A Alemanha está desesperada
Vejo que o João Pinto e Castro acha que “o resgate não melhorou a situação dos países socorridos, visto que os forçou a dolorosos ajustamentos que os lançaram na recessão ao mesmo tempo que lhe concedeu empréstimos caros (6% a cinco anos no caso da Irlanda)”.
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Podemos fazer variações sobre esta ideia. Algo como: “aquela ida ao médico não me valeu de nada, decobriram-me um cancro e ainda vou ter que fazer quimioterapia”. Ou então, “não devia ter ido para o hospital, não só me amputaram a perna como tive que ficar internado 6 meses no cuidados intensivos”.
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A propósito, a Irlanda paga 6% pelo empréstido do fundo europeu, se estivesse no mercado pagaria 9% por grande parte das suas emissões de dívida. A Grécia paga 5% pelo empréstimo do fundo europeu. Se estivesse no mercado grande parte das emissões de dívida custariam 12%.
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Mas o João Pinto e Castro prossegue dizendo que “tomada como em todo, a zona euro não tem qualquer problema de financiamento público ou privado, interno ou externo”, o que faz todo o sentido. Por exemplo, eu e o Belmiro de Azevedo, tomados como um todo, não temos problemas de financiamento, embora eu possa ter mais do que ele, se tomados em separado. Só uma decisão unilateral de Belmiro de Azevedo (se eu lhe chamar pacóvio consigo reforçar esta ideia) é que me impede de viver à grande e à francesa.
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O João Pinto e Castro também diz que a Alemanha precisa desesperadamente do euro (e do Sul da Europa) para manter a moeda barata. e exportações competitivas. O Marco, ao que parece, seria 50% mais caro (não o poderiam desvalorizar?). No fundo, Belmiro de Azevedo precisa desesperadamente de emitir dívida em conjunto comigo, caso contrário nunca conseguirá vender mais barato no Continente.
Excelente réplica, caro JM. ehehehhhh
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Mas o Tio Belmiro não é tolo em assumir riscos alheios e pagar mais caro pro aquilo que agora tem acesso a bons preços. Ele não me parece que seja burro. lolololololol
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“tomada como em todo, a zona euro não tem qualquer problema de financiamento público ou privado, interno ou externo”
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É estranho então porque existe o FEEF…
A loja da Ferrari também não me impede de ir lá comprar um 458 Italia.
A questão é se tenho dinheiro para o comprar.
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Antes de mais, o comentário é brilhante (a sério – já violei reproduzi em violação dos direitos do autor). Mas o que choca mesmo é como os pontas de lança do “mainstream” do PS já agarraram a “lógica” do BE e da Ana Gomes, de que a Alemanha é que tem de pagar a crise (o que seria só um disparate inócuo – até porque o BE e o PS não se apresentam a votos na Alemanha – se não constituísse uma catastrófica fuga à resolução das verdadeiras causas da crise). Infelizmente, temo que falte pouco para o “mainstream” do PSD começar com a mesma conversa, com o mesmíssimo fim de retardar a eliminação dos tachos e sinecuras a que esses “mainstreams” aspiram.
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Estão a salivar pela chegada FMI.
Cuidado com o que se deseja…
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Como resposta à postada jugular…que raio! (e olhe que não é comum encontrarmo-nos do mesmo lado JM!) É UM EXCELENTE POST !
Não concordamos em essÊncia com o verdadeiro problema desta Nação, nem com as soluções para os problemas presentes…mas este post seu, desde que me lembro, é realmente 5 *.
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Eu diria mais…cuidado com o que não se deseja.
Pelos vistos os arautos dos que “não desejam” só sabem é fazer cagada de forma a que seja inevitável que ele venha.
É cada cavadela cada minhoca.
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Um dia destes temos a Espanha, a Itália e a Bélgica a pagar 6 ou 7% e aí a malta dos economistas brilhantes neo-tontos e/ou xuxialistas vai começar a desconfiar que o problema é sistémico, e aí vão pereceber que ou mudam este Euro ou este Euro leva metade da zona Euro à recessão permanente.
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Portugal só pode manter-se neste Euro quando tiver uma Balança Corrente equilibrada, e para isso é preciso exportar muito mais e importar muito menos, senão o desemprego vai para os 15 ou 16% (ou a malta emigra em massa ainda mais).
