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É arriscado escrever sobre estas coisas. Não estão na moda

2 Abril, 2010
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Não sou crente. Educado na fé católica, passei pelo ateísmo militante e hoje defino-me como agnóstico. Talvez não devesse, por isso, pôr-me a discutir os chamados “escândalos de pedofilia” na Igreja Católica. Até porque não sei se, como escreveu António Marujo neste jornal [Público] – no texto mais informado publicado sobre o tema em jornais portugueses -, estamos ou não perante “A maior crise da Igreja Católica dos últimos 100 anos”.
Tendo porém a concordar com um outro agnóstico, Marcello Pera, filósofo e membro do Senado italiano, que escreveu no Corriere della Sera que se, sob o comunismo e o nazismo, “a destruição da religião comportou a destruição da razão”, a guerra hoje aberta visa de novo a destruição da religião e isso “não significará o triunfo da razão laica, mas uma nova barbárie”. Por isso acho importante contrariar muitas das ideias feitas que têm marcado um debate inquinado por muita informação errada ou manipulada.
Vale por isso a pena começar por tentar saber se o problema da pedofilia e dos abusos sexuais – um problema cuja gravidade ninguém contesta, ocorram num colégio católico, na Casa Pia ou na residência de um embaixador – tem uma incidência especial em instituições da Igreja Católica. Os dados disponíveis não indicam que tenha: de acordo com os dados recolhidos por Thomas Plante, professor nas universidades de Stanford e Santa Clara, a ocorrência de relações sexuais com menores de 18 anos entre o clero do sexo masculino é, em proporção, metade da registada entre os homens adultos. É mesmo assim um crime imenso, pois não deveria existir um só caso, mas permite perceber que o problema não só não é mais frequente nas instituições católicas, como até é menos comum. Tem é muito mais visibilidade ao atingir instituições católicas.
Uma segunda questão muito discutida é a de saber se existe uma relação entre o celibato e a ocorrência de abusos sexuais. Também aqui não só a evidência é a contrária – a esmagadora maioria dos abusos é praticada por familiares próximos das vítimas – como o tema do celibato é, antes do mais, um tema da Igreja e de quem o escolhe. Não existiu sempre como norma na Igreja de Roma e hoje esta aceita excepções (no clero do Oriente e entre os anglicanos convertidos). Pode ser que a norma mude um dia, mas provavelmente ninguém melhor do que o actual Papa para avaliar se esse momento é chegado – até porque talvez ninguém, no seio da Igreja Católica, tenha dedicado tanta atenção ao tema dos abusos sexuais e feito mudar tanta coisa como Bento XVI.

Se algo choca na forma como têm vindo a ser noticiados estes “escândalos” é o modo como, incluindo no New York Times, se tem procurado atingir o Papa. Não tenho espaço, nem é relevante para esta discussão, para explicar as múltiplas deturpações e/ou omissões que têm permitido dirigir as setas das críticas contra Bento XVI, mas não posso deixar de recordar o que ele, primeiro como cardeal Ratzinger e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, depois como sucessor de João Paulo II, já fez neste domínio.
Até ao final do século XX o Vaticano não tinha qualquer responsabilidade no julgamento e punição dos padres acusados de abusos sexuais (e não apenas de pedofilia). A partir de 2001, por influência de Ratzinger, o Papa João Paulo II assinou um decreto – Motu proprio Sacramentorum Sanctitatis Tutela – de acordo com o qual todos os casos detectados passaram a ter de ser comunicados à Congregação para a Doutrina da Fé. Ratzinger enfrentou então muitas oposições, pois passou a tratar de forma muito mais expedita casos que, de acordo com instruções datadas de 1962, exigiam processos muito morosos. A nova política da Congregação para a Doutrina da Fé passou a ser a de considerar que era mais importante agir rapidamente do que preservar os formalismos legais da Igreja, o que lhe permitiu encerrar administrativamente 60 por cento dos casos e adoptar uma linha de “tolerância zero”.
Depois, mal foi eleito Papa, Bento XVI continuou a agir com rapidez e, entre as suas primeiras decisões, há que assinalar a tomada de medidas disciplinares contra dois altos responsáveis que, há décadas, as conseguiam iludir por terem “protectores” nas altas esferas do Vaticano. A seguir escolheu os Estados Unidos – um dos países onde os casos de abusos cometidos por padres haviam atingido maiores proporções – para uma das suas primeiras deslocações ao estrangeiro e, aí (tal como, depois, na Austrália), tornou-se no primeiro chefe da Igreja de Roma a receber pessoalmente vítimas de abusos sexuais. Nessa visita não evitou o tema e referiu-se-lhe cinco vezes nas suas diferentes orações e discursos.
Agora, na carta que escreveu aos cristãos irlandeses, não só não se limitou a pedir perdão, como definiu claramente o comportamento dos abusadores como “um crime” e não apenas como “um pecado”, ao contrário do que alguns têm escrito por Portugal. Ao aceitar a resignação do máximo responsável pela Igreja da Irlanda também deu outro importante sinal: a dureza com que o antigo responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé passou a tratar os abusadores tem agora correspondência na dureza com que o Papa trata a hierarquia que não soube tratar do problema e pôr cobro aos crimes.
De facto – e este aspecto é muito importante – a ocorrência destes casos de abusos sexuais obriga à tomada de medidas pelos diferentes episcopados. Quando isso acontece, a situação muda radicalmente. Nos Estados Unidos, país onde primeiro se conheceu a dimensão do problema, a Conferência de Dallas de 2002 adoptou uma “Carta para a Protecção de Menores de Abuso Sexual” que levaria à expulsão de 700 padres. No Reino Unido, na sequência do Relatório Nolan (2001), acabou-se de vez com a prática de tratar estes assuntos apenas no interior da Igreja, passando a ser obrigatório dar deles conta às autoridades judiciais. A partir de então, como notava esta semana, no The Times, William Rees-Mogg, a Igreja de Inglaterra e de Gales “optou pela reforma, pela abertura e pela perseguição dos abusadores em vez de persistir no segredo, na ocultação e na transferência de paróquia dos incriminados”.

