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Arrepiante

9 Janeiro, 2011
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A subida das taxas de juro para os níveis actuais provocará, no limite, um agravamento dos encargos da dívida em cerca de 10% do PIB. Apenas o agravamento, sublinhe-se, e não o total dos juros, como explica Daniel Bessa de forma cristalina e clarificando conceitos. É que a base de incidência dos juros é a dívida externa bruta, que representa quase 300% do PIB.

 

E vamo-nos entretendo a vociferar contra uma mais valia accionista ou contra um texto publicitário. Não temos emenda. Venha o FMI quanto antes.

148 comentários leave one →
  1. Nuno permalink
    9 Janeiro, 2011 03:39

    Vamos é correr com estes chulos quanto antes e de uma maneira qualquer.
    De vez em quando é preciso dureza para chamar a atenção aos nossos serviçais e, se for violência, não lhes fará mal.

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  2. Arlindo da Costa permalink
    9 Janeiro, 2011 06:34

    No dia 23 Cavaco ganha as eleições. No dia 24 os juros sobem. Até ao final do mês a Alemanha e a França fazem um ultimato financeiro a Portugal.
    Dentro dum mês temos cá o FMI. Provavelmente haverá mais cortes de salários.
    Entretanto os srs banqueiros vão obter maiores lucros neste 1º trimestre e vão ficar muitos satisfeitros por terem contribuido financeiramente para a campanha de Sua Excelência.

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  3. JCA permalink
    9 Janeiro, 2011 09:29

    .
    Der Spiegel da cuenta de una reunión el viernes pasado en Estrasburgo del ministro alemán de Finanzas, Wolfgang Schäuble, y su homóloga francesa, Christine Lagarde, en la que habrían hablado de Portugal y de las dificultades para convencer al Gobierno luso de la necesidad de pedir el rescate, ya que Portugal tiene piezas importantes en puestos clave, como el vicepresidente del Banco Central Europeo, Vítor Constâncio, y el presidente de la Comisión Europea, José Manuel Durão Barroso.
    Portugal resiste frente a la desconfianza
    ,
    Sócrates rechaza la necesidad de un rescate ante los rumores de que se verá abocado al auxilio – Lisboa se aferra al cumplimiento del objetivo de déficit
    http://www.elpais.com/articulo/economia/Portugal/resiste/frente/desconfianza/elpepueco/20110109elpepieco_1/Tes
    .

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  4. Anonimo permalink
    9 Janeiro, 2011 09:41

    .
    (copy and past),
    .
    “Além da questão da vinda do FMI e afins, está implicitamente em cima da mesa Franco-Alemã a aproximação à criação dum Euro Complementar a ser proposto aos PIIGS para continuarem no Euro e um Euro cambiavel para os que cumprem os 3% de déficit.
    .
    Um mecanismo tipo Escudo da Metrópole cambiavel e um Escudo-Angolano, Moçambicano etc só convertivel para Escudos da Metropole ou na candonga, mecanismo que os retornados e os veteranos de guerra bem conheceram.
    .
    Sarkozy plantea formar un Tesoro europeo con los países de bajo déficit
    http://www.elpais.com/articulo/economia/Sarkozy/plantea/formar/Tesoro/europeo/paises/deficit/elpepieco/20110107elpepieco_1/Tes
    .
    Vão-se pondo a pau, a coisa está preta mais depressa do que se pensa. Só um alucinado equaciona que os Países Ricos da Europa deixariam cair o seu Euro para safar ou desenrascar os PIIGS.
    .
    Tudo sugere que se o FMI já tivesse entrado não só as medidas que vai exigir seriam mais leves porque entretanto estão a queimar uma série delas sem quaisquer resultados a nivel de juros etc,
    .
    como também esta nova questão da criação duma moeda complementar do Euro estaria muito mais afastada para Portugal.,
    .
    não é a visão nem a capacidade de prever e antecipar-se da Governança duma das várias elites nacionais que está a arriscar demais e a apostar temerariamente. Vá-se lá saber porquê e porque interesses ….”

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  5. 9 Janeiro, 2011 10:03

    LR:

    Mas o problema está, precisamente, na liberdade que se deu ao “mundo da finança” (com ou sem ilegalidades). Se quiser resolver o problema da dívida externa, tem que apresentar soluções para a economia. Sobre isso, nem uma palavra de todos aqueles que colaboraram com o actual estado das coisas.

    O comentário de Arlindo Costa traça um cenário bem provável, até porque é o que mais vai ao encontro da estratégia de Sócrates e Cavaco (que, em minha opinião, são uma e a mesma coisa). Mas, cuidado: se começarem a surgir muitas notícias que nos coloquem como meros paus mandados do eixo franco-alemão, mexem naquela “ferida” que costuma desenterrar o “orgulho nacionalista” de grande parte dos portugueses. Precisamente a mesma que nos leva a vibrar com 5 golos marcados num jogo particular frente à Espanha…

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  6. José permalink
    9 Janeiro, 2011 10:30

    O caso da mais-valia e da publicidade são apenas os símbolos daquilo que nos colocou aqui onde estamos. É por isso importante que falemos nos símbolos já que não conseguimos entender as coisas de outro modo.

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  7. lucklucky permalink
    9 Janeiro, 2011 10:40

    “Mas o problema está, precisamente, na liberdade que se deu ao “mundo da finança” ”
    .
    Assim falam os Vigaristas de Esquerda ou na menos má das hipóteses os ignorantes.
    Sem conhecimentos de História alguma.
    Tudo o que um tipo como tu queria era continuar a endividar os outros mais.
    Os outros.
    Mais de 100% do PIB para depois desvalorizar e empobrecer .
    Queres o Poder do Estado sobre as pessoas. A capacidade de as colocar na bancarrota.
    É essa a tua ideologia.
    De Especulador Social com o dinheiro dos outros.
    És muito pior que Madoff ou qualquer Dona Branca. Esses só lá tiveram o dinheiro de quem lá o quiz colocar. Não usou o Poder do Estado para endividar todos.

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  8. 9 Janeiro, 2011 11:04

    Ó LL:

    Você, hoje, esqueceu-se de tomar as gotas.

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  9. tina permalink
    9 Janeiro, 2011 11:18

    Não há dúvida que Sócrates é daquele tipo de ditadores maníacos, que não quer mostrar que falhou, por isso leva o país ao fundo consigo. Ele sabe muito bem que cumprir o défice com receitas extraordinárias não quer dizer nada para a nossa capacidade de diminuir a despesa ou pagar a dívida, mas já perdeu a razão, é um louco ao leme de um barco numa forte tempestade, que insiste em ir para a frente em vez de se retirar para o porto de abrigo.

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  10. tina permalink
    9 Janeiro, 2011 11:20

    Sócrates é o capitão Ahab e Portugal é o Pequod.

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  11. tina permalink
    9 Janeiro, 2011 11:27

    “Não usou o Poder do Estado para endividar todos.”

    bem observado Lucklucky. Nós ainda estamos muito atrasados, mas na geração dos nossos filhos, já muitos países terão seguido o exemplo da Islândia, que criou leis para pôr os travões à despesa do estado. No fundo é como Medina Carreira diz, são uns ladrões. Ora, onde é que já se viu deixar ladrões à solta?

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  12. 9 Janeiro, 2011 11:33

    Brevemente, o FMI estará bem perto de si!

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  13. lucklucky permalink
    9 Janeiro, 2011 11:36

    “Você, hoje, esqueceu-se de tomar as gotas.”
    .
    Suponho que tenha contacto com essa realidade.
    Mas até facilita o meu trabalho. Gota a gota o país se endividou, a Constituição dá Liberdade aos Políticos para endividarem os cidadãos.
    Curiosamente não estás preocupado com liberdade que os Políticos têm de endividar as pessoas.
    Ou seja pessoas como tu são os maiores aliados dos Políticos que temos.

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  14. Tiradentes permalink
    9 Janeiro, 2011 12:13

    Depois das eleições ganhando o Cavaco entra o FMI.
    Isto só do melhor Zandinga. A primeira parte (do Cavaco) pela sua alta probabilidade, a segunda (a do FMI) pela sua inevitabilidade.
    Chama-se a isto cagar sobre a bosta.
    Vote lá quem quiser porque a segunda e da forma com tem tratado a nossa dívida ao longo dos últimos anos acabará sempre por acontecer enquanto houver caloteiros que acham que todos lhe tem de emprestar dinheiro de borla aos cagões que o só sabem desbaratar.
    Os “mercados” gritam bem alto que não confiam, deixam apenas aqueles que arriscam em “tóxicos” fazer as suas ofertas e os pandeleiros acham que estão a “explorar os pobres”.
    Toda gente grita a dizer que não podemos continuar a pedir pedir e pedir sem que soframos consequências gravíssimas (juros) mas os “cientistas sociais” acham que são os burgueses capitalistas exploradores porque eles porventura acham que o dinheiro dos outros é deles.

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  15. 9 Janeiro, 2011 12:18

    Por muito que custe enxergar
    a certas mentes arrebatadas,
    não há forma de empertigar
    com tantas contas maltratadas…

    Depois de tamanha brincadeira
    com tanto dinheiro emprestado,
    chegará essa vil choradeira
    do nosso regime embestado.

    Serão muitos anos para pagar
    esse buracão embrutecido,
    será um desprezível enrugar
    de um regime entontecido.

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  16. 9 Janeiro, 2011 12:50

    Trinta e três,

    “Mas o problema está, precisamente, na liberdade que se deu ao “mundo da finança” (com ou sem ilegalidades). Se quiser resolver o problema da dívida externa, tem que apresentar soluções para a economia. Sobre isso, nem uma palavra de todos aqueles que colaboraram com o actual estado das coisas.”
    O “mundo da finança” foi buscar funding ao exterior para lhe financiar a casa, o carro e os electrodomésticos, porque a poupança interna já não chegava para tanto consumismo. A solução para a dívida externa passa por ajustarmos o nosso consumo ao nível de produção. Portanto, apertar o cinto. E deve começar pelo Estado, de longe a entidade mais gastadora. Tem de reduzir a sua despesa de 80 mil para, no mínimo, 50 mil milhões. Para poder baixar os impostos, animando assim a economia e mesmo assim obter um excedente. Indispensável este para começarmos a reduzir a dívida.

    “Mas, cuidado: se começarem a surgir muitas notícias que nos coloquem como meros paus mandados do eixo franco-alemão, mexem naquela “ferida” que costuma desenterrar o “orgulho nacionalista” de grande parte dos portugueses. Precisamente a mesma que nos leva a vibrar com 5 golos marcados num jogo particular frente à Espanha…”
    Eles que nos cortem totalmente o financiamento e veremos se conseguimos comer apenas com o “orgulho futeboleiro”. Ou “pegamos na enxada” e regressamos à agricultura ou passamos fome.

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  17. 9 Janeiro, 2011 12:52

    José,

    “O caso da mais-valia e da publicidade são apenas os símbolos daquilo que nos colocou aqui onde estamos. É por isso importante que falemos nos símbolos já que não conseguimos entender as coisas de outro modo.”

    Tem a certeza que especular em acções e fazer publicidade é que são a causa da nossa dívida externa? Oh homem, deixe-se de simbolismos bacocos.

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  18. PMP permalink
    9 Janeiro, 2011 12:57

    Como se estará a sentir o Sr. Ricardo Salgado que apoiou como mais ninguém so Sr. José Sócrates, agora que as acções do BES estão em saldo ?

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  19. votoembranco permalink
    9 Janeiro, 2011 13:07

    “Tem a certeza que especular em acções e fazer publicidade é que são a causa da nossa dívida externa?”
    Não sei se especular em acções do BPN aumenta ou diminui a divida externa, o que sei é que a “especulação” das acções do BPN por parte de avisados economistas como o “capitão gancho”/”o crispado”, aumenta consideravelmente a minha dívida interna.

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  20. castanheira permalink
    9 Janeiro, 2011 13:14

    ” Nunca nenhum curral foi limpo pelos próprios porcos” !
    Que venha o FMI ! E quanto mais rápido melhor para os portugueses (excepto para a nomenklatura do regime e seus serviçais ).

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  21. 9 Janeiro, 2011 13:36

    O FMI vem cá para, metendo mais umas dezenas de bilioes nas maos dos politicos, manter o actual sistema de endividamento e cobrar mais uma renda em juros. O FMI é apenas mais um elemento da usura internacional.

    O Estado Português é imcompativel com o Euro. Tentar sair de uma situação de endividamento contraindo mais dívida não é solução.

    Portugal vai passar pelo que a Argentina passou à 10 anos atras. O filme já vai quase a meio.

    Ponham as poupanças a salvo!!!!!

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  22. castanheira permalink
    9 Janeiro, 2011 14:00

    “O Estado Português é imcompativel com o Euro”????
    Errado!!! Tivessem os governantes portugueses , sido serios , competentes e responsaveis estaríamos muito bem no euro e para sempre.
    A desresponsabilização de quem nos tem governado , com esse tipo de argumentos , só nos retira perspectivas . Há que responsabilizar quem nos trouxe até aqui .E não é a inutil responsabilidade politica .É a responsabilidade efectiva!

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  23. 9 Janeiro, 2011 14:08

    Votoembranco,

    “Não sei se especular em acções do BPN aumenta ou diminui a divida externa, o que sei é que a “especulação” das acções do BPN por parte de avisados economistas como o “capitão gancho”/”o crispado”, aumenta consideravelmente a minha dívida interna.”

    Porquê, por acaso foi você que comprou as acções (da SLN, não do BPN) ao Cavaco? É verdade que agora está a pagar o BPN, mas deve perguntar ao Sócrates porque é que o nacionalizou em vez de o ter deixado falir.

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  24. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 14:13

    Não desmerecendo o que diz o Daniel Bessa, também não exageremos.
    .
    .
    Em primeiro lugar, parte da dívida externa portuguesa é empresarial, que até consegue financiar-se ao nível do Estado. Ou até melhor. As últimas emissões do BES e da Cimpor mostram isso mesmo. Além disso, a dívida empresarial tem melhores possibilidades de gerar rendimentos para pagar capital e juros.
    .
    .
    Em segundo lugar, grande parte da dívida particular é no crédito à habitação, ainda por cima securititzada pelo nosso sistema bancário. Isso em parte explica o porquê que, apesar do elevado nível de desemprego e endividamento, o crédito mal-parado não se mostra tão virulento como em Espanha, por exemplo. Em que o crédito na bolha imobiliária, deixou particulares em sarilhos, a par do crédito a actividades imobiliárias que estão agora a mostrar os seus efeitos devastadores.
    .
    .
    É claro que o Bessa tem razão em muito do que diz. Mas as contas não estão a ser bem feitas. E está-se a empolar os riscos do endividamento privado quando o principal problema está é no crédito ao Estado. E é este que se mostra quase a colapsar.
    .
    .
    Há que ter cuidado com as contas, porque depois, mal-feitas e empoladas, podem gerar riscos sistémicos desnecessários.
    .
    .
    PM Para dar um mero exemplo corriqueiro. Um empregado de escritório qualquer, pode ter um crédito para pagar a sua casa, mas com taxas de juro euribor mais o respectivo spread, que está abrigado desta forte subida dos custos de financiamento do Estado português. Neste caso, o €uro serve de amortecedor da subida em espiral dos custos de financiamento do endividamento português.
    .
    .
    PM II O Daniel Bessa está precisamente a cair no erro da propaganda emanada de Inglaterra contra o euro, por um senhor que escreve no Daily Telegraph, que aponta baterias à Europa (é um eurocéptico antigo e bastante conhecido, e não para ser levado a sério) para desviar as atenções para os graves problemas internos ingleses.
    .
    Este senhor foi dos que mais bateu na dívida empresarial portuguesa, mas como o caso PTC/Vivo/OI veio a demonstrar, os activos empresariais portugueses são muito mais valiosos do que por vezes os analistas valorizam. (E faço mea culpa, porque nunca tive uma verdadeira percepção de quanto valia a participação na Vivo, por exemplo.) E não se pode analisar apenas a dívida mas também o activo e saber se o activo não vale mais do que está nas contas das empresas e se não estão a ser mal avaliadas. Repito, a venda da Vivo veio demonstrar que o endividamento per si da PTC não nos dizia nada. Além disso, no caso da venda da Vivo, há mesmo condições que podem influenciar ainda mais os activos portugueses, dependendo do comprador e sua situação fiscal, como se viu no caso da Telefónica, que assim pagou bem pelo controlo da totalidade da operadora brasileira.

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  25. Joaquim Amado Lopes permalink
    9 Janeiro, 2011 14:16

    Podemos mesmo confiar nas contas de quem julga que “bilião” e “mil milhões” são a mesma coisa?

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  26. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 14:24

    Outro ponto que também tem que se ter em conta, é que debt/equitiy ratio tuga parece ser demasiado arriscado (ou alavancado) (desculpem lá os palavrões) mas porque se está a partir do pressuposto que este equity gera apenas cash-flow no território nacional. E não é assim. Grande parte das cotadas, por exemplo, hoje estão a operar em cada vez mais países, ainda por cima em economias de elevado crescimento, que podem suportar bem os actuais custos de financiamento. Por exemplo, estou a lembrar-me de uma Cimpor, que cada vez mais gera rendimentos fora da Zona euro e, até pela valorização de algumas moedas, tornam os seus activos bastante atraentes.
    .
    .
    É preciso entender que o grande problema português não é o endividamento privado. (Por enquanto,, mas se fossemos expulsos do euro, aí passava de um risco moderado a explosivo.) O grave português é o endividamento estatal, a sua despesa pública e a incapacidade do Estado em conseguir gerar receitas para cobrir este endividamento e seus custos. Portugal está a sofrer, mais pela má gestão dos dinheiros públicos que pela má gestão dos dinheiros geridos pelos privados.
    .
    .
    Portanto, o endividamento total é importante, mas é preciso o decompor e ter em conta as várias especificidades de cada um e seus riscos. E é o risco da dívida estatal que está a destruir o país, não a dívida privada.

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  27. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 14:32

    Pela entrevista, tanto pelas respostas como e sobretudo pela má condução da entrevista, penso que já temos o nosso Tiririca, que merece o voto dos não alinhados com os candidatos dos interesses. ehehehhehhh
    .
    .
    http://rtp.pt/play/index.php?tvprog=1436&idpod=49878#/tvprog=1436&idpod=49878

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  28. 9 Janeiro, 2011 14:33

    Bem me parecia que os grandes culpados da próxima vindo do FMI são Cavaco e Passos Coelho.
    Afinal, não foram eles que nos “governaram” nos últimos 15 anos? Ou terá sido o PS do fugitivo Guterres e do aldrabão falso engenheiro?

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  29. José permalink
    9 Janeiro, 2011 14:48

    LR:

    bacoquice por bacoquice, vamos por aí. Os símbolos a que me refiro são exactamente os da bacoquice. Especular no BPN, numa altura de vacas gordas em que tal passava nas barbas do Banco de Portugal, simboliza a chico-espertice tuga de que Cavaco deu também provas. Não sendo típico do indivíduo que comia bolo rei de boca aberta, isso é uma prova indesmentível do estado no nosso Estado nessa altura. Um Camilo Lourenço que denunciou essa bacoquice foi castigado pelo Balsemão por influência óbvia dos bacocos de então que não se enxergavam.

    Um deputado participar numa campanha publicitária a um banco de ricos, sendo um indivíduo que ressuma esquerda pelos poros do discurso é outra bacoquice.Porque até era proibido e quem tem aspirações a grandes cargos públicos não pode ser tão bacoco.

    Maior bacoquice do que estas que citei como símbolos? Não entender o assunto e a sua relevância.

    PS. Sem ofensa.

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  30. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 14:50

    Falei no caso da Cimpor, porque é elucidativo que parte da dívida portuguesa não é paga pelas actividades portuguesas, mas está englobada no endividamento total de Portugal.
    .
    .
    No último comunicado financeiro da Cimpor ( http://www.cimpor.pt/cache/bin/XPQej8wXX6903ZAX6gkNRyMZKU.pdf ) temos um endividamento relativamente elevado. As contas publicadas pela Cimpor mostram uma Dívida Fin. Líquida / EBITDA de 2,66.
    .
    .
    Mas vejamos onde é gerado este EBITDA. Apenas 28% em território europeu, mais concretamente em Portugal e Espanha. Fora da Europa, o EBITDA é de 72%. Com, por exemplo, as actividades da Cimpor no Brasil já representarem mais que as actividades europeias. Neste caso, Portugal e Espanha, repito.
    .
    .
    Além disso, pese embora este endividamento da Cimpor ser também ele português, o seu pagamento é feito por actividades fora de Portugal. E com activos que poderão ainda estar o inicio do seu ciclo de geração de resultados, com o caso mais interessante, os activos na China, que é um investimento recente mas que pode ser bastante lucrativo.
    .
    .
    E não é apenas a Cimpor que nos mostra que o nosso endividamento não é tão preocupante assim, se excluirmos o endividamento estatal. A Jerónimo Martins chegou a ultrapassar a capitalização bolsista da Portugal Telecom, por causa das expectativas dos resultados gerados na Polónia.
    .
    .
    Até há bancos em Portugal que já geram mais resultados no exterior que no mercado doméstico, como no caso do BPI, cujas receitas de Angola já terão ultrapassado as de Portugal.
    .
    .
    Repito. O endividamento global português não é assim tão preocupante. É o estatal. Mas mesmo o endividamento tuga cuja geração de resultados não advém de activos internacionais, como no caso da Portucel, é ele em si não muito preocupante, pois apesar dos activos estarem em Portugal, sua geração de receitas são quase exclusivamente internacionais e menos pressionadas pela actividade económica portuguesa. Mais que o crescimento do PIB português, interessa sim o crescimento da produção industrial americana e europeia, que depois terão reflexos nos preços de mercado internacionais do papel, que esta empresa vende.
    .
    .
    Atenção com os simplismos das análises, muito ao jeito dos nossos adversários. Leia-se, dos inimigos da Europa e do €uro em particular.