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Não tinha ouvido esta ontem e desconheço se foi frente à excelente jornalista JS:
http://www.ionline.pt/conteudo/97969-cavaco–os-agricultores-portugueses-foram-discriminados
Pergunto eu, que nada sei sobre tanta coisa mas que me recordo dos fundos CEE vindos na altura em que o Exmo. era PM, fundos com objectivo também de revitalizar a agricultura portuguesa (que desde então foi delapidada), mas este Senhor tem uma lata real LATA também !!!
Memórias e discursos selectivos.
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Não sei o que seria deste país sem a governação sábia e avisada do Sr. Eng. Sócrates!…
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Excelente. Mas agora seria mais «à grande e à alemã». Não fosse o «egoísmo» da Alemanha, claro.
P.S.: Se eu lhe chamar «pacóvio», convenço-o a servir-me de fiador num emprestimozito?
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Penso que se esqueceu que por vezes o tratamento leva à morte do paciente…quem sonha com a entrada do FMI não parece estar preocupado com a morte e sabe porquê? porque a morte é apenas para alguns é este o sentido de solidariedade que temos. A Alemanha quis a moeda única por achar que isso seria uma mais valia ou terá sido por solidariedade com os pobres?
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E o João Galamba apoia! É incrivel a ignorância do deputado eleito por Santarem.
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“A Alemanha quis a moeda única por achar que isso seria uma mais valia ou terá sido por solidariedade com os pobres?”
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Mas a Alemanha não quis a moeda única. Foi-lhe imposta. Esta mania de reescrever a História…
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Claro que é bom encontrar bodes expiatórios para os nossos fracassos, como os nazis fizeram com os judeus e agora se tenta fazer com os alemães.
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Quem mandou ao Sócrates ter um défice de quase 10%, intencionalmente, para ganhar eleições? Ele ganhou eleições e os portugueses recebem como prenda a entrada do FMI. Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
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Este é o João Miranda que eu conheço. Muito bom post!
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Há aqui um ponto importante. É verdade que os Estados ainda conseguiam vender divida, mas o resto da economia não. Temos o caso português. O Estado ainda vai vendendo dívida, nem que seja mais a chineses e se calhar no futuro a japoneses, mas o resto da economia…
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Se vier o FMI, parte dos problemas enfrentados pela nossa banca poderão ser resolvidos. E, neste momento, é mais preocupante os problemas da nossa banca, derivado dos problemas do Estado, que do próprio Estado, que gera problemas em cadeia.
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O Estado pode até conseguir os financiamentos necessários. Falta saber é se a nossa banca (e as nossas empresas) poderá aceder ao crédito exterior sem a intervenção do FMI. Vamos ver.
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também acho que socras quis ganhar as eleicções e ganhou um defice de quase 10%
mas qual o politico que não quer ganhar eleições,ou melhor qual o politico que não quer??
por que tem o cavaco aquela comissão de honra com nomes tão comichosos?
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“mas qual o politico que não quer ganhar eleições,ou melhor qual o politico que não quer??”
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Os bons Estadistas não procuram comprar votos com o dinheiro dos próprios contribuintes. Fica provado que o Sócrates não passa de um relezinhos demagogo. Mas há ainda quem o defenda.
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Os que votaram nele agora que engulam a vinda do FMI. Quiseram um rebuçado mas vão agora pagar uma fábrica inteira de doces. Entretanto o Sócrates vai-se safando e gozando com o pagode e os pataratas que ainda acreditam nele.
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É mesmo aquela desculpa de génio..
– Então as intervenções não iam melhorar a situação?
– Ah e tal, é que aquilo estava pior do que se pensava…
– Ah e tal, a Europa é tipo eu e o Belmiro
Pff..
E sim, evidentemente, Partido dos Pacóvios Europeus.
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Excelente post!
Assino por baixo!
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Oh Arlindo Vc. precisa mesmo de ser internado.
Quem avisa seu amigo é!!!!
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Excelente post. Andam por aí cabeças muito confusas, como o sr Outside, e o seu comentario sobre a agricultura. Mas se não sabe eu explico-lhe: quem rebentou com a agricultura portuguesa, foi Capoulas Santos, que foi secretario de estado, e depois ministro da agricultura de Guterres, e agora está na reforma dourada do Parlamento Europeu. Jaime Ramos, acabou o serviço. Os agricultores portugueses sabem bem quem os pôs onde estão, e 15 anos de politicas agricolas socialistas erradas levou Portugal a importar praticamente tudo o que come. É muito facil acusar quem saiu do governo há 15 anos.
