Cabras contra incêndios
26 Agosto, 2010
Alimentar 150 mil cabras com os matos e ervas que, no Verão, servem de pasto aos incêndios na zona raiana parece ser uma boa ideia. Este projecto, merece, por isso, ser acompanhado. Tratando-se, porém, de dinheiro dos contribuintes (não sei de dos dos estados referidos no título ou dos de toda a União Europeia), convém esperar pelos resultados. Subscrevo integralmente este post sobre o assunto.
38 comentários
leave one →
Há muita cabra- não há fome que não dê em fartura. – não deve comer o queijo da dita
Deus me Valha.
Corações ao Alto
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Vai criar 558 postos de trabalho!
Hum…
Que habilitações para guardar cabras?
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Será inimaginável a destruição que as cabras vão fazer. Centenas de espécies terão os seus habitats destruídos permanentemente.
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Solução integradora:
Rebanhos de cabras, dirigidos por antigos incendiários.
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estou a ver muita alimentação boa de borla para os bichos, espaço para elas viverem sem necessidade de criar grandes infra-estruturas e alguém a ganhar muito dinheiro com o pretexto de que as cabras evitarão os incêncidos…..isto é com cada história da carochinha!
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Os ditos caprídeos não se alimentam só de mato. Por outro lado precisam de abrigo, Só uma operação tipo soviética poderia dar resultado (o Estado chamad a si a Organização monstra de criar CENTENAS DE MILHARES
dE CABRAS).
Para melhorar o sistema ACHO que cada um dos animais deveria transportar no dorso . . . um extintor.
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3.lucklucky disse
26 Agosto, 2010 às 4:25 pm
Será inimaginável a destruição que as cabras vão fazer. Centenas de espécies terão os seus habitats destruídos permanentemente.
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É claro que o fogo PERSERVA-AS
(as tais espécies). LOL!!!
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Vão ser necessários bons pedagogos, para ensinar as cabras a comer, mato e carqueja.
Parece que nos tempos anteriores à florestação forçada, em que foi criada uma floresta para fornecer as celuloses, se utilizavam as queimadas para produzir pastos com erva abundante.
http://www.fao.org/ag/againfo/programmes/pt/lead/toolbox/Tech/5Conburn.htm
Pretende-se agora que as cabras cumpram o papel desempenhado pelos elefantes nas savanas africanas. Estes animais têm a capacidade de digerir madeira. Comem árvores, permitindo que a erva cresça? Mas a cabra tem estado associada às fases finais de degradação/ desertificação de um habitat
http://www.adiaspora.com/eventos/producao.html
De qualquer forma para criar cabras será necessário limpar o mato. Com os matagais cerrados nem instalando um identificador com GPS em cada cabra será possível encontrar os animais.
Portando será um regresso ao inicio do século vinte, uma boas queimadas em Abril e Outubro para preparar os pastos para as cabras.
De qualquer forma a floresta para fornecer as celuloses em Portugal tem os dias contados. Um hectare de terreno em Angola ou no Brasil produz anualmente 30m3 de madeira de eucalipto podendo com boas técnicas chegar aos 70m3 enquanto em Portugal um hectare produz em média 10m3 . Com um preço de 25euros a tonelada como acontece no Brasil não se justifica sequer que se recolha madeira, numa área de difícil acesso em Portugal.
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Entretanto na zona, vão abrir restaurantes com
Especial Chanfana
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Mais uma ideia peregrina… O problema é que o Diabo se esconde nos detalhes, começando por quem é que vai apascentar, alimentar e mugir de forma economicamente rentável 150k cabras em terrenos onde nem os grifos se safam. Pago (como aliás desconfio que vou ser obrigado a fazer) para ver !!!
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Um aparte:
_____Gostei da 150k cabras o que, se pode exprimir por 250 KILOCABRAS!!!
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“É claro que o fogo PERSERVA-AS”
O fogo não é permanente nem cobre todo o território.
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Quando é preciso quantificar uma utopia 150k fica sempre bem…
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Agora é que o país ficará ao cuidado das mais animalescas cabras. Sempre é uma melhoria ter um rebanho em vez de uma manada.
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E já agora, adoro os 558 postos de trabalho, calculados como estão até ao terceiro dígito significativo. Serão:
Empregos na raia:
– dez pastores
– dez ordenhadeiras
– dois comerciais
Empregos em Lisboa:
– doze administradores para a empresa gestora do projecto
– 1 Chief Executive Officer
– 10 técnicos de tecnologias de informação
– 6 jardineiros
– dezoito técnicos de manutenção
– doze administradores para a empresa ordenhadora
– doze administradores para a empresa produtora de queijo de cabra
– doze tractoristas
– quatro acessoras de imprensa (licenciadas e esbeltas)
– duas assistentes sociais
– quatro técnicos de produção animal (ausentes em Lisboa)
– quarenta tradutores
… e percebem a ideia.
