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Estados a poupar?

28 Junho, 2010

O João Galamba continua a pedir mais despesa pública para combater a crise (desta vez à pala do Krugman, que há meses não diz mais nada de sustentado para alem de que temos que gastar o que não existe). Diz que os privados e o Estado não podem poupar ao mesmo tempo porque isso provoca recessões. Não sei em que mundo vive o João Galamba, mas não é neste de certeza. Nenhuma das grandes economias desenvolvidas tem superavit nem se prevê que alguma venha a ter nos próximos 10 anos.  Portugal, o país onde Galamba é deputado, vai ter um défice de 7%, o que implica que o Estado gasta mais de 14% do que recebe (sem contas despesas não orçamentadas). Não é propriamente uma poupança. A ideia de que os estados estão a poupar é absurda. Mas, se estivessem, não viria daí nenhum mal ao mundo.  A poupança não implica que os recursos deixam de ser utilizados ou que desaparecem. Pelo contrário. Implica que são redireccionados do consumo para o investimento.  E não há crescimento económico sem investimento e sem a respectiva poupança.

155 comentários leave one →
  1. lucklucky permalink
    28 Junho, 2010 11:35

    Os cortes que o G20 diz que vai fazer não serão suficientes.

    Nunca mais pára a doença mental destes neo-keynesisanos socialistas. Nunca geriram uma empresa.

    Se a despesa publica trouxesse crescimento a última década teria sido gloriosa, teríamos de ter crescido a mais de 8% ao ano, ou seja os rendimentos dos Portugueses teriam duplicado em 8 anos.

    Nós já vamos nestes primeiros 5 meses com um aumento de quase 8 mil milhões de euros de dívida, só a Pública . Ou seja 6% a mais de dívida do Estado, quase 800 Euros por Português desde o início do ano. Alguém espera 7% de crescimento nos primeiros 5 meses para compensar o endividamento?

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  2. 28 Junho, 2010 11:46

    Só para lembrar que:

    Em 31% dos agregados residentes em Portugal o rendimento percapita é 379 e 799 euros. Outros 20,1 por cento estão classificados como pobres (ganham abaixo disso)

    N.B.
    50% dos portugueses ganham menos de 799 euros

    Em Portugal, as pessoas em risco de pobreza vivem com cerca de 360 euros, na Dinamarca este limite situa-se nos 900 euros. A taxa de pobreza é calculada já depois das transferências dos apoios sociais para as famílias. Sem estes, abrangeria 40 por cento da população em Portugal.

    veja-se em
    http://www.publico.pt/Sociedade/estudo-revela-familias-portuguesas-em-stand-by_1444128

    É importante perceber de vez com que tipo de números lidamos, e abalar a vaga noção Lisboeta-bloquista de uma classe média que tem empregada e acha modesto um rendimento de 2500 euros, perceber quão distorcida é (pelo menos enquanto classe média nacional)

    je

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  3. 28 Junho, 2010 11:56

    Mas o João Galamba não passa de um tonto eleito para agradar à ala metro-sexual da parola elite lisboeta. De acordo com as escolhas dos portugueses, tem tudo (ou seja, nada) para poder vir a ser primeiro-ministro daqui a alguns anos.

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  4. Costa permalink
    28 Junho, 2010 12:05

    O João Miranda ainda perde tempo com imbecilidades?
    Gostaria mais que comentasse os “avisos” que andam a fazer na televisão sobre “o aquecimento global que vai ser terrível este Verão”, embora em Portugal se manifeste por “mais frio”.

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  5. 28 Junho, 2010 12:10

    Da economia, essa lúgubre ciência, como a baptizou Thomas Carlyle:

    Economics Does Not Lie. Economists do.

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  6. LMR permalink
    28 Junho, 2010 12:12

    “redireccionados do consumo para o investimento”; investimento para quê, se o consumo cai a pique? Ou o JM descobriu a solução milagrosa e os produtos por ora desconhecidos que vão galvanizar as nossas exportações?

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  7. José permalink
    28 Junho, 2010 12:13

    E Economia tem destas coisas: ninguém sabe o que deve fazer. Há porém, uma coisa que poderiam ponderar: as receitas antigas e que deram provas. As do Salazar, por exemplo. Estou a referir-me à Economia, não à política em geral.

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  8. lucklucky permalink
    28 Junho, 2010 12:13

    Costa, não perca tempo com tontices como aquecimento global, é só desculpa para mais impostos e mais estado.

    http://articles.latimes.com/2010/jun/25/local/la-me-welfare-casinos-20100625

    California welfare recipients using state-issued debit cards withdrew more than $1.8 million in taxpayer cash on casino floors between October 2009 and last month, state officials said Thursday.

    Gov. Arnold Schwarzenegger issued an executive order requiring welfare recipients to promise they will use cash benefits only to “meet the basic subsistence needs” of their families.(…)

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  9. lucklucky permalink
    28 Junho, 2010 12:16

    http://en.wikipedia.org/wiki/Maywood,_California

    “In an unprecedented move among California cities, the city plans to lay off almost all its employees, including its Police Department, effective July 1, 2010.”

    http://www.cityofmaywood.com/
    “The City is seeking to contract out an additional portion of its municipal services”

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  10. Tric permalink
    28 Junho, 2010 12:22

    “A taxa de pobreza é calculada já depois das transferências dos apoios sociais para as famílias. Sem estes, abrangeria 40 por cento da população em Portugal.”!!

    40%!!!quase metade…lol e querem voltar a entregar o país a um Socretino II, Pedro Passos Coelho, que não passa de mais um OPORTUNISTA politico…

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  11. TSSS permalink
    28 Junho, 2010 12:23

    eheheh
    AS RECEITAS DE SALAZAR???
    Como se o contexto fosse o mesmo!

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  12. 28 Junho, 2010 12:28

    À falta de Guterres, dizem que a melhor opção é Passos Coelho.

    No Albergue Espanhol

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  13. José permalink
    28 Junho, 2010 12:29

    Poupar não é um conceito válido? FOi o que Salazar fez. Armazenar ouro não é? Foi o que ele fez. Proteger a nossa indústria e produção não foi o que ele fez sempre? E isso é mal?

    O mal destes neos em tudo é acreditarem que o jacobinismo resulta. Mas não resulta porque empobrecemos sempre a olhos vistos, apesar de subirmos o PIB e alguns viveram melhor do que nunca. Mas hoje é notícia o facto de haver cerca de um terço da população que é pobre de verdade. E não é pobre de pedir, mas remediada e com rendimento insuficiente. Qualquer dia é a nossa classe média.

    É para isto que a Revolução se fez? Para esta Liberdade que capa a liberdade de podermos ser mais iguais, nivelando por cima e não por baixo como estes pindéricos fatalmente nos conduzem?

    A Economia de Salazar assentava em princípios que me parecem válidos independentemente das circunstâncias.

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  14. José permalink
    28 Junho, 2010 12:31

    Aliás se vamos pelo contexto porque se continua agora defender o Keynesianismo num contexto completamente diferente? Sò porque agrada a uma certa Esquerda nostálgica dos tempos do colectivismo ou de uma intervenção do Estado muito forte na Economia com nacionalizações em barda e comissários políticos na Administração?

    Para isso bastam-nos as EP´s que temos.

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  15. José permalink
    28 Junho, 2010 12:33

    É evidente que citar aqui Salazar atrai já uma chusma de anti-fassistas que só falam de cor e nem sabem argumentar em coerência. Aprenderam o discurso ao longo dos anos e nem param um minuto para reflectir nas intrujices que lhes impingiram.

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  16. 28 Junho, 2010 12:40

    «E Economia tem destas coisas: ninguém sabe o que deve fazer. Há porém, uma coisa que poderiam ponderar: as receitas antigas e que deram provas. As do Salazar, por exemplo. Estou a referir-me à Economia, não à política em geral.»

    Caro José, os comentadores residentes do Blasfémias não têm chamado a atenção para outra coisa. Eu próprio não me tenho cansado de chamar a atenção para o problema básico: não é sustentável, qualquer que seja a economia, a começar pela doméstica, gastar sistematicamente mais do que se recebe. Quando é longo o período em que tal sucede, mais dura é a receita para voltar a pôr ordem na coisa e, da parte do paciente (a economia), a reacção equivale ao desmame de um prolongado viciado em drogas duras.

    Quanto a Salazar, nomeadamente sobre esta matéria, recomendo a leitura dos livros de Helena Matos Salazar – a construção do mito e Salazar – a Propaganda 1934-1938.

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  17. Romão permalink
    28 Junho, 2010 12:41

    #13.

