“Nome dos homens” *
Conta Jorge Luís Borges que um estudante de medicina foi passar uns dias a uma fazenda nas pampas que ficou isolada após uma inundação. Entediado, o rapaz descobriu uma Bíblia que passou a ler, todas as noites, aos camponeses iletrados.
Narrou-lhes a Paixão de Cristo que foi martirizado para salvar os homens. “E, com a sua morte, salvou-nos a todos?”, perguntaram-lhe. Que sim, garantiu o quase-médico.
Então, uma manhã, pediram-lhe a bênção. Depois injuriaram-no, chicotearam-no e crucificaram-no.
Na Guiana, uma mãe que tinha o filho doente levou-o a uma igreja. Porque o queria salvar, deixou que o prendessem a uma cruz e o espancassem até à morte num rito a que chamam exorcismo.
A notícia não diz como se chamava o infeliz – mas o nome é sempre o mesmo nestas histórias.
Portanto a concluir é que os Romanos e a Vox Populli que pediu a sua morte, os camponeses descritos e os da Guiana é que estavam certos e não Jesus Cristo?
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Brilhante.
Spartakus.
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Com a moda dos decotes, um crucifixo poisando sobre rechonchudas mamas é sempre um lindo espectáculo.
E um pretexto para que o olhar se poise.
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Volta o anti-clericalismo, o ateismo e a intolerância em nome da tolerância.
Na África, o feiticismo faz pior. O atraso endémico das sociedades chamadas primitivas não se deve apenas à religião e esta não poder ser mostrada como fonte desse atraso. Isso é o que fazem os ateus do costume para levar a água a um moinho que não se conhece bem…
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Tic, tac, tic, tac.
Religião, anti-Rui Rio, anti-Ferreira Leite, pró-Menezes, pró-Fernando Madureira.
Um Tissot.
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Verborreia de mata-frades compulsivo…
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Transpondo estas histórias para o nosso dia-a-dia:
1ª História: Para que uns se safem, há sempre outros que são crucificados;
2ª História: É como a história das grandes obras públicas que nos querem impingir. Para sermos “salvos”, temos primeiro que nos f(…).
Em ambas as situações, o nome dos infelizes também nunca vem escrito.
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“Então, uma manhã, pediram-lhe a bênção. Depois injuriaram-no, chicotearam-no e crucificaram-no.”
há uma versão para maiores de 18.
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O ateismo matou mais gente por causa da religião que toda a Inquisição em séculos de existência.
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Números?
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1.
Claro, CN. Pergunte aos católicos, se não sabe. São os católicos que dizem que Jesus Cristo morreu para nos salvar. Os romanos foram só o instrumento desse santo desígnio, abençoado seja, muito e muito obrigado.
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consta que quando perguntaram ao pacheco pereira quem tinha salvo a humanidade ele respondeu que ainda estava a trabalhar nisso.
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Muito bem visto, CAA.
Foi a minha iniciação às letras de Borges, esse conto assinalável, extraordinário, que primeiro abordei, entre curioso e intrigado, n’”O Relatório de Brodie”, “O Evangelho de Marcos”, uma tarde na cantina da Clássica de Lisboa. E o que logo me levou à obra inteira do autor.
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#11 – sondagens cavaco
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10.
josé, só um pequeno esclarecimento: o oposto de “ateismo” não é “inquisição”, mas sim “religião”.
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É impressionante o nível de estupidez que se atinge nestes comentários. Agem pavlovianamente, sem ler o texto, sem o querer entender, apenas baseados no pressuposto de que o seu significado tem de corresponder ao rótulo fácil que os torna confortáveis.
Até o josé de quem esperava mais…
O texto não é anti-católico (ailás a ‘igreja’ em causa não é católica: http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1273695 ).
O texto não é anti-cristão.
O texto não é nada disso é o que lá está.
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#10
“O ateismo matou mais gente por causa da religião”
Por ateísmo, o José quererá dizer o sectarismo descrente das outras seitas concorrentes. Mais não seja, pela razão que um ateu não é sectário, doente, logo não se dá a um tal luxo de doidos.
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Já agora, o conto de Borges é o ‘Evangelho segundo Marcos’, do livro ‘O Relatório de Brodie’ (1970)
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O fanatismo como origem de violência teve – de longe, DE MUITO LONGE – os seus momentos mais sinistros na Revolução Francesa (Terror, Vendeia), na Rússia comunista e respectiva prole ideológica, na Alemanha nazi … o ateísmo é a mais violenta forma de fé que conheço – e a mais irracional, embora procure exibir roupagens científicais! E não me venham com a estafada conversa de cruzadas e Inquisição – quem sabe um pouco de História para além da que tem sido fabricada, nos últimos 200 anos, para os manuais escolares, sabe perfeitamente até que ponto tudo tem sido mal contado!