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  31. JCA permalink
    9 Janeiro, 2011 14:54

    .
    Como em devido tempo foi alertado neste Blog será Cavaco o unico responsabilizado pelas politicas do Governo fossem certas ou erradas. E porquê ? Porque se estavam erradas não o demitiu. Pelo contrario apoiou-as sempre publicamente, pela palavra ou pelo silêncio. Por mais ‘portugueses suaves’ a debitar na Comunicação Social é isto que os eleitores interiorizaram.
    .
    Aliás só há possibilidade de salvar a vitória nas eleições. Uma forte redução no abstencionismo e no voto nulo. E porquê ? Porque todas as eleições anteriores são feitas pelos 2 milhões de votos do Funcionalismo Publico. 700.000 mais mulher filho ou amigo o que dá o universo de influencia de 2.000.000 pouco menos do total dos votos expressos; o resto maioritário do País tem rejeitado a urna, fractura executada pelos sucessivos Governos e Partidos. Ora ao universo do Funcionalismo Publico ao bolso nos luicros mensais (salários) quando se julgava imune a irem-lhe à carteira como sucedia com os outros.
    .
    Por isso as previsões dos proximos resultados eleitorais são um nada, vai haver fortes ‘surpresas’. A menos que o naipe de candidatos tenha unhas e garra para agarrar a maioria do eleitorado que afastou das urnas.
    .
    Opinião dum ceguinho …..
    .

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  32. JCA permalink
    9 Janeiro, 2011 14:58

    .
    clarificando,
    “Ora ao universo do Funcionalismo Publico foram-lhe ao bolso nos lucros mensais (salários) quando se julgava imune a irem-lhe à carteira como sucedia com os outros.”
    .
    pois é

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  33. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 15:11

    ““Ora ao universo do Funcionalismo Publico foram-lhe ao bolso nos lucros mensais (salários) quando se julgava imune a irem-lhe à carteira como sucedia com os outros.””
    .
    .
    Bem apanhada, esta JCA. Na verdade, o país só descobre estar em crise (quando já o está há muito) quando o funcionalismo público é confrontado com os custos da má gestão dos dinheiros públicos. Porque, até agora, estiveram, quase imunes à crise portuguesa, ao contrário do resto do país. E até, obtiveram um aumento salarial anormal (para comprar votos, que deu resultado) para recuperarem parte das perdas em anos anteriores.
    .
    .
    Tenho para mim que, muita gente está destroçada com a possibilidade da vinda do FMI, não porque pode subir os custos de financiamento portugueses a médio e longo prazo, mas porque poderão perder o 13º e 14º mês. É que, das primeiras coisas que o FMI tirou ao funcionalismo público grego, foi esse tipo de salários extra, que na maioria dos restantes países da OCDE não existem.
    .
    .
    É claro, que Portugal deverá sofrer medidas mais parecidas com a Letónia do com as gregas. As medidas gregas foram duras mas as que Portugal vai sofrer poderão ser bastante piores, parecidas com as da Letónia.
    .
    .
    Mas até estou relativamente optimista. Lisboa vai pagar e o Norte vai começar a sair da sua longa noite. Da sua longa crise, que nunca o resto do país se interessou senão apenas para gozar com os nortenhos. Quem ri por último, ri melhor. lololololololol

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  34. tina permalink
    9 Janeiro, 2011 15:14

    “Podemos mesmo confiar nas contas de quem julga que “bilião” e “mil milhões” são a mesma coisa?”
    .
    Joaquim, por acaso agora já está vulgarizada a gíria americana, em que 1 bilião são mil milhões e não 1 milhão de milhões como à maneira europeia. Esse assunto já foi aqui discutido no Blasfémias, até de uma forma acesa!…

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  35. oscar maximo permalink
    9 Janeiro, 2011 15:21

    O nick votoembranco tem uma pequenina razão, a maior culpa será sempre de quem disse que a nacionalização do BPN não ia custar um tostão aos contribuintes, mas Cavaco colaborou nessa nacionalização, aliás só se indigna com resoluções ligadas á sua função!
    Também concordo com o nick em si, no entanto prefiro o voto nulo! Nunca votaria Cavaco depois do descaramento de falar no monstro, de falar na agricultura e na vocação do mar, sendo ele um dos grandes responsáveis pelas más opções tomadas, e criador das PPPs.

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  36. tina permalink
    9 Janeiro, 2011 15:23

    E o que é ainda mais Arrepiante no meio disto tudo, é que enquanto o Pequod se estava a afundar, a maior preocupação do capitão Ahab era que a PT adquirisse uma posição dominante no capital social da TVI (ver Expresso de ontem). É mesmo louco aquele homem, igualzinho ao Chavez.

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  37. oscar maximo permalink
    9 Janeiro, 2011 15:38

    Claro, nick Essa Agora, a culpa da vinda do FMI também é de Cavaco. Quando saiu de 1*, deixou-nos um país muito mais rico e muito mais insustentável. Aconselho a ir ver esta palavra ao dicionário. Ao criar o novo regime remuneratório sem antes reestruturar e reduzir, como queria Cadilhe, criou o monstro. Podia ter reduzido a FP com uma parte dos fundos europeus ou o dinheiro das privatizações, que era muito. Resumindo, temos 3 grandes culpados: Cavaco, Guterres, e Socrates.

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  38. lucklucky permalink
    9 Janeiro, 2011 15:42

    Défice Zero e acabam todos estes problemas.
    .
    Mas são incapazes de pensar em Défice Zero.
    São Incapazes de Pensar em Proibir os Políticos de Endividar cada um de nós.
    .
    Porque estão à espera que o dinheiro pedido emprestado venha para os vossos bolsos.
    .

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  39. Joaquim Amado Lopes permalink
    9 Janeiro, 2011 15:43

    Tina,
    Não me recordo se acompanhei essa discussão no Blasfémias mas qualquer discussão em que se conclua(?) que o número representado por uma palavra é uma questão de “gírias” falhou redondamente.
    Idiomas diferentes não são gírias e “billion” em inglês e “bilião” em português são tão semelhantes quanto “push” e “puxe”. A menos que esteja a falar em brasileiro e, até ver, estamos a falar em português.

    Se o termo “bilião” não existisse originalmente em português, poder-se-ia aportuguesar “billion” para “bilião” significando “mil milhões”. Mas o termo “bilião” sempre existiu em português e significa “milhão de milhões” (em inglês “trillion”).
    Só porque muitos usam esse termo erradamente, isso não significa que mudou o seu significado. E copiar e promover um erro só porque ele se vulgarizou não faz qualquer sentido.

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  40. lucklucky permalink
    9 Janeiro, 2011 15:48

    Resumindo, temos 3 grandes culpados: Cavaco, Guterres, e Socrates.
    .
    Não, os grandes culpados são os Portugueses.
    Recompensaram Politicamente sempre quem fez discursos que aumentam a Dívida.
    .

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  41. Trader permalink
    9 Janeiro, 2011 15:50

    Como em devido tempo foi alertado neste Blog será Cavaco o unico responsabilizado pelas politicas do Governo fossem certas ou erradas. E porquê ? Porque se estavam erradas não o demitiu. Pelo contrario apoiou-as sempre publicamente, pela palavra ou pelo silêncio. Por mais ‘portugueses suaves’ a debitar na Comunicação Social é isto que os eleitores interiorizaram.

    É fácil falar, ignorando ostensivamente a realidade de tudo o que se passou nos últimos anos em Portugal, da poderosa máquina de propaganda socrática que transformou toda a nossa comunicação social em cordeirinhos obedientes, quer por controlo directo e infiltrado nos media, quer por controlo indirecto, por exemplo, cortando o investimento publicitário do Estado e das corporações do regime (alguns grandes bancos e empresas nacionais) na imprensa mais livre.

    Que diabo, depois de tudo o que se passou, Sócrates mesmo assim ganhou as eleições em 2009, não consegue entender o alcance disso ? Eleições como alguns tem dito que foram uma fraude, baseadas em mentira e ocultação do verdadeiro estado das nossas contas, mais grave ainda, com a ocultação por parte da cúpula do nosso sistema judicial de toda a porcaria que já era conhecida das escutas da Face Oculta e que foi ocultada aos portugueses. E antes dessas eleições, Sócrates já tinha chegado ao poder de forma ilegal, com um golpe de Estado constitucional criado por Sampaio.

    Você não conhece o país em que vive ?

    Se Cavaco demitisse o governo neste pântano completamente manipulado e aldrabado, o que acha que sucederia ? Seriam “penauts” para a máquina de propaganda socrática, a vitimização apenas o eternaria ainda mais no poder.

    Deixe-o cair de podre e deixe os portugueses sentirem na pele o culpado desta hecatombe financeira. Talvez aí tenhamos esperança que os portugueses finalmente mudem.

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  42. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 15:52

    Uma noticia que abala os fundamentos cientificos modernos:
    .
    .
    “NASA Research Team Reveals Moon Has Earth-Like Core”
    .
    In http://www.nasa.gov/topics/moonmars/features/lunar_core.html
    .
    .
    Apesar da crise portuguesa, o mundo pula e avança.

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  43. PMP permalink
    9 Janeiro, 2011 15:52

    Acham que será possível atingir um deficit publico de zero, mantendo-se Portugal neste Euro sobrevalorizado ?
    .
    Não foi Daniel Bessa um fervoroso apoiante desde modelo económico até há poucos tempo ?.
    .
    Como conseguir diminuir o deficit corrente sem um câmbio mais favorável ?

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  44. Bulimunda permalink
    9 Janeiro, 2011 15:55

    È DISTO QUE OS ECONOMISTAS GOSTAM…

    FRASE QUE OS ECONOMISTAS ADORAM PELO CORTE DE CUSTOS QUE A MESMA IMPLICA…..

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  45. Pi-Erre permalink
    9 Janeiro, 2011 15:55

    ” Quem ri por último, ri melhor. lololololololol ”
    .
    Já te estás a rir, ó anti-comuna? Olha que não és o último.

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  46. Ricciardi permalink
    9 Janeiro, 2011 16:01

    Anti-comuna,
    Discordo de si no que ao endividamento diz respeito. Nomeadamente quando diz que é mais preocupante a divida publica do que a privada, alegando para o efeito um paradoxo na justificação. Senão vejamos, diz o AC que «O grave português é o endividamento estatal, a sua despesa pública e a incapacidade do Estado em conseguir gerar receitas para cobrir este endividamento e seus custos.».
    .
    Ora, o estado não consegue gerar receitas porque os privados as não tem para dar, certo?
    .
    Não se trata apenas de um excesso de custos no sector público, trata-se essencialmente de um grave problema economico do sistema empresarial e empreendorismo do país que não produz o suficiente para que as pessoas tenham acesso a uma vida digna.
    .
    O que mais me preocupa na realidade é o contrario do que o AC referiu… isto é, preocupa-me o endividamento privado; das familias, das empresas, dos bancos ao exterior. O deficit público é relativamente fácil de se compôr… numa situação limite até é rápido, basta abdicar de alguns direitos que o povo vai tendo, noemadmaente na saude e educação. Aliás será isso que o FMI fará… ajustar rapidamente o deficit e colocar o país na rota do abaixamento do endividamento.
    .
    Agora, todas as contas sairão furadas se as empresas e o empreendorismo continuar na mesma. É sim urgente que se inicie uma nova etapa assente no retirar rapidamente todas as forças, todos os bloqueios que tem impedido os portugueses de empreender mais, nomeadamente a nível fiscal (mas não só).
    .
    RB

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  47. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 16:17

    Caro Ricciardi, em teoria tem razão. Na prática, não. Repare que o Lucklucky explica isso muitas vezes. É mais fácil aos privados reestruturar actividades e dívida que o Estado, porque em termos políticos os custos poderão ser elevados (aqui eu discordo dele, mas ele tem em parte razão) e os nossos políticos têm medo de tomar decisões.
    .
    .
    Há outro efeito a ter em conta. Se em teoria é fácil ao Estado impôr medidas draconianas (no limite, a expropriação do cidadão) na prática, até essas medidas estão limiatadas por aquilo que o Laffer teorizou: a partir d eum daod limite, aumentos da carga fiscal geram menos receitas fiscais; A partir de um dado limite da carga fiscal, diminuição da actividade económica, logo menos receitas fiscais.
    .
    .
    Por outro lado, em termos conjunturais, cortes na despesa pública geram menos actividade económica, logo menos receitas fiscais.
    .
    .
    Eu entendo o que quer dizer, mas em termos práticos, o risco do Estado é maior que o privado, por muito paradoxal que nos pareça. Em termos teóricos, sabemos, nunca tal é possível. Mas em termos práticos sim, por causa da abertura das economias. E como prova maior do que eu digo, tenha em conta os custos do endividamento da Micrososft, nas suas emissões de dívida, foram mais baixos que as do governo federal.
    .
    .
    E isto tem a ver com uma realidade económica, que os teóricos da economia não conhecem muito bem. Isto é, como vivemos com uma economia mundial cada vez mais integrada, os fluxos financeiros das empresas são cada vez mais internacionais ao passo que as receitas fiscais continuam a ser locais. Dito de outro modo, pegando o exemplo acima mencionado da Cimpor, pese embora o endividamento da Cimpor ser português, as suas receitas são-no cada vez mais. O financiamento é cada vez mais central mas as receitas mais periféricas. Isto é algo que a teoria económica pouco se debruçou.
    .
    .
    Agora analisemos isto do ponto de vista prático. O Estado português está limitado na sua capacidade de gerar receitas. (Até pode expropriar toda a riqueza gerada em Portugal que mesmo assim depende sempre das actividades geradas internamente.) Ao passo que a Cimpor tem as suas receitas provenientes de várias partes do mundo. Aliás, a Cimpor endivida-se a taxas de juro de um país de fraco crescimento económico para investir em países de forte crescimento económico. Beneficiando assim de algo que os economistas teóricos não estão preparados para compreender, porque não têm modelos macroeconómicos para se sustentar. (Et voilá, uma alfinetada nos economisas de computador. ehheehehehehh)
    .
    .
    O mundo mudou e a teoria económica não.

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  48. lucklucky permalink
    9 Janeiro, 2011 16:18

    “O deficit público é relativamente fácil de se compôr”
    .
    Não é. O Défice Público é um Ecosistema. Uma maneira de Pensar. Uma Cultura.
    .
    Nenhum Partido, Economista ou Personalidade Pública alguma vez defendeu Défice Zero.

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  49. tina permalink
    9 Janeiro, 2011 16:21

    “Resumindo, temos 3 grandes culpados: Cavaco, Guterres, e Socrates”
    .
    ahahaha, comparar o governo de Cavaco, em que o PIB per capita aumentou 50% e Portugal estava entre os 20 países mais ricos do mundo (per capita), com Guterres e Sócrates que só souberam desbaratar e degradar o país ao ponto de já termos saído da lista dos 30 mais ricos.

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  50. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 16:22

    Caro Ricciardi, desculpe este erro:
    .
    .
    “Dito de outro modo, pegando o exemplo acima mencionado da Cimpor, pese embora o endividamento da Cimpor ser português, as suas receitas são-no cada vez mais”
    .
    Que deveria ter dito isto:
    .
    .
    Dito de outro modo, pegando o exemplo acima mencionado da Cimpor, pese embora o endividamento da Cimpor ser português, AS SUAS RECEITAS SÃO-NO CADA VEZ MENOS.
    .
    .
    Assim é que está correcto. Mil desculpas a si e si e aos demais leitores.

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  51. certo permalink
    9 Janeiro, 2011 16:34

    Com efeito, não temos emenda. Com a dívida a subir aos 300% do PIB e os juros na ascendente, diz o Sócrates que está atento, que sabe que conseguimos, por nós mesmos, levar a economia a bom porto. Enquanto o Cavaco, que desencadeou com a trupe a enxurrada de sucesso, assiste, qual presidente de todos os portugueses, incluso dos pobrezinhos, à derrocada, ipávido, como se nada fosse, sereno e contente.

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  52. 9 Janeiro, 2011 16:35

    ” Venha o FMI quanto antes.”

    O problema não é o FMI, o problema é o BCE e a própria União Europeia.

    Muitos, a começar pelo Professor Ferreira do Amaral chamaram a atenção do erro que era aderirmos ao Euro. Infelizmente acertaram.
    Só que agora, como os que erraram e nos meteram no buraco ainda estão em lugares de poder (a começar pelo actual Presidente da República), lançam-se as culpas para cima do povo português.
    A cobardia desta cambada é espantosa. A História não lhes perdoará.
    Cavaco, Mário Soares e outros terão um lugar infame na História de Portugal ao lado, por exemplo, de D. Sebastião… os coveiros da Nação.

    Mas, agora o que é necessário é resistir. Ceder e desistir da nossa soberania é a pior dos caminhos.É óbvio que maus tempos se avizinham e quanto mais depressa chegarem melhor pois mais rapidamente serão ultrapassados.

    Felizmente parece que o nosso Primeiro Ministro, após vários anos em que se mostrou um perfeito sabujo cedendo em tudo, fazendo uma política de Europa über alles, parece que acordou e está a resistir. Goste-se ou não se goste dele, neste momento devemos apoia-lo (depois ajustaremos contas).

    É que os líderes europeus prezam pela cobardia, se virem que o povo português apoia uma recusa da rendição do país, provavelmente amansam… já lhes basta uma Grécia…

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  53. PMP permalink
    9 Janeiro, 2011 16:43

    A chave para tirar Portugal do abismo passa pelo rápido aumento das exportações e pela diminuição das importações.
    .
    As contribuições para a S. Social pagas pelas empresas que aumentem o emprego precisam de ser fortemente reduzidas dos 24% para metade pelo menos.
    .
    A CGD deveria ser proibida de financiar especuladores e só deveria poder financiar empresas exportadoras ou agricolas.
    .
    O tamanho do governo, do numero de entidades publicas e de chefias deveria ser reduzido em pelo menos 35%.
    .
    As universidades públicas deveriam ter as vagas reguladas pela empregabilidade dos seus curso e o numero de professores por aluno deveria baixar em 35%.

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  54. lucklucky permalink
    9 Janeiro, 2011 16:53

    “O problema não é o FMI, o problema é o BCE e a própria União Europeia.
    Muitos, a começar pelo Professor Ferreira do Amaral chamaram a atenção do erro que era aderirmos ao Euro.”
    .
    Você não sabe do que fala. O Professor Amaral queria era rédea livre para Endividar depois Desvalorizar, Inflação e destruir as poupanças. Baralhar e dar de novo.
    .
    Estamos mal no Euro porque o Défice e a Dívida eram limitados a 3% e 60%.
    em vez de 0% e 0%. Mas para ti 10% e 100% ainda são pouco provavelmente.
    .
    Como sempre as receitas são mais regras, mais insanidade.
    .
    As receitas nunca são mais Liberdade para os Portugueses e Menos Liberdade para os Políticos.
    São sempre mais Liberdade para os Políticos e menos para os Portugueses.

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  55. certo permalink
    9 Janeiro, 2011 16:57

    Infelizmente, não são os PMPs quem nos governa, por segurar e engordar ainda os tachos, de modo que estamos tramados, como escravos, obrigados à eleição das mesmas sanguessugas democráticas.

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  56. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 17:07

    “O Professor Amaral queria era rédea livre para Endividar depois Desvalorizar, Inflação e destruir as poupanças. Baralhar e dar de novo.”
    .
    .
    Exactamente. Aliás, nunca ele se preocupou muito com a taxa de conversão do escudo para o euro, mas pelos limites ao financiamento.
    .
    .
    E a prova que não é o euro, é que muitos outros países entraram no euro e têm conseguido dar a volta aos problemas, como alguns do Leste.
    .
    .
    O que poucos ainda se aperceberam, é que a integração económica mundial está a produzir um fenómeno com cada vez mais expressão: centralização dos financiamentos. E esta centralização trará cada vez mais problemas a países com moeda própria, sem grande capacidade de a “vender” nos mercados internacionais.
    .
    .
    É por isso, que mesmo sem o euro, Portugal em vez de resolver os seus problemas, os ia agravar. Além disso, o modelo português de desenvolvimento não pode voltar ao do investimento em trabalho intensivo, até porque seria apostar numa nível de vida mais baixo. Para subir na cadeia de valor e aumentar a produtividade, o investimento português terá que ser de capital intensivo, só possível acedendo à centralidade do financiamento, dito de outra forma, precisa do euro.
    .
    .
    O Ferreira do Amaral quer e queria mais despesa pública e mais dívida pública. Fora do euro, era ainda pior. O que até dá para rir do que ele defende a par da saída do euro. lolololololololol

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  57. Fredo permalink
    9 Janeiro, 2011 17:11

    “E vamo-nos entretendo a vociferar contra uma mais valia accionista ou contra um texto publicitário. Não temos emenda” (do post)
    .
    Se bem percebo, deveríamos era estar caladinhos sobre uma mais valia accionista ou sobre um texto publicitário. Não interessa nada o carácter dos candidatos ao mais alto cargo da Nação.
    Se bem que seja verdade que um indivíduo trapaceiro com as suas habilitações literárias (mais um) e que não cumpre a lei, a troco de uns 1500 euritos, com um bocadinho de complacência, a gravidade disso não passa da de uma multa de trânsito.
    Já quanto à tal mais valia accionista, a coisa não é bem assim, já que se trata de um claro favorecimento com dinheiros de proveniência mais que duvidosa.
    Basta este número:
    Se todos os portugueses fossem iguais perante a lei, no caso iguais na “amizade” de Oliveira Costa, em quanto aumentaria o buraco SLN/BPN ?
    Fácil: 10 milhões e meio de portugueses vezes 147.000 euros de mais valia = 1.543.500.000.000 euros
    Como se pronuncia este número?