    O proteccionismo de Salazar criou um regime de compadrio e permeabilidade público-privada em tudo muito semelhante ao que se assiste no presente. Em Portugal não se faziam negócios sem que o Presidente do Conselho anuísse. E enquanto os restantes países da Europa prosperavam e desenvolviam-se, Portugal era o país onde estava instalado um presente eternizante onde nada de novo podia acontecer. Portugal, aliás, era em tudo uma propriedade à medida do seu proprietário: rural, atrasada e sovina ao ponto de não perceber o conceito de investimento ou de estratégia. E ainda suportava guerras em três frentes, longínquas e antecipadamente perdidas, para onde escorriam os fundos que poderiam ter modernizado, um pouco que fosse, um Portugal a definhar de mesmidade.

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  18. Romão permalink
    28 Junho, 2010 12:44

    Salazar meteu as finanças em ordem? Reler VPV: com uma ditadura militar a suprimir as poucas vozes contestatárias que se ouvissem e carta branca para mexer na fiscalidade, qualquer contabilista faria o mesmo sem grande esforço intelectual.

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  19. 28 Junho, 2010 12:44

    «Poupar não é um conceito válido? FOi o que Salazar fez. Armazenar ouro não é? Foi o que ele fez. Proteger a nossa indústria e produção não foi o que ele fez sempre? E isso é mal?»

    Caro José, o que Salazar fez, em primeiro lugar, foi equilibrar o orçamento sem recurso a operações de cosmética. O facto de o ter conseguido fazer em tão curto espaço de tempo, grangeou-lhe o epíteto de mago das finanças. A questão do ouro é outra ainda que as aquisições que promoveu (e também de prata) só tenham sido possíveis com o equilíbrio das contas públicas.

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  20. floribundus permalink
    28 Junho, 2010 12:45

    nos aúncios dos jornais a oferta de sexo é cada vez maior
    nos últimos 3 anos passou de 2 para 5 páginas.
    com a crise a clientela diminuiu 15 % e os serviços estão a preços de saldo

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  21. Romão permalink
    28 Junho, 2010 12:46

    Vantagem de Salazar: não era ladrão, sabia distinguir o público do privado. O “drive” dele, aliás, era outro: o poder.

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  22. 28 Junho, 2010 12:48

    Caro Romão #18,

    A ditadura militar não foi suficiente. Sinel de Cordes tentou (por três vezes), mas não conseguiu, não foi capaz. Foi a “magia” de Salazar nas Finanças que veio a fazer de Salazar quem ele foi. Sozinho.

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  23. Romão permalink
    28 Junho, 2010 12:54

    #22.

    Caro Eduardo F,

    “Salazar não perde tempo, e rapidamente passa das palavras aos actos: em 1929 institui a sua Reforma Tributária com a publicação do Decreto n.º 16 731 (principais impostos) e Decreto n.º 16 733 (processo tributário). Em linhas gerais, esta Reforma Tributária traduz-se numa autêntica ditadura financeira, revogando a Reforma Fiscal de Vitorino Guimarães (1922) e tudo o que de positivo esta continha, substituindo-a por impostos baseados nos rendimentos presumidos e/ou normais em detrimento dos rendimentos reais, tributando o capital social de alguns tipos de empresas em vez dos lucros obtidos, abolindo o imposto geral sobre o consumo, substituindo-o por uma série de impostos específicos. Em termos de teoria e técnica tributária, retrocederam-se várias décadas!

    Mas com tudo isto, Salazar conseguiu alguns êxitos, pelo menos relativos. Obcecado pelo equilíbrio das contas públicas, Salazar elabora para o ano económico 1928-29 um Orçamento com um superavite previsto de 1500 contos. No final foi apurado um saldo positivo de 275 mil contos: só 183 vezes superior ao previsto, coisa de somenos. E nos anos seguintes, não obstante algumas oscilações, a situação não se alterou substancialmente, registando-se sistematicamente superavites muito acima dos saldos orçamentais previstos. Onde estavam então a disciplina financeira e o rigor orçamental?

    Talvez nos profundos défices na construção de infra-estruturas viárias, educativas, sanitárias, com elevadíssimos custos ao nível do desenvolvimento económico e cultural do país, que ainda hoje estamos a pagar…”

    José Rodrigues, Fiscalista, in Expresso.

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  24. 28 Junho, 2010 13:06

    Caro Romão,

    Mas a ditadura militar não começou em 28 de Maio de 1926?

    Não li o artigo da wiki sobre Salazar todo, só por alto para assinalar o essencial, ou seja: Salazar é chamado à pasta das Finanças em Junho de 1926, ou seja um mês após o golpe de estado. Mas só ficaria na pasta por 13 dias, tendo renunciado ao cargo.

    Até voltar a assumir a pasta das Finanças, em 27 de Abril de 1928, foi ministro das Finanças, por três vezes, o general Sinel de Cordes – nomeado em 9 de Julho de 1926, em 19 de Dezembro de 1927 e em 7 de Abril de 1928.

    Ou seja, a ditadura militar terá sido um facto necessário mas esteve longe de ter suficiente para reequilibrar as contas públicas (nas ruas da amargura nos dois primeiros anos da ditadura).

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  25. Alves permalink
    28 Junho, 2010 13:10

    Não esquecer que quando o Salazar entra 2.ª vez para o Governo já se desenhava no horizonte a Grande Depressão que dos Estados Unidos se propagou a quase (URSS incluida?) todo o mundo.

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  26. Pedrovski permalink
    28 Junho, 2010 13:12

    Olhe-se para este link

    http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=153690

    e, depois, para este link

    http://www.manueldaluz.com/comissao-de-honra

    Há coincidências do camandro…

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  27. 28 Junho, 2010 13:12

    «Não esquecer que quando o Salazar entra 2.ª vez para o Governo já se desenhava no horizonte a Grande Depressão».

    Caro Alves, em que baseia para fazer essa afirmação?

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  28. Transmontana permalink
    28 Junho, 2010 13:14

    Isto é sempre o mesmo. “AUSSER SPESEN NICHT GEWESEN”
    Está a custar-lhe cortar nas despesas públicas, eles lá sabem porquê!! Primeiro eles, segundo eles, e por aí adiante… O país e as pessoas pobres que nele vivem que se virem. Eles não pertecem a essa classe.

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  29. Romão permalink
    28 Junho, 2010 13:16

    #24.

    Tem toda a razão relativamente ao Sinel de Cordes, mas não é isso que está em causa. Obviamente era preciso mais do que um Sinel para equilibrar as contas públicas, mormente porque Sinel não pensava ser draconiano como Salazar o foi. Quando Salazar é chamado, pela segunda vez, à pasta das finanças, é-lhe dado a carta branca que não teve na primeira passagem pelo ministério.

    A ditadura aliada ao espírito de contabilista avarento são os ingredientes da magia salazarista e, como é bom de ver, não há grande magia nisso. E é um dos muitos assuntos da história contemporânea que Vasco Pulido Valente vê com uma extraordinária clareza, só passível de obter mediante o distanciamento do mito do génio financeiro de Salazar, moeda comum da mitologia salazarista.

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  30. Arnaldo Madureira permalink
    28 Junho, 2010 13:20

    Com pouca formação académica e profissional, com pouca vontade de trabalhar, com muita vontade de consumir mais do que produz, vivendo à custa de outros e ficando a dever, sem noção do dever e da responsabilidade social, sem apreço pela legalidade e pela moralidade, o problema não é teoria económica, socialismo, nem liberalismo. É cultura. Um povo de bananas governado por sacanas ( Rei D. Carlos I? ). Paliativos, muitos têm tentado travar a cavalgada alegre e irresponsável ( = demente) para o abismo. Soluções, ainda não vi nenhuma. Talvez porque teriam de ser a doer, impostas por um poder decente e para todos.

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  31. Alves permalink
    28 Junho, 2010 13:20

    Caro Eduardo, a Grande Crise rebenta em 1929, mas não surgiu do nada, havia claros indícios de que vinha a caminho, só os que jogavam cegamente na Bolsa é que julgavam que o sonho ia durar sempre. E a verdade é que o “Botas” teve que enfrentar essa crise enquanto durou. Não sou economista mas 2 questões me interessam: teve o “Botas” uma fase keynesiana (cfr. Teixeira Ribeiro)? Como conseguiu a URSS reagir à Grande Depressão?

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  32. Romão permalink
    28 Junho, 2010 13:22

    #24.

    Se um presidente de câmara fizer cortes brutais nas despesas da câmara e exercer uma política de cobrança de impostos agressiva, rapidamente obterá receitas, pelo menos até que as pessoas emigrem em número suficiente.

    Se tiver uma polícia pública predisposta a calar, à bastonada, os poucos que ousam reclamar contra a falta de tudo e mais um pouco, e uma polícia secreta que decapite, quase à nascença, os poucos movimentos que possam, no futuro, constituir-se como alternativas, também não terá problemas de maior com a desordem social que normalmente acompanha este tipo de políticas.

