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Cortes na despesa segundo os portugueses

24 Outubro, 2012

1. Todos os portugueses são a favor de cortes na despesa.

2. É melhor cortar na despesa do que aumentar impostos.

3. Os cortes não podem ser em bens essenciais como educação, saúde e segurança social.

4. Os cortes também não podem ser feitos na cultura, nem na segurança, nem na justiça.

5. As empresas de transportes são essenciais.

6. Não pode haver cortes no serviço público de televisão. Cortar na RTP levaria à degradação da programação televisiva.

7.Cortar nos transportes, no subsídio de desemprego e nos complementos para idosos é prejudicar os mais fracos.

8. A minha área específica de trabalho é absolutamente essencial. Nem pensar em cortar aí.

9. Protestos contra corte de despesa são sempre maiores que as manifestações a favor de cortes na despesa.

10. Não há memória de protestos contra aumentos de despesa.

11. Ganham-se eleições a prometer aumento de despesa. Nunca se ganham eleições a prometer cortes.

12. Corte-se em tudo menos nos salários das pessoas.  E menos nas pensões. E menos no apoio às empresas.

13. Cortar no investimento público causa desemprego.

14. Os cortes não devem ser cegos, embora o aumento da despesa o possa ser.

15. Todos os cortes devem ser precedidos de estudos infindáveis. Esta regra não se aplica ao aumento da despesa.

56 comentários leave one →
  1. LDR permalink
    24 Outubro, 2012 10:06

    Não confundir portugueses com as pessoas que têm voz nos Media. O problema de Portugal é que os Governos assim que são eleitos esquecem os portugueses e passam a governar para os Media e para as pessoas com voz nos Media.

    Ouvi bastante críticas favoráveis entre as empregadas domésticas, nos autocarros, a favor dos cortes dos subsídios de desemprego. Dizem que antes era um abuso. As pessoas continuavam a trabalhar e acumulavam o subsídio.

    São estas pessoas que votaram no Passos Coelho, gente simples e que percebe mais de orçamentos do que a cambada de socialistas que povoam os Media. São estas pessoas que são ignoradas por Passos Coelho quando fala na televisão. E é por isso que vai perder as eleições. Deixou de falar e de governar para elas. Passou a governar para os Merdia.

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  2. neotonto permalink
    24 Outubro, 2012 10:31

    E que é o que diz a cartilha do Santo Hayek sobre do respeito?

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  3. André permalink
    24 Outubro, 2012 10:39

    Este comentário é um bocado miope e representa erradamente o que tem vindo a ser dito. Vejamos:

    As pessoas aceitam sem dúvida cortes na educação, desde que sejam cortes racionais em vez dos apelos reiterados de se cortar a direito sem saber no que se está a cortar. Por exemplo, é plenamente defendido o encerramento de cursos e até de faculdades inteiras caso certos critérios não sejam cumpridos, como o de preenchimento de vagas.

    As únicas pessoas que não aceitam cortes na chamada “cultura” são os parasitas que vivem à custa dos subsídios concedidos às cegas, ou talvez por apadrinhamento, por parte do estado. Este problema existe, e é grave, grave ao ponto de João César Monteiro ter gravado o infame “branca de neve” em protesto a esse parasitismo. Portanto, o povo naturalmente que não se opõe a esses cortes.

    Os cortes na justiça e segurança já são mais melindrosos, porque a justiça já funciona mal e nestes tempos de crescente insegurança não é boa ideia reduzir a capacidade de operação de todo esse sistema.

    As empresas de transporte só são essenciais para os sindicatos que as controlam. Se Portugal vendesse hoje mesmo a TAP ou a Carris a custo zero, haveria gente do povinho a celebrar.

    Os cortes na RTP só são preocupantes se puserem em causa o acesso à informação. Sim, a empresa é controlada pelo governo, mas mais vale ter um canal de comunicação contrlado pelo governo do que ter todos os canais de comunicação controlados por gente como espanhois, angolanos, belmiro de azevedo e pinto balsemão.

    O resto dos argumentos são disparates desconchabados. Naturalmente que com um nível de impostos destes, Portugal em geral tende a ficar muito receptivo a políticas mais liberais, e consequentemente cortes profundos na despesa. Estes cortes seriam facilmente realizados se o governo investisse numa campanha de escalrecimento do país sobre as escolhas a fazer, e no limite se atirasse as decisões de gestão para as pessoas mediante a convocação de um referendo sobre que organismos seriam cortados. Se uma campanha de propaganda idêntica montada pelo PCP levou um número significativo de portugueses a acreditar que a despesa em submarinso é significativa, com certeza que uma campanha anti-propaganda de informação, esclarecimento e eliminação deste obscurantismo fiscal traria rapidamente a população em peso a favor de cortes massivos no estado.

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  4. piscoiso permalink
    24 Outubro, 2012 10:46

    Dos 3 posts seguidos sobre cortes, tenho a dizer que
    o Coelho é um Cortador de Promessas.

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  5. PMP permalink
    24 Outubro, 2012 10:47

    O JM ainda não descobriu que existem despesas superfulas no estado que podem ser eliminadas sem causar grande transtorno à sociedade.
    .
    Ao contrário, cortes na educação , saude e s. social causam grande transtorno especialmente aos mais pobres.
    .
    Com um desemprego nos 16% toda a atenção aos mais pobres não é demais.

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  6. Ricardo Guerra permalink
    24 Outubro, 2012 10:59

    Pois é, a Mirandolândia seria tão mais apelativa sem esses melgas dos portugueses…

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  7. Bernardo SB permalink
    24 Outubro, 2012 11:06

    E pelos vistos, o “PMP” também ainda não descobriu que as despesas supérfluas do Estado são mesmo “supérfluas” [e não “superfulas”]. Traduzido para miúdos: para reduzir o défice é preciso fazer cortes que tenham algum impacto no orçamento. Se os deputados bebem água do Lusa ou da Penacova, se há 230 ou 180, se os ministérios têm mais técnico menos técnico ou se os pavões de S. Bento comem comida gourmet, são tudo questões muito engraçadas e tipicamente populistas, mas que espremidas não têm qualquer expressão a nível orçamental.