Bento XVI, que não despertou para este problema nas últimas semanas, não deverá precipitar decisões por causa desta polémica. No passado domingo, durante as cerimónias do Domingo de Ramos, pediu aos crentes para não se deixarem intimidar pelos “murmúrios da opinião dominante”, e é natural que o tenha feito: se a Igreja tivesse deixado que a sua vida bimilenar fosse guiada pelo sentido volátil dos ventos há muito que teria desaparecido.
Ao mesmo tempo, como assinalava John L. Allen, jornalista do National Catholic Reporter, em coluna de opinião no New York Times, “para todos os que conhecem a experiência recente do Vaticano nesta matéria, Bento XVI não é parte do problema, antes poderá ser boa parte da solução”.
Uma demonstração disso mesmo pode ser encontrada na sua primeira encíclica, Deus Caritas Est, de 25 de Dezembro de 2005, ano em que foi eleito. Boa parte dela ocupa-se da reconciliação, digamos assim, entre as concepções de “eros”, o termo grego para êxtase sexual, e de “ágape”, a palavra que o cristianismo adoptou para designar o amor entre homem e mulher. Se, como referia António Marujo na sua análise, o teólogo Hans Küng considera que existe uma “relação crispada” entre catolicismo e sexualidade, essa encíclica, ao recuperar o valor do “eros”, mostra que Bento XVI conhece o mundo que pisa.
Por isso eu, que nem sou crente, fui informar-me sobre os casos e sobre a doutrina e escrevi este texto que, nos dias inflamados que correm, se arrisca a atrair muita pedrada. Ela que venha.

Público, 2 de Abril de 2010

101 comentários leave one →
  1. zazie permalink
    2 Abril, 2010 19:55

    Pois é mesmo o melhor texto acerca da questão.

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  2. zazie permalink
    2 Abril, 2010 19:56

    E é tremendo que até sejam agnósticos a escreverem os melhores textos.

    é muito superior ao do Marujo. O Marujo lá tem o compromisso com a fezada esquerdalha que fala sempre mais alto. E militou pelo “aborto católico” e casório gay.

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  3. zazie permalink
    2 Abril, 2010 19:57

    Troquei os Marujos. Para o caso não altera muito. Um milita, o outro divulga.

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  4. 2 Abril, 2010 20:00

    Qual?
    O do Marujo?
    Ñão há link?

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  5. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:03

    Está online. Basta ir lá e ler.

    Mas vais ter uma desilusão se pensas que é mais uma bestialidade jacobina.

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  6. 2 Abril, 2010 20:12

    Quero lá saber dos jacobinos ou dos girondinos.
    Nem me faltava mais nada do que andar na net à procura das citações de jmf.
    Vá você.

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  7. Anónimo permalink
    2 Abril, 2010 20:20

    O que os importa é apurar se a forma de formar e como vivem os padres é potenciadora de inclinações pedófilas. Se sim mude-se, se não é tão idiota acusar a Igreja como fazer do Partido Socialista um antro pedófilo.

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  8. José permalink
    2 Abril, 2010 20:22

    Parabéns, JMF, por este artigo. O tema é difícil e delicado. Por isso a contextualização histórico-social é importante. Não para desculpar, esconder ou escamotear ( como se dizia dantes), mas para entender melhor. Porque é mesmo preciso entender melhor remontando o tempo de alguns anos.
    Actualmente, o assunto tornou-se um tabu e ao mesmo tempo um anátema para quem nele cai, sem ser para condenar à Giena, como o Papa o fez também.
    Mas…houve um tempo em que tal não era tão evidente, claro e se margem para dúvidas. E isso tem de ser dito e escrito.

    Há uns anos, quando se levantou o escândalo da pedofilia de Cohn-Bendit, este assumiu de modo algo envergonhado o assunto porque era inevitável e acabou por ser “aceite” na comunidade. Ninguém mais o atezanou com o assunto.

    Actualmente, o cineasta Polanski não saberá o que fazer para se livrar da pecha que lhe caiu por causa de um crime sexual, nos setenta, sem o contorno deste tipo, mas com os ingredientes de escândalo suficientes para não se poder defender inteiramente senão aceitar o veredicto popular actual que o manda para julgamento.

    Há um músico que aprecio muito e que se chama Roy Harper que tem uma canção chamada Forbidden Fruit, uma das mais belas que conheço e que é de 1974.
    O tema é exactamente esse: a sexualidade difusa, com menores na puberdade. No caso, com raparigas.
    Roy Harper tratou o assunto poeticamente e escreveu nessa altura algo que agora tem de explicar longamente. aqui o faz

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  9. José permalink
    2 Abril, 2010 20:24

    O PS não é um antro pedófilo mas é um facto que figuras importantes desse partido foram apontadas como tal e o PS no seu todo, fechou-se numa concha para acusar os acusadores de quererem decapitar a sua galinha dos ovos de ouro- que são os empregos na única coisa que sabem fazer e nada mais fizeram na vida.

    A Igreja não fez isso e é por isso que a lição de moral lhes assenta como luva. Deviam ter vergonha, quase todos os do PS que assim pensam. E são quase todos…

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  10. anónimo permalink
    2 Abril, 2010 20:37

    “O PS não é um antro pedófilo mas é um facto que figuras importantes desse partido foram apontadas como tal…”

    por ti e mais uns quantos da tua laia, onde é que isso está provado.

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  11. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:38

    A forma como vivem é lá com eles. O Papa fez o que de mais inteligente se pode fazer- impor testes psicológicos à entrada, filtrando pancadas sexuais e deixando de fora homossexuais.

    Na altura houve para aí gente a descabelar-se com isto e, se pudessem até o condenavam por homofobia.

    De resto, o principal problema são os internatos e aí, tanto faz serem laicos como religiosos e que tenham por lá gente solteira ou casada.

    Certo é que pode ser chamariz para homossexuais. Portanto, deixá-los de fora, é medida bem inteligente.

    O resto é treta. A Igreja tem muitas formas de se participar e não obriga a que, para o fazer, todos tenham de professar.

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  12. Anónimo permalink
    2 Abril, 2010 20:41

    O José não acha que se “está a esticar” e a fazer exactamente a mesma coisa que a turba hululante?
    Generaliza “E são quase todos”, oblitera que a Igreja, como qualquer organização, também procurou proteger os seus(veja-se o caso do Padre Frederico).
    Um comentáriomuito infeliz.

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  13. José permalink
    2 Abril, 2010 20:42

    ferreira:

    Na Igreja também nada se provou. O problema dos da tua laia é que precisam sempre de provas tangíveis e devidamente certificadas por notário que lhes mostrem a verdade. Não a conseguem obter de outro modo senão pelas provas judiciais, com as regras que inventaram para que elas não apareçam.

    Os da tua laia são uns farsantes.

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  14. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:42

    Quanto a traição de hipocrisia dentro da Igreja concordo.

    Há-de ser consequência precisamente de uma exigência excessiva que nem todos conseguem cumprir.

    Mas, por isso mesmo, é que o Papa não entra na culpa. Ele atacou o problema.

    E, se a Igreja tem hipocrisia, quem a tem ainda mais são as mesmíssimas pessoas que andam com os entalados da Casa Pia nas palminhas e tomam logo o partido contra os jovens que os acusaram.

