Turbulência nos céus (II): fusão iminente (e também eminente…)
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Hoje reúnem-se as administrações da Delta e da Northwest – a 3ª e a 5ª maiores transportadoras aéreas americanas e ambas integrando o top ten mundial – com vista a aprovarem os termos da fusão entre ambas que vem sendo negociada nas últimas semanas. Da provável fusão resultará a maior companhia aérea do mundo, relegando para os lugares imediatos a American Airlines e a Air France/KLM que actualmente ocupam o topo.
Será uma mega transportadora, com uma facturação da ordem dos 30 biliões de dólares, cerca de 150 milhões de passageiros/ano, uma quota de mercado superior a 20% no mercado americano e dominante nas rotas do Atlântico Norte, ultrapassando a British Airways e da América Latina em que destronará a American Airlines. Terá ainda um peso preponderante nas rotas do Pacífico, o principal activo da Northwest que opera um hub em Tokyo-Narita.
Os termos da fusão já estão acordados: a nova empresa chamar-se-á Delta Airlines, a marca com mais notoriedade das 2 fusionadas, terá sede em Atlanta e Richard Anderson como CEO, que já o é da actual Delta. A Air France/KLM, parceira das 2 empresas na aliança Sky Team, irá ter uma participação qualificada na nova empresa. Os pilotos de ambas as transportadoras já foram aliciados a deterem também uma participação, mas poderão atrasar a fusão caso não acordem uma hierarquização agregada, aquilo a que chamam a Seniority List, relevante em termos salariais.
Nada foi dito quanto à “desclassificação” de alguns aeroportos, mas não se antevê futuro a prazo para Cincinnati e Memphis, hubs secundários da Delta e da Northwest. Tornar-se-ão redundantes face à sua proximidade a Detroit (2º maior hub da Northwest em que esta investiu recentemente milhões num mega terminal, transformando-o num dos aeroportos americanos mais eficientes) e a Atlanta, principal hub da Delta e o maior aeroporto do mundo, recentemente ampliado com uma 5ª pista.
Este é um tema sempre sensível nestas fusões e que gera enormes resistências da parte dos dirigentes políticos das cidades afectadas, pela inevitável quebra na actividade económica resultante da descontinuação de um hub. A adicionar aos entraves e “remédios” por parte dos reguladores e de vários congressistas.

O que é uma fusão eminente?
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Até tive um susto.
Eu que sou cliente da Delta, consumindo com muito prazer o seu café da Bolívia, fiquei apreensivo ao pensar que ia haver mistura com grãos nwa.
Mas não. São transportadoras aéreas americanas.
É capaz de interessar ao meu primo Cândido, estabelecido em Massachusetts.
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sera qu aqui tambem não gostam de musiquinhas?
vamos la experimentar
Musica de campanha do LFMeneses
http://br.youtube.com/watch?v=gaHHhst_jvo
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o orçamento de uma só destas empresa é várias vezes maior que o pelintra do oge português.este permitia ao 1º criarar os 150 mil empregos. a anedota pensa que a economia cresce por causa do blá blá que para mim é apenas poluição sonora
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Oh que maravilha! Quantos despedimentos a seguir?
Uma emoçao.
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Agora se percebe aque1e negócio da TAP que comprou uma companhia fa1ida ao BES!
Já tinha previsto este movimento mundia1 das fusões entre companhias aéreas!
Porra,somos umas cabeças!
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E’ “iminente” e nao “eminente”
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30 biliões ou 30 mil milhões?
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Pedro Beirao,
Obrigado. Já corrigi.
Pedro Barros,
Quis dizer bilião no sentido americano, que equivale a mil milhões europeus.
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