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“Sem causas nem norte”

18 Setembro, 2008
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Por Paulo Morais, no JN. Uma reflexão lúcida e corajosa que o PSD não pode perder no desvario da espuma dos dias da política que temos:

«Entregue a estes directórios, o PSD, desnorteado e sem causas, caminha a passos largos para o abismo. Para sobreviver, tem pois de reconquistar verdadeiras elites, motivar bases genuínas. Elites que debatam doutrina política e apontem estratégias de desenvolvimento para Portugal; e bases que a elas adiram e contagiem outros com a causa social-democrata.
Foi esta a vocação original do PSD. O partido não tem obrigação de ganhar eleições, mas sim de apresentar propostas de governação alternativa, fiéis à sua matriz doutrinária. É o que distingue um partido democrático dum simples bando de assalto ao Poder
».

34 comentários leave one →
  1. 18 Setembro, 2008 10:31

    Brilhantes ideias.

    Contudo, gostaria de saber a quem é que Paulo Morais se refere, quando afirma isto, “Para sobreviver, tem pois de reconquistar verdadeiras elites”.

    Quem são as verdadeiras elites? Estarão nas Universidades? Estarão no estrangeiro? Estarão no poder? São jovens? pertencem ao mundo da finança? Nunca pertenceram à vida política activa?

    Este é o fulcro da questão.

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  2. tomas forte permalink
    18 Setembro, 2008 10:32

    O Dr.Paulo Morais sempre se vai candidatar à Câmara Municipal de Viana do Castelo?…

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  3. pintoribeiro permalink
    18 Setembro, 2008 10:52

    Quem é o PSD???

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  4. 18 Setembro, 2008 11:05

    Pois… e não me parece que vá ser com a Ferreira Leite

    http://takea-break.blogspot.com

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  5. piscoiso permalink
    18 Setembro, 2008 11:33

    Agora até o Bolhão abortou, numa câmara do directório.

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  6. luis sousa antunes permalink
    18 Setembro, 2008 11:39

    São estes os pod(e)res do PSD e da política. Artigo certeiro.Bate em tudo e emtodos, o que é saudável no meio desta podridão. Esperam-se as reacções do aparelho. O Paulo Morais é desta que é expulso do psd, mas está de parabéns.

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  7. Perplexo permalink
    18 Setembro, 2008 11:56

    O Senhor Professor Paulo Morais, se diz assim tanto mal do PSD, porque é que não se demite?
    Ele não percebe que está cá a mais?
    Ainda ontem o vi no Porto Canal a falar em nome do PSD de que fala tanto mal assim.

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  8. Nuspirit permalink
    18 Setembro, 2008 11:57

    “Para sobreviver, tem pois de reconquistar verdadeiras elites, motivar bases genuínas.” Paulo Morais

    Paulo Morais é um lirico. Ele acredita mesmo que existem essas elites “verdadeiras”? E bases “genuínas” também? Onde é que estão? Se não o disser desde já toda a gente vai ficar a pensar que o que ele quer é substituir os que lá estão. Só isso.

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  9. Nuspirit permalink
    18 Setembro, 2008 12:01

    Eu até conheço uma pessoa que é da verdadeira elite: João Miranda. Mas o JMiranda é demasiado revolucionário. Noventa e cinco dos portugueses não lhe dariam ouvidos. Ou seja, o PSD com o JMiranda também não vai lá.

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  10. Maria Sousa permalink
    18 Setembro, 2008 12:02

    A obrigação de ganhar eleições justifica-se pela carteira. Como vão estes senhores ganhar a vida se não estão no poder? O Dr. Paulo Morais achará mesmo que haverá política pelo exercício do bem público???

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  11. Mialgia de Esforço permalink
    18 Setembro, 2008 12:04

    Força, homem, avance! Chegue-se à frente!

    É isto que ele quer ouvir, não é?

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  12. Semcoiso permalink
    18 Setembro, 2008 12:18

    Ora elites, elites, que eu esteja a ver só o próprio Paulo Morais e o CAA, que o resto é tudo lixo.
    Com o CAA à frente e o Paulo Morais atrás teríamos a sorte grande e a terminação.

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  13. João Santos permalink
    18 Setembro, 2008 12:31

    Um belo texto no JN, com ideias claras, a clamar por uma refundação do PSD, que realmente perdeu o norte e já não é um partido de causas, como muito bem observa o professor Paulo Morais. O aparelho dos empregos, da corrupção e do clientelismo já levou o PSD à beira do precipício. Coragem Paulo Morais. E força.