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«Podemos fazer variações sobre esta ideia. Algo como: “aquela ida ao médico não me valeu de nada, decobriram-me um cancro e ainda vou ter que fazer quimioterapia”. » JM
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A ideia correcta seria outra «naquela ida ao médico em vez de ser operado às cataratas, tiram-me o olho». Ou então, “não devia ter ido para o hospital, não só me amputaram a perna errada como tive que ficar internado 6 meses no cuidados intensivos”.
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Esse é, enfim, o retrato das medidas que vão ser tomadas.
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RB
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« Não precisamos de ajudaNão custou um euro ao contribuinte »A Alemanha está desesperada
Vejo que o João Pinto e Castro acha que “o resgate não melhorou a situação dos países socorridos, visto que os forçou a dolorosos ajustamentos que os lançaram na recessão ao mesmo tempo que lhe concedeu empréstimos caros (6% a cinco anos no caso da Irlanda)”.
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Podemos fazer variações sobre esta ideia. Algo como: “aquela ida ao médico não me valeu de nada, decobriram-me um cancro e ainda vou ter que fazer quimioterapia”. Ou então, “não devia ter ido para o hospital, não só me amputaram a perna como tive que ficar internado 6 meses no cuidados intensivos”.
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A propósito, a Irlanda paga 6% pelo empréstido do fundo europeu, se estivesse no mercado pagaria 9% por grande parte das suas emissões de dívida. A Grécia paga 5% pelo empréstimo do fundo europeu. Se estivesse no mercado grande parte das emissões de dívida custariam 12%.
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Mas o João Pinto e Castro prossegue dizendo que “tomada como em todo, a zona euro não tem qualquer problema de financiamento público ou privado, interno ou externo”, o que faz todo o sentido. Por exemplo, eu e o Belmiro de Azevedo, tomados como um todo, não temos problemas de financiamento, embora eu possa ter mais do que ele, se tomados em separado. Só uma decisão unilateral de Belmiro de Azevedo (se eu lhe chamar pacóvio consigo reforçar esta ideia) é que me impede de viver à grande e à francesa.
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O João Pinto e Castro também diz que a Alemanha precisa desesperadamente do euro (e do Sul da Europa) para manter a moeda barata. e exportações competitivas. O Marco, ao que parece, seria 50% mais caro (não o poderiam desvalorizar?). No fundo, Belmiro de Azevedo precisa desesperadamente de emitir dívida em conjunto comigo, caso contrário nunca conseguirá vender mais barato no Continente.
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Esta entrada foi escrita por JoaoMiranda, publicada em 11 Janeiro, 2011 at 14:32, arquivada em Geral. Marcar permalink. Siga quaisquer comentários aqui deixados com o RSS feed deste post. Comente ou deixe um trackback: URL do Trackback.
« Não precisamos de ajudaNão custou um euro ao contribuinte »GostoBe the first to like this post.20 Comentários
anti-comuna
Posted 11 Janeiro, 2011 at 14:37 | Permalink
Excelente réplica, caro JM. ehehehhhh
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Mas o Tio Belmiro não é tolo em assumir riscos alheios e pagar mais caro pro aquilo que agora tem acesso a bons preços. Ele não me parece que seja burro. lolololololol
lucklucky
Posted 11 Janeiro, 2011 at 14:53 | Permalink
“tomada como em todo, a zona euro não tem qualquer problema de financiamento público ou privado, interno ou externo”
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É estranho então porque existe o FEEF…
A loja da Ferrari também não me impede de ir lá comprar um 458 Italia.
A questão é se tenho dinheiro para o comprar.
JPT
Posted 11 Janeiro, 2011 at 14:54 | Permalink
Antes de mais, o comentário é brilhante (a sério – já violei reproduzi em violação dos direitos do autor). Mas o que choca mesmo é como os pontas de lança do “mainstream” do PS já agarraram a “lógica” do BE e da Ana Gomes, de que a Alemanha é que tem de pagar a crise (o que seria só um disparate inócuo – até porque o BE e o PS não se apresentam a votos na Alemanha – se não constituísse uma catastrófica fuga à resolução das verdadeiras causas da crise). Infelizmente, temo que falte pouco para o “mainstream” do PSD começar com a mesma conversa, com o mesmíssimo fim de retardar a eliminação dos tachos e sinecuras a que esses “mainstreams” aspiram.
ana ferreira
Posted 11 Janeiro, 2011 at 14:55 | Permalink
Estão a salivar pela chegada FMI.
