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Será que ela pensou no que disse?

16 Outubro, 2011
by

Num dos depoimentos sobre “razões para alinhar com os indignados”, um senhora, de seu nome Fátima Soares, médica de família, diz o seguinte ao Público de hoje:

“Trabalho desde 1981 e, depois de muitos anos de serviço, por vezes gratuito, reformei-me aos 55 anos. Fiz parte do grupo de médicos que, com Albino Aroso, fez com que Portugal passasse a exibir uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil do mundo. Agora ganho 1120 euros por mês. Estou indignada porque estão a matar tudo aquilo por que lutámos, incluindo o Serviço Nacional de Ssaúde”.

Ora bem, vamos por partes. Primeiro, esta senhora reformou-se ao fim de 30 anos de serviço e, se ficar na média da esperança de vida para as mulheres, deverá viver até aos 83/85 anos (conforme considere a esperança de vida à nascença ou aos 65 anos, dados da Pordata). Isto significa que lhe teremos de pagar a reforma por tantos anos quantos aqueles que trabalhou. Ela não descontou nem um décimo do dinheiro necessário para receber mesmo a sua reforma de 1120 euros, e para lhe pagar será necessário descontar a dezenas de trabalhadores ainda no activo que ganham bem menos do que ela, médicos incluídos. (um aparte: eu, que trabalho desde 1976 e sou um ano mais novo nunca me poderia reformar nem com um fracção do que recebe esta senhora porque trabalhei sempre no sector privado, não beneficio do sistema privilegiado dos funcionários públicos – não me poderia reformar nem me passaria pela cabeça fazê-lo, diga-se passagem).

Segundo, arroga-se o direito de invocar Albino Aroso, um homem incansável, como comprovei da última vez que estive com ele já ele contava bem mais de 80 anos, alguém que foi secretário de Estado (de Leonor Beleza) dea anos mais velho do que esta senhora quando se reformou, alguém que ensinou até ser forçado a jubilar-se, alguém, estou certo, que ficaria chocado só com a ideia de se reformar aos 55 anos.

Por fim devo dizer que me escapa por completo a lógica de alguém que se reforma do Serviço Nacional de Saúde aos 55 anos para, depois, vir dizer que estão amatar esse mesmo serviço. Será que não entende que são atitudes egoistas como a sua, que visam apenas beneficair de “direitos adquiridos”, que contribuem para que em Portugal não existam oportunidades para os mais novos? É preciso ter lata, muita lata…

94 comentários leave one →
  1. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 15:12

    Pegar numa boca de um participante numa justa manifestação e no seu exemplo pessoal não me parece uma atitude de génio. Como bem sabemos (eu sei muito bem), muitas empresas privadas põem um valor na conta dos seus trabalhadores que não tem nada a ver com o vencimento. Eu diria, por experiência de vida, que teria de se multiplicar por dois o vencimento para resultar no valor do recebimento. Engenharias financeiras, dizem. Eu prefiro “truques deixados pelas leis na economia ultraliberal”. Aos 65 anos, isso sim, toda a ente fica preocupada com a reforma e vê que ela não corresponde ao nível de vida dos “recebimentos” que teve.
    Este truque permite que se digam as maiores alarvidades sobre as reformas de quem nunca pôde recorrer a truques quanto ao que recebeu pelo seu trabalho.
    Alguns jornais ajudam à festa quando acham que a reforma de 4000 euros de um juiz elevada, mas se calam com as reformas de 20 mil, ou de 35 mil euros, de quem trabalhou meia dúzia de anos. É necessário é que estas pornográficas reformas sejam daqueles a quem lançamos o nosso ideológico manto protetor.

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  2. Von permalink
    16 Outubro, 2011 15:17

    Resumindo, o que o move neste post/crítica, é um sentimento de inveja, pela senhora já se ter reformado e o escriba, não. Segundo, o que a senhora descontou por sua vez, a favor seja de quem for, não é tomado em conta, só o que é preciso descontar para a senhora. Nesta selva de descontos, não inclui a nuance dos descontos que muito fazem, para que outros ainda no activo possam acumular pensões com rendimentos de trabalho, situação que, como diz, contribui para que em Portugal não existam oportunidades para os mais novos. Eu não conheço a senhora, não vi a reportagem, nem sequer fui à manifestação, porque não me parece ser por aí que as mudanças podem acontecer. A figura do boicote, económico, político e social, seria muito mais eficaz.

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  3. 16 Outubro, 2011 15:19

    Eu creio que essa senhora, bem como alguns comentadores, representam o povo (apesar de este, quase inexistente hoje em dia, não lhes ter dado procuração). Felizmente ainda se ficam pelas “assembleias populares”, seja lá isso o que for. Pudessem eles e teríamos em força os campos de reeducação para os que não crêem nos vícios do capital e desdenham a solidariedade e o aquecimento global.

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  4. lidia sousa permalink
    16 Outubro, 2011 15:22

    Como pode este conspirador de meia tigela, autor da conspiração das escutas de Belém, em conluio com o Querido Lider de Belém, então PR, com o lacaio Fernando Lima, em que aparentemente ele foi pelo menos o unico despromovido de Director a palrador na comunicação social. para ganhar uns trocos.
    Os seus comentários são sebosos como você que mete nojo, parece nunca tomar banho, tem o cabelo seboso, ladra na televisão com uma dicção horrível e ainda bem porque assim não se percebe nada, mas dá-me trabalho porque tenho de dar-lhe um tiro com o comando. Está em todo o lado e no face book a arranjar amigos. Daqui não levou nada, pois corri com ele e escrevi ao face book para não voltarem a colocar lá comentários deste verdadeiro e legitimo representante dos FEIOS PORCOS E MAUS.
    Por favor não enviem para o meu mail nada relacionado com esta abrécola, só semElhante ao ALFORRECA E AO TORQUEMADA DE TOMAR, segundo são João Gonçalves, do Portugal dos Pequeninos. Andou a rastejar mas não lhe deram nenhum taxo.

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  5. 16 Outubro, 2011 15:31

    E se a senhora se reformou por doença? Não pode?
    E não se importa de explicar como fez a conta que deu “Ela não descontou nem um décimo do dinheiro necessário para receber mesmo a sua reforma de 1120 euros” ?

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  6. Oi! permalink
    16 Outubro, 2011 15:34

    E então os “reformados” da política e das empresas públicas em que bastantes deles pouco mais descontaram que um par anos (alguns nem isso)? Ah! as aspas é porque continuam a trabalhar e a tramar o pessoal, vão para casa e calcem as pantufas, não é por acaso que a malta nova não cabe no emprego. O regulador tem que optar pelo ou ou, até para o sector privado. Se quiserem contratar um reformado então pagam-lhe o valor da reforma.

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  7. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    16 Outubro, 2011 15:38

    POIS A SENHORA QUE É PRESIDENTA DA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA REFORMOU-SE AOS 44 ANOS SEGUNDO JULGO….MAS ESSES CASOS SÃO OBTUSO ..ESTES É QUE O POVO GOSTA…NOJEIRA ALBANESA…

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  8. smile permalink
    16 Outubro, 2011 15:38

    Há destinos! Há fronteiras!
    Há razões e contradições.
    Há sonhadores com visões!
    Há energúmenos a contar tostões
    Há futuro para as vindouras gerações
    Tudo rolará como rola o mundo
    Sempre girando para o bem e para o mal
    Mas o que interessa afinal?
    Se para uns ficarem bem
    Existem outros que devem passar mal
    Mas deixemo-nos de poesias e outras tontearias
    Porque está tudo preocupado com o futuro de Portugal.
    Pois aqui será dito o futuro:
    Em Novembro de dois e doze andará PPC aflito
    Pois não adiantou apertar o cinto
    O buraco já será maior do que os subsídios
    Que já eram!!!
    Pois em virtude de grande contestação popular, passos será deposto. Decidindo o povo colocar seguro em seu lugar: Seguro que até rima com bom auguro!
    Seguro será um homem de sorte pois a existência de fabulosos recursos naturais que entretanto serão descobertos, na costa Portuguesa e na Galiza Portuguesa, permitirão ao homem começar a gastar por conta dessas riquezas já em dois mil e treze.
    Entretanto a crise de competitividade que afecta hoje as economias do sul da Europa também afectará os povos do norte da Europa……. Será um castigo de D.. para os seus egos do tamanho das suas panças….