    Os cofres da cidade encher-se-ão. Não tenho dúvidas. Tudo o mais será pobre: as pessoas, a cultura, a justiça, a educação e a vida em geral.

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  33. TSSS permalink
    28 Junho, 2010 13:22

    Para o José, Vasco Pulido Valente deve ser um anti-fassista jacobino.

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  34. Alves permalink
    28 Junho, 2010 13:30

    Cuidado oh # 32 Romão, esse programa político começa a ser demasiado tentador…

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  35. Romão permalink
    28 Junho, 2010 13:35

    #34.

    Claro que parece. Daí a aceitação do Salazarismo. As pessoas preferem, grosso modo, estabilidade a alternância. Nem que a estabilidade seja a que temos, por exemplo, hoje em dia: um poder decrépito, corrupto nas suas fundações e perfeitamente amblíope de futuro.

    Agora imagine-se como Salazar não foi recebido depois de 16 anos de “valsa” Partido democrático-Partido republicano, com constantes escaramuças e insegurança aliadas a uma fortíssima recessão económica e inflação galopante?

    Os ditadores não nascem do nada.

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  36. Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    28 Junho, 2010 13:37

    Vivi 24 anos da minha vida sob o regime que Salazar instituiu. Não posso dizer que tenha sido infeliz ou que Portugal era um país cinzento como alguma esquerda gosta propalar, apesar de ter tido a minha adolescencia condicionada pela guerra.
    No entanto, não recomendo a ninguem viver num regime como aquele condicionado pela censura, pela falta das mais elementares liberdades civicas e por uma policia politica que pelos vistos deixou herdeiros em sitios como o “Camara Corporativa”.
    Desde a minha adolescencia que tive a sorte de ir ao estrangeiro, e quando passava Badajoz, paracia que o ar era outro; quando passava os Pirineus então parecia que nascia outra vez. O pior era o regresso.
    Mas lá fora tinhamos a noção de que os condicionalismos que nos eram impostos eram uma estupidez, e falo ao nivel dos filmes, livros, jornais( o meu Pai recebia o L’Express que às vezes não chegava, e outras vezes vinha com menos folhas), porque nos privavam de coisas de não afectavam minimamente o regime.
    Mas o pior era a falta de liberdade e de democracia politica, e termos que gramar aqueles homens vestidos de cinzento que o Salazar arranjava para serem ministros, que falavam todos do mesmo modo, numa subserviencia e veneração ao chefe, que nunca mais se viu em Portugal, a não ser neste governo em relação a este chefe.

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  37. Arnaldo Madureira permalink
    28 Junho, 2010 13:38

    Click to access sergio.pdf

    É certo que alguns deles, nomeadamente António Sérgio, haviam defendido, nos conturbados meses finais da República, uma
    ‘Ditadura de Reforma’, transitória e sensata, não em benefício de uma pessoa ou de uma classe, mas da Nação, que preparasse o advento de uma nova e verdadeira Democracia5, esse “imperativo de consciência, tão perdurável como a consciência humana”6.

    5 Cf. António Sérgio, “Sobre o julgamento do 18 de Abril”, Seara Nova 57 (24. 10. 1925) 168; idem, Antologia Sociológica. 10.º caderno (Lisboa 1957) 14. Dois anos antes, Sérgio tivera já um aceno de simpatia pela ditadura instaurada em Espanha por Primo de Rivera, considerando-a uma “experiência política interessantíssima”, pelo simples facto de ter posto cobro ao “procedimento dos partidos [que] era ali a consagração de uma estrutura social parasitária e imoralíssima”. Não obstante a
    idêntica situação de crise que se vivia no nosso país, fica claro que, nessa altura, só mesmo em última instância, o nosso autor apoiaria uma ditadura de cariz similar, uma vez que alimentava ainda a esperança de que os políticos portugueses tivessem “sabedoria bastante para entrarem eles próprios no movimento reformador, [podendo] todos sair da crise sem ditaduras, nem golpes de Estado, nem militarismos, nem
    revoluções”. Vide António Sérgio, “O caso de Espanha”, Seara Nova 26 (1923) 64.

    6 Ensaios VII (Lisboa 1974) 179-180. As citações dos livros de Ensaios de António Sérgio serão feitas a partir da colecção Obras Completas, publicada pelas edições ‘Sá da Costa’.

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  38. José permalink
    28 Junho, 2010 13:59

    O Salazarismo foi mais, muito mais que uma política económica. Por mim, só referi os aspectos mais salientes dessa política: poupar e protecção das nossas indústrias incipientes, nas pescas e na indústria pesada, para não falar em certa banca, ligada aos Espírito Santo.

    No entanto, basta ler um pequeno livro recente intitulado Salazar e os milionários, de um jornalista da Visão para entender toda uma ética que agora falha em toda a linha e ao ponto de nem sequer ser reconhecida pelos que alinham as ideias feitas do costumo como essa do condicionamento industrial e outras.

    As relações de amizade pessoal entre Salazar e Alfredo da Silva ou o avô deste Ricardo Espírito Santo que aprendeu a a não ter vergonha não sei com quem, são como água para o vinho em relação ao que se passa agora e à promiscuidade reinante.

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  39. José permalink
    28 Junho, 2010 14:01

    Defender o Salazarismo, mesmo económico, perante uma plateia actual, composta de jacobinos e comunas e um suicídio intelectual porque semelhante a entrar numa cova de leões e não se chamar Daniel.

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  40. José permalink
    28 Junho, 2010 14:03

    As ideias feitas, marteladas durante décadas e com o apoio da novilíngua imposta por essa intectualidade, são as armas dessa gente. E contra as mesmas só há um remédio: demonstrar que embarcaram num embuste tal como tinham embarcado no embuste do comunismo científico ou o socialismo democrático sem saberem o que isso era.

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  41. Romão permalink
    28 Junho, 2010 14:04

    #38.

    Pode verificar-se, sem qualquer margem para dúvidas, nesse livro, a visão que Salazar tinha do país: uma coutada de onde ele próprio não comia nada mas onde só ele autorizava a caça.

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  42. Romão permalink
    28 Junho, 2010 14:07

    José,

    Defender o salazarismo é o mesmo que defender o totalitarismo comunista, porque são extremos que se tocam e cujas políticas e padrões de actuação não diferem grandemente.

    Enquanto os sovietes sonhavam com o homem novo, Salazar sonhava com a preservação sine die do homem antigo. E aí pode talvez apontar-se a maior diferença entre ambos. Se bem que no essencial, coincidiam: ambos recusavam o presente.

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  43. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:12

    Eu não concordo nada com o que o Pulido Valente escreve acerca de Salazar.

    E tende-se a confundir o pensamento dele com a ditadura.

    É falso. O corporativismo não é necessariamente nenhum modelo ditatorial e está por provar essa ideia que Portugal era uma aldeia fechada ao desenvolvimento, à custa do Salazar.

    As memórias destes tempos chocam com essa mistificação protestante que quer vender liberalismo nos países que nada têm a ver com isso.

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  44. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:13

    # 41

    É mentira. Esse é mais um dogma de propaganda que se quer fazer passar.

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  45. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:15

    Há-de ser pela mesma razão que se fazem cursos de História por cá, sem se passar de uma aulinha teatral do assassinato do rei, dada pelo Rosas e depois formam-se historiadores a dizerem as mesmas asneiras que aprenderam no ciclo.

    Até garantem que na ditadura vivemos sob o capitalismo monopolista de Estado e que foi graças ao 25 de Abril que dele saímos (sic).

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  46. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:16

    Isso é tudo uma gigantesca patranha, Romão.

    Uma gigantesca mistificação doutrinária.

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  47. Romão permalink
    28 Junho, 2010 14:17

    #44.

    Não se passava nada em Portugal sem que alguém fosse fazer uma genuflexão mais ou menos prolongada perante o Presidente do Conselho ou alguém que o ouvisse.

    Isso é um facto.

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  48. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:18

    Que raio de livro é esse e quais foram as fontes?

    Leram os textos e estudaram as obras concretas e seguem as historietas doutrinárias que se inventam agora?

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  49. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:19

    Mas é um facto do quê? que havia um líder rodeado de excelente elite ou de que esse líder não tinha projectos de abertura ao mundo e ao investimento de fora?

    É que eu sei da patranha que se vende e quem a vende tem a tal pancada da doutrina protestante da Amazon que agora é a cartilha onde todos se penduram.

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  50. José permalink
    28 Junho, 2010 14:21

    Romão: a meu ver, V. está muito mal informado. Além disso, o livro demonstra precisamente o contrário do que afirma, no contexto da época.