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  8. Paulo permalink
    24 Outubro, 2012 11:07

    Hoje é m dia de viragem.
    O João diz “cortes da despesa segundo os portugueses” e enumera.
    Como ele é presumivelmente tuga, também já se passou para o lado dos demais.
    .
    Ou isso ou logo à tarde ai trazer a outra lista, a que traz o corte de salários e pensões que ele defende à exaustão (naquela lógica dominante de cortar no bolso dos outros é sempre maravilhoso) e quem sabe mais alguma coisa palpável.
    Sei lá, que tal propor a abolição dos abonos de familia, quem quiser ter filhos que os sustente. E porque nao propinas desde o pré-escolar, de valor substancial em relação ao custo. E porque nao abolir dos meios de saúde comparticipados todos os exames com custo superior a 100€. Na segurança interna é cortar as policias para metade, e fazer uma lei a autorizar toda a gente a ter arma de defesa pessoal.

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  9. A. Pereira permalink
    24 Outubro, 2012 11:14

    É isso mesmo. Emcheio!

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  10. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 11:25

    .
    O OURO COLETVO DE TODOS OS PORTUGUESES À GUARDA DO BANCO DE POTUGAL:
    .
    se a Troika, ou seja lá quem for quiser penhoraremos este ouro para naturalmente o abarbatar a seguir,
    .
    então está na hora de ABANDONAR o EURO e eventualmente declarar default se necessário também for.
    .
    .
    Com as segundas reservas mundiais de ouro a nova moeda portuguesa (Luso, ou Escudos ou lá como lhe quiserem chamar) não será uma moeda desvalorizadissinimamente como gritam os alarmistas por aí a anunciar catastrofes.
    .
    .
    Em ultimo recurso é abandono do EURO unilateralmente porque o abuso que nos querem IMPOR À FORÇA é INACEITAVEL seja sob que pretextos forem. O ouro no Banco de Portugal é sagrado, hoje mais que nunca dada a presente conjuntura mundial que se sobrepõe à Europeia.
    .

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  11. JoaoMiranda permalink*
    24 Outubro, 2012 11:27

    JCA,
    .
    Se esse ouro servisse para alguma coisa não estaríamos fora dos mercados.

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  12. 24 Outubro, 2012 11:27

    “Todos” é muito abusivo.
    Discordo de muitas das ideias (se é que são ideias) apresentadas como sendo de “todos”.

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  13. Paulo permalink
    24 Outubro, 2012 11:31

    Mais ideias para o João
    .
    E nesse sumidouro de dinheiro que são as autarquias, porque nao cortar todos os subsídios a colectividades. Querem corridas organizem-se sozinhos, usem o facebook como nas manifestações. Pistas, piscinas, pavilhões! Isso é coisa de ricos, o melhor é transformar em spa e vender ao Pestana.
    E para quê bombeiros, os piquetes de urgência das câmaras que apaguem os fogos, e depois logo reparam os canos quando tiverem tempo, as pessoas compreendem se ficarem uma semana sem agua em casa.
    Jardins públicos, estão loucos, plantem é couves e trigo!
    Lares de idosos, fechem todos e cada familia que tome conta dos seus.
    Recolha de lixo, para quê, faz-se um aterro com a porta aberta e cada um que leve lá os seus resíduos.
    Tratar os esgotos! Há 50 anos ninguem tratava e eram felizes, para quê tanta etar que são caríssimas.
    Mercados municipais, qual a vantagem, se podem usar as usa para vender os produtos?

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  14. p D s permalink
    24 Outubro, 2012 11:51

    João Miranda,

    – quanto vale um Submarino ? e as despesas de manutenção ?…digamos que em DEZPORCENTOS dos Subsidios ?
    Quer apostar que não iriam ser o desempregados a importar-se com o corte na despesa.
    Naturalmente outras vozes se levantariam…mas essas já o JMiranda não ouve..nem critica!

    Tenham vergonha! Mais miseravel é o iluminado que sabe e não diz, que o desmepregado que perde o que não tem….!

    Os sacanas dos desempregados, lá terão que encontrar “10%” de gorduras e despesas passiveis de cortar.
    Os economistas do Governos, a unica gordura que visumbram são os 10% dos desempregados.

    Elites de merda….dasss!!!

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  15. JEM permalink
    24 Outubro, 2012 12:26

    “3. Os cortes não podem ser em bens essenciais como educação, saúde e segurança social.”

    Existe em Portugal um grande equívoco sobre cortes em áreas de serviços essenciais, como a educação e saúde. Quando se fala em cortar nestas áreas, a associação imediata que se costuma fazer é cortar nos serviços prestados. Ora isso pressupões que estas áreas estariam a ser geridas sem desperdícios e num nível absoluto de eficiência e sem qualquer fraude. Ninguém acredita nisso.

    É, naturalmente, possível cortar (e muito) nos custos destas áreas sem com isso comprometer a prestação destes serviços (revisão de processos elimiando carga burocrática, administrativa e redundânci de actividades, alargar horários dos médicos / professores, concentração de turmas / escolas, combate à fraude muito comum nas áreas de apoios sociais e de prescrição de medicamentos, uniformização de actos médicos, etc).

    Este governo mantém um grande problema de comunicação. Não aprendeu nada com o spin dos socráticos. Conseguem com que as suas comunicação tenham sempre um “anti-spin”.

    Quando quiserem cortar nos desperdícios, ineficiências e fraudes da saúde e educação , digam isso mesmo “cortar nos desperdícios, ineficiências e fraude na saúde e educação ” e deixem de dizer “cortar na saúde, educação”.

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  16. PiErre permalink
    24 Outubro, 2012 12:26

    Não é preciso cortar tanto. Basta só cortar o pescoço aos políticos e seus apoiantes, sem excepções.