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  9. António Sobral Cid permalink
    16 Outubro, 2011 16:00

    A minha semi-ex (engª, DGCI) reformou-se aos 56-57 levou uma talhada de 30 % ou assim, e leva para casa um pouco menos do que essa senhora, mas não está muito preocupada, conta aki com o «je» para lhe pagar as contas… 😦
    Ao menos não vai a manifs. nem presta declarações idiotas.

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  10. João Q. permalink
    16 Outubro, 2011 16:12

    Não vale a pena chamar aqui à colação as reformas dos deputados, nem dos presidentes de cãmara, nem do liberal Mira Amaral, nem do liberal Luis Campos e Cunha, pois não?

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  11. 16 Outubro, 2011 16:16

    Não são direitos adquiridos. Há para aí uns maduros que acham que, tendo menos funcionários públicos (em % da população ativa) do que muitos outros países (e nem por isso se endividaram como Portugal), ainda assim, é preciso despachar uns quantos. Vai daí, os governos têm ALICIADO FPês a sair. Reduzem a quantidade de FPês (como se isso significasse alguma coisa; por exemplo, por cada professor que sai, tem de entrar outro, porque os meninos não vão ser devolvidos às suas casas, não é verdade?) e aumentam a despesa das aposentações. E ainda desperdiçam capacidade de trabalho, porque reduzem a população ativa. Brilhante!

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  12. A. R permalink
    16 Outubro, 2011 16:22

    E a Sra não conta que custou aos cofres do Estado muito para se formar. Os dissidentes soviéticos que o digam quando saiam da URSS. Muita lata mas cada indignado tem a sua lata. Um sítio porreiro para alguns empresários agrícolas contratarem gente para as vindimas, apanha da azeitona, apanha da cereja, do morango etc. Mas trabalhar faz calos e como iam ser explorados nada como continuar na boa vida.

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  13. Zebedeu Flautista permalink
    16 Outubro, 2011 16:25

    A Presidenta da Assembleia quando chegar aos 65 vai mamar no mínimo umas três reformas. Juíza, deputada e donde já anda reformada com uns 2500 euros ao que parece.

    Não deixam de ser válidos os pontos apresentados pelo jmf sobre a médica a não ser que se tenha reformado por invalidez. Houve durante muitos anos muita bandalheira nas reformas “antecipadas” mas ao que me parece para a generalidade dos FP isso já foi corrigido. Desgraçado de quem tem mesmo de se reformar antecipadamente por doença nos tempos que correm e não tenha salário de médico ou juiz.

    Se bem que se a senhora como médica reformada e se aufere “só” 1120 euros apesar dos cortes sofridos nos últimos tempos reformou-se com a penalização na lei que agora já doí e bem. Agora se devia de todo ser impossível reformas antecipadas para quem pode trabalhar já é outra matéria.Um médico com 30 anos de serviço acho que ainda não ganha abaixo de 3000 euros na FP.

    O que me deixa estupefacto é isto nunca ter merecido um comentário de qualquer dos liberais de serviço:

    http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=30660

    Como querem que as pessoas se conformem com o inevitável empobrecimento da população em geral de modo a honrarmos a divida quando estas situações continuam. Iniquidades destas são completamente inadmissíveis. Privilégios destes para mim são um roubo puro e simples.

    Se acham que ganham mal aumentem-se. Se o salário é baixo vão para o privado e não ocupem cargos públicos.

    Não venham com merdas de prestar serviços a nação e dar contributos a pátria que os pariu que isso não pega.

    Dando um exemplo na área da medicina seria como um reputado médico cirurgião plástico resolver largar as lucrativas operações de cosmética no privado para ir para um pais de terceiro mundo em guerra ajudar estropiados mas querer manter o nível salarial e que este fosse pago pelo estado, ONU, UNICEF,etc.

    Não era o Botas que dizia que só queria ministros velhos e ricos para não roubarem? O gajo era parolo mas não era burro.

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  14. Zebedeu Flautista permalink
    16 Outubro, 2011 16:32

    Uma noticia interessante esta:

    http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2011/10/16/rtp-vai-deixar-de-pagar-comentarios-de-titulares-de-cargos-publicos

    Agora vamos ver os que continuam a aparecer e os que ficam em casa ou mudam-se para a SIC e TVI.

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  15. 16 Outubro, 2011 17:16

    …eu, que trabalho desde 1976 e sou um ano mais novo nunca me poderia reformar nem com um fracção do que recebe esta senhora” –
    Escreve o invejoso jmf1957.
    Só não percebo porque foi buscar o exemplo de uma pessoa com um curso superior dos mais longos, e com uma reforma de 1120 euros.
    Há aqui qualquer coisa que não bate certo, mas o escriba já nos habituou à sua desonestidade intelectual.

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  16. 16 Outubro, 2011 17:20

    Este País não se leva a sério. Nem quem se preocupa com os arranjos da sua vidinha, nem quem se queixa por não conseguir os mesmos privilégios… Ou isto são apenas tretas de consolação recíproca?
    Continuem em exercícios de autosatisfação… e não será difícil perceber como tudo acabará.

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  17. lucklucky permalink
    16 Outubro, 2011 17:21

    O Tuga não faz contas, não sabe, não quer saber. Só pensam no seu cantinho.

    25 anos de escola
    +
    30 anos de trabalho
    +
    30 anos de reforma
    =85 anos de vida.
    .
    Ou seja os 30 anos de trabalho têm de pagar 85 anos de vida assumindo que tem um filho por pessoa no casal.

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  18. lucklucky permalink
    16 Outubro, 2011 17:25

    “Há aqui qualquer coisa que não bate certo, mas o escriba já nos habituou à sua desonestidade intelectual.”
    .
    Só se for a tua desonestidade intelectual. Começa por não fazeres contas.
    .
    Para a senhora poder viver com 1120 euros na reforma precisaria de ter ganho muito mais do dobro dos 1120 euros enquanto trabalha.
    .
    Mera matemática coisa que parece impossível para alguns sem vontade.

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  19. 16 Outubro, 2011 17:28

    A lógica do Lucky é começar-se a trabalhar logo aos seis anos de idade e até à morte.
    Sem escolaridade e sem reforma.
    Mesmo assim ainda ficam uns vergonhosos 6 anos sem nada produzir.

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  20. Jose permalink
    16 Outubro, 2011 17:42

    Este sistema de previdência, inventado por Bismarck, em que uma geração paga as reformas da outra, fazia sentido na altura, quando as pessoas, após a reforma, viviam em média mais 2 ou 3 anos.
    Tudo mudou. Hoje vive-se, em média, muito mais tempo e o sistema da solidariedade geracional não é viável.
    Aliás tem algumas injustiças evidentes: o dinheiro que cada um desconta vai directamente para o sistema. Se a lotaria da vida lhe for desfavorável, é dinheiro perdido, por ele e pela sua família.

    É por isso que o sistema mais justo é aquele em que se desconta para o colectivo, até um dado limite ( que corresponde à máxima reforma que o sistema pagará, e que não deve ser muito alta) e a partir daí cada um trata de si, investindo em sistemas privados, comprando ouro, investindo ou pura e simplesmente pondo o dinheiro debaixo do colchão.
    A vantagem? O dinheiro é nosso, sabemos com o que contamos e se a lotaria da vida nos desfavorecer, os nossos filhos e netos ficarão com esse dinheiro.

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  21. Jose permalink
    16 Outubro, 2011 17:43

    Augusto Bastos, a sua linguagem apenas o revela a si. E não revela nada de que se possa orgulhar. Contenha-se, por favor.