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  14. Pois permalink
    18 Setembro, 2008 12:38

    É isso que o actual PSD, tal como o actual PS, é: “um simples bando de assalto ao Poder”

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  15. José Matos permalink
    18 Setembro, 2008 12:39

    Excelente o artigo do Paulo Morais no JN. Directo, corajoso, bem informado e descomprometido, como não há mais ninguém dentro da política. E não o expulsam do partido? Porque não o desmentem? Porque não o calam? Porque é que as sucessivas direcções do partido não conseguem contar com ele? Não querem? Não podem? Não estão autorizados pelos constructores civis? Até hoje ainda não foi explicado porque é que o melhor e mais visivel vereador da Câmara Municipal do Porto foi dispensado! E Rui Rio não acha que é preciso? Os eleitores não lhe merecem essa consideração?

    Em Itália, alguns analistas políticos defendem abertamente que o fim do crime organizado e da corrupção será o fim do estado organizado, tal é a força da máfia e da camorra nas principais instituições do país. Cá estamos na mesma? Pelo menos digam-nos alguma coisa!

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  16. 18 Setembro, 2008 12:59

    Há vinte anos que o partido não tem uma definição clara em termos ideológicos por isso se o dito cujo só descobriu isso agora vai atrasado… mas enfim, isto é tudo política para os ingenuos. bon appétit

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  17. salvaterra permalink
    18 Setembro, 2008 13:14

    Só não percebo uma coisa. O CAA admira muito este Paulo Morais, que diz que é preciso conquistar as elites. O CAA ainda admira mais o Luís Filipe Menezes que é contra as elites e mais tipo populista.
    Em que ficamos CAA? Segue-se o Paulo Morais ou o Luís Filipe Menezes?

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  18. 18 Setembro, 2008 13:34

    «É o que distingue um partido democrático dum simples bando de assalto ao Poder.»

    Uma expressão que assenta neste PSD que nem uma luva.

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  19. Magos permalink
    18 Setembro, 2008 13:39

    Porque é que o Morais, o CAA e amigos não fazem um novo partido?
    Podiam-lhe chamar Partido do Porto Liberal.
    Aí já podiam juntar as elites & bases SA.

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  20. lsd permalink
    18 Setembro, 2008 14:52

    Magnífico texto. Proponho que se transforme numa moção a um congresso do PSD. Eu voto e aplaudo. Fantástico. Uau.

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  21. Gabriel Silva permalink*
    18 Setembro, 2008 15:25

    «Proponho que se transforme numa moção a um congresso do PSD»

    seria deitar uma garrafa de água no deserto (para não usar outra expressão mais forte….)

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  22. jose manuel santos ferreira permalink
    18 Setembro, 2008 15:51

    Esgotamento
    Eu às vezes pergunto a mim mesmo o que faz correr determinada pessoa….
    A pessoa é normal ???
    A pessoa está cheia de boas intenções mas não consegue explicar-se ???
    A pessoa apresenta mil e uma teorias que não são credíveis, não tem provas, elas existem mas não consegue, ou não quer, por medo, avançar com os nomes respectivos !!!
    Porquê dar-lhe credibilidade ?????
    Fala, fala, fala mas ninguém (a polícia) o ouve
    Já mexeram alguma palhinha ??????????

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  23. 18 Setembro, 2008 17:13

    Salvaterra (17),

    Os seus dois pressupostos não estão correctos. Mas mesmo que o estivessem não há qualquer contradição – as elites de que fala Paulo Morais são a antítese das elites contra as quais a anterior direcção do PSD terçou armas e acabou por perder.

    Mas, nisto, discordo dos dois: de LF Menezes e do meu amigo Paulo Morais. É que o grande problema de Portugal, transversal em grande parte da sua história e integral no último século, reside no facto de não existir uma elite consciente de si e com uma missão estratégica dedicada ao País.

    Portugal não tem elites que pensem no País e estejam dispostas a servir uma causa colectiva. Há muitas pessoas de qualidade mas, definitivamente, não há elites.

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  24. 18 Setembro, 2008 17:15

    jose manuel santos ferreira,

    «Eu às vezes pergunto a mim mesmo o que faz correr determinada pessoa….
    A pessoa é normal ???
    A pessoa está cheia de boas intenções mas não consegue explicar-se ???
    A pessoa apresenta mil e uma teorias que não são credíveis, não tem provas, elas existem mas não consegue, ou não quer, por medo, avançar com os nomes respectivos !!!
    Porquê dar-lhe credibilidade ?????
    Fala, fala, fala mas ninguém (a polícia) o ouve
    Já mexeram alguma palhinha ??????????»