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  17. votoembranco permalink
    24 Outubro, 2012 12:29

    As minhas medidas de cortes na despesa perdindo aso JM que faça as contas.
    1 – Renegociar, reavaliar e baixar a taxa de rentabilidade das PPPś.
    2 – Fundir camaras municipais de forma a que apenas haja uma câmara municipal por distrito.
    3 – Terminar com as empresas municipais e passarem estas para o controle dos municipios de onde nunca deviam ter saído.
    4 – Fim das nomeações de confiança política para cargos em institutos, empresas publicas, embaixadas e acessorias ministriais – acesso apenas por concurso público.
    5 – Fim de embaixadas em países onde não tenhamos uma forte emigração, passando os negócios destas a serem feitos por protocolos com a embaixada do Brasil.
    6 – Avaliação de todos os funcionários públicos de forma a que sejam dispensados os cronicamente absentistas e os inúteis, mínimo de 5%, sendo a responsabilidade dessas avaliações das chefias directas.
    7 – Terminar com todos os Institutos publicos e fundações.
    8 – Se algum destes institutos e fundações forem considerados indispensáveis pelos serviços prestados, deverão ser então integrados em serviços públicos semelhantes.
    9 – Redução semelhante ao escalão máximo do IRS en todas as verbas atribuídas ao governo, presidente da republica, parlamento, camaras municipais, governos regionais, forças armadas, etc.
    10 – Por principio terminar com todos os contratos da industria parecerística dos grandes escritórios de advogados e criarem no Estado um corpo de juristas capazes; em casos excepcionais a atribuição desses pareceres ou estudos devem ser entregues por concurso publico internacional.
    11 – Terminar com os reguladores passando essa tarefa para o governo.
    12 – Ensino gratuito e obrigatório passa para o 9º ano e não até aos 18 anos como agora.
    13 – Pagamento de uma percentagem das consultas e tratamentos no SNS conforme uma percentagem do declarado no IRS; as crianças até aos 10 anos, mulheres grávidas, deficientes físicos e ou mentais, idosos com idade superior a 65 anos, doentes crónicos com doenças a assinalar, etc, terão tratamentos gratuítos.
    14 – Criar uma lei anti- corrupção eficaz e um serviço Anti Fraude, exercido por pessoas acima de qualquer suspeita, com o fim de investigarem todos os crimes de fugas de capitais, lavagem de dinheiro, corrupção no interior do Estado e nos partidos políticos, etc, com o fim de recuperar para os cofres públicos muitas das verbas que lhes foram sonegadas e punir de forma exemplar os criminosos de colarinho branco.
    15 – Renegociar com a Troica a taxa de juros a pagar pela “ajuda”!
    16 – Abrir concurso púiblico para gestores das empresas púiblica, com objecctivos definidos em cadernos de encargos, tendo como fim uma redução de custos a definir.
    17 – …

    Há mais, mas por aqui me fico.

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  18. vivendipt permalink
    24 Outubro, 2012 13:00

    Se esse ouro servisse para alguma coisa não estaríamos fora dos mercados.

    E quem lhe disse que não serve para nada? O JCA tem razão no que escreve.

    Tendo em conta as atuais “habilidades” económicas praticadas em todo o mundo, o ouro pode até eventualmente num futuro não muito distante, ser novamente associado à circulação de dinheiro, o regresso do padrão de ouro.

    O ouro acumulado pelo Salazar não deverá ser utilizado de forma alguma para pagar as dívidas do Sócrates mas sim para manter e preservar a independência de Portugal.

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  19. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 13:06

    .
    Joao Miranda (11.27H) como já viu estou bem fora de ‘bota abaixos’ ou ‘oratorias, psy-ops de circunstancia”
    .
    propositadamente ressalvei com esta introduçãoo porque a conversa é outra, o ‘sem emoçoões, creia que não tenho nenhuma na manga, porque aqui é aqui direto, frio,
    .
    “Se esse ouro servisse para alguma coisa não estaríamos fora dos mercados.”
    .
    não percebi (e é verdade) o que quiz dizer. Também me sucede a mi quando não tenho tempo para dar a atenção devida, que devida seria mas indevida por não ter tempo.
    .
    Vamos descascar isso ? Tem tempo alem do seu tempo normal ?
    .

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  20. JEM permalink
    24 Outubro, 2012 13:21

    As empresas “low cost” são actualmente das favoritas em toda a europa (IKEA, easyjet, Ryanair, decathlon, ibis, etc).
    O conceito é simples: entregar aos consumidores apenas o que querem, tendo para isso eliminado os “extras” e redesenhando de raiz os seus processos para se tornarem muitíssimo eficientes. A poupança em termos de custos (que normalmente é enorme) é entregue ao consumidor sob a forma de preços mais baixos.

    Precisamos de uma revolução Low Cost no Estado Português.

    Um Estado que nos preste UNICAMENTE os serviços que verdadeiramente queremos. Fazer redesenho dos processos dos serviços. Fazer orçamentos de base zero para definir exactamente as necessidades de recursos. Eliminar TUDO o resto.

    No final, o Estado deverá devolver-nos a poupança de custos, baixando-nos substancialmente os impostos.

    Não queremos um Estado “TAP”. Queremos um Estado “Ryanair”.