    Esses é que não têm a menor autoridade moral para acusar ningué,. Porque esses apenas se agarram às questões por reacção pavloviana que a ideologia obriga.

    E foi bom o JMF ter contado que foi ateu militante. Porque há-de tê-lo sido por efeito de seita maoista, pois a ideologia de esquerda a isso obrigava.

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  15. José permalink
    2 Abril, 2010 20:43

    O caso do Padre Frederico é exemplar do modo como a Igreja evoluiu. O bispo do Funchal actualmente não poderia fazer o que então fez: tentar esconder como o fazem certos políticos e apaniguados relativamente aos “seus”.

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  16. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:43

    No caso do ferreira é frustração. Ele bem queria que lhe dessem o mesmo tratamento vestindo bibinho do menino zequinha e usando do seu QI negativo para o engano.

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  17. José permalink
    2 Abril, 2010 20:45

    #15:

    Os “quase todos” são os simpatizantes do partido que não aceitam outra coisa que não a “verdade oficial” do mesmo clube. E esta verdade é a negação.

    Conhece algum simpatizante que diga o contrário e escorrace os suspeitos, como a Igreja o faz agora?

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  18. José permalink
    2 Abril, 2010 20:47

    NO entanto, o caso do padre Frederico tratava um homicídio de um jovem adulto. Por acaso seria homosexual e por causa dessas coisas terá morrido, em circunstâncias que se apontou na altura estarem relacionadas com o comportamento do padre.

    Não é um caso de pedofilia…

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  19. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:48

    Eu não serei tão optimista em relação à Igreja, pelo facto de ter estudado essas coisas, na iconografia e tradição medieval.

    Mas, também é um facto que não tenho conhecimentos no meio. Não faço ideia- direi apenas que historicamente existe essa hipocrisia.

    Mas não existe agora, com este Papa. E hipócritas são os que até encobrem a dos apaniguados e se lembram agora de mais um pretexto para a cruzada jacobina.

    Os heróis deles tinham aqueles lindos internatos do Ceausescu.

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  20. José permalink
    2 Abril, 2010 20:48

    Mas não dou mais treta a mentecaptos, neste assunto.

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  21. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:49

    Tem razão, José. Li católicos do BE a chamarem pedofilia ao caso do padre Frederico. Uns imbecis, porque pederastas têm-nos eles a magote na militância LGBT.

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  22. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:53

    A grande questão é outra. É que os religiosos, por uma obrigação moral, acabam por confessar. E a Igreja impõe essa verdade a todos os seus.

    E condena o acto. Nunca a Igreja Católica teve iniciações pedófilas e pederastas como o tiveram muitas seitas e mannerbunds em geral.

    Já os maçónicos é outra história. Porque esses até têm mesmo uma tradição antiga de pedofilia iniciática. E agora não a praticam para iniciação, porque aquilo é farsa de tacho.

    Mas negam e encobrem-se uns outros. E por isso, é fácil dizer que não são condenados pelos tribunais. Pois não. Porque até a lei é alterada para o não serem.

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  23. anónimo permalink
    2 Abril, 2010 20:53

    agora a pedofilia na igreja virou sinónimo de evolução, não tarda passa do confessionário para o altar. este cagasentensas está a ficar muita prá frentex. devias era ter vergonha das asneiras que dizes, mas pelos vistos achas que estás a prestar relevante serviço opinativo à causa.

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  24. Anónimo permalink
    2 Abril, 2010 20:55

    Por acaso conheço quem, sendo socialista ferrenha, não acredita nem um bocadinho na inocência de Pedroso. É caso raro, concordo. Como lhe disse, as organizações, todas, tendem a menorizar e desculpar os crimes dos seus membros. Uma das vantagens de motivo para se pertencer a uma organização é a protecção.

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  25. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:56

    Eu até penso que a tradição vem precisamente do mannerbund. Não há grupo de mannerbund que não tenha práticas de homofilia.

    E isto desde o passado ao presente. E por isso é que bem podem vir com a treta que os islâmicos não têm tabu de casório. Mas sempre tiveram homofilia de Jihad.

    Onde ela desembocou nos dias de hoje é que é coisa mais gira de pegar.

    Eu diria que perdeu o cunho guerreiro pelo poleiro.

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  26. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:57

    Há quem estude estas coisas e, a questão mais curiosa é precisamente a ausência dessa figura de homofilia no catolicismo.

    Só se se incluir os Templários. E sabe-se o que lhes fez a Igreja, por muito que os motivos não tenham sido apenas esses.

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  27. zazie permalink
    2 Abril, 2010 20:58

    Peguem no budismo, já agora.

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  28. anónimo permalink
    2 Abril, 2010 20:58

    “A grande questão é outra. É que os religiosos, por uma obrigação moral, acabam por confessar. E a Igreja impõe essa verdade a todos os seus.”

    isto é do melhor. confessam e pedem perdão, assunto resolvido. entretanto vão pregando moral aos outros sobre comportamentos sexuais.

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  29. 2 Abril, 2010 20:59

    Fazem um lindo casal, insultando para enxotar a concorrência e ficarem sós.
    Levem a caixa para casa.
    Mudem os lençóis.

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  30. Anónimo permalink
    2 Abril, 2010 21:01

    O “jovem adulto” tinha 15 anos.

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  31. zazie permalink
    2 Abril, 2010 21:03

    De qualquer forma, pior e mais complicado é para quem ainda anda com o bom do paganismo que a Igreja estragou.

    Porque aí, em indo para o berço da nossa civilização, a coisa era literalmente ligação pedagógica.

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  32. zazie permalink
    2 Abril, 2010 21:04

    Sabes com idade casou a rainha Santa Isabel ou que idade tinham as mulheres de alguém que aposto que admiras- o Charlot?

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  33. zazie permalink
    2 Abril, 2010 21:08

    V.s vivem de gatas perante um partido que tomou as dores de acusados.

    E nós, portugueses, temos o caso mais vergonhoso que nenhum país tem.

    E temos um povo que ainda volta a eleger um partido de governo que tem no currículo a cobertura a estas merdas e pior, o uso do poder político para pressionar tribunais e Presidente.

    É isto que nós temos. E muita sorte temos por ser encoberto internacionalmente.

    Porque, para um povo, esta sim, é a maior vergonha e poltranice histórica.

    E é do presente- não é sequer problema com gente morta- é com gente que ainda anda a voto ou que vai de novo para shows de tv.

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  34. Anónimo permalink
    2 Abril, 2010 21:11

    Igreja nunca pagou indemnizaçãoaos pais da vítimado padre Frederico

    por LÍLIA BERNARDES29 Março 2010
    Igreja nunca pagou indemnizaçãoaos pais da vítimado padre Frederico

    Só dez anos após o caso do padre Frederico Cunha, acusado da morte de um jovem de quem teria abusado sexualmente, é que D. Teodoro Faria, o então bispo do Funchal, reconheceu publicamente as práticas pedófilas do seu antigo secretário particular.

