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É caso para dizer que todas as putas ‘enricam’ só a nossa é que não

5 Agosto, 2008

Estado português volta a ter prejuízo no negócio dos diamantes em Angola

No ano passado, a SML registou um prejuízo de 2,5 milhões de euros. O passivo está nos nove milhões.

“A Sociedade Portuguesa de Empreendimentos (SPE), detida a 81 por cento por capitais públicos portugueses e que participa no negócio dos diamantes em Angola, agravou as suas contas no ano passado, para um prejuízo de 2,5 milhões de euros. A SPE, cujo principal activo são os 49 por cento da SML (onde está em consórcio com a estatal angolana Endiama), viu também as dívidas à banca subirem. Em 2006, estas ascendiam a 7,5 milhões de euros, valor que passou para perto dos 9 milhões de euros. O total do passivo da empresa estatal, tutelada pelo Ministério das Finanças, cresceu 1,4 milhões de euros, passando de 8,9 milhões de euros para 10,3 milhões no final de 2007.

O resultados representa um revés na estratégia da empresa, depois de um histórico de contas no “vermelho” e após ter conseguido chegar aos lucros entre 2004 e 2006 (sem, no entanto, conseguir inverter a tendência de resultados operacionais negativos).

O agravamento da situação financeira da SPE ocorre numa conjuntura de crescimento do sector diamantífero em Angola, sendo o segundo maior sector de exportações após o petróleo. E, segundo os documentos referentes a 2006, a SPE nunca chegou a receber o dividendo de 2,3 milhões de euros da SML, referentes aos bons resultados do ano anterior.

O Ministério das Finanças, no âmbito das orientações estratégicas para o sector público empresarial, referia no ano passado, sobre a SPE, que se imponha “equacionar os cenários de desenvolvimento futuro da actividade, que proporcionem uma base racional de decisão de manutenção da participação, ou desinvestir”. Da mesma forma, o ministério sublinhava estar insatisfeito com os resultados da empresa, pois estes “não têm proporcionado aos accionistas uma rentabilidade adequada dos capitais”.
Sobre as operações da SML, constatava a “deterioração do ambiente social nas Lundas” (zonas no Nordeste, onde a empresa opera). E defendia medidas como um maior controlo da gestão e dos stocks, redução dos custos e aplicação de uma “política comercial adequada”. Questionado sobre o agravamento das contas da SPE, e a estratégia para a empresa, o ministério recusou-se a responder.
A SPE, nascida em 1979, foi fundada pelo Estado (30 por cento) e por ex-quadros da Diamang (que explorava diamantes em Angola antes da independência). No início dos anos 90, foi necessário um aumento de capital no qual apenas o Estado participou, ficando então maioritário. Pouco anos depois, e já em situação de falência técnica, houve uma operação para limpar o passivo. Finalmente, em 2004, conseguiu pela primeira vez um resultado líquido positivo, e, em 2005, teve um lucro de 1,8 milhões de euros.»

32 comentários leave one →
  1. Doe, J permalink
    5 Agosto, 2008 13:54

    “Questionado sobre o agravamento das contas da SPE, e a estratégia para a empresa, o ministério recusou-se a responder.

    “Rigor, transparência e verdade têm de ser as palavras-chave no domínio das contas públicas.”
    http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Primeiro_Ministro/Intervencoes/20050312_PM_Int_Posse.htm

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  2. António permalink
    5 Agosto, 2008 14:16

    os diamantes dão problemas……….lol

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  3. Lololinhazinha permalink
    5 Agosto, 2008 14:20

    Que título maravilhoso!!

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  4. 5 Agosto, 2008 14:21

    Li a posta com incredulidade, pode lá ser! Neste negócio é um fartar vilanagem, como é que se pode perder dinheiro?
    Afinal a resposta está na própria posta:
    “empresa estatal, tutelada pelo Ministério das Finanças”
    Ah… então está tudo explicado!…

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  5. Levy permalink
    5 Agosto, 2008 14:27

    Trata-se portanto de uma puta “passiva”.