Cuidado com o que se deseja…
Outside
Posted 11 Janeiro, 2011 at 15:03 | Permalink
Como resposta à postada jugular…que raio! (e olhe que não é comum encontrarmo-nos do mesmo lado JM!) É UM EXCELENTE POST !
Não concordamos em essÊncia com o verdadeiro problema desta Nação, nem com as soluções para os problemas presentes…mas este post seu, desde que me lembro, é realmente 5 *.
Tiradentes
Posted 11 Janeiro, 2011 at 15:10 | Permalink
Eu diria mais…cuidado com o que não se deseja.
Pelos vistos os arautos dos que “não desejam” só sabem é fazer cagada de forma a que seja inevitável que ele venha.
É cada cavadela cada minhoca.
PMP1
Posted 11 Janeiro, 2011 at 15:25 | Permalink
Um dia destes temos a Espanha, a Itália e a Bélgica a pagar 6 ou 7% e aí a malta dos economistas brilhantes neo-tontos e/ou xuxialistas vai começar a desconfiar que o problema é sistémico, e aí vão pereceber que ou mudam este Euro ou este Euro leva metade da zona Euro à recessão permanente.
.
Portugal só pode manter-se neste Euro quando tiver uma Balança Corrente equilibrada, e para isso é preciso exportar muito mais e importar muito menos, senão o desemprego vai para os 15 ou 16% (ou a malta emigra em massa ainda mais).
Outside
Posted 11 Janeiro, 2011 at 15:27 | Permalink
Não tinha ouvido esta ontem e desconheço se foi frente à excelente jornalista JS:
http://www.ionline.pt/conteudo/97969-cavaco–os-agricultores-portugueses-foram-discriminados
Pergunto eu, que nada sei sobre tanta coisa mas que me recordo dos fundos CEE vindos na altura em que o Exmo. era PM, fundos com objectivo também de revitalizar a agricultura portuguesa (que desde então foi delapidada), mas este Senhor tem uma lata real LATA também !!!
Memórias e discursos selectivos.
Arlindo da Costa
Posted 11 Janeiro, 2011 at 15:51 | Permalink
Não sei o que seria deste país sem a governação sábia e avisada do Sr. Eng. Sócrates!…
_____________-
CUIDADO: Este imbecil acima NÃO ESTÁ USANDO IRONIA!!!!
Et pour cause . . .
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Com Passos Coelho os juros da dívida disparam logo para os 10%!
É disso que o Presidente Cavaco tem medo!
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JM tem razão,
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um pouco de humor, os ‘médicos’ confirmam, é um problema ‘clinico do aparelho respiratório ou das papelas gustativas”: salivam os juros, saliva o Deficit, saliva a Recessão, cospe o Crescimento, escarra a Despesa Publica, tossem os Impostos, constipam-se os Cidadãos, aftas no Orçamento do Estado, bronquite no Emprego Emprego, pneumonia nas Empresas.
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Estas narrativas da competição pelo preço em países como a Alemanha ou a Suiça não colam.
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Factos:
* o franco suiço valorizou-se 24,3% face à zona euro e 22,7% face ao dólar durante o ano de 2010.
O que é que aconteceu?
* As exportações suiças cresceram 28,2% em dólares
* O superavit comercial suiço cresceu de 1030 milhões para 1977 milhões, ou seja, 91,9% em dólares e 54,6% em francos suiços.
Estamos noutro mundo competitivo mas os macro-economistas, educados no tempo em que só se competia pelo preço, repetem sempre a mesma sebenta. Fazem-me lembrar os meus professores na universidade, doutorados antes do choque petrolífero de 73, tudo se resolvia como se a energia não fosse um custo.
