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De volta ao Excel

5 Fevereiro, 2015

Varoufakis-Simpson

Durante o primeiro ano do governo de Passos Coelho, uma crítica frequente feita pelos recém-falidores era a preponderância de Vítor Gaspar na actividade governativa, encarada na altura como uma sobrevaloração economicista, o primado das finanças sobre a vida das pessoas. “As pessoas não são números” e, posteriormente, “o mundo não é o Excel”. Havia, inclusivamente, quem advogasse que o ministério das finanças existe para passar cheques aos outros ministérios, os ministérios das pessoas e da primazia da vontade humana sobre os números.

Para mim é reconfortante verificar que Varoufakis, em pouco mais que uma semana, tornou-se o centro das atenções em detrimento de Tsipras, o primeiro-ministro talhado para uma existência Rui Tavares desde pequenino. Mais reconfortante será verificar a inevitabilidade da aceitação pelos luso-falidores do Excel como ferramenta bem mais importante para a realidade que qualquer desvario sacado do dicionário de citações de Gramsci. Ninguém deposita mais esperança em Varoufakis, o ministro das finanças, que a esquerda dos unicórnios.

17 comentários leave one →
  1. 5 Fevereiro, 2015 10:19

    Também era o Obama e já foi o Marquês de Pombal

    Os mitos do Rui Tavares são assim.

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    • Ismael Guimarães AJ permalink
      11 Fevereiro, 2015 14:00

      O Rui Tavares do LIVRE tem sede de poder e por isso, desde que tenha poder em algum lado, vai-se vendendo. Já o Tsipras, como tem demonstrado, não se vende!

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  2. Yoda permalink
    5 Fevereiro, 2015 10:45

    Como escrever um post na actual encarnação do Blasfémias:
    1) Escolher uma opinião particular vinda da “esquerda”;
    2) Generalizar 1) para toda a “esquerda”;
    3) Parágrafo irónico sobre como é engraçado ver que agora é tudo ao contrário;
    4) Trazer à baila Rui Tavares, João Galamba, ou equivalente, só porque sim;
    5) Não sei quê acerca da Grécia;
    6) Repetir duas ou três vezes por dia;
    7) [Ponto transversal] Evitar apresentar qualquer tipo de pensamento original, como acontecia antigamente.

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    • 5 Fevereiro, 2015 10:52

      Não há direito. Os conservadores é que têm razão.

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    • 5 Fevereiro, 2015 11:30

      Muito bom!

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    • 5 Fevereiro, 2015 13:06

      Então com uma extrema-esquerda que se alia a um grupo que quer imolar os gays, com um Mário Soares a dizer barbaridades, com Costa a dizer nulidades, com Tavares a ajoelhar-se para ter um lugarzinho, com Oliveira & Drago a estarem prontos para tudo e todos, você queria que se falasse aqui de quê?
      Do Pedro Proença?

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      • Almeida permalink
        5 Fevereiro, 2015 13:36

        Se tivesse sido mais cedo, até que não era um mau tema. Pelo menos, sempre tinha alguma importância.

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      • 5 Fevereiro, 2015 13:37

        Peço imensa desculpa por hoje só ter acordado às 7h15.

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      • Almeida permalink
        5 Fevereiro, 2015 15:15

        Esclarecimento: o Pedro Proença deixou a arbitragem antes do vitorcunha ter adormecido.

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    • lucklucky permalink
      5 Fevereiro, 2015 13:30

      Chicago Tribune 1934

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    • Joaquim Amado Lopes permalink
      9 Fevereiro, 2015 14:50

      Como comentar os artigos no Blasfémias quando se percebe que a realidade reduz a cinzas a “narrativa” que mais lhe convém, em particular quando essa “narrativa” é tão falha de senso que é impossível não a ridicularizar:
      1) A coberto do anonimato…
      2) Recusar discutir o assunto em questão, por muito actual ou relevante que seja, e
      3) Lamuriar-se de o Blasfémias insistir em apresentar factos que confirmam os prognósticos anteriores dos “blasfemos”.

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  3. Yoda permalink
    5 Fevereiro, 2015 10:57

    8) Aplicar 7) nas respostas aos comentários.

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    • Eleutério Viegas permalink
      5 Fevereiro, 2015 11:07

      És muito engraçado… Não queres ir passar uma temporada na Grécia? Ou na Somália?

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    • 5 Fevereiro, 2015 11:30

      Ah… ah…. ah…
      Na mouche!

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  4. Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    5 Fevereiro, 2015 14:42

    Hoje é oficial, não há pão cozido:

    http://observador.pt/2015/02/05/schauble-diz-que-nao-ha-acordo-com-gregos-e-que-cabe-a-grecia-encontrar-uma-solucao/

    Depois Schauble cantou-lhe isto ao ouvido:

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  5. 5 Fevereiro, 2015 21:25

    Eh pá , claro que as atenções ao Gaspar meia leca dorminhoco eram exageradas , agora ao ministro grego ? Bolas , nunca ouviu falar de Apolo , perfis gregos e assim ? 🙂 🙂
    Carismático , pois então.

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