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  22. lidia sousa permalink
    16 Outubro, 2011 17:48

    Gostei muito do comentário do smile. Vou gravar e enviar a amigos e conhecidos. Também gostei do Augusto Bastos: 1º porque dá o nome, pois odeio anónimos, como o nojento JMF que escreve acobertado por um pseudónimo. Infelizmente o Belmiro, por interesses ocultos não lhe deu um pontapé no cu gordo que tem ar de servir para outros fins, pois precisa de um conspirador/testa de ferro, para atingir os seus objectivos, pois manter um jornal, quase pasquim, custa muita massa e forreta como é, deve dormir muito mal a ver a conta.
    Quando viajava com ele para a Intersfoff, pois era Engenheiro quimico numa fabriqueta da Senhora do Hora, de que agora também é proprietário, andava sempre na cola de quem lhe pagasse qualquer coisa. Abençoado Pinto de Magalhães quando o contratou. Grande golpada e os herdeiros ainda andam pelo mundo à espera do deles. O Mundo é dos espertos, mas não dos rastejantes, como este lacaio.

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  23. Jose permalink
    16 Outubro, 2011 18:03

    Lídia, por favor contenha a espuma que lhe sai pela boca.
    Não é possível discutir ideias sem expelir espuma?

    Aos donos do blogue: não é possível manter um debate civilizado, correndo com todos aqueles que descem abaixo de um limiar mínimo de decência e educação?
    É que assim, não se está bem por aqui….é como andar a passear num aterro sanitário….

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  24. Beirão permalink
    16 Outubro, 2011 18:11

    A essa tal de Fátima Soares ficava-lhe bem se tivesse algume vergonha, pouca que fosse, na cara. Mas nas fuças da senhora só haverá mesmo, pelos vistos, não so a “muita lata”, mas, sobretudo, uma falta de coerência que confrange. A dita senhora, que é médica, portanto, terá a obrigação de não ser burra de todo, parou, por acaso, um segundo para pensar antes de dizer ao Público as tolices que disse, e a que acima, neste ‘post,’já foram convenientemente dissicados pelo autor?
    Pobre país! A que vil e apagada tristeza (e negra bancarrota) os ‘xuxas’ Guterres/Sócrates te conduziram!

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  25. lucklucky permalink
    16 Outubro, 2011 18:23

    “A lógica do Lucky é começar-se a trabalhar logo aos seis anos de idade e até à morte.
    Sem escolaridade e sem reforma.
    Mesmo assim ainda ficam uns vergonhosos 6 anos sem nada produzir.”
    .
    A lógica do lucklucky é a da matemática.
    Coisa que você recusa porque é uma de duas coisas: um tribalista que acredita em divindades ou um aristocrata. 2000 anos de civilização ocidental que começou com os Gregos e a matemática não o atingiu.
    Já agora não coloca os seus filhos na escola aos 6 anos?
    Julga que a escolaridade não é trabalho?
    É um investimento mutuo dos Pais e dos Filhos – que também é trabalho- e é bom que tenha qualidade.
    E só existe porque os país acumularam riqueza suficiente para poderem investir.
    Nos sítios onde não se pode acumular riqueza -Partes de África devido à violência essencialmente – não há.
    Ou no passado se se produz com a pouca eficiência de há 1000 anos atrás até os de 6 anos têm de ajudar os pais e assim acontecerá hoje novamente se um terramoto destruir o País.

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  26. lucklucky permalink
    16 Outubro, 2011 18:28

    E como os Portugueses são na maioria como você Piscoiso e recusam a cultura da Matemática preferem o Romantismo e em vez de terem uma existência de altos e baixos moderados têm uma existência de facilidades intercaladas por recessões duras.

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  27. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 18:28

    Lídia Sousa,
    .
    A sua geração não deve saber quem é o José Manuel Fernandes. Desculpo-a e compreendo-a. É um produto do sistema de ensino público português, ninguém lhe deve levar a mal que nunca tenha lido um jornal na vida.

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  28. 16 Outubro, 2011 18:32

    Onde é que estudou Matemática e que notas teve?
    Se provar isso aqui eu mando-lhe um mail com as minhas classificações nessa temática, para lhe tirar essas ideias preconcebidas sobre quem aqui comenta descontraidamente.
    Beba um copo de bom senso.

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  29. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 18:32

    Claro que os negreiros não desapareceram com o fim da escravatura. Assim, é natural que defendam as 16 horas por dia, durante 70 anos de vida.
    As máquinas, mais o trabalho negreiro, produzirão para os bolsos dos negreiros. Os jovens viverão o sonho de se transformar em escravos para poderem comer, quando na tijela dos progenitores já não for colocada comida que chegue para todos. Para infelicidade deles, nunca chegarão a escravos, porque novas máquinas substituirão os escravos mais velhos e impedirão os mais novos de lá chegar. Esta sociedade de sonho está tão arreigada na zona reptiliana do cérebro que o progresso pós-guerra o consegue limpar.

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  30. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 18:40

    Querem contas?
    .
    Se eu descontar durante 40 anos 1/3 do meu salário, mais ou menos, e me reformar aos 65 anos, o esforço estará findo a 40/3 anos, ou 13 anos. Aí pelos 78 anos já estaria a dar prejuízo. A idade da reforma deve no mínimo subir mais 5 anos (45 anos de trabalho + 15 anos de reforma = 85 anos, quando a esperança de vida ao nascer ultrapassa os 80 anos para as mulheres).*
    .
    Agora, há três coisas a fazer:
    .
    1) (medida moralizadora, nesmo se com pouco impacte financeiro) Limitar superiormente o somatório de todas as reformas recebidas por um indivíduo a um valor de, por exemplo, oito salários mínimos mensais.
    1.1) Revogar as reformas antecipadas dos políticos. 12 anos como deputado apenas devem significar 12 anos de descontos.
    2) Impedir qualquer reforma antecipada, seja qual for, salvo doença ou incapacidade. Neste caso, ninguém poderia exercer qualquer outra profissão ou receber rendimentos das categorias A ou B.
    3) Quem estiver a trabalhar nas categorias A ou B suspende o recebimento da sua pensão.
    4) Quanto aos reformados em idade de trabalhar, são chamados a retomar o trabalho, e ou vão, ou desenrascam-se de outro modo, pois só continuarão a receber as reformas a partir dos 68— nova idade de reforma, necessária para manter o sistema a flutuar por mais um pouco de tempo. Salvo doença ou incapacidade comprovada, o que aliás dá ao Arlindo da Costa uma desculpa para se reformar hoje mesmo. 😉
    .
    ——-
    * Os homens morrem mais cedo que as mulheres precisamente porque as têm de aturar.

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  31. 16 Outubro, 2011 18:41

    … e em vez de terem uma existência de altos e baixos moderados têm uma existência de facilidades intercaladas por recessões duras.” – lucklucky
    eheheh
    Só faltava o catecismo Luchy.

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  32. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 18:43

    Fico sem saber se o Francisco Colaço é um produto de famílias ricas, com todos os meios ao seu dispor e colégio pago junto com os da classe, ou daqueles que não obtendo classificações para estudar nas universidades públicas teve de recorrer às privadas e agora acha que é melhor do que os outros.
    Ah! Mas não tenho nada com isso, obviamente. É só para desabafar.

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  33. Beirão permalink
    16 Outubro, 2011 18:43

    Esta seita parasitária do Estado, tipo Lídia Sousa e Augusto Bastos, por que raio não hão-de ir eles verter todo o seu reles e repugnante ódio contra pessoas de bem, só porque não concordam com a ideologia política da canalha vermelha, para a Coreia do Norte, esse paraíso celestial que, um dia, a esquerdalhada quiz (e ainda quer) implantar em Portugal?
    Corja de gajos nojentos!