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  21. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 13:22

    .
    Vivipendipt (13.00H) é simples, complementando e dialogando sem remorsos ou odios de gajada ‘avariada’ nos azimutes geneticos ou de berço, primários que nada tem a ver com ‘pessoal da barraca’ que por vezes não e como eles, outra vez representa essa espécie de elite servindo-se da ‘barraca’:
    .
    É.
    Se o ouro não vale nada porque é o que querem para pagar os juros ou não sei quantos ? Então como é ? Se não vale nada, vamos já distribuir o ouro pela rapaziada toda, a começar pelos que andam aí a armar-se em governanças, mas não abusem que isto para dividir por TODOS ….. :))))))) Vão SF … com tanta conversa.
    .
    Admitamos que ‘nao vale nada’ então em vez de estar a ocupar espaço no Banco de Portugal dividam-se isso por cada Cidadão, que suponho se chama Português …. :)))
    .
    Tanta treta, até a Maria Antonieta com a ferro da guilhotina quase em cima do ‘cou’ dizia a mesma coisa porque nunca soube dizer mais nada alé do já não há brioches.
    .
    Na France porque exemplos do mesmo por esse mundo fora, incluindo cá, é mato, alguma tinha ser referencia historica, é a francesa e está certo porque depois eh pá tantas iguais mesmo na França …
    .
    E eu sou um pacifista, sempre fui capaz, harmonizar os extremos. Falo por mi, nem melhor nem pior mas bem diferente. Candidato a nada.
    .

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  22. 24 Outubro, 2012 13:23

    Há mais, mas por aqui me fico.
    E ainda bem.
    Aacaba de acrescentar mais 200,000 desempregados a receberem o respectivo subsídio.

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  23. André permalink
    24 Outubro, 2012 13:31

    Realmente considero cultura, educação, saúde, segurança social, segurança, justiça e os transportes essenciais. A RTP pode começar a não depender do dinheiro do Estado se se tornar um pouco mais comercial (tiver mais anúncios), também pode demitir alguns jornalistas de fraca qualidade.
    Quanto à cultura, não compreendo as fundações. O Estado não deve ter qualquer influência nas fundações, mas deve ter museus públicos gratuitos para cidadãos portugueses (ou residentes em Portugal) mediante o comprovativo. A educação deve ser pública (sem PPPs), mas os colégios a existirem não devem ter quaisquer subsídios. A saúde deve ser pública em áreas essenciais à vida dos cidadãos, sendo que os hospitais privados podem tratar do resto mediante pagamento dos cidadãos que desejarem. A segurança social deve ser altamente plafonada, não deve ter pensões muito altas ou muito baixas. Deve assegurar subsídios a quem deles necessita e obrigar a todos aqueles que roubaram o Estado (não declarando os rendimentos para terem apoios sociais) a repôr a totalidade do dinheiro com juros de 20%. A segurança e justiça são os setores primordiais do Estado e a polícia deve aumentar os seus efetivos. O exército não necessita de ser tão grande e pode muito bem fazer vigilância territorial nas matas e florestas, afinal, se os bombeiros são soldados da paz, os militares são soldados da guerra em tempo de paz.
    O setor dos transportes deve ser público e ter preços para os passes mediante os rendimentos de cada um. De facto, milhares de pessoas precisam dos transportes públicos para irem trabalhar todos os dias (e muitas pessoas precisam deles mais baratos).
    Pode-se cortar em despesas administrativas do estado central (gabinetes de ministros, secretários de estado, etc,). Pode-se cortar em carros de serviço, em motoristas, em secretários, em acessores. Pode-se cortar em transportes para deputados (pode-se muito bem conceder-lhes um passe gratuito para todos os transportes públicos do país, de modo a que não precisem de carros de serviço nas deslocações). Pode-se cortar em salvações milagrosas à banca, entre as quais a do BPN, que depois foi privatizado por um valor muito inferior (mais valia ter sido um investimento da CGD e ficar com o estatuto do BNU). Pode-se cortar em proteções policiais a políticos (quem não deve não teme), pode-se cortar em órgãos fandango da república que não servem para nada. Pode-se cortar em salários altíssimos nas empresas públicas (e nos próprios ministérios).

    Uau! Tantos cortes, mais valia estar calado porque para todos os portugueses de esquerda (como eu) estes são setores onde não se pode cortar. Eu devo ser duma esquerda muito de direita (embora seja mais ligado ao BE). Pronto, eu devo ter problemas mentais. Se calhar sou de direita só que acho que o Estado deve participar em setores importantes e não em hipocrisias.

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  24. vivendipt permalink
    24 Outubro, 2012 13:33

    JCA o Ouro não vale nada mas é o grande fenómeno das exportações.

    É só demagogos mesmo.

    Outra achega para os iluminados… Constâncio “conquistou” o lugar no BCE com o ouro de Portugal ou terá sido pelo BPN?

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  25. PMP permalink
    24 Outubro, 2012 13:33

    Bernardo SB,
    .
    Continuar a insistir que vale a pena manter a despesa superfula é ridiculo e anti-liberal.
    .
    Corte-se 2 mil milhões na despesa superfula e mandem os boys e girls trabalhar ou criar empresas no sector privado.
    .
    Isso é que é liberal, não é cortar no estado social em primeiro lugar.
    .
    Estão a fazer um péssimo serviço ao liberalismo com a insistência que fazem na manutenção do desperdicio !

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  26. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 13:55