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  58. Ricciardi permalink
    9 Janeiro, 2011 17:14

    AC,
    .
    A realidade é uma só. O endividamento privado ao exterior deriva, como de certa forma a do estado actual, de desvarios.
    Isto é, não é um endividamento (na sua esmagadora maioria) que tenha sido efectuado para investimento em actividades empresariais. Não, é um endividamento contraído fundamentalmente pelas familias que recorrem aos seus bancos que por sua vez recorrem ao exterior. Esse endividamento não é, na verdade, alavancavel pelas familias, no sentido de aportar com o mesmo rendibilidade, porque destinou-se essencialemente ao seu bem-estar (habitação, férias, electrodomesticos, carros). Mais, esse endividamento é, na maioria das vezes, o grandce desiquilibrador da balança comercial do país, pois destina-se a adquirir bens importados, agravando a balança comercial com indução e efeito multiplicador do crédito.
    .
    A equação é simples. Se o estado não deve viver acima das suas possibilidades, os privados também não, sob pena de falências das familias sucessivas (o que na verdade tem vindo a acontecer). As familias, enfim, as pessoas são de facto a tal mão-invisivel. São elas, as pessoas, que investem e ao estado cabe apenas executar grandes estratégias que possam orientar o espirito do povo para outros níveis de profissionalismo. O fomento do empreendedorismo. Semear na cabeça das pessoas o sentido do negócio, e não apenas (como hoje se vê) o consumismo que apenas agrava paulatinamente as contas do país. Esse fomento, faz-se de várias formas… o lado de redução fiscal ao negócio é apenas um dos aspectos, embora importante. Mas não podemos deixar de atribuir importancia a sector hoje esquecidos e que tanta tradição de bem fazer os portugueses tem. Os filhos dos agricultores tem vergonha de seguir a profissão dos pais. Preferem ir para as fabricas e ganhar uma côdea do que ficar com estigma social de ser agricultor. Quem diz agricultura, diz tambem as pescas, as minas, as florestas etc etc.
    .
    Valorizar profissões pode ser uma incumbencia do estado.
    .
    Por outro lado, o endividamento das familias gera uma situação anormal e grave no país, porque é sabido que as pessoas estão ‘presas’ ao credito habitação. Mesmo que estejam desempregadas ou até mesmo que queiram regressar à sua terra e retomar o antigo negócio de familia, estão impedidas de o fazer, simplesmete porque tem de pagar o seu credito habitação nas cidades. E o mercado imobiliario não permite vender as casas e reembolsar os emprestimos as bancos (e parece-me que não melhorar muito nos proxinmos 10 anos).
    .
    Teremos pois, se nada continuar a ser feito, um país cada vez mais assimetrico. Nas cidades como Lisboa, viverão subsidiados, pedintes, desempregados sem qualquer alternativa. Dir-se-á que a culpa é das escolhas das pessoas. E está certo, em certa medida. Mas ao nossos lideres governativos cabe elaborar medidas e estartégias que começem a dar frutos no sentido certo, rumo ao empreendorismo, consequentemente ao emprego e por fim ao (con)tributo para a causa comum.
    .
    RB

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  59. 9 Janeiro, 2011 17:24

    Caro anti-comuna,

    Também não concordo com o Prof Ferreira do Amaral, mas julgo saber por que é que ele defende a saída do euro.
    Ao contrário dos milhares de comentadores económicos que receitam a descida dos salários do sector privado para aumentar a competitividade das empresas sem fazerem contas nenhumas, Ferreira do Amaral fez as contas e concluiu estarrecido que os salários teriam de baixar cerca de 30% para haver influência de jeito nos custos (cerca de 10%).
    Por um lado curvo-me perante Ferreira do Amaral pois fez contas, coisa que os outros todos não fizeram. Por outro lado julgo saber por que é que Ferreira do Amaral quer sair do euro: por que foi educado num tempo em que a única forma de competir era o preço/custo. Julgo que ele não faz ideia de que é possível competir com outras propostas de valor além do preço. É a mesma cartilha de Daniel Bessa que em 2004 escreveu um relatório a decretar o fim do calçado em Portugal. Foram educados num tempo com regras que já não se aplicam.

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  60. 9 Janeiro, 2011 17:24

    Esse José soi-disant especialista em assuntos de Justiça é mesmo um safado sem o mínimo de vergonha na cara.
    Mas será que alguém ainda não percebeu que se trata de gato escondido com o rabo de fora? Isto é, de alguém cuja táctica é dar a ideia de que diverge do falso engenheiro para servir precisamente o interesse deste? Aqui e no bloguezinho confidencial que mantém…

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  61. PMP permalink
    9 Janeiro, 2011 17:29

    Riciardi,
    O aumento da divida privada deve-se muito ao facto de os bancos terem sempre uma actividade pro-ciclica, ou seja emprestam mais quando a economia está em expansão porque as garantias e os rendimentos sobem nas expansões, e assim reforçam a expansão com o aumento do crédito.
    .
    Como grande parte dos economistas não entende quase nada de economia, não entendem isso e por isso não existe uma regulação correcta do sistema bancário, que deveria exigir cada vez mais capitais próprios há medida que o endividamento privado cresçe em termos agregados.
    Ou seja quando mais crédito no sistema mais capital os bancos deveriam ter.
    É um processo tão simples que claro nunca vai ser seguido pelos brilhantes economistas que governam os sistemas financeiros, porque assim poderíamos reduzir em 30% o pessoal nos bancos centrais.
    .
    Nenhum país cresceu rapidamente sem uma “Politica Industrial”, que tem de ter uma componente de alavancagem pelo Estado dos “melhores”. Os melhores são em geral as empresas exportadoras porque para serem exportadoras têm de competir com as melhores do mundo.
    Só com “empreendorismos” românticos não vamos lá.

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  62. 9 Janeiro, 2011 17:35

    Caro RB,

    Já pensei o mesmo que o que afirma no 1º parágrafo do comentário. No entanto, esta comunicação de Elizabeth Warren mudou a minha percepção http://www.youtube.com/watch?v=akVL7QY0S8A

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  63. lucklucky permalink
    9 Janeiro, 2011 18:29

    E pronto continuam a pensar no Estado isto, no Estado aquilo…
    .
    Continuam a achar que com o mesmo Poder e Incentivos os políticos vão fazer diferente.
    Ou seja não querem mudar nada.
    .
    Por exemplo…
    Depois dos preços falsos devido ao endividamento.
    Poderiam para começar pedir preços verdadeiros na economia.
    Educação, Saúde, Energia, Transportes, só para falar de alguns tem tudo preços falsos.
    Ou seja estamos quase ao nível da União Soviética.
    .
    Ora como é que alguém decide acertadamente com base em preços falsos?

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  64. João Santos permalink
    9 Janeiro, 2011 18:31

    Não queiram transformar um país de mercadores num país de industriais. Qualquer coisinha feita aqui tem uma Espanha pela frente até chegar à Europa propriamente dita. Volto a repor um comentário cujo conteúdo, salvo a valente dose de ironia, contém uma ideia para este país. Uma ideia assente na experiência passada (as práticas mercantis dos portugueses) e nas certezas do futuro (o império que dentro de poucas décadas substituirá o americano será o chinês)
    Aí vai:
    Depois de séculos de presença na China, Portugal finalmente arrenda uma parte do litoral alentejano, incluindo as instalações de Sines, à RPC. Com os americanos sem liquidez para assumirem novo arrendamento das Lages, a concessão alentejana à RPC alarga-se a parte dos Açores, onde é criada a maior placa giratória do hemisfério Norte para a distribuição de produtos perecíveis chineses, deslocados em transporte aéreo. As concessões lusas do Alentejo e Açores permitem a Portugal resolver, de forma firme e praticamente definitiva, os problemas das contas públicas, défice externo e outros, preservando todavia a sua antiga vocação para a corrupção, o que de modo algum incomoda os chineses e nem mesmo os angolanos, parceiros primordiais na poole luso-chinesa e sua extensão africana. Findo o período de biliões de euros que a Europa introduziu em Portugal, finalmente chega até nós o que deveria ter sido a primeira prioridade logo em 1985, ano da adesão à CEE: alemães e holandeses assumem a orientação e a gestão do governo e a direcção das principais empresas do país, liquidam 89 por cento das câmaras e cem por cento das juntas de freguesia e governos civis. Vive-se um período apenas comparável ao que surgiu da geração parida pela senhora inglesa e que proporcionou a gesta dos Descobrimentos. Novamente com organização e disciplina, e com a sua vocação mercantil finalmente reposta com a grande negociação com a RPC, Portugal começa finalmente a ser viável. Parte dos oito milhões de portugueses que, nessa altura, vivem emigrados nas mais variadas partes do mundo, começam a pensar seriamente em regressar. Estamos em 2027 e pela primeira vez em muitos séculos, temos todos um ar feliz. Bem haja.
    Adenda: nessa altura do campeonato, Portugal alberga as escolas náuticas de maior prestígio a nivel global, continua a ser um destino gastronómico de excelência e as suas universidades são conhecidas no mundo inteiro pelos cursos dedicados à logística, aos transportes e ao comércio.

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  65. 9 Janeiro, 2011 18:34

    “E a prova que não é o euro, é que muitos outros países entraram no euro e têm conseguido dar a volta aos problemas, como alguns do Leste.”

    ???? Que eu saiba os únicos países de Leste que aderiram ao Euro foi a Eslovénia e a Eslováquia. A este juntou-se há dias a Estónia.
    A situação destes países é muito diferente da de Portugal e mesmo assim, um deles, a Eslovénia, não está nada bem.

    Quanto ao Prof. Ferreira do Amaral, pode-se ou não concordar com ele mas há um facto importante, ele acertou enquanto que os que concordavam com a adesão ao Euro falharam e falharam redondamente.

    Recomendo aos que criticaram o Prof. Ferreira do Amaral que vão a uma biblioteca ler os jornais da época em que aderimos ao Euro. O paraíso estava ao virar da esquina, os custos com as transacções iam baixar, etc., etc.

    Claro que falharam e, como disse acima, falharam redondamente! E quando é necessário escolher em quem confiar, que fazemos? Confiamos naqueles que há uns dez anos que falham todas as previsões ou nos que acertam?

    Creio que qualquer pessoa com dois dedos de testa confia é nos que acertam…

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  66. PMP permalink
    9 Janeiro, 2011 18:48

    Nenhum país com deficits permanentes na Balança Corrente pode manter-se neste Euro, pela simples razão de que nesse caso precisa de “importar” euros lá fora, o que aumenta a divida externa, o que aumenta os juros, o que aumenta o deficit, criando um ciclo vicioso.
    .
    Então a questão a colocar é como aumentar as exportações e diminuir as importações rápidamente de forma a manter-mo-nos no euro, ou então como sair do euro para aumentar as exportações e diminuir as importações, usando um câmbio mais baixo.

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  67. tina permalink
    9 Janeiro, 2011 18:53

    Um aparte, tirado do Economist, sobre a Wikileaks:
    “That kind of casual damage to bystanders sits oddly with the founding mission of WikiLeaks, as outlined in 2007: “Our primary interest is in exposing oppressive regimes in Asia, the former Soviet bloc, sub-Saharan Africa and the Middle East, but we also expect to be of assistance to people of all regions who wish to reveal unethical behaviour in their governments and corporations.””

    Isto sim, é que teria sido uma Wikileaks fenomenal!

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  68. tina permalink
    9 Janeiro, 2011 19:00

    “Então a questão a colocar é como aumentar as exportações”
    .
    Seria por exemplo, competir com preços, diminuindo os custos de produção. Acontece que para começar, os preços de energia, que são tão importantes na produção, não podem competir com os países que utilizam a mais barata energia nuclear ou de combustíveis fósseis. Portugal, pelo contrário, apostou na forma mais cara de energia, a eólica.

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  69. 9 Janeiro, 2011 19:05

    LR:
    “Ou “pegamos na enxada” e regressamos à agricultura ou passamos fome”.
    Mas, isto é precisamente o que eu defendo e de que poucos falam. Estratégias para aumentar a produção, em vez de nos limitarmos à solução fácil de sacar receita dos bolsos do cidadão. Todo o discurso da linha Sócrates/Cavaco baseia-se nesta última. Toda a estratégia em torno do FMI, baseia-se, exclusivamente, nesta última (consultem os apontamentos dos anos 80). Agora, tire as aspas da enxada (simbolicamente, claro), porque é por aí.

    LL:
    Você tira demasiadas conclusões do que e de quem não conhece. Não acertou uma única.

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  70. 9 Janeiro, 2011 19:20

    A história do aumento das exportações também é uma falácia. já ficávamos felicíssimos se reduzíssemos as importações, conseguindo oferecer mais do que vamos comprar fora (no sector alimentar, por exemplo, há muito a fazer). O discurso do aumento das exportações, faz lembrar um confronto entre o Naval e o Barcelona. Por muito que o técnico do primeiro quisesse, só por acidente vencia o segundo. Portugal está na situação da Naval: na maior parte dos sectores, chegou tarde ao mercado e não tem poder competitivo.

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  71. zazie permalink
    9 Janeiro, 2011 19:24

    Anti-comuna: toma lá um presente:

    http://dragoscopio.blogspot.com/2011/01/under-core-primeiro-escalao.html

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  72. do lugar da azinhaga permalink
    9 Janeiro, 2011 19:31

    Chegou o tempo de modificar a nossa postura perante não só a grande corrupção mas também a pequena corrupção e a corrupção moral. O senhor silva só pode ser ernesto se mudar de nome. O senhor alegre também faz parte deste regime, não há honestidade na prática política deste regime. Temos de cortar a cabeça a esta “hydra” de interesses do bloco central. É necessário ter a coragem de ir á mesa de voto e anular o voto, estamos todos a caminhar para o abismo. Ter coragem de dizer basta a este estado de coisas e mudar de paradigma político é crucial à sobrevivência do futuro dos nossos filhos, … tenhamos vergonha.

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  73. Ricciardi permalink
    9 Janeiro, 2011 19:43

    PMP,
    .
    A questão da verdade nos preços em TODAS as areas, leva-nos necessariamente a desconsiderar a verdade ultima… a vida humana. Não vejo como pode ser possivel encarar a impossibilidade de tratamento médico a uma qualquer alma em virtude das virtudes do purismo do mercado. Se vivemos em sociedade, uns com os outros, existirão do meu ponto de vista, matérias que NÃO tem preço. Uma operação médica não é algo que me apeteça fazer; não compro esse serviço porque quero compra-lo. Compro-o porque quero viver.
    .
    Posso, isso sim, pagar mais para ser melhor ou mais rapidamente serviço, se puder claro está… é uma questão de liberdade de escolha.
    .
    Mas, na verdade, se eu posso comprar ‘saúde’ , outros existem que não o podem fazer. E estes não são alienigenas por não terem recursos ou capacidade ou oportunidade para gerar mais receitas… são pessoas com eu ou v.exa. e que tem o seu espaço e utilidade na sociedade. Uma pessoa é o que é derivado a inumeros factores; mas a experiencia e vivência de vida diz-me que o local aonde se nasce e a familia que te formou, é meio caminho para o sucesso. Se nasceres no malawi vives 35 a 40 anos, em portugal vives 78 anos. Se nasceres e fores educado no interior pobre do país, o mais provavel é não seres ninguém.
    .
    Ora, o mundo é constituido de pessoas que se estão bem marimbando para purismos ideologicos.
    .
    A história já registou ao que o purismo nos levou. Os puristas sovieticos são um exelente exemplo. Mas os nazis não serão melhores…
    .
    O novo purismo (parecido com aqueles atrás referidos), o liberalismo puro, também não será boa coisa. É simples, os puristas comunistas achavam que toda a gente ficaria bem se toda a gente fosse igual. Esqueceram-se da individualidade da pessoa humana… as motivações de cada um, a ambição individual. Não podia dar certo. E não deu.
    .
    Os liberais pensam exactamente da mesma forma, mas em sentido contrário. Acham eles que se colocarmos toda a gente em competição, sobressairão os mais aptos, os mais competentes, os mais inteligentes… enfim os mais fortes. E segundo eles (os liberais) esse é o designio ultimo de uma sociedade… dar valor aos mais capazes.
    .
    Ora, embora seja bom ser reconhecido e ser remunerado e considerado pelo que faço e pelo que sou, não posso deixar de lado os menos aptos. Estes também são importantes, se mais não for são importantes para até se poder estabelecer um ponto de comparação. Afinal de contas sou mais apto em relação a quem?
    .
    Bom, também os negócios necessitam dos menos aptos. É utópico pensar que, maltratando ou abandonado os mais fracos, se constroi uma sociedade melhor. Um erro profundo. E os liberais cometem-no, tal como Hitler o cometeu. A sociedade precisa de todo o tipo de gente, todo mesmo.
    .
    E todos devem ter acesso a cuidados básicos referentes à dignidade humana.
    .
    Não serão os menos aptos, aqueles que não tem dinheiro para pagar «o preço verdadeiro» que estão 10 horas por dia em frente a uma rotativa de uma qualquer fabrica?
    .
    RB

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  74. certo permalink
    9 Janeiro, 2011 19:48

    “por mim sempre asseguro que abomino mais que o bandido, o hipócrita; e pior que o lobo assumido, aquele que se camufla sob a pele do borrego manso.” in Dragoscopio, pela Zazie, acima

    O que eu tenho andado a pensar, sem atinar dizê-lo assim direito. E bem repete o Cavaco que não diz mais nada, pois, pudera, ao tempo que a máscara consegue andar assim a enganar-nos, naquele seu trejeito “hipócrita” de sorriso.

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  75. 9 Janeiro, 2011 20:17

    Caro Anti-comuna,

    Repare que eu tive o cuidado de escrever “no limite”.
    Você tem parcialmente razão no que respeita ao endividamento privado. Porque isso só se aplica a algumas grandes empresas (Galp, PT, Cimpor, EDP (enfim, neste caso não sei o que darão os seus investimentos nas ventoinhas…) e poucas mais), que têm um rating superior ao do Estado. Mas o mesmo já não acontece com a banca, que na captação de recursos depende ainda excessivamente do mercado interno e que se verá desesperada para refinanciar o passivo de médio e longo prazo no exterior. E muito menos acontece com as PMEs, dependentes do crédito bancário interno, cada vez mais caro e escasso.

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  76. Professor Sparrow permalink
    9 Janeiro, 2011 20:25

    Esse anacronismo ( a ideologia liberal ) encontra terreno fértil entre nós graças aos níveis avassaladores de egoismo, individualismo e inveja que grassam cada vez mais na sociedade portuguesa. Ganhou a geração rasca e ganhará as vindouras se não for ivertida a tendência para os filhos únicos, o que tornará os portugueses ainda mais anti-sociais. O liberalismo, em Portugal, não passa de um hino ao umbigo.

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  77. PMP permalink
    9 Janeiro, 2011 21:25

    RC,
    Eu concordo que a saúde e a educação devem ser sistemas gratuitos e universais (pagos por imposto progressivos).
    Apenas acho que a prestação desses serviços pode ser feita quer directamente pelo Estado quer por privados pagos ao mesmo custo que o que o Estado gasta por utente.
    Dessa forma podemos retirar as vantagens máximas do sector público e do privado colocando-os em concorrência e verificando o seu sucesso relativo.

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  78. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 22:09

    “Que eu saiba os únicos países de Leste que aderiram ao Euro foi a Eslovénia e a Eslováquia. A este juntou-se há dias a Estónia.” (Escrito por mim.)
    .
    A situação destes países é muito diferente da de Portugal e mesmo assim, um deles, a Eslovénia, não está nada bem.”
    .
    .
    Mas têm as suas moedas “presas” ao euro, que quase na prática pagam os custos de uma taxa de cambio “fixa” com custos de não pertencerem ao “clube”.

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  79. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 22:24

    “Mas o mesmo já não acontece com a banca, que na captação de recursos depende ainda excessivamente do mercado interno e que se verá desesperada para refinanciar o passivo de médio e longo prazo no exterior. E muito menos acontece com as PMEs, dependentes do crédito bancário interno, cada vez mais caro e escasso.”
    .
    .
    Ecacto. Mas temos que entender, que os problemas da nossa banca prendem-se mais do que enfiaram na dívida estatal, crentes que Portugal conseguiria evitar a crise do financiamento. Ou seja, a banca é mais vítima do Estado que do endividamento privado, até porque os niveis de crédito mal-parado são relativamente baixos face às condicionantes da actividade económica interna. A menos que haja muito lixo tóxico escondido nos balanços, mas duvido. Penso mesmo que a maior parte do “lixo tóxico” é mesmo estatal, porque a banca acreditou que o nosso Estado tinha as contas públicas controladas e que o mercado não iria penalizar tanto a nossa má gestão interna.
    .
    .
    É claro que temos o país endividado. Não existem dúvidas. Mas o pior endividamento é o público. Mais que o privado. E é a situação de pré-falência do Estado que está a secar o nosso acesso ao crédito externo.
    .
    .
    Se o nosso país conseguir crescer, mesmo com um forte corte na despesa pública (o que duvido, se vier o FMI), o endividamento privado não é preocupante. Além disso, muita emigração tem ajudado a evitar a falência de muitos consumidores.
    .
    .
    O que eu temo é o seguinte. Nos mercados, a percepção dos riscos também influencia os próprios riscos. Se a propaganda exagera o nosso nivel de endividamento, o endividamento torna-se mais preocupante precisamente pelo medo de um endividamento mal avaliado. A chamada profecia que se auto-realiza. E eu comecei a detectar uma forte campanha contra Portugal quando começaram a comparar Portugal e a Grécia e nós não tinhamos o mesmo endividamento público. O que eles fizeram, começaram a focar o endividamento privado, para gerar os tais ataques especulativos contra a nossa dívida. E, repare-se, aos poucos os financiamento cairam, sobretudo da nossa banca, que começou a ter enormes dificuldades em se financiar no exterior sem o recurso ao BCE.
    .
    .
    Só que na análises a este endividamento privado, eles esqueceram-se de focar a geração de recursos das nossas empresas, que muito é gerado no exterior. E isso eles conseguiram. Tanto, que mesmo o sector privado está com bastantes problemas em aceder ao crédito. Claro que a banca também tem culpa, porque estão a reagir mal e tardiamente aos acontecimentos.
    .
    .
    Mas, depois, também vemos financiamentos mirabolantes a projectos de investimento na área da imobiliária que não fazem sentido e que geram também apreensão no exterior. Faz sentido este sindicato financeiro para financiar 250 milhões de euros ao empresário Filipe Vieira? Não faz sentido, mesmo que aparentemente não nos pareça crédito de alto risco. Mas o volume do financiamento é de tal forma elevado, ainda por cima por um banco estatal, num sector que poderá colapsar, o imobiliário… É porque algo vai mal na gestão de riscos do nosso sistema financeiro. E lá fora eles sabem isto melhor que ninguém.
    .
    .
    Mas como dizia. O nosso endividamento global é menos preocupante que o público. Corrigindo o público, o privado quase que se resolve logo a seguir. Vamos ver o que nos espera nos próximos meses e com a chegada do FMI.

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  80. PMP permalink
    9 Janeiro, 2011 22:38

    Tina,
    Os custos elevados da electricidade devem-se a várias razões :
    a) Privatização da EDP mal feita, pois o contrato de concessão permite malabarismos contabilísticos de forma a que apesar da EDP ter elevados lucros e subir os preços todos os anos, apresenta “deficits tarifários todos os anos”;
    b) Permitir que os lucros da EDP sirvam para financiar investimentos fora do país, sem limitações;
    c) Adjudicação das eólicas sem concurso (adjudicação às empresas do regime) , com tarifas demasiado altas. No único caso em que houve concurso por preço (Fase C de 2008) os preços foram de 65 euro por MWh, valor que estava na altura perto do preço de mercado.
    .
    Mas os custos da electricidade são menos de 1% dos custos das exportações, por isso é preciso reduzir outros custos, e o mais alto é a contribuição para a S.S. que é de 24% para as empresas.

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  81. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 22:50

    “Mas os custos da electricidade são menos de 1% dos custos das exportações,”
    .
    Como é que chegou a esses números?