    Um caso que fez história em Portugal. O primeiro julgamento de um padre católico durou três meses e a sentença do Tribunal de Júri, de 10 de Março de 1993, condenou–o a um cúmulo jurídico de 13 anos de prisão pelo crime de homicídio do jovem Luís Miguel (15 anos) e pelo ilícito de homossexualidade com um menor, bem como uma pena acessória de expulsão do território nacional.

    O seu afilhado, José Noite, 18 anos, também arguido neste processo, com quem Frederico mantinha relações de intimidade, foi condenado a 15 meses de prisão pela infracção de favorecimento pessoal, ou seja, por ter engendrado um álibi para defender o padrinho, comutada em pena suspensa por dois anos.

    O tribunal condenou Frederico a um valor de oito mil euros de indemnização cível que deveria ser paga aos pais de Luís Miguel, mas, até hoje, nunca foi cumprida. “A Igreja deveria ter assumido esse pagamento. Lembro-me que, durante o julgamento, ouvimos quatro testemunhas, homens adultos, que contaram como tinham sido abusados sexualmente pelo padre Frederico. Foi uma história longa que me marcou”, disse ao DN Marques de Freitas, procurador da República que liderou a acusação pelo Ministério Público.

    Embora com recursos atrás de recursos, e mesmo com incursões do SIS Madeira em investigações paralelas, Frederico Cunha começou por cumprir pena na prisão Vale dos Judeus, mas, aos 47 anos, aproveita uma saída precária de cinco dias e, a 10 de Abril de 1998, foge num carro alugado para Madrid e apanha um avião para o Rio de Janeiro (Brasil).

    Não se sabe com que passaporte, já que o dele estava apreendido. Esse é ainda um dos muitos mistérios da fuga nunca esclarecidos. Outro tem a ver se ainda hoje Frederico Cunha exerce o sacerdócio na cidade maravilhosa. O afilhado, após o julgamento, estudou Sociologia na Bélgica, e hoje trabalha em França como jornalista.

    Brasileiro de nacionalidade, Frederico vivia em Itália, professava na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santa Cruz quando conheceu D. Teodoro que, na altura, dirigia o Pontifício Colégio Português em Roma. É por esta via que Frederico chega à Madeira, é ordenado sacerdote e se transforma no braço-direito do bispo.

    Mais tarde é colocado na paróquia de São Jorge, no Norte da ilha. Só durante o julgamento se soube que o povo comentava as práticas estranhas de Frederico. Antes que o escândalo rebentasse, foi enviado para Machico, como professor de Religião e Moral numa escola secundária. Mas as histórias só saltaram para a praça pública quando a PJ o detém no apartamento do complexo turístico da Matur, depois de ter encontrado o cadáver do jovem de 15 anos, Luís Miguel, nas falésias do Caniçal.

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  35. anónimo permalink
    2 Abril, 2010 21:14

    a) versão diário de notícias, 29-03-2010:

    “O primeiro julgamento de um padre católico durou três meses e a sentença do Tribunal de Júri, de 10 de Março de 1993, condenou–o a um cúmulo jurídico de 13 anos de prisão pelo crime de homicídio do jovem Luís Miguel (15 anos) e pelo ilícito de homossexualidade com um menor…” dn 29-03-2010

    b) versão cagasentensas:

    “NO entanto, o caso do padre Frederico tratava um homicídio de um jovem adulto. Por acaso seria homosexual e por causa dessas coisas terá morrido, em circunstâncias que se apontou na altura estarem relacionadas com o comportamento do padre.
    Não é um caso de pedofilia…”

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  36. zazie permalink
    2 Abril, 2010 21:20

    Partido pederasta holandês legalizado pelo bom do Estado laico.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Party_for_Neighbourly_Love,_Freedom,_and_Diversity

    E isto para não ir buscar a Ilga e citações giras de militantes do BE que chegaram a defender o mesmo.

    Até diziam que ajudava a entrar divisas por causa do turismo pederasta.

    E a Voxx tinha um programa de rádio onde o divulgava.

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  37. zazie permalink
    2 Abril, 2010 21:21

    A Opus Gay e a Ilga, tinham programa na Voxx a divulgarem itinerários de pederastia turística.

    A NAMBLA também não consta que faça parte de alguma ordem religiosa.

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  38. zazie permalink
    2 Abril, 2010 21:25

    Agora quanto à Madeira e aos Açores, para ser rápida é melhor arrumar a coisa pelo senso comum- eles são homossexuais por tradição ou por genética.

    Mas são. A homossexualidade lá é de tal modo dominante que até nem a consideram pelo lado activo. Só chamam rabeta ao que leva. O outro é o macho possível no território.

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  39. 2 Abril, 2010 21:29

    Acho piada ao aproveitamento político da pedofilia na igreja.

    Parece quererem passar a nensagem de que os padres pedófilos são do Ps.

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  40. Anónimo permalink
    2 Abril, 2010 21:30

    “a ocorrência de relações sexuais com menores de 18 anos entre o clero do sexo masculino é, em proporção, metade da registada entre os homens adultos.”

    Onde está a referência para os dados?

    Estou ansioso por ler que os dados recolhidos são comparáveis, ou de fontes comparáveis: nomeadamente que o facto de se estarem agora a descobrir tantos casos previamente encobertos não estraga a comparação.

    Faz muita diferença comparar inquéritos a vítimas, inquéritos a membros da igreja, ou casos que foram a tribunal. Aposto que JMF é muito cuidadoso nisto. É o trabalho dele, afinal.

    É só para manter o algo nível de informação da discussão. Nada contra a Igreja Católica.

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  41. Anónimo da Silva permalink
    2 Abril, 2010 21:50

    Excelente texto de um excelente jornalista.

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  42. tina permalink
    2 Abril, 2010 21:51

    “A seguir escolheu os Estados Unidos – um dos países onde os casos de abusos cometidos por padres haviam atingido maiores proporções – para uma das suas primeiras deslocações ao estrangeiro e, aí (tal como, depois, na Austrália), tornou-se no primeiro chefe da Igreja de Roma a receber pessoalmente vítimas de abusos sexuais.”

    Ele só recebeu as vítimas depois destas se terem queixado à imprensa que ele não as queria receber!… Não se lembra disso?

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  43. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:08

    Se se quer manter o nível do debate, então é preciso começar por distinguir uma questão que o José já disse- a da noção de verdade e prova por notário

    A sociedade contemporânea ocidental é jacobina. Retirou a moral de cena para a trocar pelo apuramento casuístico dos tribunais.