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#18 – “Até o josé de quem esperava mais…”
deves tar a falar do pai do seviciado.
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Comparar a violência entre ateus e religiosos é admitir que os religiosos são violentos.
Pelos vistos é uma questão de percentagens.
Ah, tal e coisa, ninguém é perfeito, mesmo os religiosos.
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o Jorge também vai ser crucificado, sem salvar a Luz…
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CAA:
O texto é mesmo o que lá está. Uma pequena historieta de Borges ( autor muito sobrestimado por quem não entende muito bem o que escreveu) sobre o atavismo das crenças. Neste caso, no cristianismo.
Também um paralelo com um rito cristão para expulsar demónios, através de exorcismos.
De facto, o texto não é anti-cristão nem anti-católico. E a moral das historietas é inócua…
É um texto antropológico, apenas. Não é assim, caro CAA?
Também esperava mais um pouco, neste caso.
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#18 – “É impressionante o nível de estupidez que se atinge nestes comentários.”
o que é que querias de reformados e funcionários públicos.
“Até o josé de quem esperava mais…”
com este padrão de qualidade, querias bolshoi? não era necessário ofender os restantes comensais com esta comparação.
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#25 – tás muito lento, 30 minutos para ir à wiki e voltar com só com isso.
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Há outras histórias para contar, sobre violência (anti)religiosa:
Nos primeiros três séculos do cristianismo ( até Constantino) , mais 300 mil cristãos clandestinos foram sepultados em lugares chamados catacumbas, em Roma. Ainda lá estão para quem quiser ver e sentir o peso da fé em Jesus Cristo, com séculos de testemunho.
Os cristãos de então fugiam dos politeistas da urbe romana que mandava matar quem queria afirmar publicamente a existência de um Deus único.
Muitos foram seviciados de modo bem mais cruel que o atavismo da historieta deixa adivinhar. Foram pregados em cruzes, queimados em fogueiras, regados com requintes de malvadez sádica e queimados lentamente, com as mais diversas torturas que o Homem foi capaz de engendrar.
Os mártires do catolicismo são conhecidos, são aos milhares e a maior parte deles, deixavam-se sacrificar pelo que acreditavam.
O seu exemplo frutificou e a Igrega perdura há dois milénios.
É a resposta que se pode dar: vão ás catacumbas de S. Calisto, em Roma e vejam com os próprios olhos o que era a fé para esses primeiros cristãos. Além do mais é local de grande turismo.
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ferreira: o conde dos comentários anónimos.
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Vejam o meu mais recente artigo acerca das novas patranhas do Ministro Mário Lino e do Ministério das Obras Públicas no blogue O Flamingo.
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CAA:
Fui agora ver o link na sapo e permita-me que lhe diga que o seu texto é equívoco e pergunto-me qual a intenção que presidiu à escrita.
Se queria denunciar o fanatismo de seitas para-cristãs, para quê citar a historieta de Borges e sem contexto algum, logo a seguir, chimpar com a história da Guiana, sem qualquer explicação suplementar?
Aliás, será que pretendia mesmo denunciar o fanatismo de seita? Ou associar esse fanatismo a uma religião como a católica?
Será estúpida a pergunta? Ou a resposta é impossível de dar?
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Michael Jackson morreu… e em uma entrevista que vi, diz: – o mundo não olha pelas crianças, preferem o trabalho, e o divertimento próprio, a auto-satisfação, dando ás crianças computadores e gadgets para os “entreter”, e depois admiram-se de uma criança entrar dentro de uma escola com uma arma e matar os amigos. O homem está sozinho no mundo … cheio de drogas, dinheiro, auto-realização, poder, cheio de coisas materiais e com o ego cheio, mas com o coração e a alma vazios.
Apenas há neste mundo de hoje uma voz discordante deste estado que nos leva á autodestruição – a Igreja Católica.
Quanto mais encheres a carteira, mais despejas a tua alma.
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#28 – disfarças mal, por momentos pensei que te ias amandar* ao pedófilo do espinosa, mas não tinha que vir qualquer coisa de sublime: vão a roma, uma sugestão do cromo cultural. não tarda tá aí a flausina da sopeira a cagar gótico e gárgulas.