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  34. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 18:44

    Fincapé,
    .
    Nesta sociedade, ninguém nasce escravo. Muitos empresários se fizeram com muito trabalho e muita cabeça antes de a nossa classe empresarial se encostar ao Estado. E ainda continuam a fazer-se. Muitos têm quatro, nove ou doze anos de escolaridade.
    .
    Em vez de clamar contra o empresariado e os seus privilégios, porque não faz um plano para mudar a sua vida, iniciando uma actividade por sua conta, e o executa? Pode não ser mais fácil que fazer queixumes incessantes, mas tem maiores proveitos e é bastante libertador.

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  35. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 18:47

    Beirão,
    .
    Experimentem fazer essas experiências aqui, neste país, e ver-se-ão no lado errado de uma baioneta.
    .
    Podemos exportar esses idiotas para Cuba? Pois é, nem eles lá os querem. Além disso, Cuba anda a vender a liberdade de prisioneiros políticos ao Ocidente como já fez a Alemanha mais que Democrática no tempo do Eric Honecker. A cinquenta mil dólares por prisioneiro político.

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  36. lucklucky permalink
    16 Outubro, 2011 18:53

    Não há muitas hipóteses Francisco como se lê pelos comentários do Piscoiso e do Fincapé a única coisa que existe é emoção.
    Tomaram a decisão -económica diga-se – de serem emotivos porque isso dá pouco trabalho para ter votos concordantes da sociedade à volta deles. São a replica de 90% os políticos que tivemos e temos e poderiam substitui-los sem se notar a diferença. Talvez venham a ser os novos João Jardim.

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  37. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 18:53

    Francisco Colaço
    Eu não me estava a queixar. Estáva só a ser racional. Não vê por aí o capitalismo internacional a liquidar tudo o que é trabalho? Está a mandar-me competir com o Mc Donald’s ou com o Starbucks? Ou a competir com alguma empresa de consultoria internacional? Ou com os escritórios de grandes advogados? Ou a concorrer a projetos de construção? Acha-me assim tão maluco? Todos os dias fecham centenas ou milhares de empresas e pensa que isso acontece porquê? Se gosta assim tanto do sistema, força e muita sorte. Entretanto, vou vendo se consigo passar pelos intervalos da chuva, fazendo o que faço e penso que sei.

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  38. jlh1917 permalink
    16 Outubro, 2011 18:59

    escreve o “piscoiso”:
    “A lógica do Lucky é começar-se a trabalhar logo aos seis anos de idade e até à morte.
    Sem escolaridade e sem reforma.”

    ó piscoiso… mas trabalhar é alguma pena do inferno? é alguma forma de tortura ou de punição injusta? é uma escravatura? é um mal necessário? uma submissão desumana, uma baixeza temporariamente tolerada?
    é alguma actividade contrária ao bem humano e à felicidade?
    para ti, parece que é.

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  39. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 19:01

    Fincapé,

    Classe média. Escola pública. Média boa do secundário. Universidade Católica Portuguesa, primeira escolha, Engenharia Industrial. Trabalhador estudante, por turnos numa fábrica para pagar o curso. Melhor aluno do curso, não apenas do ano. Doutoramento directo. Sem ensinar na universidade em 2004. Sem desejo de voltar.
    .
    Respondi às suas perguntas, mesmo sem verbos nas frases?

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  40. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 19:01

    Tem razão Lucklucky
    Se dependesse de mim, não haveria fome, nem desgraçados no planeta. Haveria gente a viver melhor ou pior, mas os que vivessem pior comeriam todos os dias. Sou um pecador.
    Nem haveria o desemprego que há entre os jovens. Nem que isso significasse reduzir o tempo de trabalho dos outros. No tempo em que a inteligência se sobrepôs à ganância, foi essa a filosofia e o progresso viu-se. Agora, entregues a merkles, sarcozis, berlusconis, tea parts e outros ainda piores que se escondem atrás dos cifrões, temos aquilo que vemos. Faça-lhe bom proveito.

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  41. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 19:05

    Fincapé,
    .
    Eu vejo isso tudo e sobrevivo bem com isso. Se sobrevivi em teatros de guerra, onde os brancos são potenciais reféns, acho que sobreviverei na selva portuguesa.
    .
    Com criatividade, vontade de trabalhar e bastante bom senso, tudo se consegue. Sou, confesso a minha infelicidade, um pouco falto na primeira e na terceira virtudes, mas nunca me faltou a segunda.

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  42. Arlindo da Costa permalink
    16 Outubro, 2011 19:08

    Ó Sr. JMF1957, deixa-te de tretas.
    Estás num lado da barricada onde defendes os chulos e os corruptos da sociedade.
    Depois não chores se aparecer por aí um «Pinochet» que vá pôr-vos num estado de futebol para que vocês possam fazer «peladinhas» em cuecas…

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  43. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 19:09

    Ok, Francisco Colaço
    Sendo assim, apresento-lhe as minhas desculpas. Mas fica-me uma grande dúvida, porque o cérebro humano é uma coisa que me fascina, para o bem e para o mal.
    Sendo uma pessoa inteligente, como consegue ter as ideias que tem?

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  44. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 19:18

    Fincapé,
    .
    «Se dependesse de mim, não haveria fome, nem desgraçados no planeta. Haveria gente a viver melhor ou pior, mas os que vivessem pior comeriam todos os dias. Sou um pecador.
    Nem haveria o desemprego que há entre os jovens. Nem que isso significasse reduzir o tempo de trabalho dos outros.»
    .
    Se dependesse de mim, o homem já teria inventado a cornucópia, vivíamos na Cocanha (permita-me, Zazie!), e seríamos sustentados com maná e codornizes, como os israelitas no tempo do Êxodo.
    .
    Infelizmente não é. Não depende de mim.
    .
    A cada direito de um indivíduo é contraposto um dever da sociedade. Se o meu caro Fincapé (vá lá, deixe aqui o seu verdadeiro nome!) pudesse apenas com palavras resolver todos os problemas da sociedade, e palavras bonitas é coisa de que não é falto, até eu o acreditaria. Mas quer saber uma coisa, caro amigo? Quem prometeu tudo a todos acabou por escravizá-los e a tirar-lhes até o pouco que possuiam.
    .
    A verdade é esta: a economia não depende de si, nem de mim, nem do Lucklucky, nem do primeiro-ministro ou do ministro da economia, por mais que estes dois últimos tentem fazer tudo para fingir que sim. Se tira o tempo de trabalho aos outros, os chineses invadem-nos de baratarias e de pechinchas que tiram o dinheiro do país — isso até agora acontece. Aliás, corre-se o risco de haver muito direitos para os trabalhadores que hajam e trabalho nenhum para haver trabalhadores.
    .
    A economia e o desenvolvimentos são um um jogo. Um jogo de deve e haver. Se prometer mais do que pode pagar, tem de pedir emprestado. E depois tem de sacrificar a sua prosperidade futura a pagar juros e capital da dívida contraída. É neste nó socrático (insulto intencional!) que nos encontramos. Temos um nó górdio que teremos de desatar, pois não o pode cortar com a espada.

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  45. 16 Outubro, 2011 19:20

    Depois do curriculum do Colaço, fico sentado à espera do curriculum do Lucky.
    O caixote do lixo é na esquina.

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  46. A. R permalink
    16 Outubro, 2011 19:29

    Caro Colaço

    Esqueça que estes atrasados não sabem fazer contas nem sabem para que serve um folha de Excel. Também já fiz essas contas e estão essencialmente correctas embora dependa das valorizações do capital guardado para a reforma. Se esta esquerdalha infantil, mirabolante e embrutecida descontasse para a sua própria reforma e recebesse integralmente dela talvez fizesse outras contas. Infelizmente vão por aqueles contos da Carochinha que o dinheiro há-de aparecer.

    Por alguma razão os comunas nunca puseram nada de útil em pé.

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  47. 16 Outubro, 2011 19:37

    Ainda bem que falam no Excel.
    Antes dele aparecer, já eu trabalhava no Lotus 123.
    E antes desse no Symphony.
    Gráficos não tinham. Era no Harvard Graphics.
    Mas isto é só para contrapor a alguns exibicionistas que por aqui aparecem.