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  82. Portela Menos 1 permalink
    9 Janeiro, 2011 22:56

    algumas perguntas – talvez ingénuas:
    A Grécia e a Irlanda, após a intervenção do FMI, ficaram melhor? estão a pagar uma taxa de juro mais baixa? quem garante que a Espanha e a Bélgica não serão os clientes seguintes?

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  83. Portela Menos 1 permalink
    9 Janeiro, 2011 23:06

    (…) Mas os custos da electricidade são menos de 1% dos custos das exportações, por isso é preciso reduzir outros custos, e o mais alto é a contribuição para a S.S. que é de 24% para as empresas (…)
    .
    E é 24% sobre quê? sobre as vendas? – não, sobre os salários pagos.
    ié; estar a colocar a questão desta maneira (“o mais alto é a contribuição para a S.S. que é de 24% para as empresas” ) é enganar tolos.
    Uma empresa rentável, bem organizada/gerida, pagando salários justos, não tendo medo de salários mínimos de €500, não tem custos de remunerações superiores a 20-25% do seu volume de vendas.

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  84. PMP permalink
    9 Janeiro, 2011 23:20

    PM-1,
    Enganar tolos é você afirmar que é fácil ter empresas a exportar. Se fosse não tinhamos 9% de deficit externo sobre o PIB.
    O país precisa de ajudar as empresas exportadoras e as empresas agricolas e em muitas delas de mão-de-obra intensiva os custos com pessoal ultrapassam os 30% directos.
    Mas nos restantes 70%, parte incorporam custos de pessoal de outras empresas fornecedoras.
    Assim a taxa social unica-TSU de 24% sobre os custos do trabalho ao longo de todo o processo produtivo tem um impacto muito grande, especialmente em produtos com uma margem baixa.
    .
    De qualquer forma, em termos nacionais, a TSU é dos poucos factores que podemos mexer, e é uma das mais altas da OCDE. Taxar o trabalho exageradamente é sempre a pior solução, e foi esse o caminho escolhido e mantido, o que comprova a incompetência dos nosso economistas.
    .
    Mas diga lá como vamos resolver em pouco tempo os 9% de deficit corrente.

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  85. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2011 23:30

    “Mas diga lá como vamos resolver em pouco tempo os 9% de deficit corrente.”
    .
    .
    Talvez com um euro cotado contra o dólar na casa dos 2,00! eheheheheheheh
    .
    .
    Se Vc. dá tanta importância ao euro e sua cotação…

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  86. Portela Menos 1 permalink
    9 Janeiro, 2011 23:34

    “Mas diga lá como vamos resolver em pouco tempo os 9% de deficit corrente.”
    .
    Eu diria que com tantas certezas da sua parte nem preciso fazer propostas; salva-se no seu argumento o facto deste não incluir a baixa de salários, como “inteligentes e liberais” têm defendido, e só propor a redução da tx de SS.
    .
    Eu não disse “que é fácil ter empresas a exportar”; mas já que fala em facilidades lembrei-me da maior empresa exportadora “portuguesa”… sediada na Madeira, exporta 2pts do PIB e parece que tem 2 empregados … é russa e não paga impostos!

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  87. PMP permalink
    9 Janeiro, 2011 23:41

    PM-1,
    Em Portugal temos uma situação curiosa :
    a) grande parte da direita pensa que o problema principal é o deficit publico e que o deficit comercial se resolverá por si, após a redução do deficit publico. Devem acreditar em magia !
    b) grande parte da esquerda pensa que o deficit comercial e o deficit publico têm pouca importância e que alguem vai resolver esses problemas. Devem acreditar em magia !
    .
    Só mesmo este país para acreditar que é possivel crescer sem uma “politica industrial” como todos os países desenvolvidos têm ou já tiveram.
    Este consenso bacoco entre a esquerda e a direita moderadas é assustador e revelador da incompetência dos economistas do PS e do PSD.

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  88. tina permalink
    10 Janeiro, 2011 00:21

    PMP,
    Obrigada pela explicação. Pois, num contexto em que a SS seja elevada, então os custos de energia representam menos. Mas isto prova que a conversa de Sócrates e esta reunião para promover as exportações é tudo treta, visto que o novo código contributivo aumentou ainda mais a contribuição para a SS. Não há dúvida que as nossas exportações estão condenadas.

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  89. 10 Janeiro, 2011 08:28

    Caro Anti-comuna,

    O meu ponto principal na posta relaciona-se com o peso dos juros da dívida e da base de cálculo para os mesmos: deve ser a dívida bruta (e aí o Daniel Bessa tem toda a razão), eventualmente com o ajustamento da taxa para a dívida das nossas empresas de melhor risco. E a questão que se pode pôr é se com um serviço da dívida cada vez mais “estrangulante” é possível ter crescimento económico. Julgo que não é, e daí que seja premente uma redução brutal da despesa pública, da ordem dos 20 a 30 mil milhões. O Lucklucky insiste no equilíbrio orçamental, eu digo que precisamos quanto antes de passar para uma situação de excedente para reduzirmos a dívida. Só a partir de então, as nossas taxas de juro poderão baixar de forma consistente.

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  90. Jose Ferreira da Sil permalink
    10 Janeiro, 2011 08:31

    Quem comprou na sexta divida Portuguesa ? Comprar 1 mil milhões de euros , o dobro do que o banco de Portugal vendeu na quarta feira.
    Os jornais de Bruxelas procuram identificar o comprador esta segunda feira.

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  91. lucklucky permalink
    10 Janeiro, 2011 10:21

    “a) grande parte da direita pensa que o problema principal é o deficit publico e que o deficit comercial se resolverá por si, após a redução do deficit publico. Devem acreditar em magia !”
    >É claro que o défice comercial resolve-se por si. Ou as pessoas deixam de comprar ou produzem mais para comprar.
    .
    “Só mesmo este país para acreditar que é possivel crescer sem uma “politica industrial” como todos os países desenvolvidos têm ou já tiveram.”
    >Continue a enganar.As História fala e os resultados estão à vista.
    —–
    Ricciardi não tem vergonha nenhuma em criticar pureza quando fala de “dignidade” a dele.
    >Ou aceitas 50% da economia nas mãos do Estado ou és “puro como os nazis”, se não aceitas Poder Constitucional para impostar livremente és “puro como os comunistas”. Defendes Défice Zero é “puro” como todos os fanáticos islamitas – esta comparação faltou vá-se lá saber porquê…
    .
    Olhe os resultados do seu querido sistema “impuro” de Défices, Dívida e endividamento de todos pelo Poder Políticos estão à vista.
    .
    Curiosamente a dignidade dos que não querem défice e dívida não é falada. Nem dos filhos e netos que vão pagar durante décadas a Social Democracia “digna” e “impura”. Digna obviamente apenas para alguns que estão cá agora, que não querem ver pobres na rua enquanto forem vivos.
    Desde que se despeje dinheiro para ficar com a consciência tranquila já está bem.
    .
    No fim é irrelevante.A maior parte do Mundo já não liga ás complicadas teorias Europeias e Americanas vindas de gente sobreeducada.

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  92. Ricciardi permalink
    10 Janeiro, 2011 11:41

    luckyluck,
    Não confunda as coisas. Uma coisa é os estados terem que, paulatinamente, reduzir e melhorar as suas contas públicas, principalmente implementando medidas que melhorem a actividade industrial. Outra coisa é a desfaçatez com que se tenta atirar as culpas da situação para o estado, quando foram estes que salvaram o sistema, prejudicando as contas do defcit e endividamento.
    .

    Se mais não for, ao menos, que nos lembremos como isto começou… e apesar de em Portugal se ter desperdiçado miseravelmente, nos ultimos 35 anos, toda a massaroca que por aí entrou (fundos e endividamento) em inutilidadees estereis ou seja, sem qualquer retorno. Ainda assim, tempos houve em que as medidas de investimentos públicos e respectivo financiamento foram uteis ao país que carecia de infraestruturas de base. Refiro-me ao tempo de Cavaco, que na verdade foi o único menos mau governante que tivemos.
    .
    Agora, quanto ao purismo ideológico da ala liberal, sou mesmo da opinião que, as suas ideias são muito semelhentes e com impactos na sociedade semelhantes ao purismo tentado (e nunca conseguido) do comunismo sovietico ou do nazismo alemão. Os resultados são inevitavelmente os mesmos.
    .
    Mas como liberalismo puro não existe na prática (tal e qual o comunismo) nem pode ser implementado (por utópico); por isso estou perfeitamente tranquilo. E discuto apenas assuntos de pormenor com os liberais actuais. Estes ainda acham que o estado tem de sair de TODAS as areas da actividade humana. Nem percebo bem como aceitam que a segurança pública seja uma excepção. Porque será? Não confiarão nos privados para assegurar a segurança das pessoas?
    .
    E a justiça? e a defesa nacional?
    .
    Bom, fica claro que os próprios liberais não confiam determinadas tarefas aos privados.
    .
    Eu, da minha parte apenas quero um garantia. Que a dignidade, sim a dignidade da pessoas humana, nunca seja posta em causa pelo mérito ou desmérito de cada um. Na saúde e na educação. A 1ª porque tratasse do valor mais alto de todos – a vida – o 2º fundamentalmente porcausa do acesso à educação das crianças, sejam elas pobres ou ricas, todas elas tem de ter instrução de base.
    .
    Isto não quer dizer que, a saúde e a educação não possa ser privada. Pode e deve. Principalmente para quem atinge um patamar de rendimento que lhe permite ter liberdade de escolha.
    .
    O purismo ideologico liberal apontava para total ausencia do estado nestas matérias. És apto e forte e portanto podes pagar saúde, estás salvo da morte. És fraco e portanto não podes pagar, deves morrer, porque existem uns euzinhos que acham que só tem de pagar a sua própria saúde.
    .
    RB

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  93. PMP permalink
    10 Janeiro, 2011 11:55

    LL,
    Sem uma “Politica Industrial” a redução necessária do deficit publico irá causar um desemprego ainda mais elevado, o que por via dos subsidios de desemprego e outras prestações sociais dificultará a redução do deficit (os tais estabilizadores automáticos).
    .
    Nenhum país desenvolvido chegou a este estádio, sem Politicas Industriais, porque o sector privado por si só não consegue coordenar acções de longo prazo, devido a que cada empresa ou individuo não tem o capital em excesso necessário para tomar grandes riscos com uma economia em recessão.

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  94. PMP1 permalink
    10 Janeiro, 2011 12:12

    LL,
    A social-democracia tem siso o regime politico económico com mais sucesso no mundo desde há muitas décadas.
    A razão principal desse sucesso prende-se com o facto de um sistema capitalista do tipo laissez-faire não ser estável financeiramente.
    E não é estável porque uma pequena recessão tende a ser amplificada pelo efeito do paradoxo da poupança.
    Ou seja os particulares, bancos e empresas retraem o seu consumo e assim aumentam a recessão continuamente, se não existir uma força exterior, neste caso as despesas do estado que sejam estáveis ou crescentes para manter um nivel de consumo/investimento elevado.

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  95. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 13:21

    Caro LR, eu não concordo com o Bessa nesse ponto. A subida dos juros recentes não afectam o serviço da dívida portuguesa de igual forma. Há que decompôr a dívida e saber que tipo de juros são pagos em cada uma. Repare no crédito aos particulares. Ás familias. Quase toda ela está assente em dívida que paga juros de curto prazo das euribor. Quase imunes à subida do custo do financiamento que ocorreu nos últimos meses.
    .
    .
    Mas estou de acordo nisto:
    .
    “E a questão que se pode pôr é se com um serviço da dívida cada vez mais “estrangulante” é possível ter crescimento económico. Julgo que não é, e daí que seja premente uma redução brutal da despesa pública, da ordem dos 20 a 30 mil milhões. O Lucklucky insiste no equilíbrio orçamental, eu digo que precisamos quanto antes de passar para uma situação de excedente para reduzirmos a dívida. Só a partir de então, as nossas taxas de juro poderão baixar de forma consistente.”
    .
    .
    Em termos simplistas, o nosso consumo terá que baixar para a casa da produtividade. E o nosso consumo (público e privado) estará cerca de 25% acima da nossa produtividade. Sabendo-se do enorme peso do Estado no pagamento/financiamento de parte deste consumo, fácil é de concluir o Estado terá que baixar a despesa pública em cerca de 30 a 40 mil milhões de euros. Ou mais, já que parte da produtividade está dependente do proprio consumo.
    .
    .
    Mas é verdade. Portugal deveria pensar, não apenas baixar o défice mas ter orçamentos excedentários, para começar a baixar a dívida e os custos anuais dessa dívida, que subirão nos próxim osanos.
    .
    .
    Aliás, tenho para mim que esa foi a grande lição do Salazar. Repare que foi isso que ele fez e que evitou que Portugal fosse muito afectado pela Grande Depressão. É claro que o peso do Estado na economia, hoje, é bastante mais alto, mas é mesmo a grande solução para evitar o colapso completo de Portugal. Porque, se a crise da dívida soberana se mantiver e passar a sério para os USA, pode acontecer que a Europa não seja befneiciada. E aí seremos mesmo forçados a compromissos históricos. É um cenário que eu penso ser de baixa probabilidade, mas possível. O cenário mais provável é sermos beneficiados, mas se não o formos, terá que haver orçamentos excedentários.
    .
    .
    Estou sinceramente convencido, que se pensássemos ter orçamentos excedentários, é verdade que os custos de curto prazo seriam bastante altos. Mas os ganhos a médio e longo prazo seriam de tal forma elevados, que no saldo, Portugal teria muito a ganhar.
    .
    .
    Mas ao contrário do Lucklucky, que acha que os governos nunca serão capazes de tomar este tipo de medidas, penso que aqueles governos que o fizerem mas forem sério e honestos (repartir custos por todos mas sobretudo no funcionalismo público), eles acabarão por ganhar eleições. O caso grego mostra-o e o da Letónia ainda mais, pois os governos não perderam votos com as medidas de austeridade. É preciso é seriedade na vontade de resolver os problemas, que as populações acabam por aceitar os sacrificios, se tiverem consciência que serão beneficiadas a médio longo prazo.
    .
    .
    Mas, também, pessoalmente, não acredito que alguém dê já credibilidade a este governo e em especial a este ministro das finanças. Penso que foi um erro dos portugueses enorme terem mantido a confiança neste dupla horrível, Sócrates e Teixeira dos Santos, pois eles não têm qualquer credibilidade junto dos nossos credores. É que eles não são influenciados pela propaganda governamental e só querem saber dos números. E, pior ainda, antes desta crise, já o nosso ministro das finanças era considerado incompetente e o que veio a acontecer veio apenas confirmar essa ideia.
    .
    .
    O Passos Coelho tem razão nisto. Se vier o FMI terá que haver mudança nos protagonistas. Os actuais estão queimados e não nos merecem qualquer credibilidade. O problema é que isso depende dos portugueses e não dos credores. Os portugueses ao manterem esta dupla horrível pagarão bem caro pelo erro. E, sinceramente, não estou a ver ninguém a correr com este governo e este ministro das finanças, pois são protegidos pelo Cavaco. Basta ler algumas declarações hoje.
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    O que me surpreende é como os nossos banqueiros, sabendo que estão ameaçados de falência, por causa da má gestão deste governo, mantêm-se quase calados, impávidos e serenos, assistindo ao colapso de Portugal. Mas mexeram-se bem para correr com o Santana Lopes. Por isso, não os entendo e eles pagarão por manterem-se, hirtos e firmes, caladinhos sob a batuta do Sócrates e do Teixeira dos Santos.
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    Vamos ver no que dá isto.

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  96. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 13:53

    O Joaquim http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/ já meteu um gráfico que não engana ninguém:
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    Ao contrário do que seria de esperar, pela generalidade do pensamento económico, nestas crises, a melhor solução, é mesmo reduzir a dívida. Não baixar apenas o seu crescimento. E, esperar que seja o crescimento económico a baixar o rácio da dívida, face ao enorme peso do Estado e aos mercados internos pouco concorrenciais, é esperar pelo que o Jacinto Nunes já gritou bem alto: Venha o milagre da Nossa Sra. de Fátima. ehehehehehh
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    O que fazemos quando temos dívidas a mais? Baixamos a dívida e tentamos que os nossos credores não nos estrangulem nas nossas actividades. Nas empresas, manter linhas de crédito abertas, sobretudo por questões de tesouraria e planos de reestruturação e recuperação das empresas, cortando nos custos e baixando a dívida. Nos particulares, poupar mais e amortizando dívida. No Estado não pode ser diferente.
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    Se um governo apresentasse um plano para gerar orçamento excedentários, ao mesmo tempo que tinha a ajuda do FMI/UE e, depois, apresentasse execuções orçamentais que confirmavam os planos, estou convencido que os mercados voltavam a acreditar em Portugal. Porque, eles receiam haircuts, mas se um governo mostrar-se firme em não penalizar investidores e simultaneamente planeasse baixar a dívida, os mercados voltariam a emprestar dinheiro a Portugal.
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    Mas é preciso também que os portugueses encarem isto, de uma vez por todas. Os juros reais (mercado deflacionados) nunca baixarão muito para Portugal. Portanto, pensar-se que teremos juros muito mais baixos que os actuais é errado. Portugal tem que preparar o futuro a pensar pagar juros na casa dos 6 a 7%. Não há volta a dar a isto. Porque, na minha opinião, os juros reais cobrado a Portugal não são altos, até os considero baixos face ao risco. E é preciso, de uma vez por todas, começar a incorporar isto nos cenários macroeconómicos. E, um governo para ser sério, terá mesmo que o fazer.
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    É preciso ver que a inflação já está nos 2,2%, logo os juros cobrados a Portugal, um prémio de quase 5%, face ao risco, até são relativamente baixos. Os portugueses podem achar que são juros demasiado altos, mas não o são. São para o endividado mas não para o credor, face ao risco que incorre. É por isso que os juros nos mercados, mesmo após as intervenções do FMI, na Grécia e na Irlanda, pouco baixam.
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    Mas estavamos de tal forma mal habituados a juros baixos, que agora nem sequer pensamos que estamos a pagar juros “justos”, face ao nosso risco.
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    Mas voltando ao gráfico do Joaquim. O Salazar fez aquilo que as escolas de economia, na generalidade, apontam como não solução. Mas foi mesmo a queda no rácio da dívida sobre o PIB que salvou Portugal, há cerca de 80 anos atrás. Deveriamos fazer igual, nos dias de hoje. Mas o raio do Botas ainda está tão presente na nossa mentalidade colectiva, que desconfio que os nossos políticos nunca pensarão em “imitar” as políticas salazaristas. Leia-se, ter excendentes orçamentais. Mas creio que era a melhor solução para Portugal. E, digo-o com toda a consciência que era o melhor para Portugal, não sendo sequer simpatizante com a figura do Botas. Mas ele foi genial na abordagem do problema, contra aquilo que as escolas do pensamento económico tinham como garantido nunca funcionar. Mas funcionou.

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  97. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 14:11

    Eu estou tão convencido, que se Portugal tivesse um governo que apresentasse um verdadeiro plano de corte na despesa pública, com perspectivas de haver um cenário de excedente orçamental, o nosso crescimento económico voava. No curto prazo, não, mas ao fim de alguns trimestres, o crescimento económico português voaria.
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    O tecido produtivo português está de tal forma pronto para “carburar”, que só precisa que um bom governo e corrigir erros de palmatória deste actual governo, como as eólicas. Veja-se bem este indicador:
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    “Novembro
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    Encomendas à indústria registam a maior subida em 9 anos
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    Os novos pedidos às fábricas portuguesas aumentaram 25% em Novembro, face a igual mês do ano anterior.

    Em Novembro de 2010, o total de novas encomendas recebidas na indústria em Portugal cresceu 24,5% face ao mesmo período de 2009, reflectindo a forte aceleração da procura no mercado externo (+43%), avança hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). No mercado nacional, as encomendas cresceram 5,4% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.”
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    In http://economico.sapo.pt/noticias/encomendas-a-industria-registam-a-maior-subida-em-9-anos_108388.html
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    Um novo governo, que tenha coragem de cortar a sério na despesa pública, que corrija as nossas más políticas económicas e orçamentais, poderia impulsionar o crescimento económico português para valores há muitos anos que não se via. O nosso tecido produtivo quer voar mas não lhe deixam. Ai se o deixassem…

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  98. 10 Janeiro, 2011 14:25

    “Nem dos filhos e netos que vão pagar durante décadas a Social Democracia”

    Esta afirmação baseia-se num princípio de que excessos actuais de despesa serão obrigatoriamente pagos por recessão no tempo dos nossos filhos e netos.

    Infelizmente para os defensores destas teorias, elas não resistem a uma análise histórica.

    Primeiro, quem pagou os excessos despesistas da II Grande Guerra?

    É que, de 1939 a 1945 grande parte do Mundo entrou em guerra, uma guerra, uma guerra sem quartel, uma guerra em que a única função dos Ministros das Finanças era a de porem à disposição dos Ministérios da Guerra (era o nome que tinham na altura vos Ministérios da Defesa), as quantias que estes exigiam.

    Em princípio, as gerações do pós-guerra deveriam ter tido uma vida miserável para pagar anos de despesismo e de deficits públicos galopantes.

    Tal não aconteceu e quer na Europa, quer nos Estados Unidos, quer mesmo no Japão, em 1960, quinze anos depois de acabar a guerra, o nível de vida já era superior ao de antes da guerra, muito superior.

    Outro exemplo é a China. Maozedong gastou à fartazana em projectos inviáveis tipo Grande Salto em Frente. Após o abandono do maoismo a vida deveria ter sido miserável na China durante, pelo menos duas ou três gerações que estariam a pagar uns seis ou sete anos de guerra e mais de trinta anos de maoismo.

    Estive na China em 1981 e voltei lá várias vezes, a última há dois anos. Não há comparação entre a China maoista e a China actual.
    Xangai, por exemplo tem um nível de vida comparável à da Europa, provavelmente superior mesmo ao de Portugal.

    A questão que coloco é, QUEM PAGOU AS LOUCURAS DESPESISTAS DA II GRANDE GUERRA E AS DO MAOISMO?

    Gostaria que alguém me respondesse a estas questões de forma a poder considerar que, a frase com que comecei este comentário tem alguma lógica.