    E aí sim, reside a gigantesca hipocrisia social. Porque depois passa-se a transformar a figura processual do “inocente até prova em contrário” como a moral possível perante acusações.

    E é aqui que reside aquilo que eu, na brincadeira, comparei com a verdade dos canibais do Montaigne- “o civismo laico” pode parecer mais humano mas contém todos os ingredientes para deixar de haver verdade e se carregar com culpas perante algo maior que nós.

    A confissão religiosa é a única verdadeira. Por muito selvagens e primitivos que tenham sido outros tempos, estes do presente são mais âmbíguos.

    E a prova está como as pessoas ainda sentem necessidade de cobrar moral a uma instituição religiosa.

    E não a cobram ao Estado. Apesar depois de atribuírem apenas ao Estado a única justiça e verdade “provada”.

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  44. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:10

    errata. ambíguos.

    O jacobinismo é a doença que prescinde da moral em favor da lei casuística- mesmo que imoral.

    Um bom exemplo está no parlapié justificativo da Inês Medeiros acerca de quem deve pagar as viagens.

    Ela escuda-se no código para evitar uma posição ética, de acordo com os ideais que diz professar e com o cargo que representa.

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  45. tina permalink
    2 Abril, 2010 22:11

    “Até ao final do século XX o Vaticano não tinha qualquer responsabilidade no julgamento e punição dos padres acusados de abusos sexuais (e não apenas de pedofilia).”

    Porque nessa altura ainda era possível manter em segredo. Agora que se tornou impossível, o Papa viu-se obrigado a fazer qualquer coisa. Mas se fosse por vontade dele, teria continuado a instruir os bispos, como antes fez, para manterem tudo em segredo.

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  46. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:12

    A lei não existe para fazer justiça- existe para evitar a barbárie.

    E ânsia de justiça é que, se calhar, felizmente não se apaga por decreto.

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  47. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:17

    V.s já nem o Gil Vicente lêem. É no que dá o jacobinismo no ME.

    São ignorantes e julgam que o mundo começou no dia em que nasceram.

    E quando são ateus ainda se torna mais caricato porem-se a falar dos males que a Igreja trouxe, em comparação com os benefícios pagãos.

    Então neste campo, os benefícios pagãos eram muito giros. De tal modo que eu até imagino que tenha sido por sobreposição de tradição que também transitaram de forma bastante pacífica para a tradição da católica.

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  48. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:19

    Mas tem piada porque este Papa até queria reabilitar a confissão pública.

    Aquela que existia na Idade Média e que nunca teve grande gosto no Norte da Europa que aproveitou a Reforma para acabar com expiação pública de pecados e carnavais.

    Fizeram outros e trouxeram outras virtudes mais de acordo com o status e honra monetária.

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  49. tina permalink
    2 Abril, 2010 22:21

    em 2001, era assim que Ratzinger tentava esconder os crimes de pedofilia dos padres:

    O Observer destaca uma carta de 2001 assinada pelo cardeal Joseph Ratzinger, atualmente Papa Bento XVI, que comprovaria a obstrução de justiça por parte do Vaticano nos casos de pedofilia envolvendo sacerdotes catolicos.

    O documento interno garantia a todos os bispos do mundo que a Igreja teria jurisdição sobre os casos de abuso sexual de crianças…

    It spells out to bishops the church’s position on a number of matters ranging from celebrating the eucharist with a non-Catholic to sexual abuse by a cleric ‘with a minor below the age of 18 years’. Ratzinger’s letter states that the church can claim jurisdiction in cases where abuse has been ‘perpetrated with a minor by a cleric’.

    …e o direito de manter evidências confidenciais por mais de 10 anos.

    The letter states that the church’s jurisdiction ‘begins to run from the day when the minor has completed the 18th year of age’ and lasts for 10 years.

    O cardeal Ratzinger assumiu a responsabilidade e ordenou segredo sob pena de excomunhão.

    It orders that ‘preliminary investigations’ into any claims of abuse should be sent to Ratzinger’s office, which has the option of referring them back to private tribunals in which the ‘functions of judge, promoter of justice, notary and legal representative can validly be performed for these cases only by priests’.

    ‘Cases of this kind are subject to the pontifical secret,’ Ratzinger’s letter concludes. Breaching the pontifical secret at any time while the 10-year jurisdiction order is operating carries penalties, including the threat of excommunication.

    A carta assinada pelo cardeal Ratzinger já faz parte do processo contra os padres tarados americanos.

    The letter is referred to in documents relating to a lawsuit filed earlier this year against a church in Texas and Ratzinger on behalf of two alleged abuse victims. By sending the letter, lawyers acting for the alleged victims claim the cardinal conspired to obstruct justice.

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  50. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:23

    o ferreira até já se excita com isto. Muito rabeta há-de ser o fóssil. Tanto quanto impotente para mais que o teclado.

    Sova levam todos os que têm 2 pesos e 2 medidas.

    Eu sou consequente. Ninguém é capaz de me encontrar a defesa da mesma questão para uns e a condenação para outros.

    É fazerem buscas no Google a ver se me encontram o que eu posso escarrapachar em relação a v.s.

    Eu nem sequer consigo defender lá muito a Igreja nesta questão. Porque vejo que houve encobrimento. E porque imagino que a hipocrisia não tenha acabado há 500 anos.

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  51. 2 Abril, 2010 22:25

    Brilhante.
    Lúcido.

    Parabéns.

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  52. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:28

    Simplesmente o encobrimento institucional que houve é diferente da partilha de grupo e defesa de grupo quer pela instituição, quer, em particular por este Papa.

    E isso é que não têm os que depois chamam virtuosos aos do partido que por cá encobriu e torceu a lei para safar acusados.

    E isto sim, é que é levar coça quem hipotecou, para o resto da vida, toda a moral.

    E acho um nojo quem se vende por ideologia e consegue ser hipócrita e fazer de merdas destas mais um campeonato de bola.

    Eu considero que o Caso Casa Pia (que é muito mais do que o Processo Casa Pia) é uma vergonha nacional. Uma vergonha que todo o português acarreta.

    Quer queira, quer não. É a esse colectivo institucional e generalizado a todos os crentes que v.s cobram os erros da Igreja e os crimes dos padres.

    E aí é que está a gigantesca trafulhice do virar o bico ao prego.

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  53. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:31

    Se todo o católico, apenas por ser crente, é insultado por defensor de pedofilia- e eu já o fui, no meu blogue; o que se pode chamar a apoiantes de um partido que cagou para o segredo de justiça e para a dita cuja, usando de todas as pressões e truques para chamar cabala a uma acusação para a qual nunca encontraram outros culpados?

