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O ano de Cavaco *

29 Dezembro, 2008
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O ano de 2009 será o ano político por excelência. A crise económica será um subtítulo do tema dominante: os três actos eleitorais. Claro que múltiplas análises e as mais variadas acusações serão feitas acerca da crise – mas sempre numa perspectiva político-partidária e essencialmente eleitoralista.
No modelo social europeu, as crises, todas, favorecem os governantes. Estes são livres de alvoroçar medos e inseguranças, de se exibirem como bombeiros de serviço e de garantir, sem nunca o provar, que sem eles as coisas estariam muito pior. Por cá, o estado deplorável da Oposição bafeja ainda mais o Governo.
O óbice aparente reside no desdém com que os portugueses desconsideram os políticos. Ou seja, as três eleições dominarão os media em 2009 mas cada vez menos pessoas se importarão com isso.
Só Cavaco Silva é escutado e pode fazer a diferença. Tantas vezes mal aconselhado, foi forçado a romper a estratégia de cooperação depois de ter sido feito peão do jogo político socialista.
Só ele poderá atenuar os tiques ostentados por Sócrates na sua mensagem de Natal onde, a propósito da baixa de juros da habitação, alguns limites elementares da decência política foram derrubados.

* HERESIAS, CM, 28.XII.2008

11 comentários leave one →
  1. Acção Directa permalink
    29 Dezembro, 2008 09:45

    Ser decente não basta. Precisa-se de novas formas de estar, ser, pensar.

    Cavaco pode servir de contrapeso. Pouco mais. É feito da mesma massa. O Sistema.

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  2. 29 Dezembro, 2008 10:28

    O sistema semi-presidencialista, já se viu, não serve os interesses do País. Um presidente que pode dissolver a assembleia e convocar eleições, sob qualquer pretexto, não tem capacidade para evitar que as suas competências sejam corroídas por uma lei ordinária como aconteceu com o estatuto dos Açores. O funcionamento da AR não é digno de uma democracia: que liberdaes ali se advogam quando os deputados, como os animais amestrados dum qualquer circo, actuam pela cabeça do dono? Que pode fazer qualquer presidente da república deste País, se está obrigado a promulgar legislação, mesmo que em desacordo consigo e com a constituição que ele jurou defender? O sistema é bloqueador e os seus agentes revelam insuficiências a vários níveis.

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  3. 29 Dezembro, 2008 11:20

    Cavaco não é super-primeiro-ministro por ser presidente da república.
    Até já foi primeiro-ministro e não foi super.

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  4. 29 Dezembro, 2008 11:30

    É funcionario publica, funciona como tal – venha a nos as 4 reformas seja feita a sua vontade.

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  5. 29 Dezembro, 2008 12:23

    Cavaco pode apenas alertar os portugueses para certas asneiras que o Governo faz.
    Mas pelos vistos, tentou fazê-lo no estatuto dos Açores e ainda foi gozado.

    Não se ajuda quem não quer ser ajudado… e os portugueses estão assim.
    Se querem que os ajudem, façam alguma coisa por tirar Sócrates do poleiro. Façam campanha em casa, no emprego, no café. Falem com familiares e amigos. Votem na oposição em 2009.

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  6. 29 Dezembro, 2008 13:10

    Ó Luís, faça um desenho, escreva em maiúsculas, para a publicidade passar melhor.
    Está a dizer para votarmos na Leite, no Portas, no Jerónimo ou no Louçã ?

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  7. Anónimo permalink
    29 Dezembro, 2008 15:46

    Só Cavaco Silva é escutado e pode fazer a diferença

    é escutado por quem?
    isto é cada uma.

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  8. Anónimo permalink
    29 Dezembro, 2008 15:48

    Mais uma vez há sempre alguém que mesmo sem nada faz loubores a Cavaco Silva. Isto deve ser doença. Amen.

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  9. 29 Dezembro, 2008 16:03

    «é escutado por quem?»

    Pela maioria. Mesmo dos que já não podem ouvir falar em política…

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  10. Anónimo permalink
    29 Dezembro, 2008 16:32

    “Só ele poderá atenuar os tiques ostentados por Sócrates na sua mensagem de Natal onde, a propósito da baixa de juros da habitação, alguns limites elementares da decência política foram derrubados”

    São os mesmos limites da decência quando lhe atribuem culpas pela crise económica e desemprego.

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  11. Fernanda Valente permalink
    29 Dezembro, 2008 17:00

    9. CAA
    ««é escutado por quem?»»

    «Pela maioria. Mesmo dos que já não podem ouvir falar em política…»

    Tem a certeza?

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