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Turbulência nos céus (II): fusão iminente (e também eminente…)

20 Fevereiro, 2008
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Hoje reúnem-se as administrações da Delta e da Northwest – a 3ª e a 5ª maiores transportadoras aéreas americanas e ambas integrando o top ten mundial – com vista a aprovarem os termos da fusão entre ambas que vem sendo negociada nas últimas semanas. Da provável fusão resultará a maior companhia aérea do mundo, relegando para os lugares imediatos a American Airlines e a Air France/KLM que actualmente ocupam o topo.

Será uma mega transportadora, com uma facturação da ordem dos 30 biliões de dólares, cerca de 150 milhões de passageiros/ano, uma quota de mercado superior a 20% no mercado americano e dominante nas rotas do Atlântico Norte, ultrapassando a British Airways e da América Latina em que destronará a American Airlines. Terá ainda um peso preponderante nas rotas do Pacífico, o principal activo da Northwest que opera um hub em Tokyo-Narita.
Os termos da fusão já estão acordados: a nova empresa chamar-se-á Delta Airlines, a marca com mais notoriedade das 2 fusionadas, terá sede em Atlanta e Richard Anderson como CEO, que já o é da actual Delta. A Air France/KLM, parceira das 2 empresas na aliança Sky Team, irá ter uma participação qualificada na nova empresa. Os pilotos de ambas as transportadoras já foram aliciados a deterem também uma participação, mas poderão atrasar a fusão
caso não acordem uma hierarquização agregada, aquilo a que chamam a Seniority List, relevante em termos salariais.
Nada foi dito quanto à “desclassificação” de alguns aeroportos, mas não se antevê futuro a prazo para
Cincinnati e Memphis, hubs secundários da Delta e da Northwest. Tornar-se-ão redundantes face à sua proximidade a Detroit (2º maior hub da Northwest em que esta investiu recentemente milhões num mega terminal, transformando-o num dos aeroportos americanos mais eficientes) e a Atlanta, principal hub da Delta e o maior aeroporto do mundo, recentemente ampliado com uma 5ª pista.
Este é um tema sempre sensível nestas fusões e que gera enormes resistências da parte dos dirigentes políticos das cidades afectadas, pela inevitável quebra na actividade económica resultante da descontinuação de um hub. A adicionar aos entraves e “remédios” por parte dos reguladores e de vários congressistas.

9 comentários leave one →
  1. All-facinha's avatar
    All-facinha permalink
    20 Fevereiro, 2008 22:11

    O que é uma fusão eminente?

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  2. Piscoiso's avatar
    20 Fevereiro, 2008 22:18

    Até tive um susto.
    Eu que sou cliente da Delta, consumindo com muito prazer o seu café da Bolívia, fiquei apreensivo ao pensar que ia haver mistura com grãos nwa.
    Mas não. São transportadoras aéreas americanas.
    É capaz de interessar ao meu primo Cândido, estabelecido em Massachusetts.

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  3. ouriço caixeiro's avatar
    20 Fevereiro, 2008 22:43

    sera qu aqui tambem não gostam de musiquinhas?

    vamos la experimentar

    Musica de campanha do LFMeneses

    http://br.youtube.com/watch?v=gaHHhst_jvo

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  4. cão tribuinte's avatar
    cão tribuinte permalink
    20 Fevereiro, 2008 23:13

    o orçamento de uma só destas empresa é várias vezes maior que o pelintra do oge português.este permitia ao 1º criarar os 150 mil empregos. a anedota pensa que a economia cresce por causa do blá blá que para mim é apenas poluição sonora

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  5. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    20 Fevereiro, 2008 23:43

    Oh que maravilha! Quantos despedimentos a seguir?

    Uma emoçao.

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  6. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    21 Fevereiro, 2008 00:18

    Agora se percebe aque1e negócio da TAP que comprou uma companhia fa1ida ao BES!

    Já tinha previsto este movimento mundia1 das fusões entre companhias aéreas!

    Porra,somos umas cabeças!

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  7. Pedro Beirao's avatar
    Pedro Beirao permalink
    21 Fevereiro, 2008 08:25

    E’ “iminente” e nao “eminente”

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  8. Pedro Barros's avatar
    Pedro Barros permalink
    21 Fevereiro, 2008 09:31

    30 biliões ou 30 mil milhões?

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  9. Desconhecida's avatar
    21 Fevereiro, 2008 09:59

    Pedro Beirao,
    Obrigado. Já corrigi.

    Pedro Barros,
    Quis dizer bilião no sentido americano, que equivale a mil milhões europeus.

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