    Se assim fosse, ou seja, o país uma coutada de Salazar, este tinha deixado uma fortuna tipo Marcos ou até o Xá do Pérsia. Deixou uma pequena conta bancária, não tinha bens significativos e foi sepultado numa campa rasa. Salazar é que merecia o Panteão.

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  51. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:22

    Por exemplo- esta do capitalismo monopolista de estado, é uma gigantesca bacorada.

    E quem a repete até pode dizer-se historiador. Repete por catequese abrilista.

    Bastava fazer as contas aos monopólios de agora para se ver onde está o tal de “capitalismo monopolista de estado”.

    O peixe podre aqui da casa repete o mesmo disparate. Aprenderam estas tretas quando cantavam a gaivota.

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  52. José permalink
    28 Junho, 2010 14:23

    Salazar é uma figura que merece ser estudada. Mas não pelo Fernando Rosas. Esse serve apenas para estudar os corredores do Aljube e mesmo assim, aposto que nem consegue fazer um retrato fiel do que viu.

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  53. José permalink
    28 Junho, 2010 14:24

    E ainda tem de aguentar a falsificação histórica de um tempo que não é o que contam os historiadores tipo Rosas e FLunster Pimentel.

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  54. José permalink
    28 Junho, 2010 14:26

    O regime de Salazar era uma ditadura e detestável por isso. Mas teve as suas coisas com muito valor que deveriam ser represtinadas e aprendidas na escola primária.

    Nem sequer falo da linguagem porque também era de propaganda de mitos e lêndias. Mas havia a possibilidade de aprender a linguagem dos nossos maiores escritores. Se assim fosse não teríamos um Saramago como valor de pátria e apontado como a alma portuguesa. Que vergonha sinto nisso.

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  55. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:28

    Mas há quem invente uma fortuna escondida de Salazar. Há quem negue que ele não tenha tido fortuna gigantesca à conta de ser o chefe dessa coutada.

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  56. 28 Junho, 2010 14:29

    Continua a ser fascinante encontrar num blog liberal diferentes concepções do que é uma ditadura. :-))))

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  57. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:31

    Por mim, ficando-me apenas pelo que se fez em termos artísticos e de Património já lhe era grata.

    Ainda agora a propósito da BN e da arquitectura do Estado Novo, voltei a pensar nisso. A política artística do Ferro foi genial.

    E só por absoluta imbecilidade se vai dizer que estava fechada ao mundo ou que era uma aldeia colonial.

    Parece é que tudo isso secou para sempre, já que agora só temos basbaques agarrados às benesses dos saloios do Poder.

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  58. José permalink
    28 Junho, 2010 14:32

    Agora temos o Berardo, comendador da Bacalhôa. O símbolo deste pindérico, mentiroso compulsivo que anda por aí.

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  59. 28 Junho, 2010 14:32

    JOZIE começa o baile.

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  60. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:33

    Já agora, aproveitando a troca em directo- algum de v.s me sabe dizer se é verdade que houve milhares de mortos às mãos da Pide?

    É que pode ser tosquice minha mas nunca imaginei mortos aos milhares.

    Mas, já houve mais do que um licenciado e até doutorado que me atirou com os milhares de mortos políticos, comparando-os aos do comunismo.

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  61. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:34

    É, agora que somos modernos e abertos ao progresso, temos o Berardo.

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  62. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:35

    É o retrato desta aldrabice.

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  63. 28 Junho, 2010 14:35

    E se forem centenas, serve?

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  64. José permalink
    28 Junho, 2010 14:36

    É difícil Portugal descer mais nos degraus da irrelevância internacional e no valor e auto-estima que todo o português poderia sentir pelo que fomos e somos. Mas não com testa cambada que nos representa há trinta anos, com breves intermitentes e lampejos de senso.

    Mas isso é a excepção que confirma a regra. A regra é políticos tipo António Costa no melhor que um Ps pode oferecer. E este mentiroso no pior. O PSD não anda muito longe desses parâmetros mas é um pouco melhor, apesar de tudo.

    Depois temos os comunistas e a esquerda mais anacrónica da Europa com hordas de intelectuais que lhe fazem a corte permanente e aguentam a inteligentsia. Mas aguentam também os comendadores Berardos e os Varas à solta que andam por aí mais os Morais da Independente.

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  65. Romão permalink
    28 Junho, 2010 14:37

    Zazie,

    em parte alguma digo o que pretende que eu tenha dito: pelo contrário. “Pode verificar-se, sem qualquer margem para dúvidas, nesse livro, a visão que Salazar tinha do país: uma coutada de onde ele próprio não comia nada mas onde só ele autorizava a caça.”

    E isso é a verdade.

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  66. 28 Junho, 2010 14:37

    E a direita mais estúpida da Europa.

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  67. José permalink
    28 Junho, 2010 14:39

    #65:

    Julgo que anda mais perto da verdade, mas a noção de caça tem mais que se lhe diga. Só uma observação: o Espírito Santo caçava assim como hoje o neto caça?

    Só gostava que me respondesse a esta e julgo que tem o panorama completo.

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  68. José permalink
    28 Junho, 2010 14:40

    #66:

    A direita em Portugal é de facto a mais estúpida. POr isso não existe sequer. Para os comunistas e esquerdismo em geral, no entanto, a direita começa logo nas franjas do PS que não apoia Manuel Alegre.

    Isto é que é a esquerda inteligente…e que se julgam superiores em intelecto, apesar de a realidade já lhes ter demonstrado que são os mais imbecis do mundo inteiro.

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  69. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:41

    “Autorizava a caça” -que significa isso?

    Que raio de caça se fazia em Portugal que não se faria numa Inglaterra (cheia de brasões e coutadas régias) ou até nos países nórdicos?

    Que significa isso da “caça”?
    ————

    Que direita, ó tolinho?

    Que direita é que temos?

    Temos por cá Wilders a ganhar votos, como na boa da democracia moderna holandesa?

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  70. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:42

    Temos por cá ogres de partidos pedófilos de extrema-direita, como o têm os belgas?

    Temos por cá algum Le Pen?

    Que merda de palhaçada é essa da “famigerada direita” de que falam os escardalhos tugas?

    Será a tal a que queriam partir os dentes e que agora copiam por se dizerem sociais democratas?

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  71. José permalink
    28 Junho, 2010 14:43

    #59:

    Se é música o que precisa, tome lá disco: Josie dos Steely Dan

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  72. 28 Junho, 2010 14:45

    José+Zazie são a nova direita portuga, que não quer ser estúpida, mas não passam de mongos.

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  73. José permalink
    28 Junho, 2010 14:48

    Ai, ai…lá começa a chinelada estalinista.

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  74. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:48

    E, se fossemos a comparar com um Luxemburgo ou coisas assim também muito modernas à Liechtenstein, nem sei…

    E esses até são modelo para os liberais anarquistas.

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  75. razia permalink
    28 Junho, 2010 14:49

    Eu até me admiro como é que os esquerdóides e os internacionalistas neo-liberais não ganham coragem, recuam mais uns tempos e começam a acusar o Viriato de ter sido proteccionista, de fechar as suas tribos ao mundo, não receber de braços abertos os Romanos e a sua modernidade, não ter instituído a escolaridade obrigatória e ter descurado o investimento público como motor da economia. Ao menos davam um descanso ao Salazar e talvez aprendessem a contextualizar os momentos da História.

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  76. José permalink
    28 Junho, 2010 14:49

    Esta mongalhada ( termo que peço emprestado) inculta, boçal, não entende sequer o que é a direita. Mas são de esquerda…

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  77. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:51

    ó Ai, Ai, diz lá onde se encontra a Direita em Portugal.

    Eu nunca sei. V.s tanto dizem que o PS é de Direita, como afinal é o PSD ou o CDS.

    Não sei. Nunca entendi o que é a Direita para quem se diz de Esquerda.

    Conta lá, para ver se nos actualizamos. Quem é a Direita tuga?

    É a dita “civilizada”- como alguns lhe chamam- ou a bárbara? quem são eles?

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  78. Romão permalink
    28 Junho, 2010 14:52

    #70.

    Não percebo o âmbito da sua pergunta mas pressuponho que seja uma forma de chutar para canto através da petição de uma maior clareza conceptual.

    E quem lê o livro do qual o José fala fica obrigatoriamente com essa percepção: que os negócios em Portugal eram feitos à medida e à velocidade de Salazar, e não de quaisquer regras explícitas que houvesse.

    Salazar quis um Hotel de nível internacional e nasceu o Ritz, com accionistas escolhidos a dedo via Espírito Santo.

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  79. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:52

    Mas sei que passam a vida a dar exemplos do estrangeiro moderno e progressista e a Holanda vem sempre à cabeça.

