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A arte independente na era da subsidiodependência VII

29 Janeiro, 2008

Henrique Silveira sobre o financiamento da cultura:

Nunca afirmei que o Estado não deve subsidiar a ópera e a cultura, antes pelo contrário. Aliás dá-me um gozo enorme que o dinheiro de uns quantos liberais incultos e primitivos seja usado para pagar a “ópera” do Emmanuel Nunes.

10 comentários leave one →
  1. Anónimo permalink
    29 Janeiro, 2008 14:41

    A arte independente na era da subsidiodependência V

    É o VII

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  2. tina permalink
    29 Janeiro, 2008 15:02

    O que é de espantar em muitos destes críticos é a falta de sensibilidade que eles demonstram. Como podem eles apreciar arte se não possuem a mais importante ferramenta delas todas?

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  3. tina permalink
    29 Janeiro, 2008 15:37

    Afinal muita desta má arte moderna é apenas uma reflexão da falta de sensibilidade, educação e humildade que os seus criadores e defensores geralmente demonstram.

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  4. lucklucky permalink
    29 Janeiro, 2008 16:43

    Esse texto sintetisa o que é a cultura dos subsídios. Para gravar e recordar.

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  5. 29 Janeiro, 2008 17:22

    O Sr J Miranda que acaba de trocar os nomes da Ministra da Saúde pelo novo Ministro da Cultura, foi citando o crítico Henrique Silveira enquanto lhe era conveniente. Agora, o crítico citado chama-lhe o mesmo que eu: liberal inculto e primitivo. Mas eu iria mais longe, não na verborreia ofensiva (que às vezes me parece necessária e, bem ou mal, me dá prazer), iria mais longe, dizia, e proporia: liberalismo e cultura ou liberalismo e arte são contradições em termos. Nem mais, a cultura deveria ser arredada deste blogue em nome da coerência. Deixem-se disse, há coisas que todos vocês liberais não sabem como se há-de nelas mexer. Arte e liberalismo são contradições em termos — são coisas inconciliáveis que vocês não entenderão. Dediquem-se à economia que já não é mau. E já agora, o sr Miranda que corrija o nome da Ministra da Saúde e o da Cultura. Se até nisto se engana ….

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  6. tina permalink
    29 Janeiro, 2008 18:24

    Deixem-se disse, há coisas que todos vocês liberais não sabem como se há-de nelas mexer. – Prof Cvt

    Engraçado, a única coisa que o João Miranda fez foi expôr diversos pontos de vista sobre a ópera de Emmanuel Nunes e, para além de ser insultado por alguns como este falso professor, agora é aconselhado a estar calado. As comparações descabidas entre arte e liberalismo demonstram que, para além de ser arrogante e pouco educado, este prof é uma pessoa muito ignorante. Alguém anteriormente apelidou-o de “grunho” e eu receio bem que tenha toda a razão. Na verdade, é raro encontrar alguém a defender cultura subsidiada que demonstre, como pessoa, merecer o respeito dos outros. Como poderemos assim ter algum respeito pelas suas opiniões?

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  7. AMI permalink
    30 Janeiro, 2008 11:35

    Toda a produção cultural que não se sustente apenas com a venda dos próprios bilhetes não é desejada pela maioria das pessoas.

    Parece-me um absurdo e uma injustiça inquantificáveis OBRIGAR todos a pagar pelos gostos culturais de uma minoria. Especilamente quando notamos que:

    – o subsídio transfere dinheiro dos contribuintes mais desfavorecidos para sustentar o consumo cultural de uma minoria privilegiada com capital económico e académico;

    – essa minoria usa este consumo cultural subsidiado com o dinheiro de todos como factor de destinção e diferenciação social.

    Toda a cultura que pede para ser sustentada admite à partida o seu fracasso.

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  8. 30 Janeiro, 2008 13:14

    Também eu considero existir uma incompatibilidade entre a arte e os critérios do mercado. Mas ao admitirmos uma dependência entre a arte e os subsídios não estaremos a abrir as portas para uma “arte de regime”? Fica a dúvida.

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  9. 30 Janeiro, 2008 14:02

    “Também eu considero existir uma incompatibilidade entre a arte e os critérios do mercado.”

    Ai é? Por acaso já foi alguma vez ao Quarteto e ao King e se sentou naquelas salas quase vazias a desfrutar um bom filme “intelectual”? Pois, a diferença é que esse filmes são bons, por isso ainda atraem espectadores, não muitos mas o suficiente para darem lucros e continuarem a ser feitos. Essa é a diferença entre boa arte e lixo.

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  10. 30 Janeiro, 2008 18:40

    Pois parece que os cinemas medeia no porto (o unico sitio onde se pode ver uma programacao diferente dos blockbusters dos grandes centros comerciais) vao ter que fechar por falta de publico! ainda que passem filmes bons! parece que o tal publico “informado”, “culto”, etc. tambem nao ‘e suficiente para alimentar financeiramente estas salas. vamos entao fechar todos os cinemas que nao vendam pipocas e coca cola com os filmes?
    … e o mesmo se aplica ao resto. e dizer que ‘e:
    “um absurdo e uma injustiça inquantificáveis OBRIGAR todos a pagar pelos gostos culturais de uma minoria.”
    ‘e simplesmente ridiculo. pois os impostos de muita gente foram tambem usados para construir desmesuradamente 10 estadios de futebol ha uns anos atras, muitos dos quais nao servem para rigorosamente nada. mas disso ja ninguem se lembra.
    se os custos da opera foram demasiados para a qualidade geral da obra, nao sei, nao pude assistir as recitas. se metade do publico saiu a meio, ‘e natural – em muitos outros concertos de musica contemporanea acontece isto, mas numa escala menor porque nao ‘e todos os dias que uma obra contemporanea esgota uma sala. e se a maioria nao gosta, “paciencia”, pois nao se faz tudo apenas para a maioria que enche estadios de futebol. apesar de poucos, nos (os que gostamos de arte) tambem pagamos a muito custo tantas outras coisas perfeitamente dispensaveis.

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