    Querer fazer justiça, no sistema desta ou na política, é muitas vezes um esforço de Sísifo.
    Mas ainda bem que há gente como Paulo Morais que nunca desiste.

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  25. Rex Noster Liber Est permalink
    18 Setembro, 2008 17:15

    Só gostava de saber onde estão as elítes, num país que parece uma “Piolheira”?
    Também gostava de saber quem são e onde estão as bases do PSD?

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  26. 19 Setembro, 2008 02:29

    Mas porque é que este senhor só começou a “denunciar” esta trampa depois de saber que não fazia parte das listas das últimas eleições?
    até essa altura colaborou?

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  27. luzia permalink
    19 Setembro, 2008 10:29

    Como andam os processos relativos aos casos de corrupção urbanística que o Paulo Morais denunciou no DIAP? Foram arquivados? Os corruptos foram absolvidos? Alguém aqui no blog me esclarece?

    E eu acho que ele não denunciou porque saiu. Acho que foi ao contrário, saiu porque denunciou.
    Mas o PM é que nos podia esclarecer melhor. Ou o Rui Rio.

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  28. Telmo Rodrigues permalink
    19 Setembro, 2008 13:27

    O que tu queres sei eu…
    O Paulo Morais mais valia que se dedicasse às aulas (e ele até é bom professor) e se deixasse de meter o nariz onde não é chamado.

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  29. Veríssimo permalink
    19 Setembro, 2008 13:55

    Excelente artigo o que Paulo Morais escreveu.
    O que ele tem dito e escrito todos o pensam, mas ninguém o diz.
    Infelimente são poucos os que agem e muitos os que reagem.

    Vivemos num país amorfo, que reage indiferente ao que se passa.
    A Justiça é tardia e com principios subvertidos, existindo um sentimento instalado de que a impunidade é, para os poderosos, um dado (quase) adquirido. Veja-se todos os processos mediáticos dos últimos anos. Esse facto leva a que as pessoas nem se chateiem ou tenham medo de colocar o dedo na ferida, pois ainda podem vir, por ser honestos, a ter problemas.

    Precisamos sim de elites politicas, no bom sentido da palavra. Não no sentido de elite social-económico, que é o que tem acontecido ao longos dos últimos séculos, em que a governação é exercida, salvo raras excepções, pelos filhos e netos de anteriores governantes, mas no sentido de elites intelectuais de pessoas que lutem por ideais, que governem sem estarem a pensar no cargo que querem vir a ocupar quando sairem do seu lugar de governante, favorencendo, para tal, amigos e compadres.

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  30. xpto permalink
    19 Setembro, 2008 15:11

    Aqui está uma bela discussão…
    O que são elites? se são os que nos governam, então o país deveria estar melhor…
    Acho bem que levem este texto a uma reunião do PSD, eu aprovo já que sou militante.
    Mas é mais fácil Deus descer à terra, não é?

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  31. Anónimo permalink
    19 Setembro, 2008 15:38

    Nem sempre concordo com o CAA e muito menos com o Paulo Morais, com o LR ou com o Moreira da Silva. Ms há que reconhecer que são persistentes a defender as suas ideias, teimosos e, ao que parece, sérios. Só isso deve-lhes dar o direito de participar na vida pública, no meio deste deserto de ideias.

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  32. Sandra permalink
    19 Setembro, 2008 16:15

    Só agora aqui cheguei, mandaram-me este limk. O artigo está bem e concordo com o Veríssimo aqui de cima. está tudo dito.

    “O que ele tem dito e escrito todos o pensam, mas ninguém o diz.
    Infelimente são poucos os que agem e muitos os que reagem.”

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  33. zé do telhado permalink
    19 Setembro, 2008 17:57

    A única solução para acabar com estes partidos de negócios seria fazer círculos uninominais de independentes, não acha Paulo Morais?

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  34. Magos permalink
    19 Setembro, 2008 17:59

    CAA, não é um pouco arrogante dizer que não há elites? Gostaria o CAA de as substituir no poder?

    “Portugal não tem elites que pensem no País e estejam dispostas a servir uma causa colectiva. Há muitas pessoas de qualidade mas, definitivamente, não há elites”, diz o CAA

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