H.M.P.
Este tipo de eventos deve deixar grande parte dos nosso deputados, «classe» política e jornalistas perfeitamente abismados: como é possível um sistema parlamentar tão sólido como o do Reino Unido cair numa verdadeira apoplexia «apenas» porque alguns dos seus membros terão defraudado as regras e em especial a confiança dos seus eleitores? «Um exagero, a coisa não é assim tão grave, todos fazem, aguardar pelo inquérito, é devolver e prontos….». Claro, em sistemas imberbes, pouco sólidos e de cultura política e cívica nada exigente como a nossa, assim seria. Já por lá, entende-se a coisa tão grave que pela primeira vez nos últimos 314 anos um speaker (espécie de presidente do parlamento) será forçado a demitir-se. Pela primeira vez em 320 anos, 2 membros da Câmara dos lordes foram suspensos. A coisa vai ao ponto de ser bem provável a realização urgente de eleições gerais para limpar o parlamento de elementos que, com propriedade, não poderiam continuar a ser chamados pelos seus pares como «Honourable Member of Parliament».
Cá, é o que é.
Vital Canas: “Tentativa de aproveitamento político!”
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Lembram-se das viagens fantasma e do papel de Almeida Santos o maçónico presidente da coisa? Acalmar, abafar e por fim, devolver, mesmo com processos crime às costas.
Nessa altura o MP era o mau da fita…
Na Inglaterra os maus são mesmo os que devem ser.
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Mas enfim. Alguma vez a Inglaterra suportava o vexame de um primeiro-ministro como o que temos? Com todas as moscambilhices que se conhecem e são factos?
Por cá, desvaloriza-se por um único motivo: a política por cá entende-se ao mesmo nível que o clubismo, sem tirar nem por.
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Por cá, o nosso speaker parlamentar, tem uma acusação por crimes sexuais que só não avançou por estarem prescritos os factos. Os ofendidos ou pelo menos um, foi processado criminalmente, por difamação, pelo visado speaker. Este perdeu o processo e ainda assim fez como se nada tivesse acontecido. E os pares, aplaudiram a sua saída no BMW 730. Ou seria no de substituição, no 530, ambos novinhos em folha?
Esta pouca vergonha durará até quando?
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E até quando teremos um povo abúlico e, pior que isso, como se verá daqui a pouco aqui mesmo, conivente?
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Caro Gabriel,
Lamento verificar que V. também aderiu às campanhas negras, agora contra o parlamento britânico.
Se esse caso fosse cá, nomeava-se uma comissão parlamentar para investigar. Depois remetia-se o inquerito para o MP. O MP investigava, investigava, depois o processo prescrevia e arquivava-se.
Se fosse cá, niuguém percebia que uma coisa é o juizo politico que se faz sobre os factos e outro o julgamento legal.
Se fosse cá, os jornais ainda acabavam processados.
E, finalmente, se fosse cá, os papéis tinham todos desaparecido…
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bem, verdade seja dita, lá também ameaçaram processar o Daily Telegraph…..
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Há de facto muitas diferenças entre Portugal e o Reino Unido e uma delas é que lá têm uma Rainha e nós por cá temos um Presidente da República. Apesar das diferenças, arrisco a pergunta: será que os britânicos aceitariam de ânimo leve que a rainha tivesse conselheiros com as qualidades únicas do ainda Conselheiro de Estado Dias Loureiro? Não precisam de me responder, calculo que sejam situações incomparáveis…
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Não há por lá “outra Filipa de Lencastre” que nos eleve!
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Como ontem ensinou o Sr. Professor Adriano Moreira na RTP: «Não se pode mudar o povo que se tem».
É esse o nosso secular problema.
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Pois pensaram , mas recuaram.
Isto já começou a cerca de 2 semanas e se seguiram o Daily Telegraph antes de publicar contactou alguns dos MP, cujas respostas foram deploráveis.
Chama-se a isto cá neste terra o “jornalismo de sarjeta” o que diria o SS.
A bem da verdade,em Portugal mesmo que dissolvem-se o parlamento , estariam todos outra vez lá, não tem que prestar contas a ninguem, enquanto lá como diz o VItal Moreira é um país com um “sistema bizarro”, em que os MP `tem de prestar contas aos circulos eleitorais e agora …. foge fatinha….
