque há quem queira mudar de governo.

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  18. Francisco permalink
    4 Maio, 2008 17:25

    “A parcela de riqueza que é destinada aos salários é actualmente a mais baixa desde, pelo menos, 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza que se traduz em lucros, que remuneram os detentores do capital, é cada vez mais alta.”

    Alguém me explica – a mim que não sou economista – o seguinte: quanto mais aumentar a percentagem de riqueza destinada aos salários, mais dificuldade terá o Estado em cobrar os impostos que lhe garantem o seu quinhão nessa riqueza. Certo? Quero dizer o seguinte: Deve ser mais fácil, tecnicamente, ao Estado cobrar impostos elevados ao pequeno grupo de capitalistas/ empresários que acumula riqueza – mas que ficarão ainda com uma percentagem apreciável de dinheiro nos seus cofres – do que ir sacar essas verbas directamente aos salários tendencialmente magros dos trabalhadores por conta de outrem.
    Se assim for, um governo, mesmo socialista, preferirá sempre obter os seus fundos por via dos empresários os quais corresponderiam, assim, a uma espécie de cobradores de impostos que se remunerariam com uma boa percentagem dos mesmos. Se o grosso da riqueza produzida fosse à partida distribuído pelos trabalhadores, o Estado teria muito maiores dificuldades na arrecadação fiscal. Ou estarei a ver mal a questão?

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  19. Luis Moreira permalink
    4 Maio, 2008 18:38

    Muito mal caro Francisco.Os empresários utilizam esquemas a que os trabalhadores não têm acesso ( planeamento fiscal,off-shores…)e até têm representantes nos orgãos da República para lhes tratarem “á priori” dos seus interesses,como sejam leis “a pedido”.

    Para além disso ( e o que vou dizer até me arrepia) tirar muito a poucos,pouco representa,mas tirar pouco a milhões dá muito.( pouco e muito aqui, tem significados relativos)É a teoria dos grandes números.

    Só um exemplo.Uma taxa sobre as grandes fortunas, para além de razões de justiça relativa, pouco representava no orçamento!

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  20. Mafarrico permalink
    4 Maio, 2008 19:01

    “Existirá algum papel para o socialismo? Sim, o papel de contribuir para manter a coesão social em cada país – o socialismo mínimo.”

    Pelo sim pelo não, convém também ter uma boa polícia de choque à mão de semear para “ajudar” a manter a tal “coesão social”, não vá o mafarrico tecê-las…

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  21. Luis Moreira permalink
    4 Maio, 2008 19:04

    Tem muita razão,JPNL!

    Tem tudo a ver com a idade.Veja:Quem foi jovem nos anos 60 era liberal nessa altura.Agora,que já não é jovem, passou a olhar para o Estado como um seguro de vida!Quem é jovem hoje tambem é Liberal,mas nos anos 2040, tambem vai passar a olhar para o Estado como alguem que,em última instância, o vai ajudar.

    E é isto, que você num arroubo de genialidade, claramente mostrou!

    Talvez se perceba que muitos de nós, a quem é dificil ser Liberal, pelas razões que apresentou,considere que a sociedade não pode ser uma selva em que ganha o mais forte!

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  22. Luis Moreira permalink
    4 Maio, 2008 19:06

    Eu não sou estatista!Sou Liberal e fui jovem nos anos 60! Mas pode-se ser tendencialmente Liberal, num país onde ainda há tanta gente pobre,inculta, doente…

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  23. Francisco permalink
    4 Maio, 2008 19:30

    Luis Moreira
    Agradeço, sinceramente, a explicação. Mas pergunto: é possível ter uma ideia(teórica)da proporção da riqueza produzida que o Estado colecta anualmente? E é possível saber qual a proporção do contributo das classes empresariais (e trabalhadores autónomos) e do contributo dos trabalhadores assalariados?

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  24. Luis Moreira permalink
    4 Maio, 2008 20:23

    Claro que sim!O orçamento é feito no pressuposto que a riquesa( PIB) vai crescer x% o que corresponde a y milhões de Euros.Sobre esta riquesa criada,calculam-se os diversos impostos (IVA,IRC,IRS…)Estes impostos referem-se a determinadas áreas da riquesa (IRS .Imposto s/rendimento das pessoas,IRC,imposto s/ rendimento das empresas,IVA,imposto s/ valor acrescentado…).

    Como exemplo o IVA é um imposto cego (todos pagam por igual) mas os outros dão indicações (nível de imposto da taxa de imposto).Então agora com os computadores essa informação é obtida facilmente!

    Um abaraço amigo Francisco

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  25. Curiosamente permalink
    4 Maio, 2008 21:08

    ruy Diz: ” LR, tem razão. ”

    LR não tem razão, Ruy.
    Curiosamente, toda a cassete neo-liberal não tem nexo nenhum, e nem é comprovada pela história. A prazo, e isso devia ser sabido no portugal, só leva a fome, miséria, e até para cumulo, a falta de lucros.