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  54. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:35

    Onde é que está a hipocrisia e a sua escala- em quem apoia e encobre por fanatismo partidário as acusações que atingem um partido de poder, com acusados que são promovidos na carreira e vão de novo a votos- agora, no presente- à frente dos vossos narizes, ou uma instituição em abstracto sem sequer haver casos presentes entre portas?

    Um católico tem de ser culpado e o Papa é logo o principal culpado. E o chefe do partido não é porque nada foi provado em tribunal e ninguém confessou mais do que se estar a cagar para segredos de justiça?

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  55. tina permalink
    2 Abril, 2010 22:36

    Assim, percebe-se porque razão a pedofilia continua rompante na igreja católica. Tudo o que o Papa faz é show para o público. No fundo, continua a haver muita tolerância pela pedofilia. E é esta gente, o Papa, os bispos, etc, com a sua política de encobrimento, que estão a afastar as pessoas da religião católica.

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  56. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:38

    Dava para a expores na barraquinha da torresmos da festa.

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  57. zazie permalink
    2 Abril, 2010 22:47

    Isto não é para qualquer um conseguir chegar a deputado por branqueamento virtual.

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  58. 2 Abril, 2010 23:36

    “Os dados disponíveis não indicam que tenha: de acordo com os dados recolhidos por Thomas Plante, professor nas universidades de Stanford e Santa Clara, a ocorrência de relações sexuais com menores de 18 anos entre o clero do sexo masculino é, em proporção, metade da registada entre os homens adultos.”

    Esta questão devia ser posta ao Thomas Plante, mas como ele não está aqui à mão, ponho-a aqui: ao que seu, as estimativas dele é que cerca de 4% dos padres tem/tiverem relações sexuais com menores, face a 8% entre os homens adultos em geral.

    Questão – esses 8% inclui o rapaz de 19 anos que tem relações com a namorada de 17?

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  59. 2 Abril, 2010 23:38

    «“a ocorrência de relações sexuais com menores de 18 anos entre o clero do sexo masculino é, em proporção, metade da registada entre os homens adultos.”

    Onde está a referência para os dados?»

    Penso que serão tirados daqui (ou de outro texto do mesmo autor):

    http://www.psychwww.com/psyrelig/plante.html

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  60. Multiópticas permalink
    3 Abril, 2010 00:03

    etc, com a sua política de encobrimento, que estão a afastar as pessoas da religião católica.
    tina disse
    2 Abril, 2010 às 10:36 pm

    Pois é.
    Penas que as mesmas razões não afastem as mesmas pessoas do voto no partido que apresenta o vício.
    Falácias!

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  61. aix permalink
    3 Abril, 2010 00:10

    Só por razões políticas vêm os que se dizem não-crentes defender ‘à outrance’ a questão da pedofilia eclesiástica.Parece que têm medo que desapareça o ‘ópio do povo’.Bem ou mal a pedofilia, onde é proibida por lei, é crime e deve ser denunciada sejam laicos sejam clérigos. Ou, por serem clérigos, têm o direito de não serem civilmente incriminados? Que sociedade seria aquela que admitisse o princípio de que a justiça divina substitui a humana? A questão é muito clara e não tem a ver com crenças ou descrenças: muitos responsáveis hirárquicos da ICAR, por esta ou aquela razão,ocultaram crimes civis muito graves e, por tal, deveriam ser responsabilizados.

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  62. Euro2cent permalink
    3 Abril, 2010 00:10

    > E foi bom o JMF ter contado que foi ateu militante. Porque há-de tê-lo sido por efeito de seita maoista

    E dos que lá andaram, relativamente poucos se deixaram corromper. Eram jovens à procura de verdade e justiça, que muitos estão a encontrar agora. OK, demorou, mas matem lá o bezerro para os filhos pródigos …

    Acho que os jacobinos mediram mal este petardo. Quando a poeira assentar, vão ver quantos recrutas deram à inimiga.

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  63. 3 Abril, 2010 00:11

    Ó oculista, vc precisa mudar de lentes, pois a pedofilia é transversal, abrangendo todos os partidos, quiçá todas as religiões.
    Se uma religião ou um partido tiverem mais apoiantes, é natural que haja por lá mais pedófilos.

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  64. zazie permalink
    3 Abril, 2010 00:16

    # 71- Não é o primeiro caso- o VPV é ateu e já escreveu textos mais católicos que o cura de passeata do Bento Domingues.

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  65. zazie permalink
    3 Abril, 2010 00:22

    A estupidez é que depois admitem que a lei dê para tudo e o seu contrário.

    Se pegássemos neste exemplo de acusações a padres e se se passasse com o nosso código penal, bastava que todos os padres negassem para não lhes acontecer rigorosamente nada.

    O azar, seria, de não terem lá becado de avental para arquivar. Porque se tivessem, então, e usassem os meios “legais” de negação de tudo, respondendo apenas “à sociedade” sem responderem perante Deus- era uma maravilha- era o vosso mundo de impunidade legalista.

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  66. Euro2cent permalink
    3 Abril, 2010 00:28

    > Se uma religião ou um partido tiverem mais apoiantes, é natural que haja por lá mais pedófilos.

    Por acaso, para instituições que lidam com jovens é que eles deviam gravitar como abutres.

    Não será o caso da Assembleia da República, onde tem de mandar vir de fora.

    Mesmo assim, parece que a Igreja faz melhor serviço de os enxotar do que o PS.

    A propósito, o actual secretário-geral já se demitiu pelo encobrimento dos casos denunciados públicamente ?

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  67. zazie permalink
    3 Abril, 2010 00:29

    Católico é o Gabriel. O único, segundo creio. Hoje já se viu que até o idiota do Paulo Morais é jacobino e desconhece a tradição católica do calendário.

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  68. zazie permalink
    3 Abril, 2010 00:30

    # 84

    Qual? o que foi promovido de calças na mão?

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  69. Grilo Chateado permalink
    3 Abril, 2010 00:45

    Artigo no Público de hoje:

    http://economia.publico.pt/Noticia/antonio-mexia-recebeu-19-milhoes-de-euros-em-salarios_1430394

    Quem ganha 19 milhões de euros num ano, ganha:

    1.583.333,33 euros por mês;
    52.777.78 euros por dia;
    7.037,04 euros por hora;
    117.28 euros por segundo.

    Quem ganha o salário mínimo (14×500=7.000,00€) recebe num ano o que o Sr. Mexia recebe à hora!!

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  70. portela menos 1 permalink
    3 Abril, 2010 00:56

    parece que não há contraditório para este comentário:
    35.Anónimo disse
    2 Abril, 2010 às 9:11 pm

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  71. Euro2cent permalink
    3 Abril, 2010 00:57

    > Parece quererem passar a nensagem de que os padres pedófilos são do Ps.

    Ou talvez que os pedófilos do PS são padres.

