Provincianismo de Estado *
Foi reaberta a estação central de Lisboa três anos e dez milhões de euros depois dos problemas no túnel do Rossio.
O Governo andou bem: mudou de empreiteiro e conseguiu poupar tempo e dinheiro.
Curioso foi o discurso do primeiro-ministro: disse Sócrates, com o arrebatamento que as inaugurações provocam aos governantes, que o “túnel do Rossio faz já parte da identidade não apenas de Lisboa mas de todos os portugueses“.
Quem se atreveria a negá-lo? O túnel do Rossio é um paradigma das questões nacionais tal como a Expo’98, os engarrafamentos no garrafão da ponte e as complicações nos acessos a Campolide – se o assunto é importante para Lisboa tem de ser fundamental para o País.
E todos nós, no Porto, em Braga, em Vila Real, em Aveiro, em Bragança e em Faro, esquecemos a crise e suspiramos de felicidade ao pensarmos que os comboios já circulam no túnel do Rossio.
Alô, fala de Vilar de Massada ou de Porto da Carne?
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o outro mundo onde vivem os polititicos
“die Welt ist scheisse” náo fica tão maleducado noutra lingua. Tchüss
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Meu caro amigo;
Tem toda a razão. Sou, como sabe, da Província. O que nunca me considerei foi um “provinciano”. Sou, isso sim e para sempre, um rural. Tenho o maior gosto nisso e não pretendo mudar: sinto, todos os dias, que sempre serei um “rato do campo”, apesar de viver numa cidade.
O seu artigo chama a atenção para uma das maiores tragédias históricas deste país: o local mais provinciano de Portugal é mesmo a sua capital: Lisboa!
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Diria mais. Provincianismo do Porto. Tao provinciano que todas as estruturas e obras fora do limite da cidade nao interessam para nada.
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Na Estação Central vulgo estação do Rossio, deu-se um episódio do mais importante para Portugal.
Aposto que não sabe qual foi?
Quanto ao episódio actual se o senhor acha que melhorar a movimentação de pessoas equivalentes por semana a dois ou três estádios do Dragão (quando lá joga o Benfica)não tem importância, é lá consigo.
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Eu até ia responder ao lisboeta – hoje acordei bem-disposto – mas o seu “recusaria-me” retirou qualquer hipótese de diálogo proveitoso.
Dou o merecimento dos autos, enquanto resposta, à última frase do meu amigo António Lemos Soares.
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O túnel do Rossio está uma obra e peras. Um luxo.
É pena ser apenas para o comboio.
Aquilo ficou com espaço para pôr lá umas lojas.
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Socrates não nasceu no Porto ou lá perto? – tambem havia um Castelhano, que dizia nas cortes, – para Espanha ter um imperio, Lisboa tinha que fazer parte dos seus dominios – tambem acho que enaltecer Lisboa ,faz roer de inveja aos que a amam, Lisboa para mim, é como o nosso amor, é so nosso e não admitimos partilha – não gosto das pessoas que a cobiçam – digo por graça, com o seu que de serio – aos Tavares que aqui defectam, dava-lhes 3 meses para abalarem – peçam a independencia e deixem-nos, juntem-se á galiza, porra, farto deles
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“Socrates não nasceu no Porto ou lá perto?”
Não.
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É beirão de baixo.
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José Sócrates nasceu no Porto.
Ver Diário de Noticias de 23/01/05
«…de facto, o líder socialista nasceu no Porto, a 6 de Setembro de 1957, mas o pai fez questão de o registar na sua aldeia transmontana.»
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“É beirão de baixo.”
É de Vilar de Massada. Trás-Os-Montes. E filho da D. Adelaide e do Arquitecto Sousa!
São devotos do Engenheiro-Técnico e nem sabem onde fica Vilar de Massada…
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Gabriel,
Caramba, pá, sabes pôr um homem em baixo (eu)!
É que nunca vi ninguém tão pouco portuense, formal e materialmente falando…
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é porque nunca reparou
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Acha que se ele nao fosse um homem do Norte aguentava aquilo que aguenta, tinha a capacidade de trabalho que possui e a tal fama de irascível que é própria da gente do Porto? Só que como nao viveu por cá, certamente nao usa o fosga-se.. caralho fdp, mas tirando esse refinamento, nota-se bem que é do Norte.
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“E todos nós, no Porto, em Braga, em Vila Real, em Aveiro, em Bragança e em Faro, esquecemos a crise e suspiramos de felicidade ao pensarmos que os comboios já circulam no túnel do Rossio.”
🙂
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“aos Tavares que aqui defectam”
é por estas e por outras que eu adoraria ter a capital em santiago de compostela…
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Claro que as obras no túnel do Rossio foram importantes para Lisboa, e esse facto tem impacto em cerca de 35 % da população nacional. Mas mais provinciano que as afirmações de Sócrates, que acha que o túnel do Rossio faz parte da identidade de todos os Portugueses e mostrar-se chateado com isso, sobretudo para quem mora na cidade que tem o túnel D. Luiz I, o qual, ao ser precorrido de São Bento para Campanhã, ao terminar faz com que os passageiros fiquem deslumbrados ao observar as escarpas do Rio Douro.
Quanto a mim o Túnel do Rossio não faz parte da minha identidade. Quanto muito faz parte do meu imaginário, porque … nunca lá passei, só o posso imaginar.
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Obras de referência para o país são as SCUTS no grande Porto, pagas pelos contruibuintes malvados do resto do país
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o bonifácio é um parolo do tamanho da torre dos clérigos 🙂
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