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  48. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 19:45

    Ó meu caro Fancisco Colaço,
    acabou de destruir as ideologias! Quer dizer, não as destruiu, criou apenas uma, que nem sequer é a do capitalismo sem “alma” e sem rosto. Desta vez criou a ideologia do “temos de nos defender do trabalho escravo chinês, defendendo-nos com trabalho escravo”. Não, meu caro. A minha ideia é melhorar a sociedade, não piorá-la para me defender dos maus! Os factos consumados de umas quantas empresas ocidentais quererem vender na China, porque os chineses são um bom negócio por serem muitos, ou o ter-se desregulado o comércio (inventando a globalização) não são suficientes para a minha adesão. Defeito meu que me prejudica o ânimo. Mas o que hei-de fazer? Olhe, vou-me distraindo por aqui a defrontar moinhos de vento.
    Já agora, dou-lhe razão numa coisa: ninguém deveria gastar mais do que aquilo que ganha, a não ser em situações especiais ou de necessidade de investimento com retorno. Sendo assim, mais uma razão para castigar o capitalismo obsceno internacional que, através das suas armas – os bancos, andou a malbaratar dinheiro com quem não poderia ter retorno, nem tinha economistas e juristas a rodos para os aconselhar como tinham esses mesmos bancos.

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  49. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 19:54

    A.R acabou de dar um tiro na responsabilidade pessoal que tanto defende.
    Estou mesmo a vê-lo a assumir um contrato escrito com uma pessoa oferecendo-lhe determinadas condições e no dia seguinte a rasgá-lo. Todos os que descontaram para a Segurança Social têm esse contrato.
    Antigamente, bastava a palavra de honra. Muita gente, entre ricos e pobres, se suicidava quando não conseguia cumprir um simples acordo verbal. Agora estamos nesta.
    Esta bem, A.R, Se é isso que defende e que o faz feliz, faça favor. Não me fale é em evolução dos homens e das sociedades. Nem queira que todos pensem assim. De resto, tudo bem!

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  50. lucklucky permalink
    16 Outubro, 2011 19:56

    A.R como diz Piscoisos e Fincapé começariam a sua educação se tivessem de descontar directamente para a sua reforma.
    E começar a pensar nisso desde a adolescência com os pais.
    Como não têm de o fazer podem fazer este jogo egoísta. Declarações de eloquentes para receberem palmadinhas nas costas. É esse o comportamento dos políticos .
    .
    “Se dependesse de mim, não haveria fome, nem desgraçados no planeta.”
    Já agora a melhor maneira de o começar a fazer é criar uma empresa…

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  51. 16 Outubro, 2011 20:13

    Ó lucky deixe-se desses juízos de intenções sobre quem desconhece, porque só o ridicularizam.
    Vc parece daquelas alcoviteiras dizendo que este e aquele é isto e aquilo, para “venderem” a informação.
    É um sintoma de corruptelas.

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  52. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 20:20

    Fincapé,
    .
    Tem muita razão em tudo o que diz, no entanto apenas se defendo dos chinocas (que estão eles mesmos a colapsar) e dos indianos (os próximos senhores que se seguem) se erguer barreiras alfandegárias.
    .
    Pode acusar-me de ser conivente com a situação presente; será injusto em o fazendo. Quero livre iniciativa bem regulada pelo Estado. O Estado deve cingir-se a fazer cumprir os contratos e a proteger o bem social, deixando liberdade aos contratados de fazerem o que desejarem. Assim como hoje é ilegal contratar um assassinato, ou que a transportadora cobre bilhete da Covilhã para o Barco e me deixe a meio caminho, no Dominguizo, apenas porque lhe deu na cabeça fazê-lo. Ou que se venda queijo com batata como queijo da serra genuíno.
    .
    Mas não há barreiras algandegárias; e por isso temos de trabalhar mais e melhor. Estamos expostos a empresas sem um terço das nossas exigências sociais e ambientais, a partir mesmo daqui do país do lado, de Espanha. Todos, gestores, empresários e trabalhadores, são afectados por esta situação, que apenas agrada aos consumidores (esquecendo eles que são trabalhadores— bom, alguns são, e desses algum há que realmente trabalhe).
    .
    O socialismo não é solução, e tem sido parte do problema. A economia planificada dos Sovietes deu cabo desses países porque as pessoas são naturalmente corruptas. Onde há socialismo, não há iniciativa individual, nem por consequência estímulo ao desenvolvimento e à inovação. O país socialista é o país do passa trabalho, onde se faz o mínimo que se possa para se parecer ocupado, cuidando que alguém trabalhará. É o país do «tenho o direito de ser sustentado pela sociedade», em vez de se trabalhar. É irónico que as pessoas que hoje trabalham nas vindimas do Douro provenham exactamente dos países onde os paraísos socialistas e as economias cientificamente planificadas estiveram implantados.
    .
    Não há qualquer capitalismo de rosto humano porque precisamente não existe capitalismo. A livre iniciativa é apenas um reflexo de vários actores sociais desejarem sobreviver ou prosperar por diferentes meios. O Estado deve perseguir a verdade nos contratos, a legalidade nas transacções e por fim proteger o indivíduo das desfeitas da sorte. Por esta última razão temos, como sabe, educação gratuita (diga isso a quem tem de utilizar o subsídio de férias para pagar os livros das crianças!) e saúde garantida. Por isso protegemos crianças, idosos, deficientes, doentes e pessoas que temporariamente perderam, por azar como a perda de um filho ou um acidente, a capacidade de produzir. Isto e justiça, mas o que passa disso é a pior das injustiças.
    .
    E temos cometido muitas injustiças. A ponto de utilizar ucranianos para fazer o que os portugueses não querem fazer.

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  53. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 20:21

    “Já agora a melhor maneira de o começar a fazer é criar uma empresa”
    Ó lucklucky,
    Gostaria de trabalhar para mim, é? Fico contente.

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  54. A. R permalink
    16 Outubro, 2011 20:35

    “Esta bem, A.R, Se é isso que defende e que o faz feliz, faça favor. Não me fale é em evolução dos homens e das sociedades. ” Evolua homem …Não seja superficial nem contorne as questões. All programs–> Microsoft Office–>Excel e faça as contas à sua vida não conte com o dinheiro dos outros para a governar.

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  55. neves permalink
    16 Outubro, 2011 20:53