    Daí a minha pergunta- o que é um Wilders e o seu partido por lá e que equivalência tem por cá?

    (E eu nem estou a dizer se é Direita ou Esquerda- estou a dizer que o considero um ogre que nunca quereria por cá).

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  80. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:53

    # 78

    É comigo?

    Em # 70 estava a responder a esse “Ai” que por aí apareceu.

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  81. zazie permalink
    28 Junho, 2010 14:56

    Quanto aos milhares de mortes pela Pide era mesmo uma pergunta.

    Já mo disseram várias vezes, incluindo aqui na blogosfera.

    Se alguém souber, agradeço. Eu nunca ouvi falar em milhares de mortos pela Pide.

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  82. 28 Junho, 2010 14:57

    A estupidez das afirmações do José (a Zazie é uma doente) reclamam-se da tal direita estúpida portuga.

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  83. Romão permalink
    28 Junho, 2010 14:57

    #67.

    Nem as pessoas são as mesmas nem o contexto é o mesmo, nem a educação dos intervenientes no jogo actual. Pelo que sei, e é muito pouco, o Espírito Santo até pode ter uma úlcera por se ver obrigado a negociar com esta cáfila de mentirosos.

    Por outro lado, um amigo dele dizia, não há muito tempo: “O Ricardo é muito meu amigo, mas é mais amigo do dinheiro”

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  84. 28 Junho, 2010 14:58

    Again:
    E se forem centenas de mortos, já serve?

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  85. José permalink
    28 Junho, 2010 14:59

    A história da Pide ficou por conta das Pimentéis e dos Rosas. Acontece que logo a seguir ao 25 de Abril houve quem se dedicasse a historiar alguma coisa por conta da pesada herança. Nunca lhe encontraram os tais milhares ou mesmo centenas de mortos.

    Mas se referirem a Pide como um fenómeno de repressão intolerável num Estado democrático já o devem cingir a uma ditadura. Só que ditaduras há muitas e os que acusam a PIDE são os mesmos que defendem e calam a repressão das Stais e KGB´s que não tem qualquer comparação em horror. Só por má-fé ou cegueira política o fazem.

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  86. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:00

    Serve se houver fonte e se os que são historiadores e garantem que foram milhares apresentem as suas, para se tirar dúvidas.

    Isto não é ao gosto das ideologias. São factos- os factos não variam com quem os diz.

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  87. José permalink
    28 Junho, 2010 15:01

    Ai, ai. A esrupidez é reversível em caso de indemonstração. Como é o seu caso.

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  88. Costa permalink
    28 Junho, 2010 15:01

    #18 “Salazar meteu as finanças em ordem? Reler VPV”

    VPV? Essa autoridade em finanças? E em álgebra simples?
    Eu ouvi-o, com estes 2 que a terra há-de comer, a propósito do negócio Manuel Fino/CGD: “sabemos que as acções desceram 50%, mas ninguém nos garante que não voltem a subir 50% e a ficarem ao mesmo preço”…

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  89. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:01

    A minha pergunta era apenas esta- houve milhares de mortos pela Pide como garantem pessoas que se dizem historiadores?

    Não foi o zé dos anzóis nem o imbecil do Ai- foram pessoas que se intitulam historiadores que mo atiraram à cara.

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  90. 28 Junho, 2010 15:02

    Demagogia barata.
    Sou contra a PIDE-DGS, Stais e KGB.

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  91. Romão permalink
    28 Junho, 2010 15:02

    #80.

    Estava a tentar clarificar a expressão “autorizar a caça” e não dei conta de que tinha saltado um comentário. Era para o #69, salvo seja.

    O Wilders é a reacção natural do pugresso imposto de cima para baixo a toda uma comunidade. Nós só muito recentemente abraçámos o pugresso que a Holanda já come às colheres há dezenas de anos. Porque surgem estes movimentos extremistas? Por reacção. Eles existem sempre, em estado latente. Quando começa a faltar dinheiro, ganham eleitorado.

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  92. José permalink
    28 Junho, 2010 15:03

    Se é porque insiste em apodar de estúpido quem lhe aponta a contradição?

    Porque ela reside nisto: se não aceita a PIDE e os fascistas, porque aceita os comunistas? São mais democratas, é isso?

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  93. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:04

    Pois. Eu não sei. Foi coisa que nunca estudei. Mas os milhares de mortos passaram a verdade histórica com credencial intocável idêntico aos “sabões com as cinzas” dos judeus do Holocausto.

    É da mesma ordem de verdade factual- São palavras e nºs que se atiram à cara, por gente que nem de gatas andava em ditadura.

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  94. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:05

    errata: idêntica.

    E quem o garante e atira com ela é professor. Quer dizer que se tornou uma verdade factual a ensinar a crianças e jovens.

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  95. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:08

    Ok, Romão. Não estava a perceber. Mas é natural que uma ditadura com um chefe durante tanto tempo, num país tão pequeno e sem a menor tradição de liberalismo, fosse assim.

    ————-
    Quanto ao Wilders nem é apenas produto dos erros históricos da política de imigração.

    É um imbecil pago pela Mossad. Ele e mais a preta racista que até quer proibir quem tem religião islâmica de falar árabe nos espaços públicos holandeses.

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  96. 28 Junho, 2010 15:09

    92
    Ó seu parvo, eu não aceito os comunistas. Você aceita os fascistas.

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  97. José permalink
    28 Junho, 2010 15:11

    Como continua a insutar gratuita e estupidamente, termino a coleta. Vá para…onde entender que não estou para aturar palermas.

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  98. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:12

    Salvo seja, diz bem

    eehehe

    Daqui a nada vou postar uns alquimistas, a pensar no José. Estive a ler o livro que recomendou- o banqueiro e o filósofo.

    Gostei bastante mas apeteceu-me acrescentar uma pequena informação artística e histórica que também costuma escapar aos filósofos.

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  99. Outside permalink
    28 Junho, 2010 15:12

    Não existe dita esquerda nem dita direita em Portugal. Existe o “Centrum” ou há dúvidas ?

    Quintais vizinhos com a mesma fossa séptica.

    Salazar pode ter sido um génio financeiro mas não foi nem será um mal menor (históricamente) pelo seu conceito de Administração interna. Não me interessam se foram milhares ou centenas. Dezenas a mais !!! E as polícias do género são abjectas transversalmente, à esquerda e à direita cacete !

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  100. Costa permalink
    28 Junho, 2010 15:16

    #67
    Palmas!!! Mais claro que essa pergunta, só seria a resposta, se fosse honesta.

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  101. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:18

    Estes imbecis estragam qualquer conversa.

    São umas porteiras que para aqui andam a inventar merdas acerca de gente que nunca viram.

    Mas a estes não lhes caem em cima os Távoras e Tabosas brasonados.

    Estes até podem servir para matilha por outra tribo.

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  102. 28 Junho, 2010 15:20

    Este é dos tais posts que não me motiva, pois não sou poupado.

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  103. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:21

    Não me interessam se foram milhares ou centenas. Dezenas a mais !!! E as polícias do género são abjectas transversalmente, à esquerda e à direita cacete !

    Errado. A mim interessa e acho que há uma gigantesca diferença entre dezenas ou milhares.

    Porque, de outro modo, tudo se equivale e assim, pela equivalência, até podem chamar ditadura a umas mortes democráticas, feitas por polícias democráticos, que também têm estranhos ataques de cabo-de-esquadra.

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  104. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:22

    Ou será que só se pode ter direito a cartão de genuíno “antifacista” se passar a ensinar mentiras?

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  105. 28 Junho, 2010 15:24

    105 comentários dos quais 102 sem qualquer relação com o post.

    Ora aqui vai uma receita para uma tarte de requeijão:

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  106. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:25

    O que eu disse e perguntei se alguém sabia, é que existem historiadores e professores em Portugal a afirmarem que a Pide matou milhares de portugueses.

    Eu nunca estudei nada disso. Não tenho fontes para negar.

    Mas considero que, se for mentira, quem o escreveu e divulga, devia deixar de se fazer passar por Historiador.

    Apenas isto. Por mero rigor académico. E não percebo como se possa dizer que é igual ao litro e que tanto faça ser historiador como ficcionista sem dados.

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  107. Costa permalink
    28 Junho, 2010 15:34

    O Romão está muito calado.

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  108. Outside permalink
    28 Junho, 2010 15:36

    O que pretendia dizer, e é bastante claro, é que Salazar pode ter sido um mago financeiro, o melhor que esta nação já teve, porêm tendo havido dezenas (e aqui o nº não me interessa realmente Zazie, interessa o conceito) de cidadãos enclausurados, torturados, forçados a emigrar, por diferencial ideológico é motivo suficiente para não ter qualquer simpatia ou afinidade com o personagem histórico.