    Nesse caso não eram precisos julgamentos, era só publicar umas coisas nos jornais, e passar sentença.

    Serve assim ?

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  72. Careca descoberta permalink
    3 Abril, 2010 00:59

    Ahahaha!
    Que grande barrigada de riso.
    O João Gonçalves,no seu blog PP,deixou isto:

    “Quando a direita – ou o que passa por direita por cá – tem “amigos” deste jaez, para quê o resto? Abreu Amorim é uma lesma do sistema disfarçada de “inconformista” e de “independente” como se pode constatar, até, pela transumância de jornal em jornal, agora a aliviar-se no “diário da manhã” onde pulula um “coelhismo” obsessivo em duas ou três “promessas” do jornalismo foleirote que se pratica por cá. O seu anti-cavaquismo é do foro orangotangal, primitivo, daquele que alguma dita direita nunca conseguiu ultrapassar por mais água que se deite na jaula para a lavar. Não se explica nem agitando uma banana à frente das criaturas. Se é com gente como ele que Passos Coelho conta para pregar aos peixes nos media, mais vale “contratar” directamente o Delgado. Sempre é uma ténia traquejada.”

    No final,é o que todos pensam.
    Ahahaha!

    PS- Ressalve-se que,como pessoa,o CAA me parece bater aos pontos o J.Gonçalves.
    Ahahaha!

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  73. tric permalink
    3 Abril, 2010 01:00

    Judeus preparam-se para abrir OFICIALMENTE uma nova frente de batalha contra o Vaticano, ou seja, contra Papa Bento XVI…

    alias, os padres pedofilos, ou seja, os padres “Judeus” deviam ser expulsos da Igreja Católica e irem pregar para a terra deles…

    os Judeus ODEIAM este PAPA!!

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  74. A Dutch living in Portugal permalink
    3 Abril, 2010 01:42

    Brilliant, JMF.

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  75. Anónimo permalink
    3 Abril, 2010 02:08

    Fantoche Obama prepara calmamente a ofensiva contra o Irão.
    A estratégia americana não mudou com este santo.
    Já se começa a criar o ambiente de aceitação de uma invasão para exportar democracia.
    http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/afghanistan/5477283/Iranian-weapons-getting-through-to-Taliban.html

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  76. ABDULLAAAAAH MAOMÉ permalink
    3 Abril, 2010 02:19

    #78
    Custa a crer que o bOboama faça isso.

    Mas os Ayatollahs, neo-nazis do séc XXI, bem mereciam.

    Aquilo é pura selvajaria.

    É matar mulheres à pedrada

    É a obrigação de casar “noivas” de OITO ANOS em casamentos colectivos.

    Só os neo-nazis (tipo PCP e BE, Ana Gomes e MSoares…e quejandos) e os selvagens da pedra lascada defendem esta selvajaria

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  77. 3 Abril, 2010 02:29

    É que é – reparem bem – o próprio responsável local da Vaticano S.A. a pedir que “perdoem os pecados da ‘vossa’ igreja”:

    http://www.publico.pt/Sociedade/d-jose-policarpo-pecados-da-igreja-indignam-o-mundo_1430622

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  78. ATEU JACOBINO permalink
    3 Abril, 2010 02:43

    CAMARADAS!

    Este ano comemoram-se os 100 anos da República!

    Data bem negra da História de Portugal. Temos de ser sinceros e reconhecer. Tal como o pós 11 de Março-75!

    O grande AFONSO COSTA prometeu acabar com a religião católica em duas gerações.

    NÃO CONSEGUIU!

    Apesar das perseguições, dos roubos, das torturas, dos assassinatos…não acabamos com os católicos!

    Só demos desemprego, emigração aos milhares, hiperinflação, miséria e fome, e instabilidade governativa.

    Talvez o pior período da História de Portugal!

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  79. 3 Abril, 2010 03:16

    O Cristianismo é barbaramente perseguido há 2 mil anos.

    A expansão do Cristianismo foi feita à custa do sangue dos próprios Cristãos.

    Como disse Tertuliano:

    O SANGUE DOS MÁRTIRES É SEMENTE DE CRISTÃOS.

    Os romanos não percebiam como é que as matanças no Coliseu não acabavam com “a seita”…mas cada vez havia mais…mesmo sabendo que o destino eram os dentes dos animais para as festanças do povo.

    Quem não sabe nem percebe isto não entende porque existem Seres Humanos na Terra.

    Depois, veio o Átila…os Hunos…Gengis Khan…etc…e a ICAR sobreviveu

    Com o Maomé e os sarracenos, foram matanças em todo o Médio Oriente, NOrte de África, Turquia, Pérsia, sul da Europa….

    A Revolução Francesa inventou a guilhotina para assassinar em doses industriais.

    Nazismo, Leninismo, Stalinismo, Maoísmo…também juntaram milhões à conta dos inocentes assassinados.

    Mas actualmente há cerca de 1.100 milhões de católicos.

    No início do séc XX eram pouco mais de 200 milhões.

    E continuam as perseguições, roubos, torturas, assassinatos na Coreia do NOrte, China, Vietname, Laos, Bangla Desh, Paquistão, Afeganistão, Sri Lanka, Eritreia, Irão, Arábia Saudita, Cuba, Sudão, Egipto, Líbia, Somália, Zimbabwé, etc….

    Claro, tudo isto censurado pela cultura dominante…que mistura o arcaísmo ateísta com a defesa da escravidão da mulher no islão, a poligamia, a exploração selvagem dos trabalhadores na China e vietname

    Comparada com outras Instituições ou Sociedades, os erros e crimes dentro da ICAR são grãos de areia… e a ICAR, como sempre, vai saber exterminá-los e continuar a crescer…por mais sangue que a façam derramar.

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  80. Anti-liberal permalink
    3 Abril, 2010 03:53

    .

    É giro que a homofobia seja ‘politicamente incorrecto’, como é giro entrar pela Igreja dentro à procura de pedófilos e de outros doentes mentais com problemas de orientação sexual.
    Todos esses bandalhos estão cá fora e bem livres e protegidos para atacarem à vontade inocentes e emporcalharem muita gente.
    No escândalo Casa Pia viu-se quem eram os culpados e, por isso, a Justiça portuguesa camuflou e escondeu habilmente todos os criminosos, só condenando o Bibi e o papagaio das TVs e dos concursos (não me lembro do nome) porque não podiam deixar de de o fazer.
    Afinal, parece que a assembleia da república – os pais da “pátria”, como muitos outros pais e toda essa gente podre e com maior visibilidade (já me lembrei do Carlos Cruz) – têm muito mais viciados que a Igreja.
    No entanto, há mais nomes que o povo não esquece, tanto da política (Pedroso, etc.) como do vaudeville (Herman & Cia.).
    Por definição, os socialistas são jacobinos. Daí a mijar fora do penico é um instantinho…

    anti-liberal

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  81. Anónimo permalink
    3 Abril, 2010 05:25

    Quem ganha o salário mínimo (14×500=7.000,00€) recebe num ano o que o Sr. Mexia recebe à hora!!