    Fico absolutamente atónito com este post do JMF, tinha-o como pessoa inteligente, ou então trata-se de algo pessoal contra os médicos de familia. Também sou MF e estando na casa dos 40, percebo perfeitamente que esta profissional quisesse a reforma antecipada, caso não saiba as condições de trabalho nos ultimos anos, não têm nada a ver com o que havia apenas há 10 ou 15 anos. Actualmente tenho de trabalhar com 5 programas informaticos diferentes, sou obrigado a dispensar horas para actividades como ECCI ou UCC´s, algo que NÂO È medicina geral e familiar, mas uns tachos criados para alguns, que ainda acham que somos um País rico e em vez de os cortes irem por aí (nas gorduras) vão aos nossos salários e (acumulando) ás tabelas de horas extra (que somos obrigados a fazer!) com uma redução de 25%. Tudo bem que o Estado tem de cortar, mas haja bom senso e proporcionalidade e sentido de justiça! Aquilo que Gaspar e Passos vão fazer não passa de um exercicio de Socialismo prático, nivelar tudo pela tabela baixa, então reformar o Estado é cortar 25% (15 dos subsidios, 5 das deduções no IRS, 5 na média dos salarios dos FP) nos vencimentos? Onde está a extinção de institutos, a redução de deputados, o corte nos fundos para fundações, o fim dos subsidios para associações de vão de escada que somam centenas de milhares de euros por distrito… ?? É que só vejo cortes nos vencimentos e aumentos de impostos !!! Note bem que estão proibidos (!) os pedidos de licença sem vencimento !! Isto é que é liberalismo?
    Então eu se quiser lançar-me noutra actividade tenho de largar tudo em que investi toda a vida e começar a zeros? Bom, estou a afastar-me do ponto, que era contestar o post, a idade é jovem, sem duvida, mas está de acordo com a lei, não? Inveja ( grande sentimento nacional além do fado) parece detetar-se na comparação pessoal que faz consigo! Além de que desconhece se apenas usufrui da reforma ou faz do seu tempo livre actual algo de util para a sociedade, trata-a como se fosse alguém do RSI… Quantia; de 1100 euros, é impressão minha ou nem parece um valor adequado para reforma? Sim, sei que as médias nacionais, e no privado são piores e então? Não é nada um valor que escandalize! Esperança de vida (é uma lotaria) isto das médias é lixado, ainda este ano morreu um colega meu de ataque cardiaco, na casa dos 50, há 2 anos foi outra colega com problemas respiratorios, na casa dos 50. E estas pessoas descontaram muitos e muitos euros dos seus vencimentos de médicos. Alguém comentou a hipotese de um teto de descontos para o Estado, o resto gestão pessoal, não poderia estar mais de acordo, mas afinal só temos governos socialistas… Onde estão os graus de liberdade esperados deste novel governo? Ah, finalmente, o Albino Aroso, que há de errado em dizer que fez parte da sua equipe? Não conheci pessoalmente, apenas as consequências do seu empenho, mas fez tudo sózinho? Esquece o sr. JMF que a actividade de MF é muito, muito, trabalho de equipa? Especialmente na área da saude materna e planeamento familiar, também não é justo comparar figuras impares da medicina, com aqueles que estão uns degraus abaixo, nem todos podemos ser impares, lembro-me do Renato Trincão (patologista de Coimbra) que se reformou aos 70, por obrigação legal e CONTINUOU a vir ao seu local de trabalho com alegria e dando motivação a todos os que o rodeavam! Não é justo esse tipo de comparações!

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  56. 16 Outubro, 2011 20:56

    Francisco: «Com criatividade, vontade de trabalhar e bastante bom senso, tudo se consegue.»
    Aqui na Cuba do costume infelizmente não se consegue nada. Experimente ter vontade de trabalhar e vai ver com que amigos fica em Portugal. Se tiver um pingo de criatividade é como um prisioneiro que sabe ler, todos olham de lado. Então se tiver criatividade e vontade de trabalhar tudo junto, bem pode imigrar.
    Claro está, se não tiver laços familiares com o “regime”.

    R.

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  57. Portela Menos 1 permalink
    16 Outubro, 2011 20:59

    tão lindo! os Yes Man de serviço irritam-se com os comentadores que não dizem amén ao sr jmf !

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  58. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 21:02

    Francisco Colaço,
    Não me é difícil concordar com muito do que diz. Mas se é verdade que muitos emigrados são dos países que se diziam socialistas, também é verdade que agora esses países têm na sua maioria economias demasiado descuidadas em relação aos seus cidadãos. E, se fosse possível, provavelmente quereriam todos emigrar para economias que se preocupam mais com os cidadãos, como as nórdicas, tão pouco exemplares para os nossos políticos, mesmo que se digam social-democratas. Mas preocupa-me muito o facto de haver trabalho pago que os portugueses se recusam a fazer. Não o acuso de ser conivente. Penso que parte do que diz em relação à necessidade de proteção dos cidadãos, tanto em momentos de crise, como pelo facto de terem insuficiências já é uma parte da resposta a muitos problemas. Digo uma parte, porque não acredito que ninguém seja tão capaz, comparado com os outros, que consiga enriquecer ilimitadamente. Por isso, ao contrário de si, e tendo em atenção os números que de vez em quando se anunciam, o capitalismo existe. E torna-se humano quando o próprio capitalista considera um abuso aquilo que tem e contribui para a sua distribuição das mais diversas maneiras, inclusive exigindo maior pagamento de impostos. Nunca se questionou sobre as capacidades de um homem, em comparação com os outros, de forma a pensar no limite possível para aquilo que poderá acumular? Ou considera que esse valor é infinito?
    Há pouco esqueci-me,
    José Ribeiro

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  59. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 21:04

    Oh! A.R,
    Espanta-me a sua profundidade! Como quer que lá chegue? Não consigo, homem!

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  60. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 21:19

    José Ribeiro,
    .
    Prometa-me que vai ler «A Fogueira das Vaidades». Não me lembro do nome do Autor, mas foi um livro que me marcou. Deverá gostar, pois casca exactamente no que havemos falado. Detesto novos-ricos, detesto a idiotice e o esbanjamento, abomino as revistas e jornais que me dizem que tenho de ter um relógio de oiro ou uma pasta de couro Esbanjon de seiscentos euros para ser alguém. Não os condeno, aos jornalistas, apenas estão a fazer a sua vidinha captando publicidade. Mas escolho ignorá-los. Muitos há que sofrem exactamente porque não o fazem.
    .
    Se os políticos tivessem ignorado os apelos dos nossos empresários sanguessugas, do betão, não teriam pedido emprestado à banca. Não condeno quem nos emprestou. Condeno quem pediu emprestado para a terceira auto-estrada entre Nenhures e Lugar Nenhum. Quem passou para a direcção da Mota-Engil após lhe ter dado mil milhões de euros em contratos. Quem beneficiou a Iberdrola com contratos e mordomias para depois assumir a direcção da mesma. Quem negociou a dívida do Estado às SCUT em perda para Portugal para depois assumir a direcção de uma das empresas que beneficiou. Condeno sobretudo o país que não exige responsabilidades perante esta imoralidade.

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  61. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 21:26

    Rogério,
    .
    Se quiser crescer demais e muito depressa, invadindo o terreno dos instalados, terá dificuldades. Mas é possível viver e prosperar se o fizer devagarinho.
    .
    Como disse, vontade de trabalhar, criatividade e bom senso vencem as mais árduas jornadas. A vontade de trabalhar é o motor, a criatividade o leme e o bom senso o sonar que detecta os rochedos e os perigos escondidos nas profundidades.
    .
    Mesmo hoje, Portugal está cheio de oportunidades. O Anti-Comuna não deixa de o sublinhar. Temos um povo fantástico, inteligente, criativo. Pena que também alguns tenham mais indignação que iniciativa.

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  62. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 21:38

    Um dos últimos livros que li com muito interesse foi “Previsivelmente Irracional”, de Dan Ariely. sobre economia comportamental, como o autor o define. Comprei-o quando foi editado, mas ainda não o tinha lido. A novidade para mim são os seus estudos e experiências, porque as conclusões já as tinha há muito. Isto é, a racionalidade que muita gente pensa existir nos mercados, simplesmente… não existe. Aquilo que diz sobre marcas de pastas e de relógios enquadra-se nesse modelo de “economia comportamental”.
    Quanto ao livro que recomenda, tomei nota. Apesar de não dar conta em termos de leitura das compras que vou fazendo (para não contrariar completamente Dan Ariely, 😉 ), vou tentar encontrar.

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  63. Portela Menos 1 permalink
    16 Outubro, 2011 21:57

    Francisco Colaço Posted 16 Outubro, 2011 at 21:19 (…) Quem passou para a direcção … de uma das empresas que beneficiou (…)
    .
    nao se esqueceu do eng. Amaral e da Lusoponte/ Vasco da Gama?

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  64. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 22:01

    Portela Menos Um,
    .
    Obrigado pelo acrescento. Inclua.

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  65. Francisco Colaço permalink
    16 Outubro, 2011 22:03

    Fincapé,
    .
    Biblioteca pública. Mais barato. O livro é do fim dos anos 80, se bem me lembro.