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_________boa|||______
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Bem lá se arranjam os 150.000 empregos prometidos! Home de palavra. Só que se em vez de cabras fossem cabros, era mais fácil recrutá-los nos boys…
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“150.000 cabras …” Quem será o “CABRÃO” que vai mamar com tantas tetas?
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Até podíamos criar o slogan
_____UM HOMEM, UMA CABRA !
A cada homem dava-se um animal com a obrigação de o pastorear nos pinhais, eucaliptais . . . e outros que tais. Alojamento? Levam o bicho para o quarto de dormir. Alimento concentrado? Os restos das refeições das organizações de solidariedade (onde os donos matam a fome).
ESTÃO A VER COMO A SOLUÇÃO À MAO ZETUNG é sempre a melhor?
peçam mais pormenores ao XICO (LOUÇÃ).
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Inacreditávelllllllll
As cabras destroem tudo por onde passam
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. . . e deixam o Anonimo sem combustível para atear fogos . . .
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Tenho visto vários comentários sobre a capacidade destrutiva das cabras e por aí fora. Há cento e cinquenta anos que os que nos vendem a utopia de Portugal florestal lutam denodadamente contra as cabras. Pois apesar das poderosas políticas públicas (quer do fim da monarquia, quer de Salazar, quer pós 25 de Abril) que despejaram sobre a floresta dinheiro, técnicos, investigação e a socialização dos prejuízos através do dispositivo do combate aos fogos, as cabras (e ovelhas) continuam competitivas em algumas circunstâncias e a floresta continua não competitiva em algumas circunstâncias.
E em vez de discutirmos as circunstâncias da competitividade da floresta e das cabras (e ovelhas) insistimos numa música ideológica que opõe floresta e pastoreio.
Que desde que se foi resolvendo a mortalidade infantil e aumentando a população, lá pelos séculos XVIII, a pressão sobre o território foi aumentando, de acordo. Que isso implicou encabeçamentos excessivos e desastres naturais, como cheias e assoreamentos de terras agrícolas, de acordo. Que o auge desse processo se dá nos anos 40 e 50 do século XX, quando a vávula da emigração deixou de funcionar (em rigor funcionou ao contrário com o regresso de milhares de emigrantes arruinados com a crise económica entre as guerras mundiais) entre o princípio dos anos trinta e o fim da IIª guerra mundial, de acordo. Que isso se deveu em parte às cabras, mas sobretudo à necessidade a alimentar muito mais gente (com aumentos populacionais de mais de cem por cento entre 1864 e 1960, em alguns concelhos, antes da urbanização), também não tenho dúvidas. Que encabeçamentos excessivos de rebanhos em pastoreio de percurso associados a queimadas frequentes podem ter um efeito arrasador nos sistemas naturais e na fertilidade, de acordo. Agora que quando existem 5 a 10% dos animais que havia a pastar no fim dos anos 40 e quando existem novos processos de gestão e quando é possível desenvolver novos métodos de pastoreio, incluindo modelos de contenção usando novas tecnologias reduzindo enormemente a necessidade da presença do pastor (embora exista actualmente uma insegurança brutal e de que pouca gente fala no mundo rural, com roubos constantes de animais, equipamentos, metais das infra-estruturas, etc) ainda venham com o fantasma das cabras destruidoras faz-me mesmo confusão.
Quer o fogo, quer a floresta, quer o pastoreio, quer a agricultura são como a grana de fala o Caetano Veloso “capaz de erguer e destruir coisas belas”.
A diferença entre o remédio e o veneno é uma questão de dose.
E parece-me mais útil discutir que dose de que remédio se deve usar em cada sítio onde há um problema em vez de nos mantermos nesta discussão moral sobre coisas intrinsecamente boas e más.
henrique pereira dos santos
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UM PICOLLO PROBLEMA TÉCNICO: Quando um lobo come uma cabra possidora de microchip passa ele a transformar-s em CABRA?
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_________possuidora
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Se não querem colocar as cabras xuxas, podem pôr a monte os burros xuxas, cos cavalos xuxas e todos os outros pertencentes à manada.
No caso de serem dirigentes xuxas, isso sim, seria uma destruição sem limites. Esta destruição dever-se a se multiplicarem para além de todas as expectativas e a terem uma voracidade assaz grande, em que por comparação directa até uma locusta teria de ser tratada com Alka-Seltzer.
Por informação, o corpo dos dirigentes xuxas não se chama colectivamente rebanho, mas cáfila.
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Transforma-se em bodechip
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Areia para os olhos.
situacao 1: As cabras vao comer mato em florestas a crescer: As cabras comem tanto novas arvores como mato rasteiro
situacao 2: As cabras vao comer mato em florestas ja existentes: Nenhum pastor as vai querer no meio de arvores ja crescidas, os rebanhos podem muito facilmente fugir.