    .
    Os problemas da TAP e não sei quantas, são simples
    .
    pagar de acordo com o que a Empresa consegue render,
    .
    o resto uns dizem que são ideologias, outros que são chico espertismo duma gajada nas ‘gestões, os postos pela idade, as subidas na horizontal ou por ‘sopros’ …..) que quere mamar mais do que a Empresa ou o Empreendimento Social consegue parir diariamente, ou há dos impostos para parir diariamente, etc etc etc,
    .
    e isto vale para a Saude, para a CP, para a Educação, para a TAP, e para um rol que até é limitado (nem é um que nunca mais acaba),
    .
    Sequer Politica ou Estadismo, Gestão e Admnistração de trazer por causa. Quanto muito chulice e gamanço legal, mas isso é o que dizem o tal problema de Justiça que estou fora, nem aquece nem arrefece porque a questão imediata digamos por várias palavras ao gosto de cada um: de ‘gestão’, de ‘admnistração’, de ‘patronato’, de ‘exploradores da classe operária’, de ‘gatunos’, de ‘politicos de aviario das juventudes, ‘de mulas velhas’, de ‘catedráticos’, de ‘certas elites’ etc etc etc .
    .
    Está é tudo fuck. Ardeu. Mas repito ‘Rola bem’, o caminho das pedras, dos disparates, dos ilusionistas, do ‘suposto’ gamanço, dos artistas, dos contorcionista, dos cleptomaniacos hiprativos, dos trapezistas, dos ‘audizados e mercedizados representativos” etc etc etcque até está a rolar bem. É ou não é ?
    .
    estas coisas tem uma coisa boa,
    .
    que dizem boa, quando já não chega para muitissimos porem comer na mesa, pôr escola para os seus filhos (não é só pô-los a viajar por lá, é mais), pôr dinheiro na Saude para evitar sobretudos de madeira
    .
    então chegados aqui, estamos no vortice de que não se sai, cumpre até ao fim como vórtice da Natureza e do tempo. Mas há por aí meia duzia de palermas, transversais a todos os Partidos que, infelizmente sonham com ‘guilhotinas’, o pescocinho a sentor o fio afiado de aço. Odeio isso.
    .
    Mas não consigo desiludir o sonho dos palermas que são carneirada quando estavam convencidos que carneirada eram os outros. As manhas e ronhas dos tugas uns com os outros. Cá nosso, ‘filosofias’ das troikas e outros que tais não percebem nada disto que já sobreviveu quase 1000 anos. E eu também no todo todo também não sei escrever esse todo. Mas que é, é.
    .

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  27. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 14:14

    .
    Parece que há um problema qualquer com a reprodução do YoutTube mas fica o link,
    .

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    A Alemanha tem de se demarcar rapidamente disto, porque arrisca-se a que o Euro seja a sua moeda nacional em vez do Marco, abandonada por todos os outros da União Europeia, os Escandinavos nem aderiram, os Ingleses nem aderiram, e os que aderiram vão abandonar porque o outro lado da moeda Euro quem ‘manda’ não quere resolver por isso acaba com o Euro, fica só para quem manda e não quere. Nem chega a 2014 como estão a esticar.
    .

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  28. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 14:25

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    Não receiem reproduzir os YouTubes que o pessoal não empranha nem por fotos nem por textos, ^V~e ou lê mas sabe o que quere, lapis azul é que parece um bocado censura (pode serer erro tecnico-informatico no blog):
    .

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  29. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 14:25


    só mais um, e acaba aqui,
    .

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  30. Cáustico permalink
    24 Outubro, 2012 14:27

    Quem conhece minimamente a administração pública sabe que há muito onde cortar.
    Quem não conhece, propõe corte de salários dos funcionários públicos, pensões e prestações sociais – é o caso deste governo e respectivos acólitos.

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  31. Bernardo SB permalink
    24 Outubro, 2012 14:49

    Caro PMP,
    Dizer que este governo não é liberal em relação à economia só pode ser verdade se com isso quisermos dizer que é ultra-liberal, ou neoliberal. A questão do Estado Social está mais que debatida e são os próprios beneficiários desse “Estado gordo” que admitem que é um modelo totalmente insustentável (vide e.g. as declarações de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimetar: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1870626). Cortar no Estado Social não é uma opção é uma imposição e deveria, está claro, estar associada sempre a um estímulo da actividade privada.

    Relativamente aos cortes supérfluos, não neguei que devessem ser feitos, alertei apenas para a sua expressividade em termos orçamentais que os torna, por si só, ineficazes, pelo que não podem ser o centro das atenções, como muitas – e erradas – vezes o são.

    Quanto à questão do ouro sugiro a leitura de um artigo, ressalvando a parte onde diz que a dívida das administrações públicas ascende a 218 mil milhões, quando segundo os dados do segundo semestre, a dívida não chega aos 200 mil M€, http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=47446

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  32. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 14:51

    .
    “Quem conhece minimamente a administração pública sabe que há muito onde cortar.”,
    .
    é um sonho bem intencionado que nunca consegue cortar nada porque dialieticamente entra na infindavel discussão da ‘equidade’ porquê aqui e não ali sustentado com argumentação (palavreado) tão forte quer dos de ‘aqui’ quer dos ‘ali’,
    .
    donde nunca se conseguiu sair, nem se sai nem se sairá porque o renda floretina é tão bem bordada que seja cortar nos ‘daqui’ ou nos ‘dali é um ‘sonho de verão, fica sempre um que é uma VITIMA TERRIVELMENTE INJUSTIÇADA,
    .
    portanto só há uma via para resolver, se o objetivo for mesmo esse o que a opinião publica NÃO ACREDITA fora das nomenkalturas e apartniks partidários’,
    .
    corte a eito duma ponta à outra, salomonica e transversalmente, de cerca de 4% sobre as todas as despesas relativamente aao OE de 2012 (excepto juros de divida sagrados enquanto decidirmos estar no Euro), .
    ,
    ou seja um unico paragrafo será(ia) o OE 2013, para em 2013 acabarmos com esta treta de Crises E Austeridades duma vez por todas se a ideia é de facto manter Portugal no Euro etc e tal
    .
    é mais BARATO para os Empregados, Empregadores, Familias, Funcionarios Publicos que os ‘excel’s’, ‘projeções e teorias deste e daqueloutros grandes referencias mundiais de economistas e financeiros’ de quem os conhece muito bem e sugere aquele simples paragrafo como o OE para 2013,
    .
    entre outras porque ENCERRA DEFINITIVAMENTE a DESTRUIÇÃO EM CURSO pela mão, voluntaria ou involuntaria há de tudo, dos adeptos do borrão que estão a apresentar para OE 2013, de boa ou má fé há de tudo,
    .
    para resolver a RECONSTRUÇÃO do nosso País que não tem nada a ver com as contas de merceeiros nem com politicos adeptos de mercearias de boa ou má fé que nem interessam para o assunto muito longe de bisbilhotices e telenovelas em politiquês por essa comunicação social em que tão pucos acreditam, antes gozam,
    .
    ao que fizeram chegar isto, ao que chegámos, concluo por mais adepto do pacifismo, do bom senso e do grande pensar. Onde estamos já não ponho as mãos pelo lume que o que se desejaria seja alguma vez realidade.
    .