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Grande coisa, no Reino Unido os directores de jornais portugueses que quebraram o segredo justiça no caso Freeport (e noutros) já tinham sido presos. Já para não falar nas indemnizações milionárias que os jornais têm muitas vezes que pagar por difamação.
Só falam nas diferenças que lhe interessam…
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O anónimo deve estar a esquecer-se que no UK não há «segredo de justiça», que apenas serve para esconder incompetência de autoridades pelo que tais «prisões» são mais significativos desejos confessos do que possibilidades realistas.
Quanto a indemnizações milionárias, eles ocorrem porque a honra por lá vale alguma coisa, cá é coisa de trocos, como os próprios visados tão esforçadamente tentam provar todos os dias o seu desvalor.
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Luis Castro disse
E disse muito bem.
Nós por cá, todos bons, todos bem.
Votar no Bloco Central (PS e PSD) alargado ao CDS/PP?
Nada a fazer?
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Há ainda uma outra diferença importante:
Lá o nosso primeiro é suspeito; cá não…
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“no Reino Unido os directores de jornais portugueses que quebraram o segredo justiça no caso Freeport (e noutros) já tinham sido presos”
Não há segredo de justiça no Reino Unido. A polícia é que sabe guardar segredo, o que é muito diferente.
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fim ao segredo de justiça.
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Kolchak:
Não se pode mudar o povo e, esse facto, começa a ser frustrante: viu a selvajeria que foi a “caça” à criança russa para devolvê-la a um meio onde nada a liga, rompendo todos os laços de afecto que sempre a ampararam? E viu como a pobre criança tentou resistir, sem que entre tantos adultos envolvidos não houvesse quem fosse capaz desobedecer? Com uma justiça assim, a que se acrescenta freeport, cova da beira, queima de documentos, etc, etc, o que se pode esperar deste macaquear pseudo-democrático?
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Independentemente do país, parece ser ponto assente que maças podres existem em todos os lados… mais nuns países do que noutros é verdade, mas cada um tem o que merece.
Os políticos são o espelho da sociedade em que vivemos, são o reflexo do povo que governam!
Tenho dito e repetido que o maior problema de Portugal é o facto de ter uma sociedade pouco interventiva, pouco esclarecida, pouco exigente. Podemos afirmar (embora me pareça não ser a única explicação) que nos falta assegurar algumas condições básicas de sobrevivência, alguma qualidade de vida e só depois de termos assegurado o mínimo é que poderemos exigir mais e melhor… Maslow dará uma ajuda nesta temática.
È inconcebível, a falta de respeito que a classe política tem por quem os elege. Donos da verdade, ou melhor das meias verdades, recorrem ao dicionário de sinónimos para falar para a plebe num exercício estupidificante que não valoriza nem quem o profere nem quem o ouve.
Adriano Moreira afirmava ontem que quem falasse a verdade aos portugueses, mesmo perdendo as eleiçoes, faria um grande serviço à Nação. Quem se atreve???
Numas eleições para o parlamento europeu, muito pouco ou quase nada, se tem dito acerca deste assunto… Parecem comadres que se zangaram!
A política deve ser transparente…nem que para isso tenhamos eleições semanais!
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Um dia destes ouví o JMJúdice a queixar-se dos blogues, que são más-línguas e rebéu-béu-béu…
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«Daily Telegraph will not face police inquiry over leaked information.
Sir Paul [head of Scotland Yard] said that an investigation was not “appropriate” given the public interest in disclosing abuses of the MPs’ expenses system.»
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Ok. Eu emendo: No Reino Unido a publicação de factos e matérias em investigação judicial/policial dão prisão aos directores dos jornais. Ou pensam que é esta bandalheira em que estamos metidos, com investigações judiciais seguidas a par e passo e ao minuto na comunicação social?
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Que eu saiba as despesas dos deputados não são um processo crime por suspeitas de corrupção nem implicam investigação judicial… Mas há quem queira ver paralelismos.
Julgo não ser preciso referir que a revelação de factos em investigação não é de interesse publico, pelo contrário, prejudica a própria investigação e o interesse publico no apuramento dos factos…
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Sr. Gabriel Silva, o que o Daily Telegraph publicou não foram os factos apurados em nenhuma investigação policial em curso, foram as próprias despesas dos deputados (facturas e afins). O que tem uma coisa a ver com a outra?
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Um jornal publica por interesse do jornal e não por interesse público.