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  66. manuel morgado permalink
    16 Outubro, 2011 22:13

    Meus caros,
    Atirou-se à médica que se reformou aos 55 anos. Mas nunca o ouvi dizer nada do Mira Amaral que ao fim de uns meses na CGD se reformou e ficou com uma pensão líquida de 15000 euros, da Cavaquíssima Figura do Palácio de Belém ou dos Campos e Cunha, todos, que passaram uns tempos uns tempos pelo Banco de Portugal.
    Já agora, é capaz de dizer quanto ganha lá no sector privado? e quanto, efectivamente, desconta para a Segurança Social?

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  67. Zebedeu Flautista permalink
    16 Outubro, 2011 22:28

    Para entreter também pode ir vendo o filme.

    http://www.imdb.pt/title/tt0099165/

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  68. Fincapé permalink
    16 Outubro, 2011 23:00

    Os meus agradecimentos.

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  69. tirem-meapatadecima permalink
    16 Outubro, 2011 23:55

    Há por aqui uns maduros que nunca governaram um quiosque de funcinários públicos que seja e que se põe com palpites. Eu, que já governei muitos, digo-vos à puridade que metade, sim 50%, dos funcionários indiferenciados é perfeitamente dispensável. Quanto a médicos não há excesso nem falta, só é preciso pô-los na ordem e em primeiríssimo lugar dar cabo da pita da ordem deles, quanto aos professores há muitos milhares que não fazem nenhum e que por mais efectivados que estejam devem ser sumariamente despedidos (é uma vergonha haver horários zero e profs a ‘trabalharem’ nas bibliotecas (sem livros, mas com muitos computadores que como se sabe exigem muito trabalho de catalogação). Há seguramente um milhão de pensionistas com idade inferior aos 70 anos e em perfeitas condições de saúde. Logicamente deviam perder a pensão e voltar a trabalhar. Estou farto de ver essa geração de aproveitadores a passar todo o santo dia nas pastelarias a consumir os 2 ou 3 mil euros que recebem mensalmente. Não e não eram quadros superiores, eram, por exemplo, professoras primárias com o antigo 5º ano (agora 9º ano) que se reformaram aos 50, funcionários da CGD, dos correios, e toda uma cáfila de ‘trabalhadores’ que há muito vive á custa dos camelos que aguentam esta merda, 200 mil famílias que pagam as contas dos 10 milhões e que não vão jantar fora, nem para hotéis em férias, nem o caralho, pagam as contas porque têm o azar de ter família, mais de dois filhos e, por isso, ordenados acima dos miseráveis mil euros. Enqunato não entrarem em conta com o agregado familiar na fixação de impostos, cortes ou isenções, os membros deste governo são filhos da pita como os gatunos do anterior.

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  70. VFS permalink
    17 Outubro, 2011 00:07

    E o Boaventura de Sousa Santos e os Bispos?
    Não podiam ter expressado as opiniões de outra forma?

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  71. ana permalink
    17 Outubro, 2011 09:12

    e o autor do post não lembra as horas e horas de descanso que esta senhora teve ao longo dos anos em que trabalhou e que devia reembolsar ao estado tostão a tostão….
    este blog está a ficar cada vez mais recheado de desonestidade intelectual ou cegueira ideológica. não brinquemos. a situação descrita não me fere os ouvidos nem os bolsos de contribuinte. pelo contrário tive pena de uma pessoa com formação longa e especializada, numa profissão de ritmo de trabalho intenso e desgastante, que se encontra com 1200 euros mensais. Espero que tenha encontrado um trabalho extra qualquer para arredondar o orçamento mensal. lá porque a pobreza se generalizou neste país não vamos defender que morrer de fome é que é a referência e o que estiver para além da miséria negra é chulice.
    há cada vez mais posts destes neste blog e é muita pena. não é por aí que nos safamos.

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  72. 17 Outubro, 2011 09:20

    jmf é mesmo parvo.
    Devia ser preso pelas aleivosias que escreve.
    Ter inveja de quem teve de se reformar aos 55 anos é ser muito idiota.

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  73. 17 Outubro, 2011 10:16

    O jmf devia era indiganar-se com as reformas doiradas do Mira Amaral, do Santana Lopes, do Jardim da Madeira, etc. Mas desses o jmf não fala!… Pudera.

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  74. esmeralda permalink
    17 Outubro, 2011 12:09

    Obrigada pelo seu texto José Manuel Fernandes! Eu fui Professora e como costumo dizer fartei-me de me impedirem de o ser para passar a vida em reuniões de treta e a preencher papeis. O tempo na sala de aula escasseava. Partilhei isso com os pais! Quanto à minha REVOLTA, que a tenho e há muito tempo, agora reside mais no facto de ver “revoltados” tão tardios! Onde andaram até agora? Estavam a ver, acomodados, se a coisa passava? Ontem, o padre na missa, estabelecendo uma comparação com a actualidade disse “não se geriu bem aquilo que era de todos!” Há dois ou três anos ouvi António Barreto em Coimbra dizer que, pelo caminho que se estava a trilhar, Portugal corria o risco de se tornar inviável. Mas chamaram-lhe exagerado, catastrofista! O livro “Como enriquecem os políticos” diz muito e o prefácio de Henrique Neto também deve dizer alguma coisa a todos nós!

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  75. 17 Outubro, 2011 12:19

    Eu não vou dizer que a Esmeralda é idiota, só por ter posições diversas das minhas.
    Cada qual com a educação que teve.

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  76. Portela Menos 1 permalink
    17 Outubro, 2011 12:28

    parece que no blog Arrastão andaram à procura de artigos de JMF acerca das reformas douradas de Cavaco Silva e outros amigos e não terão encontrado nada …

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  77. Plus permalink
    17 Outubro, 2011 13:59

    Post elucidativo.
    Quando houver indignados na Assembleia de República por casos-tipo semelhantes a este eu também serei um deles.

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  78. Pedro permalink
    17 Outubro, 2011 14:19

    Amiga Esmeralda, o JMF está á espera que lhe diga com que idade se reformou e com quanto se reformou, para saber se lhe deve agradecer tanta solidariedade com o post dele.

    Já agora, fica-lhe muito bem essa falta de solidariedade com a médica, sem sequer saber as razões pelas quais ela se reformou. A amiga trabalhou mais do que a médica, foi? E quantos anos estudou?
    Portanto, a começar pelo JMF, todos aqui queremos saber com que idade se reformou e qual é a sua reforma, o que faz, se ocupa os seus dias de forma proveitosa para a sociedade, etc. Isto de atirrar pedras aos outros, tem a sua consequência, como sabe. É uma questão de educação.

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  79. Cachamorra permalink
    17 Outubro, 2011 15:48

    Hó Francisco Colaço as suas continhas estão feitas ao pormenor não hajam dúvidas. Mas faltou o pormenor mais importante. É que esse capital que está a ser descontado ao contribuinte não fica imobilizado, está ao serviço de alguém, como tal vai crescendo sempre, vai-se valorizando. E você sabe muito bem disso, mas como é desonesto escondeu essa particularidade. Eu costumo chamar Xico espertismo às pessoas que têm o seu tipo de comportamento, a si não o faço por uma questão de respeito e por concluir que tenho uma moral mais elevada que a sua. No entanto aconselho-o a não insistir com este tipo de pantominas, a paciência esgota-se até num santo.

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  80. neototo permalink
    17 Outubro, 2011 15:54

    Este JMF57 é o mesmo que encontrou os antecedentes da comunicaçao global na conquista de Ceuta em 1415?.

    Apanhados estamos. Por que este que diz que “El periodista destacó que el primer sistema de comunicación global fue el que configuraron los navegantes portugueses y españoles a partir de la conquista lusa de Ceuta en 1415” dá para deduzir que o probe anda sim GPS global…

    http://www.elfarodigital.es/ceuta/cultura/43605-jose-manuel-fernandes-habla-de-la-informacion-globalizada.html

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  81. Cachamorra permalink
    17 Outubro, 2011 16:21

    A questão do funcionários publicos não pode, não deve, é errado, é desonesto, é escabroso, é uma ignominia, é uma afronta vexatória ser tratada como está a ser feito. Faz parte de uma campanha que pretende atingir outros fins e outros objetivos. Como por exemplo servir interesses privados. E a populaça ignorante afina por esse diapasão.