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  6. 5 Agosto, 2008 14:44

    É caso para dizer que todas as putas ‘enricam’ só a nossa é que não – Helena Matos

    Será que a dona Helena tem uma puta ?
    Será um problema de gestão ?
    Quanto aos diamantes, nunca dão prejuizo.
    São eternos.

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  7. Anónimo permalink
    5 Agosto, 2008 14:54

    Piscoiso Diz:
    “Quanto aos diamantes, nunca dão prejuizo.
    São eternos.”

    Tal como os passivos de tudo o que é “empresa estatal”

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  8. 5 Agosto, 2008 15:05

    “Nãohá crise”.

    Abre-se mais uma linha de crédito, ou a família Santos resolve em troco de declarações sobre a evolução democrática e social de Angola.

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  9. 5 Agosto, 2008 15:06

    Diamonds are the girls best friends.

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  10. Bonifácio permalink
    5 Agosto, 2008 15:08

    Querem entender como funciona o mercado dos diamantes?

    Leiam este artigo e investiguem;

    http://www.theatlantic.com/doc/198202/diamond

    Eterno tem sido o logro dos cartéis que dominaram este mercado.

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  11. 5 Agosto, 2008 15:09

    Deve de aterrar algum dinheiro nalguns bolsos

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  12. António permalink
    5 Agosto, 2008 15:34

    o problema dos diamantes http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=7081<b

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  13. António permalink
    5 Agosto, 2008 15:37

    a explicação dos prejuizos http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=15879<b

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  14. zé da burra permalink
    5 Agosto, 2008 15:48

    O cravinho poderia dar uma dicas sobre o assunto.

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  15. campeão permalink
    5 Agosto, 2008 16:14

    “É caso para dizer que todas as putas ‘enricam’ só a nossa é que não”

    Essa é gerida pelos filhos da mesma? Os mesmos que implantaram o fascismo fiscal em Portugal?

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  16. magopi permalink
    5 Agosto, 2008 16:38

    A história dos diamantes da SPE é longa, e a sua presença no Lucapa tem muitas nuances. À frente da empresa (1991) esteve um ilustre gestor público que geriu a TAP e que,recentemente abriu falência em todas as suas empresas privadas. Não se espera outra coisa de gestores nomeados pelo estado (letra pequena)

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  17. 5 Agosto, 2008 17:07

    Magopi,

    Esse ilustre gestor foi C.eCunha ? Percebe-se a nomeação.

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  18. 5 Agosto, 2008 17:10

    “Leiam este artigo e investiguem;

    http://www.theatlantic.com/doc/198202/diamond

    Excelente artigo.

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  19. illuzionatti permalink
    5 Agosto, 2008 18:18

    …está no ponto …

    http://www.theatlantic.com/doc/198202/diamond

    Excelente!!!

    e tb já agora…

    Etimologia : Diamante

    DIAMANTE – do Grego adamas (genitivo adamantos), através do Latim adamante. O termo grego originalmente designava o aço, e significa literalmente “indomável, inflexível”, Etimologia 17: Diamante
    DIAMANTE – do Grego adamas (genitivo adamantos), através do Latim adamante. O termo grego originalmente designava o aço, e significa literalmente “indomável, inflexível”, do verbo damazein “domar” “domar”
    //
    {
    domós, domesticado, domesticam, Gmc. tamaz (cf. O.N. tamr, O.S., O.Fris., M.L.G., M.Du., O.E. tam, O.H.G. zam, Ger. zahm); dom., domestique, subjugue, como Lat. dom.re;d.o, domestique, como Gk. ….., com ndmánts derivado [‘ formigas], não maleável, inflexível, (alumiado. “não domesticável”) e também diamante, de Vulg.Lat. diamas, – antis, alterado de Lat. ad.mas, – antis, de Gk. …… Outros derivado incluem Skr. d.myati, Av. represe, Pers. d.m, O.Ir. damnaim, addef galês, Osset. domun; Hitt. damaa.zi.
    }
    \\

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  20. 5 Agosto, 2008 18:39

    Normal, não?