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  33. vivendipt permalink
    24 Outubro, 2012 14:52

    Se esse ouro servisse para alguma coisa não estaríamos fora dos mercados.

    Um simples exercício para ver como a estupidez é reinante na economia.

    Se Portugal criasse um banco de investimento, com as suas reservas de ouro, e usando as regras atuais do sistema bancário, essas mesmas reservas de ouro permitiriam obter recursos de € 160 mil milhões.

    Portugal, poderia comprar assim a quase totalidade da sua dívida pública e com uma taxa de juro à escolha.

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  34. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 15:00

    .
    esta é um enigma a bricar entre a rapaziada das sebentas e catedráticos:
    .
    se regressássemos, ou regressarmos ?, ao Escudo a divida nacional e os juros reduzem automaticamente a mesma percentagem da eventual desvalorização dessa que sria, será ?, a nova moeda Portuesa,
    .
    e esta hein ? E porquê ? Tá lá. Em terra de cegos quem tem olho é rei. Não falha.
    .
    Estiquem as meninges mas não venha com mil folhas de doutoramentos nem de mestrados que isso é para a Escola.
    .

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  35. alsameiro permalink
    24 Outubro, 2012 15:09

    E UMA DOSE DE BORDOADA??????????

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  36. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 15:17

    .
    Para mi a União Europeia, o proprio Euro reparado dos erros de forma que tem que o inviabiliza ser moeda em todas as circusntâncias e conjuntamente no interessede CONSTRUTIVO cada um dos socios, são um designio,
    .
    mas os designios passam a ser estupidez qunado o designio é a fastado para cada vez mais longe por quem pode e não quere fazer o designio destruindo por razões que só eles saberão ou estrão convencidos.
    .
    E aí não há Banco de Fomento que safe a coisa. Chegados aqui não podemos arriscar, já fomos longe de mais em tudo, incluindo no engodo do dinheiro facil que nos puseram no prato para enfardarmos, traiçoeiramente sem avisar do veneno escondido
    .
    que não discuto se era obrigação dos de lá de fora ou dos cá de dentro.
    .
    Por acso, e só por acaso, nunca aceitei comer desse prato porque não me cheirava bem. E não estou arrependido. Como milhões de Empregados, Empregadores, Familias e Funcionarios Publicos nunca vivi acima das minhas possibilidades, nemgastei mais do que aquilo que o meu trabalho ao fim do mês produzia em Euros.
    .

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  37. JCA permalink
    24 Outubro, 2012 15:24

    .
    alsameiro, ” E UMA DOSE DE BORDOADA??????????” pode fazer o favor de se explicar melhor ? Convém por uma questão de transparência do que é o quê e para quê. Não percebi. Mas sugere que interesse se melhor explicado.
    .

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  38. 24 Outubro, 2012 16:28

    Logo, só há quatro soluções:
    “outras políticas” (PCP)
    “outro caminho” (PS)
    “a troika [que paga reformas e salários dos FP] que se lixe” (BE)
    “Não pagamos que as pernas deles até tremem” (imbecil)

    Há dias o Mário Crespo perguntava a F.Louçã qual era então o “outro caminho”. Resposta: “assim é que não pode ser.”
    Ontem teve a descarga merecida do convidado do Jornal das 9, que o informou sobre o que pensava sobre as pessoas que a SIC convida habitualmente para o programa.

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  39. PMP permalink
    24 Outubro, 2012 16:55

    Bernardo SB,
    .
    A despesa não social é de 40% da despesa.
    .
    Cortar 10% da despesa não social equivale a 4% da despesa , ou seja mais que suficiente para um deficit de 3%.
    .
    O estado social é o garante de uma sociedade mais saudável, educada, criativa e consumidora.
    .
    O sistema dual capitalismo / estado social foi responsável pelo maior crescimento economico e de bem estar da historia da humanidade.
    .
    Só pseudo-liberais, neoliberais ou candidatos a liberais podem defender que os cortes no estado social sejam mais prioritários do que no desperdicio e no estado burocrático.
    È uma ideia sem qualquer base racional.
    .
    Já agora para onde vai o dinheiro que o estado social paga aos funcionários e fornecedores ?

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  40. Tiro ao Alvo permalink
    24 Outubro, 2012 17:08

    Cáustico,
    Eu também penso que há muito para cortar no funcionamento do Estado, antes de se cortar nos salários dos funcionários públicos. Mas, se calhar e se as coisas se mantiverem assim, vai ser necessário ir ao osso, mesmo. Para evitar isso, penso que os funcionários públicos honestos, que são a esmagadora maioria, deveriam denunciar esses abusos e esses desperdícios, antes que seja tarde e pague o justo pelo pecador.
    Em conclusão, denunciar é preciso.

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  41. Cáustico permalink
    24 Outubro, 2012 17:30

    Tiro ao alvo:
    Não se trata de denunciar. A deficiente gestão, chamemos-lhe assim, não é, na maioria das vezes, ilícita.
    Trata-se, eventualmente, de criar um mecanismo de centralização de propostas de redução de despesa, apresentadas pelos funcionários públicos (que bem conhecem onde se gasta à toa).
    Conheço casos em que a simples concentração de serviços num mesmo edifício (actualmente subaproveitado) permitiria poupanças com peso superior a 10% no orçamento (a título de exemplo, em aluguer de garagens para viaturas de serviço, serviços de limpeza e serviços de segurança das instalações). E estamos a falar de serviços integrados no mesmo ministério.
    O problema é que a cultura das “capelinhas” e da hierarquização absurda dos feudos partidários se sobrepõe à causa pública.
    Do que conheço, ressalta o parsitismo partidário ao mais ínfimo detalhe e uma cultura de subserviência organizacional que se sobrepõe ao mérito e esmaga qualquer tentativa de remar contra a maré.