    Comecemos por um exemplo extremo. Os funcionários publicos ocuparam os seus lugares com fuzis de assalto na mão? Repito; exerceram violência para entrar para a função publica? Não.
    O quadro da função publica foi aumentado objetivamente com a intençao de servir os interessas instalados, das sucessivas governações desde Soares, passando por Cavaco até Sócrates. Sabiam que criando uma classe média pujante tinham apoio garantido.
    Portanto toda e responsabiliade desta situação é de quem nos governou nos últimos trinta anos e contribuiu para este laxismo. O resto são blasfémias.

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  82. Carlos Fonseca permalink
    17 Outubro, 2011 16:47

    Genralizar e construir análises pretensamente científicas a partir de casos individuais é um erro próprio de ignorantes ou mal intencionados. Sim, porque incomodado com manifestações de milhares, quem se limitar a usar num único caso, ainda por cima de valor limitado de 1.120 euros, na comparação com a situação própria incorre em grosseiro ou desonesto juízo, sem fundamento ou a menor capacidade heurística.
    Todavia, individualismo por individualismo, eu que descontei 48 anos para a segurança social antes de me reformar, sobre 14 mensalidades anuais, tendo sido director da Covina, CUF e Sociedade Nacional de Sabões, serei espoliado de 4200 euros anuais em 2012, 2013 e, como diz Bagão Félix, para sempre. Que cálculo faz para justificar este e não outro valor, para além do mero cálculo simplista de aplicar uma penalização de 14,2872% sobre a pensão anual? Responda lá, então, o ex-maoísta Fernandes, mesmo recorrendo à sabedoria das contas de merceeiro.
    Há momentos em que é preferível estar calado ou evitar escrever disparates, só que JMF, por idiossincrasia, é uma espécie de “faz tudo” que não deixa a pista do circo, mesmo quando não diverte ninguém, a não ser ele próprio com as aleivosias proferidas. Um verdadeiro palhaço, sem graça e naturalmente sem saberes matemáticos – o Nuno Crato que lhe dê uma ajuda, Pelo menos este, desonestidade e capacidade reconhecidas, sempre o poderá auxiliar a compreender a fórmula da capitalização do dinheiro descontado dos reformados, ao longo do tempo. Que, de resto, é uma função exponencial – sabe o que isto signfica? Não? Já esperava.

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  83. Francisco Colaço permalink
    17 Outubro, 2011 18:44

    Neototo,
    .
    Considere os preparativos da conquista de Ceuta o primeiro grande sistema de informação do Mundo moderno. Se se der ao trabalho de ler, vai ver a gesta, o brilho e as façanhas de uma nação inteira de crisãos, judeus e muçulmanos a trabalhar em segredo e a enganar toda a Europa.

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  84. Cachamorra permalink
    17 Outubro, 2011 20:12

    O Colaço é um extremista nacionalista fanático . Ou pior que isso é um demente encartado. Com que então o mundo moderno começou com a conquista de Ceuta? Realmente deixou-me baralhado com a sua afirmação.
    O seu caso é mesmo grave, e não sei onde aconselhá-lo a ir tratar-se, havia um hospital na Gomes Freire que era o indicado para esse tipo de doenças. Infelizmente também foi encerrado.

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  85. Zegna permalink
    17 Outubro, 2011 23:27

    Existe aqui gente que não conseguiu perceber o post do JMF1951 , isto não se trata de inveja sobre a dita senhora , 1120 eur recebe a senhora e ela acha pouco ………..se recebe-se 300 eur ou menos se calhar nem tinha dinheiro para sair de casa como muita gente por esse Portugal fora.
    1120 eur é pouco?! ……..temos pena……..

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  86. 18 Outubro, 2011 13:44

    Sou funcionário público e, tal como muitos outros, vou sofrer com os actuais cortes. Nada que não soubesse ou, pelo menos, adivinhasse.
    Entendo perfeitamente o estado de emergência actual e disponho-me a sacrificar-me pelo bem da nação (mais uma vez) mas o que me deixa indignado e desiludido é saber que estas medidas pouco ou nada tem de estruturais e a ausência de reconhecimento de que também nós, os funcionários públicos, seremos credores do estado uma vez que este se prepara para romper um contrato connosco (e estou até a esquecer o corte anterior sob a forma de imposto especial).
    Assim pergunto eu:
    1º Não deveria o estado assumir a dívida para connosco e entender este nosso esforço como um empréstimo mesmo que a juro zero, a qual deveria ser honrada posteriormente numa fase menos complicada?
    2º Porque pode o estado romper contratos connosco e não com outros, nomeadamente os consórcios envolvidos nas PPP’s ou mesmo com os mercados financeiros?
    3.º Porque têm que ser os trabalhadores no activo a pagar a factura mais elevada? Todos sabemos que o actual modelo de estado social está falido. Somos cada vez mais um país de velhos, logo de pensionistas. Há um número crescente de pensões de valores incomportáveis (para cima de 1500 euros) e cada vez menos trabalhadores no activo.
    Eu entendo bem os objectivos (camuflados) do governo e, confesso, até concordo com eles: tornar a carreira do funcionalismo público pouquissimo atractiva e assim levar a que os func pub. saiam pelo seu próprio pé da mesma. Tal será o objectivo maior da medida anunciada pois o mesmo nível de receitas (ou de cortes, como quiser) poderia ser obtido, e com vantagens, através de cortes nas pensões e, sobretudo, alterações muito mais significativas no subs de desemprego e rendimento social de inserção.
    Houvesse coragem para isso e assim teríamos verdadeiras medidas que revolucionariam a nossa economia e mentalidades, sobretudo se paralelamente houvesse um choque fiscal que tirasse o garrote contributivo que é o maior impecilho ao nosso desenvolvimento económico.
    Para terminar, e peço desculpa pela longa exposição, gostaria de dar um grande ênfase a outro dos garrotes que, desde há muito, espartilha a sociedade portuguesa: a Justiça!
    Estou em crer que se houvesse uma justiça cega e eficaz 2/3 dos nosso problemas seriam resolvidos ou menorizados.
    Se houvesse essa justiça o estado não vilipendiava tão facilmente os seus cidadãos e não rasgaria os contratos que tem com os mais fracos.

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  87. N.K. permalink
    18 Outubro, 2011 17:31

    JMF é um fartote nos tempos que correm. uma ideia lúcida, minimamente sustentada, para recuperar o país? nããã. usa um exemplo mal amanhado de alguém que descontou sem falcatruas, alguém que não podia declarar o ordenado mínimo tendo a chavita do mercedes no bolso do motorista, e deixa latente a ideia de que a culpa é de gente como esta. a reforma dos miras amarais nesta vida? deixa estar. as reformas do presidente do cavaquistão? népia. lembrar-se de que a economia é uma ferramenta que deve servir as pessoas ao invés de ser usada para as punir em nome de “buracos” que elas não criaram? bem, esse é o tipo de coisa que JMF terá guardado no mesmo local onde guardou o seu limado jornalismo.

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  88. 18 Outubro, 2011 20:30

    A médica em causa, que se reformou depois de 30 anos de serviço, contribuiu com descontos durante 30 anos para que a reforma lhe fosse garantida.
    De resto, se os mais velhos se reformarem há mais hipóteses de emprego para os mais jovens que iniciam as suas carreiras. Eu por mim não quero ser tratado por uma médica de oitenta e um anos.

    Este post parece-me mais uma questão de inveja rasca contra os funcionários público, ,essa coisa tão típicazinha da mediocridade neoliberal .

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  89. 18 Outubro, 2011 20:34

    A esmeralda é que tem a culpa – ela e todos os que votaram nos que chumbaram o PEC IV e tudo fizerem para o anterior governo caísse, entregndo-nos mãos da especulação sem freio, no meio d euma crise económica de que não há memória.

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