Dados trabalhados por Juan Carlos Barba no Facebook
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O pressuposto deste raciocínio (que, volto a dizer, vem do BE para a Ana Gomes e já vai nos formadores da opinião “mainstream” do PS) é que resulta da união monetária um “compromisso” de que os países regrados e/ou prósperos deveriam suportar os deficits orçamentais dos países desregrados e/ou pobres. Isto é mentira. É mentira. Não é discutível, nem é relativo, é falso. Não tem qualquer sustentação em declaração, tratado, em nada. E como os alemães se estão nas tintas para estas mentiras (noto que acabaram há pouco de pagar os 16 milhões de indigentes e o território económica e ecologicamente devastado que o comunismo lhes deixou) – e toda a gente sabe que os alemães se estão nas tintas para esta mentira – é óbvio que esta mentira é somente para enganar os portugueses, para os convencer que a catástrofe que aí está não se deve a causas internas, mas “aos alemães” e não deve ser remediada por correcções internas, mas “pelos alemães”. Isto é a nova táctica dos ladrões dos portugueses para continuarem a roubá-los.
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Proponho que:
USA, Canadá, Austrália, França, Japão, Russia, UK, Alemanha, China, Brasil e um país árabe com petróleo – poderia acrescentar mais meia-duzia – criem uma moeda única, um Banco Central, um mercado comum e exportem/importem (só) entre eles, ié, acabam com os países PIGS e resto da Europa, sul americanos espanholados, africanos famintos e islâmicos terroristas.
Fechem as fronteiras – podem cria muros – e aceito propostas sobre o número de meses que isto durava. Mas pelo menos o mainstream liberal e anti-regulamentação, nomeadamente aqui pelo Blasfémias viveria feliz dois trimestres!
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Fiquem lá com a letra, peguem na viola e dirijam esses olhos enlevados ao céu:
Como a terra espera chuva que a fecunda e a mantenha,
Como a areia no deserto fala ao vento que acompanha,
Como a corça corre e salta até achar onde beber,
Esperamos o FMI até ele aparecer.
Vem, FMI, oh, vem depressa! (2x)
Como o guarda pela aurora esperamos o FMI,
Como alguém espera atento o seu amigo com ardor,
Como a palma espera o vento ao chegar o entardecer,
Esperamos o FMI até ele aparecer.
Como o menino confia no menino seu amigo,
Eu confio no FMI: Ele está sempre comigo.
Como o trigo pede à terra que o ajude a florescer,
Confiamos no FMI até ele aparecer.
Como a flor que chama sempre o sol que a alumia,
Como a noite e as estrelas chamam sempre o novo dia,
Como o dia chama a noite, como a noite o amanhecer,
Esperamos o FMI até ele aparecer.
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(…) Vão te convencer de que a culpa é tua e tu sem culpa nenhuma, tens tu a ver, tens tu a ver com isso, não é filho? Cada um que se vá safando como puder, é mesmo assim, não é? Tu fazes como os outros, fazes o que tens a fazer, votas à esquerda moderada nas sindicais, votas no centro moderado nas deputais, e votas na direita moderada nas presidenciais! Que mais querem eles, que lhe ofereças a Europa no natal?! Era o que faltava! É assim mesmo, julgam que te levam de mercedes, ora toma, para safado, safado e meio, né filho? Nem para a frente nem para trás e eles que tratem do resto, os gatunos, que são pagos para isso, né? Claro! Que se lixem as alternativas, para trabalho já me chega. Entretém-te meu anjinho, entretém-te, que eles são inteligentes, eles ajudam, eles emprestam, eles decidem por ti, decidem tudo por ti, (…)
JoséMárioBranco/FMI
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“Estamos noutro mundo competitivo mas os macro-economistas, educados no tempo em que só se competia pelo preço, repetem sempre a mesma sebenta.”
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Exactamente. Ainda há muita gente que quer competir com os salários de Marrocos, India, Bolivia…
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Os americanos não se podem queixar muito do €uro, pois ele pouco se desvalorizou face ao dólar, se coincidirmos com os últimos dados publicados pelo Eurostat, relativos ao Comércio Externo.
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Os últimos dados publicados pelo Eurostat, relativos às exportações e importações para os USA, pelos países das Zona €uro são interessantes. Os últimos referem-se de Janeiro a Setembro de 2010 em comparação dos do período homólogo de 2009. No mesmo período, o euro desvalorizou-se apenas cerca de 5%. (Cálculos meus) Nada de especial, se tivermos em conta a volatilidade do par. Mas as exportações americanas para a Europa, em 2010, nos primeiros 9 meses do ano cresceram 7%, ao passo que as exportações europeias para os USA cresceram 18%. Face à desvalorização do euro face ao dólar, a forte subida no excedente comercial europeu não pode ser atribuída à fraqueza do euro. Mas antes à fraqueza da própria economia americana, incapaz de competir contra a Europa.