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  99. lucklucky permalink
    10 Janeiro, 2011 14:54

    “Outra coisa é a desfaçatez com que se tenta atirar as culpas da situação para o estado, quando foram estes que salvaram o sistema, prejudicando as contas do defcit e endividamento.”
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    >Errado.
    O problema das contas publicas já existe há muito e a razão de estarmos como estamos é precisamente essa. O Estado não parou de crescer desde os anos 80.
    Juros baixos foram implementados pelos Governos dos EUA e da União para manter um sistema insustentável e não enfrentar os números negativos no desemprego, crescimento . Pois é preciso pagar esse estado crescente.
    Os Juros baixos criaram emprego e actividade económica com o aquecimento desmesurado e distorcido da economia. Os Estados passaram a terem receitas cada vez mais altas. Mas nem isso foi suficiente. Os défices acumularam e quando a bolha que criaram rebentou ficaram sem pé. Os Défices de 4% passaram a 9% , 10% , 11%,12%.
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    “QUEM PAGOU AS LOUCURAS DESPESISTAS DA II GRANDE GUERRA E AS DO MAOISMO?”
    >Vejo que ainda nem aprendeu a falácia da Janela Partida.
    Quem pagou foram os Europeus e os Japoneses com o seu trabalho. Trabalho extra. matou muitos.
    Nos anos do pós guerra não havia férias, subsídios de férias e natal e a pobreza era generalizada. Em muitas partes da Europa Ocidental houve economia de subsistência.
    O mundo poderia estar muito mais rico e desenvolvido em 1960.

    “A social-democracia tem siso o regime politico económico com mais sucesso no mundo desde há muitas décadas.”
    >A Social Democracia vive do crescimento infinito populacional e económico. Vive do passado.
    Nada é estável. A dimensão da instabilidade e a resposta a ela é que tornam um sistema melhor ou menor. Qual é a resposta da Social Democracia à Demografia? Qual a resposta da Social Democracia à estagnação económica virtuosa?
    Por exemplo Um computador hoje custa menos metade do que um de há 5 anos atrás equivalente. Qual o efeito na Social Democracia?
    Toda a gente passa a usar software freeware. Qual o efeito na Social Democracia?
    A Social Democracia é um sistema que corrompe a não ser que haja uma forte cultura de obrigação por trás. E é um sistema lento.

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  100. lucklucky permalink
    10 Janeiro, 2011 14:56

    Além de ser um sistema lento a reagir é um sistema que destrói competências e informação.

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  101. lucklucky permalink
    10 Janeiro, 2011 15:01

    O MAOÍSMO foram os Chineses que sofreram a Pobreza e a Fome. Nós também como o desenvolvimento económico afecta todos se também nós devido à dimensão da China.
    Milhões de ideias poderiam talvez ter chegado mais cedo, outras já ter aparecido . Sem o Comunismo Chinês talvez já tivéssemos a cura para vários cancros.

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  102. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 15:26

    “Infelizmente para os defensores destas teorias, elas não resistem a uma análise histórica.
    Primeiro, quem pagou os excessos despesistas da II Grande Guerra?
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    É que, de 1939 a 1945 grande parte do Mundo entrou em guerra, uma guerra, uma guerra sem quartel, uma guerra em que a única função dos Ministros das Finanças era a de porem à disposição dos Ministérios da Guerra (era o nome que tinham na altura vos Ministérios da Defesa), as quantias que estes exigiam.
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    Em princípio, as gerações do pós-guerra deveriam ter tido uma vida miserável para pagar anos de despesismo e de deficits públicos galopantes.”
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    Vc. quer mesmo saber? Olhe então analise este gráfico:
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    Acha agora que foi a social-democracia? ehehehehehehh
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    Aliás, veja lá quando começaram as tais políticas contra-ciclicas estatais nos USA e veja em que ano foi publicado a “teoria geral” do Keynes. Acha mesmo que foram as ideas do Keynes que influenciaram o Roosevelt? Se acha é porque, então, o Keynes copiou alguém. ahhahhahahahh
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    A análise rigorosa ao que se passou naqueles anos nunca foi feita. Vivemos de mitos. O mito da intervenção do Estado, que salvou as economias. Mas, veja lá a suprema ironia, o Japão anda há anos a travar essa batalha e ainda não saiu da cepa torta. Porque será?
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    Mas se olhar para aquele gráficozinho vai perceber o que permitiu a longa caminha de 1947 até aos Anos 70. Foi a poupança particular que permitiu que o sistema corrigisse muitos desequilíbrios. Ou seja, foi a poupar que os americanos sairam da crise, não foram as bombas lançadas na Europa e no Japão.

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  103. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 15:42

    Na mesma senda, viu o gráfico publicado pelo Joaquim, do PC? Viu como o Botas conseguiu proteger Portugal do pior da depressão dos Anos 30? Foi a poupar, não foi?
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    É esse o problema de muita gente. Complicam aquilo que por vezes é simples. O dinheiro tem três estádios ou caras, se quiser. O dinheiro propriamente dito, que é usado no consumo. Dinheiro-presente. O dinheiro-antecipado, ou consumo antecipado, sob a forma de crédito. E o dinheiro adiado ou consumo adiado, sob a forma de poupança.
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    Num sistema económico que antecipou o consumo, sob a forma de crédito, terá agora que adiar consumo, quer para pagar aquele antecipado, quer o que poderá ser consumido no futuro. Vivemos esses dias. Consumimos antes do tempo, e agora temos que pagar consumo que foi antecipado. Como o faremos? Adiando o consumo presente e pagando o antecipado. Como? Sob a forma de poupança.
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    É relativamente simples o esquema: dinheiro = consumo
    consumo antecipado = crédito
    consumo adiado = poupança
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    Depois entra a famosa formulazinha da apreciação do capital: http://upload.wikimedia.org/math/e/0/c/e0ca87a82c591a0e0610792963751fd5.png
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    Ora, quem antecipa consumo, está a consumir antecipadamente aquilo que só devia consumir no futuro. Certo? Leva duas boladas na fronha. Uma, o consumo antecipado tem custos, que serão sempre pagos pelos juros. O consumo adiado, além de não sofrer nenhum custo, ainda por cima recebe o prémio de adiar o consumo, pela via dos juros cobrados.
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    Ora, o Lucklucky sabe que é assim mas não o consegue explicar. Sabe que, entre um consumo antecipado e um adiado, sobra bastante consumo. Onde ele vai ter? Aos intermediários financeiros. Claro, que na época de crise, até estes sofrem, porque vivem alavancados e quando a sociedade tem que corrigir os desiquilibrios, leva-os a perdas enormes e até às falências.
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    Claro que não uma solução universal para este problema humano. O ideal é sempre adiar o consumo porque na prática, é aquele que dá verdadeiros ganhos de consumo duradoiro aos cidadãos.

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  104. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 16:00

    O bom sistema capitalista é aquele que leva à acumulação de capital. Quem acumula capital? Quem poupa. E investe.
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    O sistema social-democrata ou socialista é ele próprio ancrónico nisto: só uma élite acumula capital e os demais, além de não acumularem capital, ainda apostam no pagamento de dinheiro antecipado, sob a forma de crédito.
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    Isto leva a que alguns ramos do pensamento económico (Behavioural Finance) a procurar soluções para os problemas económicos alternativos, que se nos deparam todos os dias.
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    Um caso prático:
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    Eu herdo 10 mil euros hoje, porque uma tia foi tocar viola para outro lado. Sobrm-me logo três opções. Usar os 10k euros para consumir e gasto-os logo. Obtenho satisfação pessoal e material mas o dinheiro está gasto. Esses 10k euros gastos hoje não o serão gastos no futuro.
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    Posso usar esses 10k euros e comprar algo mais caro. Uma casa de 50k euros. Aí, gasto o dinheiro e antecipo consumo, sob a forma de crédito, ou seja, 40k euros terão que ser cortados no futuro consumo.
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    Ou posso poupar os 10k euros e acumular todos os anos, os juros cobrados. Adio consumo, mas no futuro poderei consumir muito mais que esses 10k euros.
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    O que faz o sistema social-democrata? Tenta roubar a uns para beneficiar outros. Mas como não aposta na poupança e estimula o consumo antecipado, no fundo está a empobrecer as populações e a beneficiar as élites. Para corrigir estes desiquilibrios, tenta roubar a estas élites, sob a forma de pesados encargos fiscais. É uma opção. Mantém o comum dos cidadãos pobretanas mas a viver de ilusões: sob a forma de crédito. E apesar de tudo, mesmo roubando aos ditos ricos, eles acabam por enriquecer, alargando os fossos sociais. Cria sempre uma sociedade desigual.
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    Num sistema capitalista, a poupança gera muito mais consumo no futuro. Por isso, muitos apelam ao sistema capitalizador, porque permite ao ciaddão consumir mais no futuro. É verdade que se sacrifica o presente mas o futuro é mais sólido e com consumos verdadeiramente sustentados.
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    Um cidadão que poupa para a reforma, no fundo está a adiar consumo para a velhice. E quanto mais juros cobrar, melhor os seus niveis de consumo futuros na velhice, permitindo enfrentar a inactividade com algum sossego. Na reforma, poderá continuar a consumir tanto como quando activo, dependendo de quanto poupu, o tempo que o fez e as rentabilidades conseguidas acima da inflação.
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    No actual sistema, como não se poupa (o sistema é redistribuitivo), vive sempre dos rendimentos presentes. Como estes dependem também dos consumos presentes e eles cada vez mais baixos, se o crédito é amplamente usado no sistema, a uma dada altura, o consumo antecipado terá que ser corrigido sob a forma de consumo presente ou futuro. O que fez Portugal? Cortou os ganhos das reformas futuras, que nos jovens actuais, poderá representar quedas no poder de compra acima dos 50%, do seu último salário. Ou seja, o sistema actual gerará pobres no futuro, sem possibilidade de corrigirem essa queda no nível de vida, porque já sem saúde nem idade para trabalharem.
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    O sistema capitalista gera sempre assimetrias. Uns enriquecem mais que outros. Mas o sistema actual, que não é bem capitalista no sentido puro do termo, gera pobres e a forma de corrigir as assimetrias é tentar roubar aos ricos. E estes, não sendo parvos, tentam fugir a estes roubos, pela via fiscal, evitando sendo taxados.
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    O sistema dito socialista ou social-democrata está condenado pelas leis inexoráveis da matemática. lolololololololol

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  105. Ricciardi permalink
    10 Janeiro, 2011 16:08

    Anti-comuna,

    Cortar estão todos de acordo. Aonde cortar é o que divide o pessoal. Uns acham que é sonegando os rendimentos das pessoas que se lá chega; outros acham que não, que o melhor mesmo é cortar nos investimentos sem retorno e despesas (des)sociais , as chamadas gorduras. Há aqueles que defendem um mix dos dois, acrescentado ainda aumento de impostos. (quase) Tudo errado.
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    Uma coisa é certa. Cortar salários não pode dar bons resultados. É o equivalente a aumentar impostos. Não pode. Além de ser uma medida que castra, desde logo, a capacidade de iniciativa das pessoas, prejudica gravemente o ânimo, predisposição essencial para investir. Mais a mais, não vejo que os salários sejam passiveis de serem cortados sem que isso crie uma espiral incontrolavel de incumprimento à banca; no caso concreto português, principalmente, uma vez que o rendimento médio anda nos 65% da média da UE.
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    Resumindo os portugueses não tem margem para que se possa reduzir salarios. Estes cortes anunciados são efectuados tendo em conta o que acabei de dizer. Apenas serão efectuados a rendimentos que possam comportar tais cortes. Mesmo a esses, tenho sérias dúvidas quanto à solvabilidades das pessoas envolvidas. Se já ninguém conseguia poupar, agora muito menos.
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    A questão das éolicas, é uma questão diferente. Talvez o timming não seja o correcto, uma vez que as contas do estado andam mal. Mas a ideia é excelente e boa para o futuro. Não vejo como vencer um modelo energetico assente no petroleo e nos seus interesses corporativos, sem que se possa inicialmente dar ‘vantagens’ a quem produzir renovaveis.
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    Mais a mais, o mundo energético está muito diferente. É hoje impossivel viver sem as energias alternativas, nomeadamente a nuclear. Existe já todo um mundo de negócios que vivem à volta deste tipo de energias.
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    Nunca nada se consegue implementar de novo sem que se contrarie os poderes instalados. Temos é que ver se o mundo precisa ou não desta nova energia. E é evidente que precisa, como de pão para a boca. Quer pelo que ela produz actualmente, quer pela importancia que se adivinha venha a ter no futuro a nivel de negócios e emprego, quer ainda ( e não menos importante) o facto de haver necessidade de produzir energia ambientalmente mais limpa.
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    Sei bem que, subsidiar, não será a melhor forma. Sou mais partidário de beneficios e isenções fiscais do que mexer directamente no preço (ainda que temporariamente). Em todo caso, de uma forma ou de outra é fundamental apostar nessa área.
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    Lamento que Portugal não esteja nesta nova área a inventar coisas. Ninguém aposta em I&D, nenhum governate se lembrou de o incentivar. Essa é que é a verdade. Somos e seremos meros comerciantes de tudo o que se vai produzir neste novo negócio. Vamos ter umas lojas de baterias, mas estas serão feitas noutros lados. Há excepções em Portugal, evidentemente, mas precisavamos era que as excepções fosse a regra. Agarrar as oportunidades de negócios. As novas principalmente.
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    RB

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  106. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 16:25

    “Uma coisa é certa. Cortar salários não pode dar bons resultados. É o equivalente a aumentar impostos. Não pode. Além de ser uma medida que castra, desde logo, a capacidade de iniciativa das pessoas, prejudica gravemente o ânimo, predisposição essencial para investir. ”
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    Até a esquerda reconhece que a motivação das pessoas nem sempre se move pelos ganhos materiais. Dito de outra forma, sob a forma de salários. (Aliás, muitos pensadores de esquerda usam e abusam desse argumento.)
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    Além disso, a predisposição para investir cai por causa da queda dos salários? Residualmente.
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    O problema é outro. É saber-se onde e quem terá ter quedas salariais. Não duvide que elas serão inevitáveis. Ora, eu quando estou a analisar uma empresa e seu que ela tem uma massa salarial elevada, também sei que a gestão é incompetente se não a corta. É caso actual.
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    Mas eu sei onde se pode cortar nos salários em Portugal. Não é bem no sector privado. É no sector público. Por exemplo, os professores portugueses são dos mais bem pagos do mundo. Qualquer pessoa séria que queira pegar neste problema não o pode ignorar.
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    No sector privado, é sobretudo nos sectores rent seeking que terão que cortar na massa salarial. Seja bom a forma de aumento do desemprego, seja sob a forma de cortes salariais. Eu prefiro esta última solução, com o caso alemão a mostrar que é o mais sustentável que não nos faz perder know how.
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    Por exemplo, nas chamadas industrias tradicionais, aí creio que há margem para subir salários, à medida que a produtividade sobe. Mas desde que o Estado não venha roubar estes ganhos de produtividade para entregar o dinheiro aos parasitas que vivem à volta do OE. E são muitos!
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    “Mas a ideia é excelente e boa para o futuro.”
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    Se Vc. acredita, ponha o seu dinheiro e não o meu nessa aposta. Eu, pelo contrário, acredito formemente que as eólicas, tão cedo, nunca serão rentáveis. A menos que o Estado desvirtue o mercado, como vai fazendo, em prol de uns grandes interesses instalados.
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    Mas eu, quando acredito em algo de futuro, ponho o meu dinheiro, não obrigo ninguém a meter o dinheiro deles, nas minhas fezadas pessoais. É uma questão de principios.
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    “Ninguém aposta em I&D, nenhum governate se lembrou de o incentivar. Essa é que é a verdade. ”
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    Aó está a ser injusto. Quer este governo, quer outros antes (a começar pelos do Durão Barroso) fizeram importantes apostas na I&D. Podemos discutir os métodos e as prioridade, mas até nisso este governo fez alguma coisa. Vamos lá ser honestos.
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    Mas mesmo que a sociedade não queira fazer estes investimentos, cada um de nós não está impedido de ajudar neste designio: através das nossas opções pessoais. Através do nosso dinheiro e investimentos. Mas, repito, é preciso respeitar aqueles que consideram errado estas opções e não querem financiar utopias.

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  107. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 16:31

    Sabe qual é o seu problema, caro RB? Vc. é socialista. E os socialistas costumam querer que sejam os outros a financiar os seus sonhos. Pessoais ou colectivos.
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    Aliás, o sistema “capitalista tuga” é eximio neste capitalismo socialista. Gostam que sejam os outros, a populaça, a pagar os sonhos e os lucros, quer de políticos, quer de capitalistas. Por isso, os sector rent seeking são o dia-a-dia que move Lisboa e arredores. Eles são bons a pedir concorrência, por exemplo, mas são sempre os primeiros a fugir a essa concorrência e encostarem-se ao Estado para lhes garantir os chorudos lucros, de baixo risco. É ver as tais PPs, etc.
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    Eu sei onde cortaria. Não sei é que depois não levava um tiro, de tanta gente séria e boa, que gosta do capitalismo mas não gosta das regras de um verdadeiro capitalismo. Mas isso, já sabemos, em Portugal as nossas élites sempre parasitas e saqueadores.

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  108. JCA permalink
    10 Janeiro, 2011 16:47

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    Para reflexão com a pergunta, isto vai durar quanto tempo ? Serve para mudar o quê para Portugal conseguir criar mais Riqueza e Emprego sustentados num momento em que o rumo nacional é conseguir pedir mais e mais dinheiro emprestado aos outros ?
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    El BCE evita un nuevo castigo contra la deuda de Portugal y España
    Las primas de riesgo de los periféricos frenan sus ascensos gracias a la compra de bonos por parte del supervisor.- Salgado afirma que Lisboa no necesitará el rescate
    http://www.elpais.com/articulo/economia/BCE/evita/nuevo/castigo/deuda/Portugal/Espana/elpepueco/20110110elpepueco_2/Tes
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    Noutro ambito menos importante mas também a ver com a vida diária, como anda o tema do fluor por cá nos abastecimentos de agua, dentifricos etc quando os EUA se preparam o reduzir substancialmente ?
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    -Update) Current Fluoride Levels In Water Lead To Overexposure
    http://smartabouthealth.net/curiosity/2011/01/09/update-current-fluoride-levels-in-water-lead-to-overexposure/
    -High fluoride intake may boost risk of forearm fracture
    http://www.foodconsumer.org/newsite/Safety/chemical/high_fluoride_intake_may_boost_risk_of_forearm_fracture_01091103.html
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    City pol wants remove fluoride from New York’s drinking water, citing safety concerns
    http://www.nydailynews.com/ny_local/2010/12/28/2010-12-28_city_pol_wants_remove_fluoride_from_new_yorks_drinking_water_citing_safety_conce.html#ixzz1ADngJzbR
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  109. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 17:06

    O caso das eólicos é mesmo típico do socialismo tuga que usa e abusa de mitos para gamar o cidadão.
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    As eólicas baseiam-se em dois mitos, propagandeados como se fossem verdade mas que não passam pelo crivo dos factos: o mito do aquecimento global provocado pela emissão de CO2 e o mito do peak oil.
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    O mito do aquecimento global, pois não existem provas científicas conclusivas que estamos a viver tempos anormais, devido à emissão de CO2.
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    O mito do peakoil também é um dos que levam à loucura a população, que assim é enganada. O mito do peak oil baseia-se na ideia que não haverá mais combustíveis ditos fosseis para alimentar as necessidades de consumo de energia futuras. Felizmente é mentira e felizmente até não existem provas conclusivas que este tipo de combustiveis sejam mesmo de origem fossil. As descobertas deste tipo de combustiveis a altas profundidades cada vez mais demonstram que este tipo de energia é produzido naturalmente pelos planetas.
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    Num mundo em que cerca de 90% da produção mundial de crude é controlada por Estados, estes tudo farão para vender caro aquilo que produzem barato. Por isso, usam e abusam do mito do peakoil, cortam muito nos investimentos na exploração de crude e até têm um cartel na venda de pitroil. Estes tipos merecem que se faça um cartel na venda de cereais e pô-los a comer a areia que tanto têm nas suas terrinhas.
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    Nos últimos anos, a descoberta de fontes de gás natural desmentiu o mais famoso apóstolo do mito do peak oil, ele próprio com fortes interesses pessoais na perduração desse mito. Só nos últimos 12 meses, países descobriram jazidas de gás natural que lhes permitirão auto-suficiência energética pela via desta gás. Por exemplo, a Argentina descobriu gás natural, que poderá satisfazer o consumo energético, para pelo menos 50 anos. Israel é outro caso gritante.
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    Nos USA, também se dizia que havia falta de gás natural, os preços explodiram e o ciclo das matérias-primas fez o resto. Preços especulativos e altos, forte investimento na eexploração e logo grandes descobertas de gás natural. O que sucedeu? A loucura do medo da falta de gás natural fez o preços subirem para niveis malucos (durante o Katrina, em que rebentou a bolha) e depois os preços colapsaram por excesso de gás natural no mercado. E estamos apenas a falar dos USA, um dos maiores consumidores energéticos do planeta.
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    Mas, claro, pelo caminho, nos últimos anos, as descobertas de crude e gás natural, com importantes jazidas, voltaram a crescer. O Brasil é o caso mais conhecido. O pitroil descoberto é tanto, que aquilo parece uma Arábia Saudita. Estas descobertas a par de uma política monetária sensata fizeram uma revolução económica no Brasil, erradamente atribuida ao Lula da Silva. Os erros cometidos por ele, poderão revelar-se bem custosos, quando chegar a factura.
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    Na Venezuela, além de pitroil aos montes, também agora não falta gás natural.
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    No Cáspio e nas fronteiras russas as descobertas foram tantas, que aquilo parece um enxame de abelhas, para quem acede àqueles ricos territórios.
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    E assim, destes mitos, se foi enganado o cidadão. Mas, claro, há mais mitos. O mito do carvão é em si mesmo ele mesmo uma anedota. O chamado carvão liquefeito e limpo está a sofrer de tal forma evoluções tecnológicas, que em breve os nosso pópós poderão ser movidos a carvão, liquefeito claro, com custos ambientais muito baixos. Mas, claro, é bom usar o mito do aquecimento global para afastar investidores destas áreas. No entanto, os preços do mercado não enganam e sabe-se, hoje, que o carvão tem ais futuro que as eólicas.
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    E nas electricidade pela via hidrotérmica? Outro maná, mas, lá temos outra vez os ecoterroristas a meter medo à malta, porque podemos ter muitos terramotos, devido à perfuração dos solos e da crosta terrestre. Certo e sabido, até os Açores já mostraram que além de uma energia limpa, de baixo risco e custos, promove a autonomia energética.
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    E a energia da biomassa? Pode contribuir pouco para as necessidades globais de energia, mas criam postos de trabalho, evitam catástrofes ambientais e muitas mortes a combater os fogos florestais. Claro que há ecoterroristas a dizerem que limpar matas dá cabo de espécies protegidas, como se os fogos as protegessem, no Verão.
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    Entretanto os nossos capitalistas, aproveitam estes mitos, encostam-se ao Estado e conseguem negócios da china. Apostam nas eólicas, mas o risco é nosso. Leia-se, os tais défices tarifários, que os pagamos cada vez mais caros. Em nome das “apostas no futuro” na luta contra o aquecimento global. Quem ganha balúrdios com esta fraude? Os nossos capitalistas, que gostam muito que o Estado os proteja dos riscos.
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    Depois a ignorância da carneirada a par das fezadas de muitos, assim se fazem políticas económicas suicidas e completamente estúpidas. Mas isso, em Portugal, já sabemos, é o pão nosso de cada dia.