    E detesto essa argumentação (não é sua!) de generalizarem que aqueles que criticam a Pide, OMITEM OU IGNORAM as polícias esquerdalhas da Stazi, KGBs, wharever!…isso é palha, quem pensa assim (a dois tempos, preto/branco) tem pálas! O exemplo Salazar é disso um exemplo, degradés de cinzas.

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  109. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:40

    Pois, Outsider.

    Mas de conceitos todos podemos viver. Essa dos conceitos acaba sempre por ser uma prova de se estar do lado certo da História.

    Como não tenho de provar nada a ninguém, interessa-me muito mais o rigor ou absoluta falta dele por quem tem a profissão de Historiador.

    E, duvido que a Pide tenha feito milhares de mortos em Portugal.

    Mas esta minha dúvida esbarra logo na certeza de quem o afirma sacando do argumento ad baculum de quem o propaga.
    ————–

    Parece que as mentiras ajudam a fazer prova de antifacismo perante inquisidores que teriam feito milhares, se os deixassem.

    Apenas isto.

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  110. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:42

    Aliás, já fui insultada por um “gaivota” militante do PSD que também atirava com os milhares de mortos, provados pela Pimentel.

    Portanto, estas coisas servem sempre para mais do que se diz.

    E, como tenho pó a processos inquisitoriais, ainda hei-de tirar as dúvidas porque me cheira a grande patranha.

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  111. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:46

    Por outro lado, é sempre acantonados nestes “factos” e na realidade de não haver democracia por eleições, que se nega tudo o mais que Portugal teve.

    E isso é que se estava a separar. Políticas económicas ou artísticas não têm de se colar a estereótipos semânticos de ditadura.

    Podem ser nacionalistas. Mas isso é outra coisa. E é estranho, demasiado, até, que em Portugal se tenha passado a associar o gosto por se ser Português ou defender a nacionalidade, como uma prova de “reaccionarismo fascista”.

    Estranho porque depois esbarram com nacionalistas mil vezes mais ferrenhos que tiveram democracia há muito mais décadas.

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  112. Outside permalink
    28 Junho, 2010 15:48

    Entendido. Esclarecido.

    Fique bem e tente não se enervar. 😉

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  113. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:52

    # v108- «E detesto essa argumentação (não é sua!) de generalizarem que aqueles que criticam a Pide, OMITEM OU IGNORAM as polícias esquerdalhas da Stazi, KGBs, wharever!…»

    Nem falei nisso mas era capaz de dizer o mesmo. Há excepções, mas, seguindo a sua lógica que o que conta é o retrato de grupo. então sim, é verdade que o retrato de grupo que propaga as mortes da Pide é o mesmo que queria por cá as Staz, Kgs, etc.

    Pelos vistos sempre concordamos que é complicado ter afinidades por modelos históricos, sem se retirar deles o mais incómodo.

    É que aqui ninguém disse que tinha afinidades com o Salazar.

    O v. histerismo “anti-facista” é que precipita logo esta “leitura”.

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  114. Romão permalink
    28 Junho, 2010 15:54

    #111.

    A mesma coisa acontece com a direita em Portugal e daí o seu sumiço nos últimos trinta anos; ao que parece, ser-se de direita confunde-se com o ser-se facho mas ser-se de esquerda não se confunde (não se sabe como) com o ser-se totalitário.

    De outro modo não se perceberia como o BE e PCP valem 20% do eleitorado. Só por desconhecimento político.

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  115. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:54

    Quem diz modelos históricos, diz sociais e ideológicos.

    O modelo social da esquerda é esse- e era esse que permitia uma organização política que por cá ficou conhecida por combater o regime

    Combati-ao em nome do comunismo. Não era em nome da “social democracia à francesa”.

    A escardalhada tem esse modelo no lombo, muito mais do quem não se reivindica nem da esquerda, nem de direita, como é o meu caso.

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  116. Anónimo permalink
    28 Junho, 2010 15:55

    Salazar é que merecia o Panteão.

    Vai para lá o Soares! Está tudo dito.

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  117. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:57

    combatia-o.

    E é por isso que quem ainda arrasta essa bandeira é a última pessoa a ter qualquer direito a acusar o que foi brando e cor-de-rosa, em comparação com o que queria para Portugal.

    E com o que ainda quis, durante o PREC e teria feito, caso não fossem travados.

    Mas continuam a cantar loas ao mesmo de forma encapotada, com essa pancada de se acharem anti-facistas tugas no século XXI.

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  118. zazie permalink
    28 Junho, 2010 15:58

    Caraças, pois há-de ser e está mesmo tudo dito.

    “:O)))))

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  119. Anónimo permalink
    28 Junho, 2010 15:59

    Salazar era um ditador, disso não restam duvidas. E governava controlando tudo (pensava ele) a partir de S. Bento; tinha uns quantos confidentes, como vem descrito no tal livrinho “Salazar e os Milionarios”, que aproveitando a ocasião para ir tratando da sua propria vidinha, iam periodicamente junto do ditador pô-lo ao corrente do que se ia passando no país, muitas vezes misturando fofoca e ciumes com conversas de negocios e politica.
    Quanto à PIDE, afinal tinha pés de barro, porque não foi capaz de prever o 25 de Abril, que foi preparado mesmo à frente dos seus proprios olhos. Quanto às torturas que infligiram aos comunistas, não sabemos o que se passou a não ser pelos seus proprios relatos, porque as fichazinhas deles lá na pide desapareceram logo no dia 26/4, e como sabemos a propaganda do PCP deixa muito a desejar.

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  120. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:01

    # 114

    É por propaganda e mentira de palavras. Por mera propaganda e farsa que o BE tem votos.

    Não tenha a menor dúvida. Se lhes ficasse a careca à mostra o que as pessoas tinham pela frente era uma série de partidos a defenderem modelos socais democratas e um a defender o comunismo.

    Mais nada. É isto que existe. O resto são nºs de circo Chen para caçar votos.

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  121. Anónimo permalink
    28 Junho, 2010 16:03

    #114 Romão

    O BE e o PCP valem 20% do eleitorado: aí está uma das razões do nosso atraso. Um país que vota 20% naqueles tipos, não merece outra coisa.

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  122. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:03

    Claro que os ditos “modelos sociais democratas” são saque no poleiro pelos mesmos de sempre.

    Este é que é o retrato. O resto é cosmética.

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  123. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:05

    O BE é a maior mentira que se podia ter arranjado.

    Há uns anos não acreditava nisto e cheguei a ter um debate com o Manel da Grande loja do Queijo Limiano.

    Não acreditei ser possível. Ainda hoje me custa a crer.

    Pode ser falta de memórias e gigantesco défice político dos tugas.

    E pode ser mais. Há quem garanta que o Louçã conseguiu a promoção jornaleira à custa dos curas de passeata.

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  124. Outside permalink
    28 Junho, 2010 16:07

    “Pelos vistos sempre concordamos que é complicado ter afinidades por modelos históricos, sem se retirar deles o mais incómodo.”

    Óbviamente que concordamos neste ponto, não existe pureza sem ser na infância, nem dogma sem ser o carácter e a palavra.

    “O v. histerismo “anti-facista” é que precipita logo esta “leitura”.”

    Não Zazie, já me “conhece” daqui o suficiente para saber que não sou de esquerda ou direita, e as leituras à priori servem de pré-julgamentos fáceis para quem não entende outras formas de pensar, outras directrizes que não a material e simplificam rotulando.

    Não utilize o “V.” no plural comigo que não rumino em rebanhos como a maioria. Não sei muito sobre tanta coisa mas não tenho pálas nem empranho de ouvido. É como lhe digo, a classe política por cá…é um “Centrum”, do BE ao PP.

    Adieu

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  125. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:07

    E, de facto, os nossos curas de passeata têm demasiado poder mediático.

    E tendem a promover estas coisas em nome do “ornitorrinquismo católico”.

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  126. Costa permalink
    28 Junho, 2010 16:07

    E já agora, que tal falar dos milhares de presos políticos que a Pide tinha enclausurados, e finalmente libertados em 25/A em directo pela TV, e que não passavam de uma dúzia em que a maioria tinha sido presa no mês anterior?

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  127. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:09

    Outsider,

    Nem eu o conheço, nem v. a mim.

    Há-de convir que a blogosfera não é o meio mais indicado para discursos na primeira pessoal.

    Eu peguei apenas nas suas palavras, quando v. referiu que existem grupos e retratos de grupo- E concordei- não é v. nem eu nem um a um que servimos para ilustrar conceitos.

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  128. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:10

    No mês anterior não é verdade.