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  42. Tiro ao Alvo permalink
    24 Outubro, 2012 18:24

    Cáustico, não lhe chame denúncia, chame-lhe outra coisa qualquer, mas, os funcionários públicos competentes e honestos, devem propor medidas para se evitarem desperdícios na administração pública, como os que diz conhecer. Isso não é censurável. Censurável é ver essas coisas acontecerem e ficar calado, com argumentos do género: são todos assim, é a partidarite a funcionar, e outros do género.
    Se essas anomalias não forem reparadas, vamos sofrer todos, muitos injustamente.

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  43. blitzkrieg permalink
    24 Outubro, 2012 21:48

    1. Eu sou a favor de ENORMES cortes na despesa.
    2. É imperativo cortar tudo na despesa e ainda conseguir reduzir impostos
    3. Os cortes têm mesmo de ser também em bens essenciais como educação e saúde, e em grande escala na segurança social da qual têm de vir cortes de 5 a 7 mil milhões de euros
    4. Fechem-se os teatros nacionais, corte-se a subsidiação a 20% do que existe hoje. A Justiça, entre IRN e oficiais de justiça tem mais de 5 mil excedentários inúteis – a cortar pela raiz.
    5. As empresas de transportes têm gorduras impressionantes – o défice pode ser drasticamente cortado, assim haja coragem e vontade.
    6. Feche-se/venda-se/concessione-se, mas livremo-nos da sangria. Vivo perfeitamente sem a RTP, salvaguarde-se o arquivo histórico.
    7. Os transportes e subsídios de desemprego têm espaço para muito corte. O RSI tem espaço para muito mas muito corte.
    8. Na minha área específica de trabalho o Estado conta com 15% da facturação geral da empresa. Dispenso esses 15% porque acredito que se o Estado cortar o resto da economia vai recuperar os mais de 25% que caiu na minha área específica de trabalho.
    9. Os protestos contra cortes de despesa são organizados por sindicatos. Em tempos terão provavelmente sido entidades bem intencionadas. Hoje são um cancro.
    10. É lamentavelmente verdade… protestei muita vez, mesmo muita vez, mas sempre no meu círculo de amigos e conhecidos mas nunca na rua.
    11. Não tenho assim tanta certeza… mas a prática em Portugal é essa efectivamente.
    12. Corte-se mais 15% nos funcionários públicos, outro tanto nas pensões. Suprimam-se os apoios a empresas que só distorcem o mercado.
    13. Cortar no investimento público significa mais dinheiro e estabilidade no privado para que seja o privado, por si, a criar emprego.
    14. Os cortes têm de ser cegos num primeiro ataque brutal à despesa, e cirúrgicos num 2º ataque para reduzir gorduras que ainda sobrem.
    15. Ler 14.

    Mas enfim… é só a minha opinião.

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  44. Fincapé permalink
    24 Outubro, 2012 22:46

    O blitzkrieg acabou de resolver os problemas do país. Fechou-o! 😉

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  45. Yoda permalink
    24 Outubro, 2012 23:38

    Cortem no João Miranda, por favor.

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  46. 24 Outubro, 2012 23:55

    Não são os “portugueses” que sofrem desta dissonância cognitiva evidenciada no post, são as elites que falam nas TV, escrevem nos jornais e blogs, dizendo todo o tipo de coisas auto-contraditórias com o maior ar de seriedade.

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  47. Buiça permalink
    25 Outubro, 2012 01:12

    Muito bom, é isto mesmo.

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  48. Marcos permalink
    25 Outubro, 2012 12:20