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E esta subida do excedente comercial da Zona €uro é apenas o reflexo de uma competitividade europeia cada vez maior, já que a Europa, lentamente, vai também reestruturando o seu tecido produtivo, que tanto exporta mais para os USA (+ 18%) como para outros países, como a China. (+ 39%)
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É verdade que a Europa ainda tem um elevado défice comercial com a China (que continua a crescer) mas tem uma dinâmica exportadora superior à importadora, que cresceu 31%. E à medida que a China vê uma alteração na dinâmica do seu comercio externo, em que em 2010, as importações cresceram mais que as importações. Só no mês de Dezembro, as exportações chinesas cresceram 17,9% ao passo que as importações subiram 25,6%. Mas é a Europa uma das principais beneficiadas com esta alteração estrutural na dinâmica do comércio externo chinês, até porque exporta sobretudo bens de alto valor acrescentado e importa sobretudo bens de baixo valor acrescentado e componentes para marcas internacionais.
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A Alemanha, mesmo com um euro mais caro, continuará a exportar muito mais do que importa porque tem um tecido produtivo mais competitivo. Essa é a verdade, que por muito que americanos e ingleses se queixem, tão cedo esta realidade não se alterará. Pelo contrário, a Europa pode estar a fazer o caminho de se “germanizar”, leia-se, tornar-se uma poderosa força competitiva, que se posicionará nos mercados mundiais, não pelo preço e mão-de-obra barata, mas por produção de alto valor acrescentado, altamente especializada e sofisticada.
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Os americanos e ingleses quando pensam abrir fronteiras deviam preparar-se para a competição. E não queixarem-se quando perdem quotas de mercado, quando perdem capacidade produtiva competitiva, só porque não fazem reformas económicas.
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A Europa está em acelerada transformação económica que, num prazo de uma geração, poderá a tornar na superpotência económica do mundo, capaz de competir de igual para igual com a China, a Índia e outros que surjam. Duvido que os USA sejam capazes de o fazer se continuarem a pensar que lá vão a apenas imprimir dinheiro e o Estado a gastar, sem pensarem em reformas económicas a sério.
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A Alemanha é claramente vencedora da integração económica mundial. Penso que a Europa toda também o será, inclusivé Portugal, se ganhar juízo. O futuro o dirá.
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Porquê que a Alemanha é vencedora?
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Basta atentar a esta noticia de hoje, na Bloomberg:
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“Trailing in China
Adding to its U.S. sales drop, Toyota lags behind Detroit- based GM and Germany’s Volkswagen in China, which surpassed the U.S. to become the world’s largest auto market in 2009.
While GM and Volkswagen have increasingly relied on China’s surging demand to counter slowing or falling sales in their home markets, Toyoda, who ran the company’s operations there from 2001 to 2005, may not be able to count on the world’s most populous nation as his lifeline.
Toyota’s growth in China failed to keep pace with that of GM and Volkswagen last year. The Japanese company’s sales in the nation grew 19 percent to 846,000 vehicles, eclipsed by GM’s 29 percent increase to 2.35 million units and Volkswagen’s 37 percent jump to 1.92 million. The Wolfsburg, Germany-based carmaker’s sales figure includes Hong Kong.”
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In http://www.bloomberg.com/news/2011-01-11/toyota-hegemony-fades-as-damage-brings-sony-style-decline.html
.
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Os maiores competidores da Alemanha nalguns produtos estão combalidos. A GM só se safou com a ajuda estatal. E a Toyota está a perder mercado por… Imitou a gestão americana. A Volkswagen é aqui um símbolo do poderio alemão (e europeu, já agora), em lentamente vai conquistando o topo e tornar-se no maior construtor mundial de carros. Apostaram na Qualidade.
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Até a própria Renault e a Fiat conseguiram sobreviver num mercado cada vez mais dificil, com subidas da Qualidade na percepção do consumidor. Hoje a Renault, por exemplo, é cada vez mais vista como um carro de qualidade média a preços baixos. E até foi ao Japão fazer um acordo com a Nissan para elevar as suas capacidades competitivas, com o dedinho japonês na Qualidade francesa, que assim vai dando cartas.