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  26. 4 Maio, 2008 22:13

    Os que têm memória recordam-se de há não muitos anos se dizer que “quando se é jovem é natural ser-se de esquerda. À medida que se vai envelhecendo, colocamo-nos mais à direita”. Dois conceitos diferentes (Esquerda/Direita), bem mais amplos e complexos do que os simples “liberais” e “estatistas” (se é que isto existe). Neste dualismo, onde é que entram, por exemplo, os libertários e os marxistas que defendem a transitoriedade do aparelho de estado? E, sobretudo, onde é que entram aqueles liberais que, mal a crise lhes bate à porta, vão de mão estendida para a porta do Estado?

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  27. os cotas permalink
    4 Maio, 2008 23:05

    Penso que o Luis Moreira deixou de ter razão há uns tempos : a analise que fez , de que à medida que avançamos na idade procuramos o máximo de estabilidade e para isso virávamos os olhos para o estado , estava de facto certa naquele tempo em que ainda acreditávamos no tal de estado providência ; mas isso já não é assim , já não acreditamos nele e voltámos aquele tempo da desconfiança em que o estado parece que chupa muito mais daquilo que , supostamente , e friso supostamente , um dia dará. Para muitos , como eu , o estado representa um peso nas costas . E penso que este post está cheio de razão : a quem lhe falta ainda uns anitos para a reforma a crise da segurança social dá muita vontade de aplicar as poupanças num seguro privado ou outra coisa qualquer . Tudo menos pagar salários aos que se arrastam na SS e companhia limitada . Porra pá , como estavámos bem com metade da função pública a lavrar a terra. Comidinha mais barata , auto suficiência alimentar e tal.
    Profissões e trabalhos realmente necessários à vida.

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  28. jonny permalink
    4 Maio, 2008 23:38

    Nem li o texto so estou a comentar porque fica bem.

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  29. Francisco permalink
    4 Maio, 2008 23:47

    Caro Luís Moreira,
    Como diz o nosso Povo, “aprender até morrer”.
    Obrigado pela sua paciência para com este ignorante de matérias da Economia
    Francisco.

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  30. Os cotas permalink
    5 Maio, 2008 00:08

    O Luis Moreira induziu-o em erro , Francisco , penso eu. Uma coisa é aquela cena de economia de casino , a bolsa , os bancos e o grande capital do lucro especulativo sem produção ( que devia ser taxado , no minimo a 50%, e não o é , é muito menos que o capital que produz efectivamente ) ; outra , muito diferente são as empresas cujo lucro depende da produção e essas são altamente taxadas : ele é IVA , IRC , SS e outras inúmeras obrigações impostas ultimamente pelo Estado.

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  31. 5 Maio, 2008 00:53

    “E, sobretudo, onde é que entram aqueles liberais que, mal a crise lhes bate à porta, vão de mão estendida para a porta do Estado?”

    Penso que é a isso que se chama “menos Estado e melhor Estado”.

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  32. Luis Moreira permalink
    5 Maio, 2008 02:03

    Os Cotas

    O que eu quero dizer é que, quando se é jovem, é fácil pensar que um qualquer fundo ou seguro é suficiente.Mas não é!Os meus colegas que pensaram assim estão mal,saíram-lhe as contas furadas.Agora andamos a pagar-lhes porque eles foram muito liberais em jovens e agora não os vamos deixar andar sem eira nem beira.

    Eu descontei mais para a SS que o que vou receber,mesmo que viva 100 anos.E mais, nunca utilizei os serviços da SS.Sou um contribuinte líquido.Sempre pensei que era a minha contribuição por ter um salário elevado.

    Quanto á resposta ao Francisco o que você diz não encaixa na matéria.

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  33. Lololinhazinha permalink
    5 Maio, 2008 14:47

    O problema é que o mundo não se resume a liberalismo e socialismo. Nas zonas cinzentas é que reside toda a questão. Mas dito da forma como está no texto parece muito simples, de facto.

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  34. Curiosamente permalink
    5 Maio, 2008 21:31

    Curiosamente, acho a lololozinha um bocado “cinzenta”, ultimamente, mas nunca pensei que se assumisse 😉 ehe.

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  35. 7 Maio, 2008 20:04

    Ao curiosamente,
    LR tem razão quando diz
    “A História não nos diz isso”, referindo-se a“A acumulação de capital decorre em paralelo ao retrocesso social” se considerarmos
    o capitalismo antes da “globalização. Não tem razão se se refere ao capitalismo actual.
    É completamente desprovido de sentido o comentário posterior do LR quando afirma que “ainda bem que assim é “referiondo-se a
    “A parcela de riqueza que é destinada aos salários é actualmente a mais baixa desde, pelo menos, 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza que se traduz em lucros, que remuneram os detentores do capital, é cada vez mais alta.”
    Pela lógica do LR, quando diz “a qualidade de vida, subiu exponencialmente.Daí que seja um contra-senso defender o aumento do peso dos rendimentos do trabalho. Representaria andar para trás na história”, o mundo só terá a mais alta qualidade de vida quando a riqueza que se traduz em lucros fôr de 99,999%, isto é voltarmos à escravatura pura e simples. A posiçaõ do LR não é apenas absurda é também idiota.

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