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  110. lucklucky permalink
    10 Janeiro, 2011 17:08

    “Uma coisa é certa. Cortar salários não pode dar bons resultados”
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    Extraordinário deixo de viver dos empréstimos -dinheiro dos outros- fico mais pobre. Grande descoberta!
    O nível de vida tem de descer muito mais baixo.
    O défice do estado português é 20%. 20% do que gasta é pedido emprestado.
    Consegue enfrentar isso?
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    Note-se que o nível de vida terá de descer bem mais baixo do que se vivesse sempre à partida sem empréstimos.
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    “Ninguém aposta em I&D, nenhum governate se lembrou de o incentivar. Essa é que é a verdade.”
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    Só asneiras, vá consultar a factura da energia eléctrica para pagar “ventoinhas” inúteis. E isto é só falar da energia.

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  111. 10 Janeiro, 2011 17:27

    Perguntei quem é que pagou a II Grande Guerra e o maoísmo. Vários referiram-se à minha pergunta mas nenhum respondeu.
    Que se trabalhou e se passaram privações depois da guerra? Claro, mas a situação foi rapidamente ultrapassada, em menos de uma geração.
    Em 1963 ou 1964 estive em Berlim (Ocidental e Oriental), pouco mais de 15 anos depois do fim da guerra.
    Sinceramente fiquei espantado. Berlim Ocidental, já reconstruida, tinha um nível de vida muito superior ao português. e mesmo Berlim Oriental onde tinha dificuldade em entender-me com as pessoas (o meu alemão é fraco), apesar de ter menos automóveis que Lisboa, tinha um nível de vida apreciável e toda a gente me falava no Benfica e no Eusébio. Em nenhuma delas vi miséria, nem fome nem nada de parecido.
    Ora segundo as teorias que nos tentam impingir, nessa altura, deveríamos ter uma Alemanha miserável, a trabalhar a torto e a direito para pagar o desperdício da II Grande Guerra.
    Outra sugestão que foi mostrada foi um gráfico a mostrar a poupança americana durante a guerra.
    Curiosamente não se mostrou nem a alemã nem a japonesa…
    Mas esta poupança tinha várias razões, uma a patriótica e outra os juros que davam. Por exemplo, os War bons emitidos durante a guerra nos EUA garantiam um juro mínimo de 4% durante 40 anos!
    Agora, com os investimentos seguros a não renderem quase nada, que fazer?
    Quem tenha, digamos, €50.000 que faz? Simples compra uma casa por €100.000, pede €50.000 ao banco a 20 anos e aluga a casa por €600.
    E, em relação ao investimento de €50.000 ainda fica com um rendimento de quase 3% depois dos impostos além de que o bem em que se investiu tem tendência a valorizar-se!
    Ahhh! Mas endividou-se… que crime!

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  112. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 17:54

    “Perguntei quem é que pagou a II Grande Guerra e o maoísmo. Vários referiram-se à minha pergunta mas nenhum respondeu.”
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    Desculpe a pergunta. Não sabe ler? Não sabe analisar gráficos?
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    Não me leve a mal, as eu respondi-lhe aqui:
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    “Mas se olhar para aquele gráficozinho vai perceber o que permitiu a longa caminha de 1947 até aos Anos 70. Foi a poupança particular que permitiu que o sistema corrigisse muitos desequilíbrios. Ou seja, foi a poupar que os americanos sairam da crise, não foram as bombas lançadas na Europa e no Japão.”
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    Que quer que lhe diga? Que foram os investimentos estatais que tirou o mundo da crise? lololololololol

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  113. PMP1 permalink
    10 Janeiro, 2011 18:03

    A solução para Portugal é cortar na despesa pública supérfula, como o tamanho exagerado do governo, numero de entidades e chefias, pareceres, consultadorias, PPP’s com 14% de TIR, e congelar admissões.
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    Mas ao mesmo tempo é necessário ter uma “Politica Industrial” que ajude a rapidamente aumentar as exportações e diminuir as importações, senão o desemprego vai continuar a aumentar, e os custos sociais vão continuar a crescer.
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    É preciso perceber que a Alemanha, a Suécia, o Japão, a Coreia, o Brasil, os Estados Unidos , O Reino Unido, a China, todos eles têm ou tiveram “Politicas Industriais”.

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  114. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 18:33

    Um dos perfeitos exemplos das dissonâncias cognitivas da maioria das pessoas está no facto que se tem como certo que o mundo não terá energia para alimentar o forte crescimento económico mundial. É uma ideia feita que alimenta muita gente, desde investidores (seja nas petroliferas seja nas eólicas, renováveis, etc.) porque analisam os campos petroliferos e depois, tal como o famoso Hubbert bem o descreveu, a partir de uma dada altura, a produção cai bastante porque fica muito caro continuar a extrair pitroil desses campos.
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    Mas o pitroil é uma energia relativamente recente e foi sendo descoberto com técnicas rudimentares (às vezes cheirando! ehheheheeheh) porque era crude a baixas profundidades. No século XIX nasceu a teoria: o pitroil tem origem na matéria-orgânica fossilizada. Como alegoria, nos restos dos dinossauros decompostos.
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    Na verdade, muitos campos petrolíferos estavam a baixa profundidade mas não quer dizer que não existe a alta profundidade. Existe e está agora a ser descoberto. Desmentindo parte da teoria que o crude tem com origem exclusiva nos restos compostos dos tais dinossauros. Hoje cada vez mais se descobre pitroil a altas profundidades. Com grandes descobertas, como a do Brasil, que surpreendeu bastante gente. Só que tem um problema. Os custos e os riscos da exploração de pitroil a altas profundidades não se comparam com aquele que é encontrado (ou era) nas areias dos desertos. Além disso, as tecnologias disponíveis são ainda fracas, apesar do extraordinário desenvolvimento nos últimos anos. E até na extracção não faltam riscos, como o que se passou o ano passado no Golfo do México como prova que estamos perante potenciais catástrofes ambientais, de incalculável prejuizo para os habitats.
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    Mas se os campos petroliferos de baixa profundidade podem estar sob exaustão, os de grande profundidade ainda agora estão a ser descobertos. Russos e brasileiros vão na dianteira no dominio tecnologico na descoberta e extracção deste tipo de crude. Mas é muito caro explorar este tipo de crude. Um mero furo, feito a grandes profundidades, pode custar à vontade, 250 milhões de dólares. Por isso, furos destes só com elevadas probabilidades de aceder a grandes campos de crude. (E gás natural.)
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    Mas felizmente as técnicas para pesquisar crude a alta profundidade estão a desenvolver-se a ritmo acelerado. Hoje, com o recurso a sismos induzidos controlados, pode-se fazer um varrimento territorial relativamente eficaz. E dando aos pesquisadores maiores probabilidades de descobrirem grandes jazidas de crude e gás natural. E isso tem acontecido, não apenas em velhas regiões produtoras (como no próprio Golfo do México, que a mais baixas profundidades se descobrem importantes campos petrolíferas) como em novas, como no caso brasileiro. Ou até nas costas africanas.
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    O peak oil baseia-se na análise a campos petroliferos de baixa profundidade. Mas, enquanto estes esgotam-se (embora alguns parecem encher-se novo, mas ainda mais polémico é, tanto em termos cientificos como até políticos), os de alta profundidade pouco explorados são. Para se ter uma ideia, basta ver um gráfico antigo, da baixa quantidade de produção a alta profundidade: http://www.bbc.co.uk/nol/shared/spl/hi/world/10/oil_day/feature_include_total_oil_fields/img/world_oil_786.gif
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    A razão é simples. É muito caro e a tecnologia ainda fraca para pesquisar crude a baixa profundidade. Mas à medida que preços do crude sobem e os custos baixam (até porque as tecnologias estão a avançar a ritmo cada vez mais rápido), mais exploração é feita, assim como as descobertas. Descobertas essas que são uma boa surpresa. É verdade que não se descobre tanto crude como é desejável (depende do ponto de vista, mas o meu é consumidor) mas gás natural descoberto é mesmo surpreendente. Quase todas as semanas, ou todos os dias, são descobertas jazidas de gás natural. Mostrando que o gás natural deve ser mesmo superabundante e o que não fugiu para a superficie, deu lugar a crude. Mas quanto fundo se perfura as entranhas da Terra, mais gás natural se descobre.
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    O caso americano é em si mesmo anedótico. De um peakgás anunciado, deu lugar a um excesso de descobertas que afundou os preços. Mas não é apenas gás que se descobre nos USA. Até novas descobertas de crude vão apresentando surpresas boas. No Dalota, as descobertas foram de tal forma importantes, que pasme-se a coisa, poderá o ultrapassar o próprio Alaska como dos principais Estados produtores de crude. (Ver http://origin.benzinga.com/news/11/01/744902/north-dakota-oil-production-could-surge e http://www.adn.com/2011/01/02/1629025/north-dakota-oil-production-is.html).
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    E como se vai descobrindo este pitroil? A cada vez maiores profundidades. É claro que poucos são os chamados supercampos petroliferos, mas também as perfurações a alta profundidade ainda são raras. É que são bastantes caras as técnicas e até a produção mostra ser bastante cara. Embora os brasileiros, dos melhores especialistas neste tipo de pesquisa e produção, têm mostrado que os preços de extracção estão a cair a alta velocidade.
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    Peak oil também sofre de um problema. Parte do pressuposto que o crude é finito e não pode ser produzido pela natureza. Felizmente cada vez mais cientistas desmentem esta ideia e a descoberta de verdadeiros planetas de hidrocarbonetos desmentem também a ideia que este tipo de energias têm origem na natureza morta. ehehheehehh
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    Se o pitroil é produzido naturalmente pelos planetas (há alguns que têm oceanos, não de água mas hidrocarbonetos ou atmosferas cujo principal gás é precisamente o metano), provavelmente o nosso também o produz. E matéria-prima não falta para a produção de hidrocarbonetos, já que são criados a partir de elementos bastante abundantes na natureza. Se o nosso planeta produz naturalmente os hidrocarbonetos, logo, quanto mais fundo se perfurar a crosta terrestre, maior a probabilidade de encontrar gigantes campos petroliferos. E ainda maiores que os encontrados a baixa profundidade. E no caso do gás natural, mais ainda, porque a mais baixas profundidades, menores probabilidades de terem fugas para a nossa atmosfera, pelos várias “acidentes morfológicos”.
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    É por isso que me custa a ver apostas no escuro com o dinheiro de todos nós. Porque, o Estado impôr apostas colectivas raramente dá bons resultados. Pior ainda, os custos destas más apostas condicionam gravemente o desenvolvimento económico, promovem o desemprego, a ineficiência económica e a corrupção, em que alguns ganham bastante dinheiro à custa do resto da sociedade.
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    Cada um de nós pode fazer as apostas pessoais que quiser. Cada qual deve ser livre de apostar o seu património nalguma aposta. Até é salutar, pois é a essência do capitalismo. Uns arriscarem e sofrerem as consequências dessa aposta. Chorudos lucros ou pesados prejuízos e até a falência. Mas não pode ser o Estado a fazer isso, pois aí quem paga é sempre o mesmo: o Zé da Chipa, porque os grandes beneficiados dos lucros, seja ou não uma má aposta, são sempre aqueles que dominam o sistema económico e político.

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  115. Ricciardi permalink
    10 Janeiro, 2011 18:35

    «Vc. é socialista, caro RB»anti-comuna

    Já me chamaram pior. Olhe, dizem alguns que sou fascista, ultra-liberal, comunista ortodoxo, alguns acusam-me de ser ditador (talvez este ultimo tenha alguma verdade)… agora diz-me que sou socialista. Pronto está bem. Estou disponivel a ser o que quiser.
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    Daqui a uns anitos, vai-me dar razão no que às energias alternativas diz respito, acredite. E vai passar a achar que, neste mundo, para ultrapassar constrangimentos derivados do poder instalado, é necessário intervenção. Os alemães é que a sabem toda…
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    O que me espanta é, termos um potencial fantastico para produzir a nossa própria energia, e aceitar não mudar as fontes energéticas. Como é evidente, o inicio das novas invenções é dificil. Os materiais são mais caros e muitas vezes o preço dos investimentos são altos e geram prejuizos ou pay-backs demasiado elevados. Mas é necessário começar. Só mesmo começando é que se pode insdustrializar e tornar mais baratos os investimentos nas energias alternativas. E o mundo não deve esperar muito mais para substituir o petroleo. Ainda bem que se iniciou o processo alternativo.
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    Não entro aqui na polémica do CO2. Mas uma coisa é certa um ambiente menos poluido é melhor, ou não? talvez as doenças respiratórias deixem de crescer tanto…
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    Quanto a investimentos nas alternativas… aspiro em ter umas éolicas a rodar junto ao mar ou nas montanhas e enquanto durmo estar a ganhar dinheiro ehehehe. Em tempos estive envolvido nas mini-hidricas juntamente com familiares, mas as partilhas estragaram a porra do negócio todo e resolvemos vender tudo…
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    Quanto aos salarios. Não pense nisso, caro anti-comuna. Os salarios em Portugal são miseraveis. Todos eles. Desde os professores, aos bancários, aos operários. A minha mulher é prof e ganha cerca de 1500 € com cerca de 15 anos de carreira. Acha que é demasiado esse salario para o custo de vida geral?
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    Não, certamente que não acha. Mas acha que em função do PIB é demasiado, não é?
    Então a solução é apenas uma. Crescer o PIB. O nosso produto tem que aumentar para que se possa melhorar as condições de vida das pessoas. E portanto, apenas admito soluções para o deficit que fomentem o empreededorismo. As outras não interessam para nada. São um caminhar para o definhamento.
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    Nos negócios para obter alguma coisas tenho que investir. Pois bem, o estado deve tambem investir. Não em betão que já está tudo feito, mas sim nas pessoas e na sua educação, orientando-as para o futuro… e dar-lhes um enquadramento fiscal atractivo.
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    O AC disse há uns comentarios atrás, que as encomendas tem aumentado e tal e que o empresariado tem potencial. Concordo consigo. É isso mesmo. Devemos apostar em politicas que fomentem ainda mais esses empreendedores, criando condições macro para isso. Nomedamente uma fiscalidade muito menor. Olhe, eu sou daqueles ‘socialistas’ que acham que os impostos sobre o rendimento deviam ser abolidos. Agora, esqueça lá a redução de salarios, isso não nos leva a lado algum.
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    Disse ainda que, a contribuição da redução salarial é marginal no empreendedorismo. Isso não é verdade. Os negócios começam por pequenas ideias. Pequenos conceitos, com pequnissimos investimentos. A maior parte das grandes multinacionais começaram na garagem lá de casa. Ora não havendo dinheiro para poupança, não existirá dinheiro para investimento.
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    RB

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  116. PMP1 permalink
    10 Janeiro, 2011 19:00

    O Peak-Oil significa o ponto máximo de extração de petroleo num determinado ano.
    Segundo a IEA esse pico aconteceu em 2006 para o crude (petroleo convencional).
    Estamos neste momento num “plateu” desde 2006, pelo que com o aumento de consumo na Asia e America Latina o preço tende a subir, não sendo claro qual o ritmo de subida, mas que deverá ser no minimo de 10% ao ano, dado que os custos de explorar petroleo cada vez mais fundo também crescem continuamente.
    .
    Dado que mais de 30% do nosso deficit comercial vem da importação de petroleo é necessário reduzir essa dependência ao máximo, por exemplo através do aumento da oferta de transportes publicos.

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  117. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 19:15

    Caro RB, não leve isto para o insulto, apenas uma constatação de facto.
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    “Já me chamaram pior. Olhe, dizem alguns que sou fascista, ultra-liberal, comunista ortodoxo, alguns acusam-me de ser ditador (talvez este ultimo tenha alguma verdade)… agora diz-me que sou socialista. Pronto está bem. Estou disponivel a ser o que quiser.”
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    Eu explico-lhe porquê.
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    Eu sou dos gajos mais optimistas que pode haver, quanto ao futuro. Acredito no potencial humano, que tem conseguido ir resolvendo problemas que vão aparecendo assim como velhos. Sou mesmo optimista mas só o sou porque acredito no capitalismo. Capitalismo esse que se baseia em algumas ideias simples: os mercados não são perfeitos mas são os melhores a gerirem as próprias soluções para os problemas. E como acredito no capitalismo, é este que nos dará as soluções para os problemas. Tem-no feito e deverá continuar a fazê-lo.
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    Ora, os socialistas acham que o Estado, leia-se, um conjunto de burocratas, que nem sequer sabem analisar mercados, são capazes de nos providenciar as soluções para os problemas. Ou seja, havendo um problema (energia mais cara, por exemplo), a crença que os burrocratas sejam capazes de, como deus omnisciente, prescrutar o futuro e apresentar a melhor solução para este problema. Não o são. Nunca o foram e nunca o serão. Mas quando erram, os custos são demasiado altos para o comum dos cidadãos. (Basta lembrar a aposta no alcool no Brasil para mostrar a burrice completa daquela gente volunariosa.)
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    Ora, eu não acredito que uma pessoa (ou um grupo delas) seja capaz de adivinhar o futuro e capazes de providenciar as soluções. Mas sabemos que há quem o consiga. Por sorte ou azar, pouco interessa para o caso. E quem é capaz de o fazer? Os capitalistas, que na ânsia da riqueza, tentam apostar em produtos e serviços que nos satisfarão as necessidades e enriquecerão através da sua genialidade. (Se quisermos um exemplo do que falo aqui, peguemos no Thomas Edison.)
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    Então, se eu sei que cabe aos capitalistas arriscarem o seu coiro e cabelo na apresentação de soluções para os problemas e é a melhor forma de minimizar os riscos (normalmente os capitalistas ou aspirantes a tal estoiram eles, por vezes a familia, e pouco mais) e garantir a escolha das melhores opções. Ao passo, que o Estado se falhar, quem vai pagar é o Zé da Chipa, que pouco ganha (normalmente nunca o ganha, apenas perde) mas querm vai ganhar são os capitalistas encostados à mama estatal.
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    Quando o amigo RB quer-se armar em Zandinga das energias mas mete a sua pasta na aposta, está a ser um capitalista. Se as suas profecias se realizarem, Vc. será rico. Ou mais rico. SE Vc. falhar, paga a sua azelhice. Ao passo, quando o RB quer pôr o meu dinheiro e dos demais cidadãos na sua profecia, à Zandinga, falta-me saber quem vai pagar a sua azelhice. Se eu se Vc. Provavelmente o amigo ganhará dinheiro, mesmo tendo feito uma má análise; mas eu perderei dinheiro, seja qual for o resultado da sua aposta.
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    Eu como acredito no capitalismo, quero que Vc. use os seus dons de Zandinga e enriqueça. Mas se perder dinheiro, que não traga risco cá ao rapaz, que eu com os meus prejuízos posso bem, mas não com os erros alheios. Como vê, é mesmo uma questão de gestão de riscos. No socialismo, o erro é socializado e os lucros privados. ehehhehehehh
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    Eu até admito que o amigo pense que as eólicas são o futuro. Tudo bem. Arrisque e ganhe essa aposta, enriquecendo. Eu cantarei loas à sua riqueza! E até criticarei quem no Estado quiser gamar as recompensas justas do seu risco. Mas se Vc. estiver errado, quem pagará a sua azelhice serei eu.
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    O problema é que, ninguém, é capaz de prever o futuro com elevados graus de certeza que envolvem este tipo de apostas idiotas nas eólicas. E vou-lhe dar já um exemplo da coisa.
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    A liquefacção do carvão para servir de combustível a carros não é recente. Os alemães usaram muito esta tecnologia para prover as suas necessidades energéticas, durante a II Guerra Mundial. Mas esta tecnologia, além de cara (face ao pitroil) era poluente. Todavia, a Ciência não pára. E por isso…
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    “Bad News: Scientists Make Cheap Gas From Coal”
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    “Electric cars have been getting a lot of buzz lately, but a more immediately viable transportation fuel of the future could be liquid derived from coal. Scientists have devised a new way to transform coal into gas for your car using far less energy than the current process. The advance makes scaling up the environmentally unfriendly fuel more economical than greener alternatives.