    E foi bem pior. Estiveram vários dias lá fechados, sem que os capitães de Abril se tivessem lembrado deles.

    Se tivesse havido resistência aquela gente tinha ido desta para melhor.

    Neutralizaram tudo mas só passados vários dias se lembraram de Caxias e do resto.

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  129. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:14

    O Outsider disse que o Salazar era mais que um mero político- era o retrato de uma ditadura repressiva, com a qual não pode haver empatia.

    Eu respondi-lhe que aqui ninguém defendeu empatias com a Ditadura mas que, a Esquerda, costuma usar este mesmo chavão para se escapar a um retrato de grupo de onde sai muito pior.

    É isto que quer negar, ou quer negar o que é secundário- que não entra no retrato?

    Eu também não entro, ainda que os que entram no oposto me queiram sempre lá meter dentro.

    Viu-se aqui, com esse momngolóide do “Ai”.

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  130. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:17

    Mas há diferenças no modo como v. lê esses tempos e como eu me aproximo.

    A começar logo na designação de “fascismo”. Não é correcto chamar-se ditadura fascista ao que tivemos.

    Por isso interessa o que para si é igual ao litro. Por exemplo- terem existido milhares de mortos políticos ou dezenas.

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  131. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:21

    De qualquer forma o 25 de Abril deu-se no Marcelismo e tende-se sempre a esquecer isto.

    Sempre que se fala em antes do 25 de Abril, saca-se do Salazar que já tinha desaparecido de cena uns 6 anos antes.

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  132. Romão permalink
    28 Junho, 2010 16:24

    Zazie,

    Sabe a que acharia piada? Um filme que se centrasse nos dois últimos anos de vida do Salazar. Quando toda a gente, menos ele (aparentemente), sabia que ele não era presidente do conselho.

    Entre o Goodbye Lenin e o Henrique IV do Pirandello. Podia ser um grande filme. Não sei sequer se há algum livro que explore esse universo.

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  133. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:27

    ehehe

    Eu era miúda mas lembro-me que se fizeram por cá macacadas no gozo que seriam impensáveis numa verdadeira Ditadura.

    Desde a largada de porcos vestidos à Almirante, até ao cartaz no S. Luís, onde passava “Um Homem para a Eternidade” do Zimmerman, a acrescentar: “em S. Bento o mesmo programa”, fazia-se de tudo.

    Incluindo autênticos comícios na rua e nos transportes públicos.

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  134. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:30

    A família do Thomaz era muito patusca. E eu fui colega de um filho de assistente de campo dele e sei a liberdade que existia, inclusive em casa.

    Ele até era radio-amador e tinha ligações para tudo.

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  135. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:32

    Não há filme, nem livro, nem se contam estas memórias porque saem do chavão maligno que se quer vender.

    A Ditadura durou muito tempo. Teve coisas absolutamente diferentes. Nem eu conheci aqueles tempos de galvanização popular e verdadeiro ethos português que os meus pais conheceram.

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  136. zazie permalink
    28 Junho, 2010 16:36

    Mas, por exemplo, sabia de uma coisa que ainda ha uns meses se negava/ O facto de Salazar ter tido uma politica de recepcao de judeus aquando da guerra.

    O Aristides Sousa Mendes ]e mentira, era o Salazar que fazia isso e a minha familia acolheu/ com graus de parentesco que depois se atribuiam, uma familia de judeus refugiados. Por haver uma politica do Salazar e nao por causa de nenhum consul que a furava.

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  137. zazie permalink
    28 Junho, 2010 18:02

    Por acaso esta história dos “milhares de mortos pela PIDE” ainda tem mais piada.

    Fui espreitar umas entrevistas à Irene Pimentel e ela diz que entre 1945 e 1974 só contabilizou 15 mortes!

    Então, quer dizer que quem a cita e ensina que foram milhares, o faz baseado em quê?

    Se até a Irene Pimentel contou apenas 15 mortos desde o final da Grande Guerra até ao 25 de Abril, onde foram buscar os milhares?

    C’um caraças. A doutrinação nas aulas de Formação Complementar há-de ser a responsável por esta patranha.

    E bem que a cantam- até os gaivotos do PSD:

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  138. zazie permalink
    28 Junho, 2010 18:13

    Para o # 119

    Isso sabe-se. A tortura existiu e era lixada. É falso dizer que só existem testemunhos de comunistas.

    Nada de se cair no extremo oposto.

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  139. Romão permalink
    28 Junho, 2010 18:16

    #136.

    De onde sacou essa informação do Aristides de Sousa Mendes?

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  140. Tribunus permalink
    28 Junho, 2010 18:24

    Estes esquerdistas, que já não são sovieticos, são uns pobre diabos!
    Quando Salazar chegou ao governo encontrou uma resistencia anarquista dita sindicalista que se tinha divertido na primeira republica ( arevlução sovietica tinha-se dado em 1917)
    logo o sovietismo, desceu pela Europa decada de 20!
    Entramos na decada de 30 e tinhamos os espanhois irreqietos, monarquicos, republicanos e comunistas, com vizinhos deste foi necessario uma policia politica, que não se chamava Pide.
    Em frança tinha brotafo a frente popular (esquerda em furia) onde se fez algum ganho social (ferias pagas) logo mais controle. Um ou 2 atentados ao Salazar que falharam, claro que a rapaziada, foi parar ao Sal. estava quasi a guerr de Espanha
    a começar a marinha que sempre teve a mania de ser de esquerda revoltou-se no tejo e mais uns gajos foram para Sal Começo a guera de espanha, eram os legionarios daqui a irem auxiliar o Franco e a esquerda mundial a ir ajudar a Republica Espanhola
    brincaram, escavacaram a Espanha e m 1938 acaba a guerra e começa a SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, a França cai e os esquerdistas vão para o maquis, ai temos os comunistas em acção
    mais policia politica para controlar, Portugal era um país aberto, passaram por aqui cantenas de milhares de refugiados,
    Salazar teve que os controlar e envia-los para os USA, destino
    que acabava a persiguição nazista.Para os menos esclarecidos
    o Sal matou por doença contraida (não era a ilha de ferias de agora), mas mais de que uma centena e mais de mortos, não houve
    os olhos da Europa controlavam Salazar! Agora preguntem aos comunistas depois de 1945, quantos camaradas denunciaram à Pide para se verem livres deles? Ai começa um movimento democratico, que estava contido, para se fazerem eleições livres. Não foi bem visto por Salazar, mas tambem não o foi pelos comunistas qu torpedearam sempre os democratsas que apareceram . Até que veio a guerra fria e salazer agarrou o apoio que a memsma proporcinava, ai começa a guerra colonial, sem saida, que se prolongou sem negociação nem fim à vista.
    Um grande negocioa para Portugal as exportações para Africa e as vendas para a tropa aceleraram a industria.1969 o ano de gloria ods trabalhadores portugueses os salarios aumentavam espectacularmente e a inflação estacinaria. Era a mão de obra que faltava e estva na guerra. Chegamos ao primeiro choque petrolifero em 1973, Salazar tinha caido da cadeira e estav morto! os esquerdistas populava, que ilusões com a abrilada?
    Mas do Salazar, restou o Insttito Superir Tecnico, o Hospital de Santa Maria e de S.João, a Estatistica, a frente ribeirinha com as estações de alcantara, toneladss de ouro no BP, não havia fome (ainda não havia supermercados).
    Para concluir porque nunca foi esplicados nas escolaso que tinha sido a ditadura de salazar? este tinha que se envorgonhar
    por nada ter feito como Estaline, Hitler e outros quantos!
    Tinha que se escrever meia folha de papel selado, com uma declarçaõ que não se era comunista (para funcionarios publicos, professores universitarios etc) hoje para este logares o partido socialista quer que o gajo tenha o cartão do parttido!
    Fico por aqui, como declarçaõ de interesse, não fui Salazarista
    fui contra a guerra de Africa (descuti a mesma no café e nada me aconteceu) comprei durante anos LÉxpresse e vinha com as folhas todas, tinha que ver nas entrelinhas o que os coroneis deixavam passar!
    Fico-me por aqui, mas acho que tem que melhorar as vossas fontes de informação e crescerem! Adeus Romão……

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  141. Costa permalink
    28 Junho, 2010 18:49

    #128

    No mês anterior não é verdade??? O Golpe das Caldas (Março de 74) não foi no mês anterior? Ora pense lá bem.

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  142. Romão permalink
    28 Junho, 2010 19:08

    #141.

    Ele era enormemente bom e a Igreja só não o canonizou porque o Escrivá tinha um ganda lobby, a península Ibérica só conta como um nestes jogos e os pastorinhos eram melhor marketing. Mas deve estar na calha.

    E agora V. diz-me
    mas que raio de comparação por exagero é essa? Isso é desonestidade intelectual! Eu nunca disse que ele era um santo!