    Percebo a ironia da coisa, mas não concordo muito com a sua visão. É injusta com o povo português, enganado por uma democracia a meio caminho e que não tem verdadeiro poder para fazer valer a sua voz.
    O JM devia ater-se mais à realidade da opinião da rua e não se deixar enlevar pela opinião publicada. É bem diferente, e esta última função de interesses próprios.
    Não serei um português típico da caricatura mas não considero que tenha um ponto de vista tão marginal assim…
    1. Todos os portugueses são a favor de cortes na despesa.
    R: Claro, há muita despesa que deve ser cortada. Parte porque é desperdício (vide classificação de Portugal no Competitiveness Report), parte porque a produção do país é (cada vez mais) escassa para a despesa total actual.
    2. É melhor cortar na despesa do que aumentar impostos.
    R: Sendo possível, como é, é verdade que é melhor.
    3. Os cortes não podem ser em bens essenciais como educação, saúde e segurança social.
    R: Terão de ser, e mais uma vez, se tentar sair do mundo da opinião publicada, verá que muita gente admite que terão de haver cortes nesses bens essenciais – o que toda a gente quererua é que sejam feitos da forma o mais racional e justa possível, mas a esperança na capacidade de o fazer é pouca.
    4. Os cortes também não podem ser feitos na cultura, nem na segurança, nem na justiça.
    R: Esta é demasiado fácil de desmontar. A cultura, nos tempos que correm, é tida pela “populaça” (e por mim também), como uma “cambada de chulos”, mas se perguntarem aos directamente subsidiados (como costumam fazer) vão ter uma opinião oposta. Alguém acha que o cinema português, por exemplo, merece um cêntimo que seja? Eu até acho que a cultura é fundamental para a identidade do país e para a felicidade individual, mas a comida do estomago sobrepõe-se a comida do espírito. Não há que ignorar que a Cultura é um dos maiores atributos da Humanidade, ao longo da sua História, mas, em Portugal e nestes tempos mais próximos, a Cultura terá de sobreviver, preserverar e prosperar sem onerar o OE. Quanto à segurança e justiça, parece-me que o problema principal da sua falta de qualidade deve-se a uma má eficiência – não haverá mal nenhum em diminuir a despesa se a sua gestão for mais eficaz e eficiente.
    5. As empresas de transportes são essenciais.
    R: Os transportes públicos são essenciais, mas não se justificam os prejuízos que têm: subam-se os preços, diminua-se o serviço, despeça-se pessoal (declaração de interesses: sou utilizador frequente do autocarro e do metro.
    5. Não pode haver cortes no serviço público de televisão. Cortar na RTP levaria à degradação da programação televisiva.
    R: E este ponto é pura fantasia ou delírio. Há algum português (que não directamente interessado) que assim pense? Há alguém que aceite os elevadíssimos custos de funcionamento da RTP? O JM não conhece mesmo o cidadão português…
    7.Cortar nos transportes, no subsídio de desemprego e nos complementos para idosos é prejudicar os mais fracos.
    R: É prejudicar os mais fracos, é verdade. Fazê-lo sem cortar em muitas outras despesas injustificáveis é imoral e agressivo. Fazê-lo depois de ver sacríficios voluntários das nossas elites é muito mais fácil de ser aceite.
    8. A minha área específica de trabalho é absolutamente essencial. Nem pensar em cortar aí.
    R: Quem é que gosta de ver o seu rendimento diminuir? Unilateralmente não o vou propor, embora saiba que é iminente e provável. E quiçá inevitável. Austeridade é isso mesmo. A minha área específica de trabalho tem, até, merecidos apoios exagerados e a sua força laboral excede as necessidades produtivas. Despedimentos estão na calha e são justificados. Espero não ir para a rua. Mas não posso discutir quanto à sua justiça económica. Todavia, concedo que a maior parte dos portugueses não tenho o meu “despreendimento” face a uma questão tão delicada.
    9. Protestos contra corte de despesa são sempre maiores que as manifestações a favor de cortes na despesa.
    R: Muitas manifestações são, de facto, orquestradas. Outras são protestos abstractos. O povo português é IMO pouco concreto e decidido. Mas não se revê sempre, nem talvez na maior parte, dos protestos ou manifs.
    10. Não há memória de protestos contra aumentos de despesa.
    R: Ditto ponto 9.
    11. Ganham-se eleições a prometer aumento de despesa. Nunca se ganham eleições a prometer cortes.
    R: Alto lá! Passos Coelho não prometeu cortes na despesa? E não ganhou as eleições. Pena é não estar a cumprir, se não numa parte insuficiente.
    12. Corte-se em tudo menos nos salários das pessoas. E menos nas pensões. E menos no apoio às empresas.
    R: E não se tem cortado? Os cortes tem sido fundamentalmente aí.
    13. Cortar no investimento público causa desemprego.
    R: Ha-ha. Investimento público à la mode do Sócrates. Já ninguém vai nisso. Sócrates teve esse mérito. Abriu os olhos a muita gente. Acho que a maior parte das pessoas já não vai na falácia desse tipo de política de emprego. Acho eu. Mas posso estar enganado. Seria mau.
    14. Os cortes não devem ser cegos, embora o aumento da despesa o possa ser.
    R: E não deveriam. Cortes cegos não são tão precisos nem na estruturação e refundação da economia. Cortes cegos são sempre mais injustos (paga o justo pelo pecador) e, mesmo que justificados pela pressa imposta pela crise, será sempre difícil ter a compreensão do cidadão comum.
    15. Todos os cortes devem ser precedidos de estudos infindáveis. Esta regra não se aplica ao aumento da despesa.
    R: Isso é desculpa de políticos (exemplo ilustre: Miguel Relvas) para assegurar que as suas clientelas nunca são afetadas. É muito mais isso do que exigência popular.

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  49. alsameiro permalink
    25 Outubro, 2012 15:41

    Quem não sabe o que quer e bloqueia toda e qualquer solução… só resta a força

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  50. margarida soares fra permalink
    25 Outubro, 2012 22:23

    É isto que ouvimos todos os dias, infelizmente. Penso que o povo português fala de mais e faz de menos… não deveria ser ao contrário ?
    Muitos parabéns pelo post, João !!!!!!!!

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  51. Fincapé permalink
    25 Outubro, 2012 22:40

    Então, mas o objetivo não era pôr a economia a crescer?
    Então, não era só cortar as gorduras?
    Então, não estavam garantidos os catorze vencimentos?
    Então, em caso algum haveria aumentos de impostos?
    Então, agora, afinal, temos de empobrecer (ainda mais)?
    Então, não era tudo tão fácil?
    Então, agora, é mesmo obrigatório destruir a economia?
    Então, se estivessem os 16% de desempregados a trabalhar (se a economia não estivesse a ser destruída) não seria melhor?
    Então, se houvesse menos pedidos de estudos e pareceres jurídicos aos amigos não pouparíamos imenso?
    ….

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  52. Basto_eu permalink
    26 Outubro, 2012 08:16

    Todos os portugueses são a favor dos cortes na despesa desde que os cortes na despesa não seja no seu bolso…

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  53. 26 Outubro, 2012 11:02

    Caro João Miranda,

    Como sempre, com pertinência e, neste caso, com humor. Escrevi algo mais extenso e menos divertido, com referência ao artigo do Henrique Monteiro, do Expresso, acerca desta esquizofrenia que parecemos viver. Deixo um extracto:

    “Sairemos desta forma errática e ambivalente com que lidamos com as contas públicas, os nossos políticos e sua políticas, apenas quando entendermos e acordarmos aquela que é a questão fundamental: qual deve ser o papel do Estado? Não existe uma única resposta nem, muito menos, uma resposta certa. Mas o exercício de “pensar o país” desta forma ajuda, cada um de nós, a tomar uma posição mais consistente.”

    Convido os restante a comentarem aqui: http://antologiadeideias.wordpress.com/2012/10/26/portugal-que-estado-queremos/

    Já agora, não percam a oportuniade de serem os primeiros a discordar, subscrevendo o blog.

    Bem hajam todos,
    O Autor
    antologia.wordpress@gmail.com
    http://antologiadeideias.wordpress.com/
    https://www.facebook.com/antologiadeideias.wordpress

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