    If oil prices rise again, adoption of the new coal-to-liquid technology, reported this week in Science, could undercut adoption of electric vehicles or next-generation biofuels. And that’s bad news for the fight against climate change.”
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    In http://www.wired.com/wiredscience/2009/03/coaltoliquids/
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    Agora atente ao hedline. Más noticias! Cientistas fabricam gasolina a baixo preço. São más noticias porquê? Ah! Luta contra o aquecimento global, que fica em causa. O que confirma o ecoterrorismo desta gente. Eles acham mesmo que o CO2 é um poluente e que, portanto, os problemas económicos são secundários face à tal luta contra o aquecimento global. Ou seja. São mesmo ecoterroristas que estão dispostos a meter toda a gente a viver como no tempo da pedra lascada.
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    Mas eu sou contra a poluição. Não a podendo neutralizar totalmente, aceito a poluição desde que traga beneficios económicos. E com esses beneficios económicos, deixar o capitalismo encontrar cada vez melhores soluções e menos poluidoras. É por isso que são os países mais desenvolvidos os que melhor protegem os seus recursos naturais e até mais se esforçam por um planeta menos poluido.
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    Ora, nenhum socialista, burrocrata estatal ou Zandinga iria prever esta noticia:
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    “Arlington scientists find way to make cheap gas from coal
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    ARLINGTON – How would you like to buy gasoline made from $30 domestic coal versus $75 imported oil?
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    Researchers at the Unviersity of Texas at Arlington say they’ve found a practical way to make synthetic crude from inexpensive coal that’s common in Texas.
    People have been turning coal into oil for 100 years or more, but researchers at UTA say they’ve invented a better way to do it.
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    It is so much better that they expect to sign a deal with an oil company within weeks.
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    “This is East Texas lignite coal. We go from that to this really nice liquid,” said Professor Brian Dennis of a light synthetic crude, easily refined into gasoline.
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    Professor Dennis and a team of scientists have been working on the process for about a year-and-a-half.
    “I had the idea for this while I was walking to my car,” he said. “I ran back to the lab and I started drawing it out in my notebook.”
    They only showed News 8 an early model reactor which doesn’t look like much. The current reactor design is secret, extremely efficient, and emits no pollution, the UTA scientists said.
    “We’re improving the cost every day. We started off sometime ago at an uneconomical $17,000 a barrel. Today, we’re at a cost of $28.84 a barrel,” said engineering dean Rick Billo.
    That’s $28 a barrel versus $75 we pay now for imported crude.
    Texas lignite coal is dirt cheap – less than $18 a ton. A ton of coal will produce up to 1.5 barrels of oil.
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    UTA researchers expect micro-refineries to be built within a year, turning coal into cheap oil and producing new jobs.
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    It’s still fossil fuel, but scientists say it could bridge the gap until greener technologies catch up.”
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    In http://www.wfaa.com/news/gasoline-84801677.html
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    Ora, se esta solução se confirmar, ainda por cima não poluente (ou menos poluente se quiser, pois as actividades humanas criam sempre poluição, ou não, se adoptarmos a filosofia de Gaia), que acontecerá às famosas eólicas? Que ainda por cima terão que ser pagas ao longo de muitos anos?
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    Ora, o socialismo não é capaz de substituir ao capitalismo, porque este permite ao ser humano, fruto até da sua ganância (que tantos criticam) providenciar soluções para a resolução dos nossos problemas.
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    Caro RB, então medite na coisa. Vc. era capaz de prever que seriamos capazes de criar tecnologias que permitissem fazer gasolina a baixo preço e não poluente? Não, pois não? Porque isso exigiria de si ser capaz de processar toda a informação existente e extrapolar essa informação para o futuro. Vc. não o consegue. Nem eu, nem ninguém. Só talvez deus. Mas esse, se existe, não se deve meter nestas coisas, mais preocupados com as almas dos crentes. eeheheheheheheh

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  118. campos de minas permalink
    10 Janeiro, 2011 19:32

    O candidato apoiado pelo PND voltou esta segunda-feira à carga: “É muito importante os portugueses compreenderem a personalidade desse senhor porque ele representa a sociedade podre e corrupta deste país, representa a justiça corrupta que só castiga os pequenos e não os grandes ladrões que roubam os impostos dos cidadãos”

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  119. Ricciardi permalink
    10 Janeiro, 2011 20:07

    Anti-comuna,

    Não me ofendo nada. Esteja à vontade para me enquadrar como entende. Folgo em saber que sou socialista, comunista, liberal e ditador… quatro em um. Uma espécie de tudo e quase nada. Não suporto dogmas e seguidores de ideologias. A verdade nunca está numa só facção…
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    Quanto ao capitalismo. Estamos de acordo genericamente. Mas o capitalismo tem uma lógica que não se compadece com algumas actividades humanas. Por exemplo a saúde. Talvez entenda melhor se apresentar argumentos de mercado. Concordará certamente que, uma das condições para existir ‘mercado’ é que cada força do mercado possa agir com liberdade. A oferta e a procura devem fluir naturalmente sem restrições a priori. A procura necessita, a oferta disponibiliza. Desse jogo resulta um preço.
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    Tomemos por exemplo dois produtos: um biscoito e um pace-maker. A procura anseia comprar um biscoito, a oferta disponibilza o biscoito. Mas se a oferta (finória) decidir aumentar os seus preços de venda drasticamente, a procura provavelmente deixa de comprar biscoitos.Afinal de contas um biscoito tem o valor que tem. O mercado acabará por chamar a oferta à atenção. Não vendendo biscoitos aquele preço, deverá desce-lo para fomentar o negócio.
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    Agora no mercado da saúde não é bem assim… um pace-maker tenha o preço que tiver terá sempre procura. Quem diz um pace-maker, diz uma operação ao coração ou um tramento qualquer. Não existe liberdade de escolha na procura da saúde, compreende? a procura, na saúde, é aquilo que a oferta quiser. Por isso é que esse sector é regulado na europa. Tratasse da vida humana. Não há preço que a compre. Esteja a que preço estiver o pace-maker. O resultado, nos eua, das politicas da saúde estão à vista. Uns bons milhões de pessoas sem acesso a qualquer cuidao médico. Mais, o capitalismo na saúde americano fez com que aquilo que eu acima disse se realizasse… os preços subiram e a procucra não diminuiu (como seria natural). Por isso vemos um pais desenvolvido que gasta o dobro dos paises tambem desenvolvidos europeus na area da saúde sem que aproveitem mais por isso em teros de saúde. Os indicadores de saúde americanos e europeus são iguais, mas os primeiros gastam o dobro dos segundos.
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    Isto para lhe dizer que, o capitalismo não é a chave para tudo. É o melhor sistema para tratar 90% dos negócios, excepto aqueles aonde a procura não é livre. Ninguém é livre quando tem de escolher entre a vida e a morte.
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    Quanto às energias. Não sou zandinga. Sou empresário. Estou habituado ao risco do futuro. Se o amigo anti-comuna não adivinha o futuro, eu também não. Mas há elementos que nos podem servir de apoio. A era do petroleo poluente vai acabar. Não é possivel manter as pessoas a viver e circular com mascaras o dia todo. Vá à china, a Pequim, e verá do que lhe falo. Não será possivel manter os níveis de alergia que as crianças quase todas têm hoje em dia. Alergia a poluentes, claro está.
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    Passou-se do carvão ao pitroil e do pitroil passar-se-á, de novo, às renovaveis. De novo porque sempre foi essa a energia do ser humano. Os barcos eram à vela, os moinhos funcionavam com as pás dos rios… etc etc etc. O futuro é exactamente esse, armazenar o vento, o sol e o hidrogénio da agua e pôr os barcos a andar e as mós a rodar com baterias.
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    Os alemães e os japoneses tomaram a liderança. A aposta nos carros electricos está a dar agora os seus frutos. A forma como se obtem a energia para as baterias é ainda um incognita… será eolica, solar, hidrogénio, nuclear. Não interessa. O que interessa é avançar em todas as vertentes e naturalmente selecionarmos a melhor. Parados à espera, incertos do que quer que seja, nunca faremos nada. O espirito deve ser outro… ter em mente o que se quer conquistar e desenvolver os meios para atingoir esses fins. Não nos podemos resignar ao passado poluente do pitroil. Sabe, há uma coisa interessante no empreendedorismo. Quanto menos experiencia de vida, mas riscos são tomados. Isto significa que são os jovens, aqueles que não medem bem as consequencias dos seus actos, que mais empreendem. Um velho tem tantas dúvidas que fica imobilizado e não age ou empreende. Dantes achava que, devia selecionar pessoas com experiencia… hoje penso que preciso mais de gente completamente irreverente, irresponsavel e sem qualquer medida das consequencias das suas ideias. É daí que advém o éxito. Talvez seja por isso que, é entre os 17 os 27 anos de idade que se dão os maiores inventos da humanidade… a começar por einstein.
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    RB

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  120. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 20:26

    Caro RB, concordo que o dito capitalismo não dá resposta a tudo. Eu aceito a intervenção estatal em casos especiais.
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    Mas se a procura não é livre, ela pode agrupada e gerida colectivamente. Esse sistema tem dado bons frutos na Europa. Isto é, apesar da procura ser gerida pelo Estado, até determinado ponto (para combater as posições de dominio) a prestação dos cuidados de saúde não precisa de ser estatal. O que estão a fazer cada vez mais os nórdicos? Embora o Estado garanta e paga a prestação dos cuidados de saúde, existe concorrência na prestação dos cuidados de saúde. Até para melhorar, não apenas a qualidade dos serviços como até a produtividade para baixar os preços. E, mesmo assim, o Estado não garante todos os cuidados de saúde, tendo que as pessoas recorrem a ootros métodos para suprierem a tal necessidade. E, note, no futuro a discussão será centrada muito no tipo de cuidados de saúde garantidos pelo Estado, com a gestão geriátrica no centro.
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    Mas agora, não me venha com o sistema americano, que mais se parece com um sistema fascista que capitalista. Aliás, nós em Portugal imitamos bem os americanos, nas piores coisas. Em Portugal, não faltam oligopólios e negócios esquisitos, entre os nossos grupos financeiros, o Estado e os ditos seguros de saúde.
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    “Mas há elementos que nos podem servir de apoio. A era do petroleo poluente vai acabar. Não é possivel manter as pessoas a viver e circular com mascaras o dia todo. Vá à china, a Pequim, e verá do que lhe falo. Não será possivel manter os níveis de alergia que as crianças quase todas têm hoje em dia. Alergia a poluentes, claro está.”
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    Acredito que sim. Mas arrisque o seu dinheiro não o meu. Além disso, ainda pior que arriscar o nosso dinheiro, é aprisionar-se a tecnologias que não são eficientes por um longo período de tempo. Imagine que amanhã se descobria a fusão a frio, de baixo risco. (Veja a “novela” ligada ao thorium.) Se daqui a dois anos tivessemos uma tecnologia que nos permitisse electricidade baratissima, sme os riscos da nuclear, que faria às ventoinhas? Ora, se fosse eu, cortava já, mesmo que os privados se queixassem. Eles estão a canibalizar os portugueses e, se se podem cortar salários, também se pode cortar na mama dos subsídios estatais. Em último caso, nacionalizar e fechar as eólicas sem indemnizar os investidores. Afinal eles não correm riscos e só querem parasitar os portugueses. É o capitalismo à moda dos ideólogos nazis. Poucos é que estudam esse período conturbado da Alemanha nazi.
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    Vc. pense desta forma: Vc. projectaria uma fábrica com custos bastante acima dos concorrentes, em tecnologias bastante caras, sem ter uma certeza enorme, que no fim do projecto de investimento, os custos dos seus concorrentes não subiriam? Não, pois não. Vc. é empresário, arrisca mas não é tolo. Nos seus investimentos nunca o faria. Porque o devemos fazer em termos colectivos?
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    “Os alemães e os japoneses tomaram a liderança. A aposta nos carros electricos está a dar agora os seus frutos. A forma como se obtem a energia para as baterias é ainda um incognita… será eolica, solar, hidrogénio, nuclear.”
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    Se acredita nisto é porque está mal informado. Mais depressa adaptaria os motores dos carros para consumirem gás, que comprar um eléctrico. Vai ser um dos maiores flops comerciais, a menos que o Estado condicione os mercados. Se houver liberdade de escolhe, os carros electricos serão um dos maiores fracassos comerciais da história automobilística.
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    Experimente comprar um e depois, ao fim de uns meses, venha-me convencer a comprar uma geringonça dessas. ehehehehehheh

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  121. 10 Janeiro, 2011 20:41

    Caro Anti-comuna,

    Estamos de acordo, exceptuando isto:

    “A subida dos juros recentes não afectam o serviço da dívida portuguesa de igual forma. Há que decompôr a dívida e saber que tipo de juros são pagos em cada uma. Repare no crédito aos particulares. Ás familias. Quase toda ela está assente em dívida que paga juros de curto prazo das euribor. Quase imunes à subida do custo do financiamento que ocorreu nos últimos meses.”

    As famílias estão de facto relativamente protegidas, mesmo que a euribor amanhã suba. Isto porque há um stock enorme de crédito à habitação com spreads ínfimos (entre 25 e 100 bps). O problema é que os bancos vão ter de refinanciar esses créditos. Por um lado vão-se esfarrapar para arranjar funding e se o arranjarem, será (é) a taxas que lhes põe a margem financeira negativa. E com o boom que teve o crédito à habitação nos últimos anos, imagine só o panorama…

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  122. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 20:49

    ” O problema é que os bancos vão ter de refinanciar esses créditos. Por um lado vão-se esfarrapar para arranjar funding e se o arranjarem, será (é) a taxas que lhes põe a margem financeira negativa. E com o boom que teve o crédito à habitação nos últimos anos, imagine só o panorama…”
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    É verdade, mas continuo convencido que será mais fácil à nossa banca se financiar que o Estado, a preços convidativos. Além disso, parte da dívida foi securitizada.
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    Se o Estado resolver o seu problema (do Estado, claro) parte dos riscos desaparecem. A nossa banca está em melhor posição que o Estado. A menos que tenham bastante lixo escondido, o que eu, sinceramente, duvido, apesar do que se diz que anda a fazer a CGD.
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    Vamos ver. Olhe, hoje o Rendeiro bateu no BPI e com alguma razão. A nossa banca encosta-se demasiado ao Estado e até acredita muito nele, para depois…

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  123. Ricciardi permalink
    10 Janeiro, 2011 21:04

    Acho que não, caro AC. Acho que o futuro não está na combustão, mas sim no electrico. Ressalva a sua tese, com a possibilidade dos governos intervirem. É isso mesmo. A economia é uma sucessão de intervenções do poder. E é isso que acontece e vai acontecer no futuro. 2+2 só é 4 quando o poder diz que tal soma dá quatro. A realidade é apenas essa. O espirito de analise deve ser esse. Devo contar com tudo… com a logica do mercado e com a lógica do poder. E o poder rege-se por regras simples… a satisfação do povo que permite a ilusão da perpectuanção do poder. Veja bem, porque é que o BCE define e fixa taxas de juro?
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    Não deveria ser o mercado a fazê-lo? ~
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    O mercado é, em suma, na sua base, intervencionado pelo poder. Já para não falar do mercado cambial aonde frequentemnete são as opções politicas que ditam as cotações das moedas.
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    RB

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  124. Anonimo permalink
    10 Janeiro, 2011 21:11

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    http://www.alcoholcanbeagas.com/
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  125. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 21:20

    Pronto, caro RB. Vc. acaba por no fundo concordar comigo. Nós, enquanto analistas ou investidores, temos que tentar pensar em tudo, mas sobretudo nas condicionantes de quem pode influenciar os mercados. Mas temos, também, a obrigação de não nos aprisionarmos a esses poderes públicos ou sequer os os dominar. Que é o que está a passar em algumas partes do mundo, a começar pelos USA.
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    O problema é que, como Vc. deve saber isto melhor que eu, se pudermos eliminar o risco e não pagar por essa securitização, mas arrecadarmos os lucros desse risco securitizado… E é isso que as nossas élites andam a fazer há muito. No caso americano, a plutocracia ainda é pior.
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    Ora, quem me dera a mim poder fazer esse tipo de investimentos sem pagar pela securitização. Mas alguém paga sempre essa securitização. Se não o pato que nos vende o seguro, os contribuintes. O pior é que quase sempre são os contribuintes em nome de utopias, políticas securitárias (tudo em nome da nossa segurança, seja ela militar, policial ou até sanitária, etc.) e outras lindas embalagens, que vão transformando o nosso sistema económico num muito semelhante áquele nazi, de há 80 anos atrás.
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    Eu, confesso, continuo a preferir ser livre mesmo incorrendo com os prejuízos das minhas más opções. E como sou assim, também sou dos que abertamente diz que o Estado não deve ter o direito de me querer roubar, mesmo que em nome dos pobrezinhos.
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    Enfim. Manias minhas.

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  126. anti-comuna permalink
    10 Janeiro, 2011 22:13

    Duas noticias do Brasil interessantes. A primeira é a de que os japoneses também querem salvar Portugal. ehehehheheheh
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    “Japão vai anunciar investimentos na zona do euro, diz vice-ministro
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    ‘Vocês poderão achar uma resposta para isso muito em breve, talvez nesta semana ou na próxima, ou ainda neste mês’, afirmou.”
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    In http://economia.estadao.com.br/noticias/economa+nternaconal,japao-va-anuncar-nvestmentos-na-zona-do-euro–dz–vce-mnstro,not_50400,0.htm
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    Mas a segunda tem que se lhe diga e mostra já como o fenómeno brasileiro tem mais de aparência que real:
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    “Balança comercial tem déficit de US$ 486 mi na 1ª semana de janeiro
    .
    Em relação à média diária de embarques de janeiro do ano passado, houve queda de 1,6%, enquanto ante dezembro o recuo foi de 38,8%”
    .
    In http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+brasil,balanca-comercial-tem-deficit-de-us-486-mi-na-1-semana-de-janeiro,50332,0.htm
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    O Lula safou-se a tempo. Esta “presidenta” vai ser uma autêntica catástrofe à frente dos destinos do Brasil. Depois, o fenómeno da “doença holandesa” (termo cunhado pelo antigo PM holandês, actualmente a dar aulas no Chile, para descrever movimentos cambiais derivados dos preços de uma ou várias mercadorias, com forte peso nas exportações de um país) já faz estragos no Brasil. A moeda brasileira sobe contra o dólar e exporta menos e importa mais. Os americanos andam a querer enterrar o mundo, para exportarem a crise, tal como nos Anos 30. Isto ainda vai dar que falar.
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    O Brasil pode vir a sofrer uma crise de tal forma, que pode muito bem trazer-lhes um bocadinho de humildade, agora que se julgam a Arábia Saudita das américas. lolololololol

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  127. PMP permalink
    10 Janeiro, 2011 23:17

    Pois é, afinal a taxa de câmbio tem influência na Balança Comercial do Brasil.
    Deixarem subir o Real demasiado e agora estão a começar a sofrer as consequências.
    São o mesmo tipo de economistas que levaram Portugal para um Euro muito sobrevalorizado, os tais neo-tontos.

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  128. anti-comuna permalink
    11 Janeiro, 2011 00:10

    “Deixarem subir o Real demasiado e agora estão a começar a sofrer as consequências.”
    .
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    E vão conseguir baixar o Real? ehhehhehehheh
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    Mas se o aéreo está muito caro para os tugas e já não o está para os alemães? Aqui há dias, li escrito por si, salvo erro, que a culpa da crise era da Alemanha, para haver um aéreo demasiado baixo e fomentar as exportações.
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    .
    Dou-lhe uma dica. Procure ler o que ando a escrever este tipo: Christian Stoffaës
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    E vai ver que, os movimentos cambiais são menos importantes para o tecido produtivo do que se atribui; mas ao mesmo tempo analisar com cuidado os choques provocados por movimentos de capitais que depois influenciam bastante os câmbios.
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    Nos dias de hoje, o cambio do euro é menos preocupante do que o foi na altura da adesão ao euro. Até porque, os agentes económicos adaptam-se.
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    Mas, voltando ao inicio. Tenho dúvidas que Vc. tenha compreendido o que está mesmo a provocar aquela queda nas exportações brasileiras. E se o analisar com alguma profundidade, vai descobrir que o governo do Lula não foi terrível, mas também não foi lá muito bom. Esta nova “presidenta” é que vai apanhar com os cacos dos erros do Lula.
    .
    .
    Não se ponha a olhar para as taxas de câmbio como um especulador mas como um industrial, que é isso que falta a muita gente.

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  129. PMP permalink
    11 Janeiro, 2011 00:34

    AC,
    Nenhum país conseguiu passar para um estádio de desenvolvimento elevado com uma taxa de cambio sobrevalorizada, pelo simples facto que esse câmbio deprime as exportações e facilita as importações, criando desemprego nos sectores expostos à concorrência.
    .
    Estas tendências demoram algum tempo a se manifestarem e tendem a criar um ciclo ao longo de vários anos, que normalmente acaba em recessão forte e até “default” quando um choque retira confiança nessa moeda sobrevalorizada (há tantos casos na America Latina e na Asia nos anos 90).
    .
    A Alemanha não teve culpa de que os economistas Portugueses não tivessem avisado os politicos da asneira gravissima que era aderir a este Euro, ainda por cima sobrevalorizado.
    .
    Mas a Alemanha já tem culpa ao não perceber que somente a intervenção maciça do BCE pode parar o ciclo de dominós a cairem.
    Os economistas alemães que mandam também são na sua maioria neo-tontos, e não entendem como funciona um sistema monetário normal e muito menos um sistema anormal como este Euro.

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  130. anti-comuna permalink
    11 Janeiro, 2011 00:50

    “Nenhum país conseguiu passar para um estádio de desenvolvimento elevado com uma taxa de cambio sobrevalorizada, pelo simples facto que esse câmbio deprime as exportações e facilita as importações, criando desemprego nos sectores expostos à concorrência.”
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    Como é que sabe quando uma moeda está sobrevalorizada ou desvalorizada?
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    Se prejudica as exportações também beneficia a inflação e os custos do dinheiro. Por qual dos dois deve Vc. se preocupar mais?
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    “A Alemanha não teve culpa de que os economistas Portugueses não tivessem avisado os politicos da asneira gravissima que era aderir a este Euro, ainda por cima sobrevalorizado”
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    A Alemanha? A Alemanha estava era preocupada com os seus interesses. Acha mesmo que foram os alemães?
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    “Os economistas alemães que mandam também são na sua maioria neo-tontos, e não entendem como funciona um sistema monetário normal e muito menos um sistema anormal como este Euro.”
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    E Vc. sabe? Se sabe, diga-me a cotação que acha que vamos chegar no final de 2011 contra o dólar. Vc. sabe?
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    Leia o tal francês que vai perceber melhor onde quero chegar. Vc. acredita mesmo que pode desenvolver um país manipulando constantemente as taxas de câmbio? E consegue-o fazer sem controlo dos movimentos de capitais? E com estes controlos de capitais, beneficia ou prejudica o país?
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    .
    Vc. é que acha que os burrocratas e os gajos do governo sabem sempre o que é melhor para os agantes económicos. Pedem controlo de preços; controlos de capitais; manipulações das taxas de câmbio; clamam contra o exterior, etc. Mas fazer o trabalhinho de casa ninguém o faz.
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    .
    Quando Vc. diz que nenhum país se desenvolve com moedas fortes (se calhar era isso que queria dizer) eu conheço um: a Alemanha. A generalidade dos alemães que se queixam do euro não é por ser forte, é por ser fraco. Já pensou no porquê que eles são assim? E não me diga que foi apenas por causa da hiperinflação, pois outros povos sofreram desse mal e continuam à procura da muleta da moeda fraca.
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    Já leu alguma vez o blogue do CCZ? Passe por lá, que vai perceber mais algumas coisas interessantes, do porquê que os alemães querem moeda forte. E eu também.