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  21. 5 Agosto, 2008 20:28

    É realmente incrível que o estado português continue a investir levianamente o dinheiro que custa tanto a ganhar aos portugueses. Não há muito tempo foram as perdas com o negócio de águas no Brasil, agora isto… Com a Embraer vai ser a mesma coisa, vamos gastar muito dinheiro em subsídios e incentivos para dar emprego a 500 pessoas e depois eles vão acabar por se ir embora. E nós a perder. Como sempre. Para não variar. Mas do estado o que se espera para além de azelhice e irresponsabilidade? Se o dinheiro saísse dos seus bolsos aposto que não fariam tantas asneiras.

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  22. 5 Agosto, 2008 23:50

    Por cá acabaram com a fábrica de lapidação de diamantes (Av. Marechal Gomes da Costa)que proporcionava muitos empregos qualificados e bons resultados económicos e, no edifício que vagou, instalou-se a RTP onde se delapidam fundos públicos. Tudo normal quando se aposta na delapidação.

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  23. Gabriel Silva permalink*
    5 Agosto, 2008 23:54

    Conheço bem a Av. Marechal Gomes da Costa e posso assegurar que nunca lá existiu nenhuma fábrica, muito menos de lapidação de diamantes.

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  24. 6 Agosto, 2008 00:31

    “Conheço bem a Av. Marechal Gomes da Costa e posso assegurar que nunca lá existiu nenhuma fábrica, muito menos de lapidação de diamantes.”

    Existia sim, Gabriel, em Lisboa, no edifício onde hoje está a RTP.

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  25. Gabriel Silva permalink*
    6 Agosto, 2008 01:18

    Ah, em Lisboa,
    então a afirmação do Pedro C. e a minha estão certas.

    é o que acontece quando se vê o mundo a partir do umbigo.

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  26. Jane Doe permalink
    6 Agosto, 2008 10:00

    Foi vergonhoso. É vergonhoso.
    Sempre foi e sempre será. À currupção desdmedida entre as obras públicas a banca e o governo, toda a gente conheçe, agora estes Srs. têm as mãos manchadas de litradas sangue literalmente.

    “A SPE, nascida em 1979, foi fundada pelo Estado (30 por cento) e por ex-quadros da Diamang”

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  27. Tribunus permalink
    6 Agosto, 2008 17:04

    Mas porque o Socrates conserva isto e não vende aos angolanos?
    falta de tento»

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  28. Anónimo permalink
    6 Agosto, 2008 19:23

    Ei pessoal

    Se souberem dalgum negócio de nosso rico estado em África que seja lucrativo para Portugal digam qual é.

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  29. Anónimo permalink
    6 Agosto, 2008 23:00

    E O PRESIDENTE É DA FAMILIA SUPICO. CAMBADA DE FACHOS

    E SABEM QUANTO É QUE A SPE PAGA AOS DESGRAÇADOS DOS REFORMADOS E DOS ANTIGOS FUNCIONARIOS? REFORMAS DE 6 EUROS

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  30. filipe permalink
    29 Março, 2010 07:33

    penso que teram de mudar a politica da empresa, pois o problema e a falta de controlo, acho que ainda vale a pena perder mais um pouco de tempo nessa empresa, pois ainda tem uma reserva provada banstante boa, teram é que mudar o modo de funcionamento, e não deixar a endiama fazer tudo o que quer.

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  31. Luis permalink
    10 Janeiro, 2011 14:07

    Está tão bom que já estou com 15 meses de ordenados em atraso, neste momento nem posso embarcar porque nem dinheiro têm para as passagens e hotel em Luanda ….

    Por aqui se vê o “rigor e transparencia” .

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  32. moicano permalink
    31 Maio, 2013 15:23

    E passados dois anos, continuam a dever os respectivos salários, aos últimos resistentes, que aguentaram com a sua presença e sacrificio até ao último minuto (” o último dos moicanos”)

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