* não é defeito, é feitio
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ferreira: só te saem duques.
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Se Jesus Cristo imaginasse tudo o que iria ser feito em seu nome ou contra o seu nome, Nazaré não teria perdido um carpinteiro.
(Se calhar, como cristão, acabei de blasfemar. Enfim.)
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O que mespanta é o homem ter sido carpinteiro e nunca ter visto um móvel dele à venda.
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Já dei para este peditório mas…aproveitando a deixa “A notícia não diz como se chamava o infeliz – mas o nome é sempre o mesmo nestas histórias, CAA”
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O fanfarrão volta a atacar!
Que bela barrigada pelas costas na Igreja Católica!
Deu a entender no texto que as vítimas foram à “igreja”, o que para os portugueses acaba por ser entendido como Igreja Católica, ao omitir que tal acto foi da responsabilidade da “Igreja Celestial de Cristo”. A citação do exorcismo, o que é uma prática que a Igreja Católica também adopta, ainda que raramente, também serve para sugerir ao leitor incauto tal coisa.
Alguns se queimam por tão pouco…
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O que me atormente é não saber se o ” Senhor ” , vendeu ou trespassou a carpintaria !!!
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atormenta… ” prontos “
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#32
“para quê citar a historieta de Borges”?
“Será estúpida a pergunta? Ou a resposta é impossível de dar?”
Ai, de Borges, a “historieta”, dito assim por significar a economia de tão bela narração, entendo que queira dizer a força, a magia, que sobre os simples têm as lendas, como desde sempre acontece com maioria de nós.
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#38
“A notícia não diz como se chamava o infeliz – mas o nome é sempre o mesmo nestas histórias, CAA”
Sempre o mesmo, o Xristo que há em nós.
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CAA!
“…rito a que chamam exorcismo” Quem!?
Ritual com alguns ritos.
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44,
Tem razão. Foi lapso meu.
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É impressionante a falta de sentido de humor que a sua censura aos comentários indicia.
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46,
‘Observadora’ que às vezes também assina ‘pontapé no cu’:
Só apago os insultos mais torpes – alguns da sua autoria seja lá quem for. Um blogue, repito, não é um pelourinho onde anónimos e pseudónimos atiram a porcaria que querem.
Mas ainda restam muitos outros que ficaram
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Mas que sentido de humor!!!
A propósito, cu não tem acento, sabia?
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Esqueci-me de dizer que, tendo V. a faca e o queijo na mão – isto é, a faculdade de me cortar o pio a qualquer momento -, não respondo à provocação contida na primeira parte do seu comentário.
É que não gosto de lutar com armas desiguais.
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Sem outros comentários (porque este serve a todos):
http://cantodojo.blogspot.com/2009/06/as-traves-interiores.html
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E quem é o inspector de traves ?
É que me parece que há traves e traves e nem todas são do mesmo género. Parece que há algumas invisíveis, mesmo para entidades tão tangíveis como…o coração.
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Evangélicos-carismáticos. Fazem pior em África com os meninos bruxos.
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Com os “cristões” não admira- eles tendem para a macumba.
Mas foi pena não ter dado o nome às bestas. Estas bestas são apenas isso- bestas que nada têm a ver com a Igreja Católica.
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O CAA confundiu porque um ateu militante é isto mesmo. Se for preciso até usa macumba para parecer que é obra do Vaticano.
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Em nome de DEUS se mata
Em nome de DEUS se Castiga
Com BELZEBU se faz folia
Em horas do DEMO se procria
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Acho que devem andar aqui a trocar a Igreija Santa Catolica Apostolica Romana com outras coisas tipo ceitas por exemplo e outras mais …
Nossa Senhora
São Miguel Arcanjo
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Acho que devem andar aqui a trocar a Igreija Santa Catolica Apostolica Romana com outras coisas tipo ceitas por exemplo e outras mais …
Nossa Senhora
São Miguel Arcanjo
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“O CAA confundiu porque um ateu militante é isto mesmo. Se for preciso até usa macumba para parecer que é obra do Vaticano.”
O Jose usou os religiosos politeistas romanos como ateus…
So muda o cheiro!
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O teu é sempre o mesmo- fede à distância, tarado.
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Podem ler aquilo que o Zé de Portugal aludiu no meu blogue aqui:
http://cantodojo.blogspot.com/2009/07/como-parece-que-alguem-nao-gostou-do.html
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