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  131. anti-comuna permalink
    11 Janeiro, 2011 01:08

    Vc., caro PMP, tem vindo a evoluir ao longo do tempo. Agora já admite que não temos política industrial. E bem. Só que, desconfio, que Vc. não quer uma política industrial, quer intervenções estatais. Quando, para haver uma política industrial a sério, começava logo por acabar com eólicas, mercados manhosos e pouco concorrenciais, uma Justiça célere, etc. Depois poderiamos para as politicas intersectoriais, como obrigar as universidades a prcocurar outras fontes de rendimentos, a começar pela venda e prestação de serviços, etc.
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    .
    Claro, que essas políticas são logo apelidadas de neoliberais e neotontas. Desconfio é que, no fundo, as suas políticas industriais passam sobretudo por intervir e condicionar os mercados e vez de os abrir e tornar o Estado num verdadeiro agente motor do desenvolvimento industrial. Creio mesmo que o amigo, acabaria por nacionalizar tudo, crente que iriamos conseguir exportar mais se manipularmos os próprios custos da industria portuguesa. Aliás, Vc. já falou dos enormes custos com a Seg. Social portuguesa, mas depois iria abrir outro buraco financeiro, acabando por penalizar as empresas industriais pela via indirecta.
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    Eu desconfio que a sua política industrial era mais socialismo em vez de menos socialismo. Controlar as taxas de cambio, tentar controlar o funcionamento do mercado de crédito interno (já o li a defender que o crédito interno só deveria ser vocacionado para as exportadoras e as agrícolas), etc. Quer dizer. O amigo tem pressa de resolver os problemas mas não o sabe como. Depois pega nas receitas tradicionais socialistas e pensa que é política industrial e económica virada para a resolução dos problemas do tecido produtivo.
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    Ou seja, se levar a sério o que Vc. defende, em vez de mais exportações, ainda teriamos menos. Além disso matava o tecido produtivo que pode substituir as importações e com isso melhorar o desempenho económico português e baixar o forte endividamento português.
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    .
    Sabe o que país precisa? De menos intervenção estatal e políticos a substituírem-se aos empresários, aos mercados e aos agentes económicos. Só aí, o impulso para as exportações e o crescimento económico… Ui! Ui!

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  132. PMP permalink
    11 Janeiro, 2011 01:12

    AC,
    A Alemanha desenvolveu-se essencialmente nos anos 50, 60 e 70 e nessa altura tinha tarifas alfandegárias, muita “Politica Industrial”, muito pouco “Laissez Faire” e muita social-democracia.
    No fim dos anos 70 grande parte dos grandes campeões actuais da industriaalemã já existiam mais ou menos na forma actual.
    Nós não soubemos fazer o mesmo.
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    Uma moeda forte é aquela que favorece as importações e desfavorece as exportações, e pode-se ver também em Paridades de Poder de Compra por exemplo face à Balance Corrente.
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    Toda a Ásia usa uma moeda fraca, com excepção do Japão, precisamente para manter uma balança corrente positiva e manter assim o emprego elevado.
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    O Capitalismo Laissez Faire nunca desenvolveu nenhum país.

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  133. anti-comuna permalink
    11 Janeiro, 2011 07:25

    “A Alemanha desenvolveu-se essencialmente nos anos 50, 60 e 70 e nessa altura tinha tarifas alfandegárias, muita “Politica Industrial”, muito pouco “Laissez Faire” e muita social-democracia.”
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    Acha que foi mesmo assim? Estava convencido que eles foram membros fundadores da CEE, CECA, etc.
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    “No fim dos anos 70 grande parte dos grandes campeões actuais da industriaalemã já existiam mais ou menos na forma actual.
    Nós não soubemos fazer o mesmo.”
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    E Portugal começou a sua industrialização, quando? E não teve pelo caminho um 25 de Abril?
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    Além disso, quer-me parecer que o amigo esquece-se de uma Siemens, que é mais velha que a própria Alemanha. E este é apenas um exemplo.
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    “Toda a Ásia usa uma moeda fraca, com excepção do Japão, precisamente para manter uma balança corrente positiva e manter assim o emprego elevado.”
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    Uma moeda fraca para si, eles queixam-se, por vezes, de terem moedas fortes. Lembra-se da crise há 12 anos atrás?
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    “O Capitalismo Laissez Faire nunca desenvolveu nenhum país.”
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    O que é o capitalismo laissez faire? É pior que o capitalismo de estado nazi, por exemplo?
    .
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    Por fim, devo-lhe dizer que uma moeda forte pode favorecer as exportações. Os alemães são peritos nisso. Medite lá na coisa. Já leu o francês?

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  134. Ricciardi permalink
    11 Janeiro, 2011 09:39

    Anti-comuna,
    .
    Assente que está que o mercado, logo na sua base, não está a funcionar, gostaria ainda de o provocar mais um bocadinho. Vamos ver, a cotação das moedas deve fluir da simples interacção da oferta e da procura. Neste sentido, de um modo geral, a emissão de moeda só se justificaria havendo de facto aumento da riqueza produzida. Mas a realidade não é essa.
    .
    Portanto, quando um país é um exportador compulsivo, a sua moeda tende a valorizar-se naturalmente devido à procura exterior dessa divisa.
    .
    No caso Alemão, o marco estaria, dizem, cerca de 30% acima relativamente à actual cotação do euro. Mais a mais, se os alemães ainda tivessem o marco teriam forçozamente de importar mais do que o fazem actualmente, nomeadamente dos paises para aonde exporta.
    .
    Ou seja, imagine que apenas existem dois paises no mundo, um com o marco e outro com o escudo. Imagine que se inicia abertura comercial entre os dois paises, mas só o primeiro aproveita essa abertura para vender. O pais ‘escudo’ vai importando aquilo que o pais ‘marco’ vai exportando. E pode fazer os pagamentos de duas formas: 1º ou Portugal paga em marcos ou 2º paga em escudos.
    .
    No 1º caso portugal necessita sempre de vender escudos aos alemães para comprar marcos. No 2º caso, pagando em escudos, a alemanha ficará em carteira com divisas em escudos à medida que vai vendendo para Portugal. Num caso ou no outro a alemanha fica com divisas estrangeiras num ritmo crescente. Resolve então vender as suas divisas estrangeiras – o escudo – e o que acontece? Portugal não tem marcos suficientes para devolver.Excepto se a alemanha começar também ela a importar produtos de portugal.
    .
    Ora, fica claro neste exemplo ridiculo e simplista, mas de alguma forma verdadeiro que, a alemanha com o marco teria que importar mais do que actualmente o faz, beneficiando os paises parceiros.
    .
    Tendo pois, a alemanha, adoptado o EURO, uma moeda de referencia mundial e presente nas carteiras de todos os paises, a alemanha não precisa de importar. Existem Euros aos magotes por esse mundo fora em virtude de ser uma moeda global e de vários paises da zona euro. Ainda por cima os alemães conseguiram garantir que o BCE não imprime notas à toa como os EUA o fazem…
    .
    Posto isto, resulta um facto. Os paises com menor pujança exportativa na UE vão definhando. Definham porque, tendo impostos diferentes, crescimentos diferentes, salarios diferentes, custos de contexto diferentes, não podem ver tais diferenças reflectidas na sua moeda – O EURO. É evidente que num mercado livre e sem intervenções estatais, a moeda de Portugal teria de ter uma cotação muito menor à actual. É uma questão de oferta e de procura. Mas não tem e isso tem prejudicado bastante este país. Dizem que, o escudo hoje seria cerca de 30 a 40% inferior à actual cotação do EURO. Alguns argumentam com facto de, se tivessemos o escudo, as nossas dividas ao exterior seriam muito maiores. Mas esse argumento é uma falácia. Se a minha avó tivesse colhões , era meu avô. Ou seja, com o escudo nunca o endividamento seria tal elevado.
    .
    Mas, o que está feito, feito está. Não há volta a dar. Excepto lutar para que na UE se avançe para o federalismo total. Impostos comuns, orçamento comum, salarios comuns, e restantes custos de contexto comuns. Só assim se pode partilhar uma moeda.
    .
    Se o federalismo for uma impossibiliadade prática e mesmo assim queiram continuar a partilhar a moeda EURO, só vejo uma saída… barreiras alfandegárias. Eu sei, eu sei, é uma medida anti-mercado, mas na verdade é tão anti-mercado quanto é persistir numa moeda falsa.
    .
    RB

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  135. PMP permalink
    11 Janeiro, 2011 10:35

    Algumas formas de contornar a pseudo-moeda que é este Euro é :
    a) baixar as contribuições sobre o trabalho em pelo menos 50% para as empresas que aumentem o emprego (o ideal seria que novos empregos não paguem s.social);
    b) reduzir o desperdicio no estado cortando do topo e não na educação, saude e s.social;
    c) promover a colocação de divida publica internamente, tal como fazem muitos países, de forma a que pelo menos 50% seja divida interna;
    d) renegociar PPP’s, concessões, eólicas, de forma a que as TIR baixem de 14% para 7%
    e) transformar o RSI e outros subsídios em apoios ao emprego
    f) transformar a CGD num Banco de Desenvolvimento e proibir que financie especulação e projectos fora de Portugal

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  136. JCA permalink
    11 Janeiro, 2011 10:46

    .
    uma achega sobre o Euro, Marco, Alemanha etc
    .
    Fears of a Euro Demise – The Disastrous Consequences of a Return to the Deutsche Mark
    http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,731798,00.html
    .
    -Reconstruction of Germany
    http://en.wikipedia.org/wiki/Reconstruction_of_Germany
    .
    -Germany admits enslaving and abusing a generation of children
    Government agrees up to €120m in compensation for three decades of post-war ‘Nazi-era’ brutality in foster homes
    http://www.independent.co.uk/news/world/europe/germany-admits-enslaving-and-abusing-a-generation-of-children-2159589.html
    .

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  137. lucklucky permalink
    11 Janeiro, 2011 11:34

    “O Capitalismo Laissez Faire nunca desenvolveu nenhum país.”
    .
    Então instrua-se sobre revolução industrial em Inglaterra . Nos Estados Unidos até a unificação horária foi feita pelas empresas de Caminhos de Ferro. Depois pode visitar a China, Índia.

    “A Alemanha desenvolveu-se essencialmente nos anos 50, 60 e 70 e nessa altura tinha tarifas alfandegárias, muita “Politica Industrial”, muito pouco “Laissez Faire” e muita social-democracia.”
    http://en.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Erhard
    .
    “He is notable for his leading role in German postwar economic reform and economic recovery, particularly in his role as Minister of Economics under Chancellor Konrad Adenauer after 1949.”
    .
    “Erhard believed in economic liberalism (now known as Neoliberalism). He joined the Mont Pelerin Society in 1950 and used this influential body of neoliberal economic and political thinkers to test his ideas for the reorganization of the West German economy. (…) ”
    .
    “Erhard’s decision, as economics director for the British and American occupation zones, to lift many price controls in 1948, despite opposition from both the social democratic opposition and Allied authorities, and his consistent advocacy of free markets, helped set the Federal Republic on its phenomenal growth path. Erhard’s financial and economic policies soon proved widely popular as the Germany economy made a “miracle” recovery to rapid growth and widespread prosperity in the 1950s, overcoming the wartime destruction and successfully integrating millions of refugees from the east.[2]”

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  138. lucklucky permalink
    11 Janeiro, 2011 11:35

    http://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitextlo/prof_ludwigerhard.html
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    That he was his own man was proved, however, when he defied allied supreme commander Gen. Lucius Clay in the darkest days of the postwar economic crisis. He abolished price controls at the same moment the Allies introduced a new German currency. This decision, considered by many a disastrous mistake, became instead the foundation of Germany’s economic rebirth. The black market disappeared, shortages ended, inflation halted, and the population’s strong commercial instincts took hold once again.
    .
    In the years ahead, Erhard’s decisiveness and conviction that markets could work even in so dark an hour, would provide inspiration to many politicians and economists caught in similar crises in other countries.

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  139. Ricciardi permalink
    11 Janeiro, 2011 11:38

    PMP,
    .
    Certo, rearrumando as contas públicas eliminando as desnecesseriedades ou gorduras podiamos de facto ganhar competitividade…
    .
    A esse nível, de gestão interna, eu ia muito mais longe… sou partidário da abolição total dos impostos sobre rendimentos – IRS e IRC e substituir essas receitas do estado por impostos indirectos sobre o consumo, o IVA.
    .
    1ºA eliminação na retenção na fonte de IRS permitia um aumento real dos salarios de imediato. A retenção seria incluida nos salarios das pessoas com a obrigatoriedade de usar essa massa para a sua reforma, aplicando o mesmo em fundos privados ou do estado.
    2º Isso permitia, de facto, reduzir as TSU’s para os níveis maiores do que apontou, redução de mais de 50%.
    3º O aumento dos impostos sobre o consumo, desincentivava importações.
    4º Faría uma descriminização positiva no que respeita ao IVA das importações que se dirija a a)procesos de fabrico (mat. primas etc) e/ou b) investimentos empresarias (maquinas etc). Assim, aplicaria IVA à taxa reduzida a a) e a b), para fomentar a criação de valor acrescentado na nossa produção.
    5º Sem IRC, o investimento estrangeiro aumentaria, gerando emprego. Aliás, na minha optica, as multinacionais estrangeiras só interessam ao país pelo emprego que proporcionam e os subcontratos que tambem proporcinam aos empresarios portuguess. Os lucros, esses, são expatriados para o país de origem… ou off-shores.
    6º A poupança sairia altamente beneficiada, uma vez que os impostos seriam pagos apenas para quem consome. Benficiando a banca e por sua vez os empresarios que se querem financiar.
    7º As classes mais pobre do país e que até já nem pagam actualmente impostos sobre o rendimento, poderiam ter acesso a isenções em sede de IVA, substituindo grande parte dos actuais subsidios que são dados pelo estado.
    8º Acho que sim quando ao seu ultimo ponto para odesnvolvimento empresarial. Mas de forma diferente. Acho que se devia motivar ou fomentar as sociedades de capital de risco muitissimo mais, como parceiros ideiais dos empresarios. De facto os empresarios estão péssiamente financiados. A banca financia tudo a curto-prazo e portanto interessa pouco como parceiro de negócio. Financiam investimentos através de conta-corrente caucionada e raramente aceitam Mútuos a medio ou longo-prazo. As sociedades de capital de risco assumem também elas o risco de negócio e isso é bom, porque selecionam melhor os bons negócios. A banca tradicional estasse marimbando para o negócio, apenas quer garantias reais dos sócios. Pode-se ter uma ideia péssima de negócio, mas se dermos garantias porreiras a banca financia. O que é normal, mas não desejavel ao empreendorismo.
    .
    Enfim, mais coisas haveria a dizer, mas fica para outra altura… ok, eu sei que é um bocado delirante, mas é na verdade o que penso sobre o assunto.
    .
    RB

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  140. PMP permalink
    11 Janeiro, 2011 11:58

    LL,
    O RU e os EUA no sec. XIX tiveram politicas activas de protecção à sua industria, com barreiras alfandegárias, encomendas directas do estado, regulamentos, etc.. Só quando já eram potências industriais é que começaram a baixar as tarifas alfandegárias e depois pregavam a crença religiosa do “laissez faire ” aos outros.
    .
    A Alemanha teve sempre e tem “politicas industrias” que protegem as suas industrias. Os Bancos Estaduais participaram no capital das industrias e financiavam a juros baixos. Isto desde o sec. XIX.
    Não tem nada a ver com preços, tem a ver com produção/inovação e crescimento acelerado.
    .
    O Estado Social alemão é forte, basta ver o nivel do estado no PIB desde os anos 50 em comparação com os EUA. É o que eu chamo de social-democracia moderna.
    Achar que a Alemanha não é uma social-democracia não tem sentido real.
    .
    Estar à espera que as nossas PME’s resolvam por si só os problemas de um país inteiro é fantasioso e nunca aconteceu em país nenhum.
    .
    Nenhum país se desenvolveu com o capitalismo “laissez faire”, pois o sector privado por si só não consegue coordenar-se numa perspectiva de médio prazo, quando em concorrência com outros países e empresas muito mais avançados.

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  141. lucklucky permalink
    11 Janeiro, 2011 13:17

    “Nenhum país se desenvolveu com o capitalismo “laissez faire”, pois o sector privado por si só não consegue coordenar-se numa perspectiva de médio prazo, quando em concorrência com outros países e empresas muito mais avançados.”
    -Delirante “coordenação numa perspectiva de médio prazo”….hahaha e um plano quinquenal porque não!
    .
    “Estar à espera que as nossas PME’s resolvam por si só os problemas de um país inteiro é fantasioso e nunca aconteceu em país nenhum.”
    -Extraordinário ainda não notou que maioria da riqueza é criada nas PME’s?
    Quer produzir muito aço e muita industria pesada?
    .
    “O Estado Social alemão é forte, basta ver o nivel do estado no PIB desde os anos 50 ”
    > Começo a já estar farto da sua História Inventada Europeia.*
    Nos anos 50 as despesas do estado na Alemanha eram menos de 30% do PIB.
    Já demonstrei acima que o crescimento exponencial alemão não foi nada daquilo que disse.
    .
    * ainda não me esqueci daquilo que disse sobre o défice Francês nos anos 50.

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  142. PMP permalink
    11 Janeiro, 2011 14:06

    Delirante é a crença religiosa que o mercado por si só tudo resolve. É um delirio infantil que nunca foi provado em lado nenhum.
    Nenhum país conseguiu passar para um estágio de desenvolvimento económico/industrial elevado praticando o capitalismo “laissez faire”.
    A Coreia do Sul por acaso até teve uma espécie de planos quinquenais e é o país que mais cresceu nos ultimos 40 anos.
    O sector privado por si só não pode por definição (sem cooperação do estado) investir em projectos de muito longo prazo devido ao risco envolvido.
    .
    Na Alemanha e EUA por exemplo as encomendas do estado às suas empresas industriais possibilitaram a desenvolvimento acelerado de novos produtos e novos sectores industriais.
    É uma treta sem sentido comparar VW, Siemens com as PME’s portuguesas.
    Estar a colocar nos ombros das PME’s portuguesas a responsabilidade de desenvolver o país é ridículo.
    Sem ajudas do estado as PME’s portuguesas não têm hipóteses de conseguir crescer rapidamente de forma a criarem emprego significativo.
    O emprego na industria continua a decrescer.
    .
    A despesa publica na Alemanha a partir de 1955 esteve sempre acima da média dos países desenvolvidos, devido ao seu Estado Social (economia social de mercado).

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  143. anti-comuna permalink
    11 Janeiro, 2011 14:27

    Caro RB,
    .
    “No caso Alemão, o marco estaria, dizem, cerca de 30% acima relativamente à actual cotação do euro. Mais a mais, se os alemães ainda tivessem o marco teriam forçozamente de importar mais do que o fazem actualmente, nomeadamente dos paises para aonde exporta.”
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    É verdade que provavelmente estaria cotado muito acima do euro, por issso muitos lá que se queixam da fraqueza do euro. Mas em comparação com um marco imaginário, que não saberiamos se valeria mesmo isso, porque provavelmente, com moeda própria, a Alemanha não teria feito uma reestruturação tão rápida. Mas aí, estamos no dominio dos ses e não podemos provara nada.
    .
    .
    Outro ponto é este: em teoria a Alemanha importaria mais. Mas em teoria. Porque na realidade e em volume, provavelmente importaria a mesma coisa. Por isso acho que se devia ler mais o francês, para entender a coisa. É que, a competitividade de um país pode ser tão forte que mesmo com moeda forte, há dificuldades das empresas estrangeiras competirem no interior desse mesmo país. Dito de outra forma, a Alemanha poderia ter o mesmo excedente comercial porque, mesmo com moeda forte, a produção exterior não consegue competir com a Alemã.
    .
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    Claro que em teoria, uma moeda forte beneficia as importações e prejudica as exportações, mas depende do tipo de produção do país em causa. E da elasticidade da procura pelos bens do país em causa. Em termos simplistas, um ferrari deixa-se de vender se o euro variar 30% para cima? Nop. Provavelmente até pode vender ferraris se este se tornar ainda mais de luxo. No caso alemão, eles não tendo ferraris têm outros produtos, que mesmo com uma taxa de cambio forte, os demais países são “obrigados” a comprar à Alemanha, porque só a Alemanha produzo esse tipo de produção. Por exemplo, máquinas industriais.
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    Mas até mesmo a Suiça nunca foi muito prejudicada com a sua moeda. Nem até o Japão. O que importa mais não é a cotação num dado momento mas a velocidade com que a cotação muda, leia-se, volatilidade. E se for enorme a volatilidade, os agentes económicos não conseguirem acompanhar essa volatilidade e adaptarem-se a essas novas cotações.
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    O que alguns países nos ensinam, é que as suas empresas são de tal forma competitivas e que apostam menos no preço que na qualidade da sua oferta, que preferem ter uma moeda moeda forte, porque podem vender mais caro a sua produção, quem que com isso se prejudiquem, já que depois, noutros factores económicos (como a energia que importam, por exemplo) são beneficiados, em especial no acesso a capitais.
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    Estes países preferem moedas fortes e abertura dos mercados, porque sabem que são bastante competitivos, e que é uma forma de melhorarem o nível de vida das suas populações. Em teoria moedas fracas beneficiam as exportações e prejudicam as importações, na prática, moedas fortes geram estruturas económicas e industriais mais fortes. Logo, a preocupação não deve ser a cotação (ou rácio) das várias moedas mas a sua volatilidade. O caso português, parece, está aí a o demonstrar: após anos de reestruturações, falências, despedimentos e mudanças nos comportamentos dos agentes económicos, parece que o nosso tecido produtivo pode aguentar bem o actual euro.

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  144. anti-comuna permalink
    11 Janeiro, 2011 14:33

    Aconselho-os a lerem o que escreve o CCZ, que tem um excelente blogue que trata muito deste tipo de questões:
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    http://balancedscorecard.blogspot.com/

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  145. JCA permalink
    11 Janeiro, 2011 18:46

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    Outra achega sobre a Alemanha, um País com uma antiga cultura e treino nas Industrias, treino no Comércio Mundial e uma longa história em I&D o que não são bem as raízes do caso de Portugal:
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    -Social Market Economy:
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    This type of political economy has on the one hand a basic free-trade orientation and on the other hand some “social” precepts that modify the outcome of the market process by redistributive and social security measures.
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    The blending of ideas from liberal thought, social welfarism, and corporatism in the conception of a social market economy may appear discordant to the non-German observer.
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    It results from a politically motivated merger of two different approaches to economic order and policymaking, a merger popularized and politically implemented by Germany’s great first
    minister of economic affairs, Ludwig Erhard (1897–1977).
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    In some respects, this merger was the offspring of ORDOLIBERALISM, whose most prominent advocate was Walter Eucken, a professor of economics at the University of Freiburg and a liberal in the European sense.
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    -Germany’s “Social Market Economy”
    Between Social Ethos and Rent Seeking

    Click to access witt_GermanysSocialMarketEconomy.pdf

    .

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