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Se neste sector industrial os europeus estão cada vez mais fortes, noutros também se vão dando cartas. E são os alemães, à cabeça, que lideram esta “revolução industrial” europeia, com a BMW, a Volkswagen e a Mercedes como ponta-de-lanças europeias.
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Excelente!! Penso que desta forma as criancinhas (pelo menos na mentalidade) jugulares conseguem entender as asneiras que andam a pregar.
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É como dizia o Krugman, o lado mais perigoso desta questão é que isto já não tem nada a ver com os fundamentais da economia, é puro medo e irracionalidade. Portugal e outros podem dar os pulos que quiserem e tomar as medidas que tomarem que nada muda o modo como são observados. O défice e a dívida portugueses compara bem com a maior parte dos países, como é sabido. Não há razões objectivas para tanta desconfiança, a não ser claro, um forte ataque à capacidade de resistência da zona euro.
Só vejo uma saída para esta situação: a emissão de euro-bonds com o estabelecimento de regras orçamentais e económicas muito apertadas para quem quiser participar, pois caso contrário os mercados vão sempre explorar a falta de consistência de uma área económica (a zona euro) tão heterógenea nos ciclos económicos dos seus participantes.
Não há volta a dar, vão sempre existir desfasamentos entre os vários países, que vão sempre constituir fonte de oportunidade para ataques mais ou menos especulativos mas que fazem parte do jogo, pois exploram as naturais diferenças conjunturais entre as economias.
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Porquê que a Alemanha é vencedora? . . Basta atentar a esta noticia de hoje, na Bloomberg: . . “Trailing in China Adding to its U.S. sales drop, Toyota lags behind Detroit- based GM and Germany’s Volkswagen in China, which surpassed the U.S. to become the world’s largest auto market in 2009. While GM and Volkswagen have increasingly relied on China’s surging demand to counter slowing or falling sales in their home markets, Toyoda, who ran the company’s operations there from 2001 to 2005, may not be able to count on the world’s most populous nation as his lifeline. Toyota’s growth in China failed to keep pace with that of GM and Volkswagen last year. The Japanese company’s sales in the nation grew 19 percent to 846,000 vehicles, eclipsed by GM’s 29 percent increase to 2.35 million units and Volkswagen’s 37 percent jump to 1.92 million. The Wolfsburg, Germany-based carmaker’s sales figure includes Hong Kong.” . . In http://www.bloomberg.com/news/2011-01-11/toyota-hegemony-fades-as-damage-brings-sony-style-decline.html . . Os maiores competidores da Alemanha nalguns produtos estão combalidos. A GM só se safou com a ajuda estatal. E a Toyota está a perder mercado por… Imitou a gestão americana. A Volkswagen é aqui um símbolo do poderio alemão (e europeu, já agora), em lentamente vai conquistando o topo e tornar-se no maior construtor mundial de carros. Apostaram na Qualidade. . . Até a própria Renault e a Fiat conseguiram sobreviver num mercado cada vez mais dificil, com subidas da Qualidade na percepção do consumidor. Hoje a Renault, por exemplo, é cada vez mais vista como um carro de qualidade média a preços baixos. E até foi ao Japão fazer um acordo com a Nissan para elevar as suas capacidades competitivas, com o dedinho japonês na Qualidade francesa, que assim vai dando cartas. . . Se neste sector industrial os europeus estão cada vez mais fortes, noutros também se vão dando cartas. E são os alemães, à cabeça, que lideram esta “revolução industrial” europeia, com a BMW, a Volkswagen e a Mercedes como ponta-de-lanças europeias.
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O interessante é que com estes juros pequeníssimos estão a entrar em tal pânico? Isso deve se dever ao fato de o Brasil, e outros sulamericanos, não estarem mais a pagar os juros, estes sim, escorchantes que pagavam anteriormente, o Brasil por ter pago ao FMI adiantado alguns bilhões dos quais era estuprado nos juros. Argentina sem pagar nada, moratória. Os bancos, estes sim, nunca perdem. Agora querem atacar a jugular do povo europeu. Até quando vamos ser escravos do crédito a juros estuprantes? Créditos às pessoas e às nações.
Chegamos a pagar a estes bancos 13% ao ano, em um PIB que não crescia, e não cresce, 8%. Libertem-se.
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