Muitos dos incendios (falo de Tras-os-montes), podem ser de pastores interessados em novas areas de pastoreio. Perdi a conta a problemas devidos a pastores a ocuparem zonas reflorestadas devidamente separadas com arame farpado e regularmente limpas.
A minha ideia, e o Estado, em vez de subsidiar, criar obrigacoes cuja recompensa dependa da area ardida, com o valor maximo para a menor area. Ou seja, realizar-se um calculo: qual e o valor economico (Ve) que se perde com a queima de florestas? As obrigacoes, para uma area ardida 0m2, pagariam (Ve*0.2). Empresas privadas de bombeiros e vigilancia florestal ganhariam assim pela compra destas obrigacoes e investimento na prevencao e actuacao em caso de fogos.
Era so ver os incendios a diminuirem e a serem apagados em tempo real…
Exemplo
A pequena freguesia de Floresta de Cima tem uma area de 100 ha, dos quais 50 ha sao floresta, repartida por inumeros habitantes, com uma area minima de 1ha. Sao emitidas obrigacoes relativas a area ardida, sujeitas a area ardida de 100€ por ha. Se nada arder, ha uma compensacao de 20€ por ha. Se tudo arder, a obrigacao tera uma desvalorizacao de 5€. Ou seja, cada ha ardido corresponde no municipio a menos -5€ sobre o valor maximo. Se eu for dono de 10ha, e nada arder, eventualmente receberei eventualmente 200€, para alem do valor economico que se mantem no final do ano. Se arder tudo menos a minha terra, receberei 20€*10ha-5*40ha = 0€.
Ao mesmo tempo, uma empresa que conta com um helicoptero e investe num sistema de satelite tempo real para detectar o fogo + uma equipa de intervencao rapida, investe nas obrigacoes. Compra aos proprietarios todas as obrigacoes emitidas por 50.000€, e se fizer o seu trabalho, ganhara 10.000€.
E fazer as contas aos impostos que se gastam nas corporacoes de bombeiros, equipamento, e perda de valor economico, e ajustar os valores acima descritos…
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Peço desculpa pelas gralhas do artigo anterior. Sei que a discussão está-se a tornar um pouco zoófila, mas asseguro-os que as gralhas do comentário anterior não são socialistas, são minhas, e não têm empresa gestora de projecto associadas.
Alguém pode fazer entrar em cena alguns elefantes? Existirem dinossauros vivos no PS não é coisa que alguém desconheça.
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Um amigo meu tinha um terreno em Mafra e a primeira coisa que fez foi meter lá as vacas. E aquilo nunca ardeu nem se espatifou o eco-sistema.
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Queria dizer as cabras.
“:O))))))
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#30, Zazie,
Eu tinha na minha quinta um cabrito (chamávamos-lhe o Corta Relvas) e os meus filhos adoravam-no. Alguém o roubou na antevéspera de Natal e comeu as provas, concerteza. O que os meus filhos choraram, que eles adoravam o Corta Relvas!
Desta vez já pedi um casal de burros para controlo de mato. Ao que sei, aqui ninguém os come (só na Figueira da Foz é que o fazem).
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Para quem vai o dinheiro que se fizer com o leite e os queijos?
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F. Colaço
Sem ironia : lamento muito o desgosto que foi para seus filhos o desaparecimento do Corta-Relvas.
Quanto ao casal de burros deve ter sido difícil arranjar: com a mecanização da lavoura já é uma rspécie em vias de extinção (assim como os bois de trabalho).
Mas parece-me optimista de mais estar desansado acerca da segurança dos bichos: julgo que haja ainda ciganos no tráfego rouba — > vende.
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#33, Licas,
A segurança contra os ciganos é assegurada por sapos de louça. A minha esposa assegura-me terem-lhe dito que a existência de sapos de louça à entrada das portas afasta os ciganos, por estes serem supersticiosamente adversos a tais batráquios.
Agora, se os ciganos sabem disto ou não, sinceramente não sei.
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600.000 pernas de cabra… tanta CHANFANA… meu Deus!
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34.Francisco Colaço disse
27 Agosto, 2010 às 3:02 pm
#33, Licas,
A segurança contra os ciganos é assegurada por sapos de louça.
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Acredite que eu não sabia . . .
Como vê , para cada situação adversa há uma solução radical. Foi por isso que o P.S. vendo que tardava chegar ao poder, deixou essa estúpida superstição de ser um partido honesto e INVENTOU um Sócrates . . .
Isto digo eu , que sou um ignorante.
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Outras soluções
http://www.fliscorno.blogspot.com/2010/08/solucao-incendios-2010.html
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mais um projecto para encher os bolsos de muita gente.
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