Se querem interesse público leiam o Diário da República.
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o anónimo (22 e 23) anda com azar:
«No Reino Unido a publicação de factos e matérias em investigação judicial/policial dão prisão aos directores dos jornais.»
não, não dá. Nem sequer investigação, nomeadamente porque «was not “appropriate” given the public interest in disclosing abuses of the MPs’ expenses system.»
Logo, também julga mal quando diz: «Julgo não ser preciso referir que a revelação de factos em investigação não é de interesse publico»
E nota-se bem que é português ao afirmar «Que eu saiba as despesas dos deputados não são um processo crime por suspeitas de corrupção nem implicam investigação judicial»
Azar, o chefe da Scotland Yard «Sir Paul told the Home Affairs Select Committee: “My officers sat down with the Crown Prosecution Service yesterday and they will make a decision on scoping this. They will look at what are the right categories. There may be categories of people who have potentially broken a criminal standard and are appropriate for us to investigate”.» (a ler aqui)
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Se esta “moral” por cá grassasse… não teríamos políticos/autarcas/etc., que chegassem… por viagens indevidas ou não efectuadas, abonos indevidos ou não justificados, “luvas pastas e outros acessórios de vestuário”, blá, blá, blá…
Graças a Deus que, por cá, não somos assim tão picuinhas… ainda sobrava para mim e eu não estou nada disponível para tão mal remunerados “lugares”…! Pois é… very badly paid jobs!
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Claro, claro, temos muito a aprender com eles. Por exemplo, a esconder durante 314 anos coisas como estas.
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«Honourable Member of Parliament».
Ainda bem que os nossos deputados não se deixam chamar destes nomes “beefs”.Digam lá se cipaios não soa muito melhor…
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Pérfida Albion,Bêbeda Inglaterra – então dão-se esses (maus)exemplos aos descendentes dos tipos do tratado de Windsor ?…
P.S. (salvo seja) Mas há comparação possível entre Westminster e a “Tenda do Faustino), ali a S.Bento?…
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Vamos lá esclarecer os factos:
1. O Daily Telegraph publicou documentos oficiais sobre as despesas dos deputados (facturas, etc);
2. Sir Paul da Scotland Yard considerou que a publicação desses documentos não constitui perigo para a segurança nacional, pelo que não vai investigar a fuga de informação e a publicação pelo jornal em causa;
O que se passou foi apenas isto. Não está em causa mais nada. Se ler com um pouco mais de atenção a notícia do Daily Telegraph há-de reparar que não houve nenhuma fuga de informação relativa a uma investigação polical em curso, como se costuma passar por cá, até porque nem há nenhuma investigação em curso.
Por isso, não vejo nenhum paralelismo com o eu afirmei: no Reino Unido a fuga de informação sobre processos em investigação dão prisão tanto a quem as pratica (como cá, de resto) como a quem as publica (os directores dos jornais).
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Mas que importa a vergonha na cara quando temos o parlamento mais Hi-Tech dos arredores?
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O problema deve-se, obviamente, aos Magalhães. A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia diz que podem causar miopia e Sócrates disse que todos os seus ministros usam este computador.
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A comparação em si é uma ofensa para o Reino Unido.
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O que acho mais interessante é que provalvemente os anteriores “distintos” parlamentares fizeram a mesma coisa que estes , também abusaram .
Infelizmente não é só em Inglaterra que os politicos se aproveitam de dinheiros publicos para o seu proprio proveito.
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“Se querem interesse público leiam o Diário da República.”
É isso que eu faço; leio o Diário da República do Bophuthatswana.
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O problema maior não é haver prevaricadores!
O problema maior é os prevaricadores serem apoiados, ajudados, defendidos…
Quem os denuncia ainda sofre perseguição por violação do “segredo de justiça”, é apelidado de “delator”…
Até já fizeram leis para esconder factos, como é exibição de imagens e gravações mesmo depois de extinto o segredo de justiça…
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A classe politica portuguesa é uma vergonha.
SÃO FEIOS, PORCOS, MAUS, CHULOS E COBARDES!
O que é que é preciso ainda para mais da metade da classe politica portuguesa demitir-se e devolver, pelo menos, três anos de vencimentos e mordomias????
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Grande pais!!
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A Inglaterra claro!!
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No uk têm vergonha e demitem-se!
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E quem elegeu o “cá”?…
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