    A EDP será a ENRON europeia. O estoiro está próximo. A EDP já vai com uma dívida de 15 mil milhões….

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  82. Talvez... permalink
    3 Abril, 2010 10:16

    Um texto maduro e evoluído. Vêem-se poucos assim. Parabéns.

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  83. Prior & Tario permalink
    3 Abril, 2010 10:42

    É vergonhosa a maneira como se exprimem alguns comentadores a defenderem a Santa Madre Igreja, que se desmascaram sem pudor como mercadores de baixa política.
    A pedofilia de alguns eclesiásticos preocupa-nos.
    Como nos preocupa a pedofilia no CDS ou no PSD de que ninguém fala, como se não houvera.
    Oremos.

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  84. Judas Iscariote permalink
    3 Abril, 2010 12:29

    Claro!
    Só não preocupa a do PS,que foi alvo de acusações concretas e mascarada,num autêntico carnaval,por mudanças apressadas nas leis e branqueamento pelo MP da Cândida Branqueadora e seu escudeiro ranhoso,o Pinto.
    Mas acho que o que te preocupa é o ordenadito que te dão ao fim do mês para escreveres asneiras nos blogues.

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  85. NGUNGA permalink
    3 Abril, 2010 12:41

    O JMF esforçou-se.É assim mesmo.
    O engraçado é que estatisticamente em qualquer organização podem aparecer nódoas.Mas em nenhuma como o PS têm um detergente tão poderoso não para as remover, mas para as disfarçar…

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  86. 3 Abril, 2010 13:11

    Excelente texto. Parabéns.

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  87. Prior & Tario permalink
    3 Abril, 2010 13:20

    Senhor Judas
    Reparo que o preocupa o ordenado dos outros, porventura reflexo de preocupações com seu próprio ordenado terreno.
    Que o Senhor seja convosco, que bem precisa de acompanhamento.

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  88. Licas permalink
    3 Abril, 2010 14:57

    90.Prior & Tario disse
    3 Abril, 2010 às 1:20 pm
    Senhor Judas
    Reparo que o preocupa o ordenado dos outros, porventura reflexo de preocupações com seu próprio ordenado terreno.
    Que o Senhor seja convosco, que bem precisa de acompanhamento.

    **************************

    POIS! QUANDO JUDAS ESCARIOTE FAZ LEMBRAR AS JAVARDICES E HABILIDADES DO P.S. VEM LOGO UMA MERDA DE PRIOR * DAR NAS VENTAS * AO BLASFEMO .
    ***** QUEM SE METE COM O P.S. , LEVA ***** COMO CLAMOU NA A. R. O RABBIT / LAPIN MOTA ENGIL ****

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  89. José Manuel Moreira permalink
    3 Abril, 2010 17:07

    Uma excelente e muito corajoso texto.
    JMM

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  90. 3 Abril, 2010 17:57

    Parabéns, JMF.

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  91. Oscar Sampaio permalink
    3 Abril, 2010 18:39

    O facto da Igreja estar envolvida na maioria das instituições de apoio a crianças e orfanatos, também cria um campo de maior exposição de crianças fragilizadas a potenciais violadores.
    Sempre me convenci que as grandes complicações e dificuldades que existem no nosso país para se adoptar uma criança serve interesses sombrios de pessoas que fazem tudo para que o seu “tacho” seja cada vez mais valorizado e quem sabe também permitir estes abusos. Se fosse rápida a adopção, as crianças seriam entregues a famílias de acolhimento e acabava-se a “matéria-prima”, tanto sofrimento e tantos custos sociais.

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  92. Joao Santos permalink
    3 Abril, 2010 18:41

    Demasiada presunção apenas para expor um facto simples: o papa alemão está sob assédio generalizado por parte dos donos do show bizz em que hoje se transformou a informação.

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  93. Outside permalink
    5 Abril, 2010 14:38

    Bom texto JMF. Neste tema concordamos e ainda bem que assim é.

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  94. otto czernin permalink
    9 Abril, 2010 09:22

    Vão mas é trabalhar, que é o que este país precisa, parasitas já há muitos, e malta a dar bitaites também. A Igreja Católica, tem uma obra que dura e vem crescendo e dando frutos há 2000 anos, e não é seguramente meia dúzia de frutas podres, que irão dar cabo do pomar, por muito que alguns aflitos e furiosos o queiram.
    Deixem-se de mexericos e vão trabalhar, e já agora quem estiver livre de pecado que atire a primeira pedra!
    otto czernin

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  95. Fernando Mascarenhas permalink
    9 Abril, 2010 23:27

    Caro José Manuel Fernandes

    Queria só dizer-lhe o quanto gostei do seu artigo: “É arriscado escrever sobre estas coisas. Não estão na moda, Público, 20100402”

    Recebi-o hoje por e-mail graças a um amigo; achei o artigo iminentemente sensato, informado e com grande sentido de justiça. Não consegui encontrar nada com que discordasse.

    Partimos da mesma posição: também eu sou agnóstico.

    Um abraço de parabéns.

    Fernando Mascarenhas

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  96. Virginia Castelbranco permalink
    14 Abril, 2010 15:46

    «A destruição da religião não significará o triunfo da razão laica, mas uma nova barbárie»
    Não posso concordar mais e, aliás, acho que a barbárie já está em todo o lado, à nossa volta, infelizmente.
    Eu, originariamente católica e durante muitos anos agnóstica, sinto que agora é o momento de todos os católicos, os melhores e os que da Igreja se afastaram por completo (como eu) mobilizarem-se para defender uma instituição que – com todos os seus inúmeros defeitos – mesmo assim não deixa de representar indiscutivelmente o único caminho de razão e, quanto a mim, a única instituição que consegue através dos séculos fazer avançar aquela mensagem profundamente humana e de uma compaixão absolutamente excepcional que foi a mensagem de Cristo.

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  97. Maria** permalink
    18 Abril, 2010 00:29

    Sim senhor , porém o vaticano tem todas as responsabilidades e mais ainda por ter decidido silenciar os crimes que conheceu através dad denúncias que recebeu através dos anos e as qquais não entregou á justiça.Impossivel negar esta realidade que foi reconhecida pelo mesmo vaticano.

    igreja e pedofilia no artigo de josé manuel fernandes:-arriscado é deixar passar estas coisas á espera que o vento as leve.
    http://bit.ly/akDaiW

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