    Calma. E eu nunca disse que ele era um diabo. Apenas um ditador que granjeou um prestígio – até junto dos seus adversários políticos – largamente imerecido no que concerne as suas políticas económicas e financeiras (o que é facilmente demonstrável sem ser-se economista, pois não se pode ter, simultaneamente, um estado omnipresente E desinvestidor). Em 1934 foi-lhe apresentada uma proposta para construir uma ponte sobre o Tejo a ligar Lisboa e Almada, rodo-ferroviariamente (projecto que já vinha do Séc. XIX). Um luxo desnecessário, achou o Presidente do Conselho. Levaram vinte anos a convencê-lo e, a contragosto, lá deu ordem para que se fizesse uma coisa jeitosa e baratinha. A parte ferroviária foi há bem pouco tempo concluída. Mais trinta anos e só levava um século de atraso da ideia original. Mas ele era assim: era-lhe difícil o futuro e no excesso de proteccionismo que o caracterizou, ia acabando por transformar Portugal num garrafão de formol. Sinceramente, e cada um sabe de si, eu preferia ser mais do que um bonito e acessível destino turístico etnográfico.

    Ao encontro da sua argumentação final, julgo que às classes privilegiadas nunca faltou nada. Em tempo algum a não ser de guerra. Alguns, paralisados por aquele “cavalheiro que os trava pelo braço”, como um inglês famoso descrevia a consciência, sabem que não é pelos seus direitos e privilégios que podem aferir da qualidade de vida dos seus conterrâneos. Porque ao que uns é permitido a outros é proibido. Como em todas as ditaduras.

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  143. Romão permalink
    28 Junho, 2010 19:13

    #140.

    o #142 é naturalmente dedicado ao #140.

    Declaração de intenções: A Ponte 25 de Abril devia continuar a chamar-se Ponte Salazar. A césar o que é de césar, bom e mau.

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  144. Abutre da Costa permalink
    28 Junho, 2010 19:14

    Só mesmo em Portugal para assistirmos à patética defesa da mais longa ditadura de toda a Europa ocidental em todo o século passado. Esse branqueamento sacrista e recorrente não admira: em Portugal não há tomates para espetar a espada no touro, maltratam-no cristãmente com bandarilhas… E à falta de tomates chamam brandos costumes. Pois remonta à Santa Inquisição esse permanente disfarce da realidade, essa benzedura das torturas, essa falsidade generalizada, essa falta de frontalidade, esse modo tortuoso de estar na vida. O melhor mesmo é vencer no futebol, pois no resto é o que se vê…

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  145. Romão permalink
    28 Junho, 2010 19:15

    E nas guerras coloniais há muito, muito material para uma vergonha redentora que durasse pelo menos um século. Mas como não se fala das guerras, parece que não morreu lá ninguém.

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  146. Romão permalink
    28 Junho, 2010 19:21

    No magnífico documentário “A Guerra”, do Joaquim Furtado, tem-se um vislumbre das atrocidades que foram cometidas. Desde o mau planeamento (os uniformes, no início da guerra, não haviam sido pensados para as granadas que deviam transportar, o que matou mais soldados portugueses do que o inimigo – de resto, os maiores desastres portugueses na guerra foram os acidentes e não os combates.) ao uso de aviões da NATO e de Napalm, à decapitação de indígenas para ornamentar as picadas que conduziam às aldeias, valia tudo. Sobretudo tirar olhos.

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  147. Romão permalink
    28 Junho, 2010 19:25

    Além do enorme erro estratégico que a guerra colonial era (França e Inglaterra cedo o perceberam e cada um à sua maneira criaram neo-colonialismos tão eficientes economicamente e incrivelmente mais baratos, a Françafrique por uma parte e a Commonwealth do lado anglo-saxónico). Nós criámos o “orgulhosamente sós”.

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  148. zazie permalink
    28 Junho, 2010 19:27

    Romão,a propósito de Fátima, no outro dia li umas palavras espantosas – ditas por um qualquer anónimo numa caixa de comentários.

    Até fiz post.

    Fica aqui:

    «Fátima é um dos mais espantosos acontecimentos da História. Todo o século XX nos foi ali profetizado, na perspectiva de Deus, obviamente.Fátima não é nenhum dogma de fé, por certo. Mas, muitos dos risos que se continuam a ouvir fazem-me lembrar os risos que apresentam algumas caveiras quando abrimos as covas…»
    ———

    Quanto ao Aristides quem contou foi o Hermano Saraiva.

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  149. Anónimo permalink
    28 Junho, 2010 22:36

    http://infamias-karocha.blogspot.com/

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  150. AZIA - TICO permalink
    28 Junho, 2010 22:41

    Vivi 30 anos de regime salazarista, sempre disse aquilo que quis e nunca fui importunado por isso. Tenho lido neste link as maiores baboseiras a respeito de Salazar, começando por afirmarem que ele é responsável por “milhares de mortes”, o que é uma idiotice de todo o tamanho.
    Podem acusar Salazar de tudo o que de pior aconteceu, mas não o podem acusar de anti-patriota.
    No seu consulado, Portugal tinha a 1ª maior frota bacalhoeira nos mares do Norte, tinha uma Marinha Mercante digna, com duas companhias excelentes, a CNN e a CCN, tínhamos uma das maiores Siderurgias Nacionais, Estaleiros Navais de excelência, produzíamos trigo em quantidade que dava para exportar,e além do mais conseguiu amealhar cerca de 700 e tal toneladas de ouro no banco de Portugal, que os “democratas” trataram de esbanjar, sem que o povo tivesse sido beneficiado por isso. Salazar cometeu erros, sabe-se disso, mas errou por omissão, estava rodeado de políticos que no fundo faziam aquilo que lhes apetecia, mantendo o chefe na ignorância.
    E hoje, o que temos?
    Não há um político responsável por milhares de mortos com a sua apregoada Descolonização Exemplar ?
    Temos frota pesqueira?
    Temos companhias de navegação?
    Temos Siderurgia?
    Temos Estaleiros Navais? E trigo produzimos algum que chegue para nos alimentar?
    E ouro, ainda temos o mesmo que Salazar deixou ?
    Não podemos comparar o incomparável, por isso eu deixo uma interrogação no ar.
    Será que passados estes quase trinta anos de democracia, se estamos na situação que estamos, se não houvesse o 25 de Abril, como estaríamos ?
    Melhor ou pior ? É uma incógnita que ninguém pode responder e por isso não podemos olvidar a história, sob pena de sermos injustos para com uma figura que quer queiramos quer não, fará sempre parte da nossa história, para o bem ou para o mal.
    Cumprimentos
    S.G.

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  151. Licas permalink
    28 Junho, 2010 22:49

    Ainda Salazar, para quê?

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  152. '''' permalink
    29 Junho, 2010 02:09

    .
    Lendo tudo os Partidos e politicos da ‘União Nacional’ totalitarista actual surgem muito parecidos à Acção Nacional Popular da Ditadura de antes do 25 de Abril.
    .
    Totalitarismo e Ditadura praticam o mesmo embora de maneira, mecanismos, estruturas e discurso diferentes. O resultado final parta os Cidadãos, Familias e Empresas é o mesmo. A democracia ocidental ainda não chegou a Portugal apesar dos ultimos 36 anos de experimentalismos que surgem como cobaias politicas para experimentos sociais a serem transferidos para outros se resultarem.
    .
    Porém, importante é: já chegou a segunda vaga da Recessão !? A austeridade e os bailouts resolveram o quê ?
    .
    -JOHN HUSSMAN ISSUES A RECESSION WARNING
    http://pragcap.com/john-hussman-issues-a-recession-warning
    .

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  153. lucklucky permalink
    29 Junho, 2010 08:50

    “A austeridade e os bailouts resolveram o quê ?”

    Qual austeridade? gastar mais 10%-14% do que se produz agora é austeridade?

    Suponho então que viver com o que se produz seja tortura e violação dos direitos humanos.

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  154. ''''' permalink
    29 Junho, 2010 22:06

    .
    #153, Luck é isso,
    eles inventaram um dicionário novo. Chamam austeridade aos aumentos de impostos, portagens nas SCUTS = + 1% no IVA etc em vez de reduzir despesas publicas…. Meia duzia dão-se ao luxo de estoirar totalitáriamente um País inteiro, rebentar com as Empresas, arruinar o Emprego e o Poder de Compra e Investimento interno, provocar deliberadamente a fuga de capitais etc
    .
    Bom são os responsaveis a responsabilizar uma vez que o rumo imposto de ‘bota-abaixo’ aponta uma situação completamente descontrolada, imparavel e irrversivel. Infelizmente.
    .

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