Respeito pelos símbolos *
Não cessa de me espantar a pobreza de motivos exibida nas críticas à liderança do PSD. Não se percebem razões ideológicas, nem estratégicas. Só acusações pessoais e questões de regulamentos. Os antagonistas de Menezes usam e abusam da palavra ‘ética’ que parecem considerar como coisa sua, pessoal e intransmissível. O seu estilo esgota-se no argumento de autoridade – o que afirmam deve estar certo porque são ‘eles’ que assim o dizem.
Agora acharam mais capital de queixa nas novas cores do PSD: pressurosos, exigem respeito pelos símbolos do partido jurando que estes são parte essencial da sua identidade. Um dos críticos mais famosos é Pacheco Pereira. O mesmo que durante os meses em que Santana Lopes foi primeiro-ministro inverteu o símbolo do partido: no seu blogue colocou-o sempre com as setas para baixo. Mais uma superior lição de coerência, sem dúvida.

Nao cessa de me espantar a pobreza de motivos exibida nas criticas à oposicao do PSD (e neste caso, mais directamente a Pacheco Pereira). Utilizar um simbolo existente pra fins criticos e totalmente diferente de alterar o simbolo original. E o mesmo que encaixar um gato no simbolo do sporting para fins humoristicos… ou mudar o simbolo do sporting para outro animal qualquer. E ja agora, nao me venha falar de coerencia….
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CAA,
Como é que os críticos podem criticar estratégias se o líder do PSD não tem nenhuma estratégia? (a menos que deixar passar o tempo se tenha convertido em estratégia de oposição ao governo).
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Poderia explicar melhor porque diz que se usa e abusa da palavra ética? Acha que ela não está em causa? Li e ouvi críticas à ausência de estratégia, não ouviu? Quanto à questão do símbolo não seria mau que lesse com atenção o que PP escreveu que difere em muito do que o CAA interpreta da inversão do símbolo. Uma coisa é o símbolo e o seu significado, outro é usar o símbolo como forma de protesto invertendo-o.
Nem percebo como a coêrencia entra aqui.
Sinceramente CAA explique-me lá para que se perceba do que está a falar.
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Enquanto o autarca Menezes não conseguir compreender o “vazio complicado” e torná-lo um “vazio simples” ou mesmo um “cheio simples” ou até perceber que “vazio” é vazio tout court, o PSD não será oposição de coisa nenhuma.
Só faltava que a seguir ao célebre contrato de acessoria de imagem a primeira coisa a ser anunciada fosse a mudança de imagem.
E o presidente do partido ao mesmo tempo que ausculta as dificuldades do país interior declara aos jornalistas que ainda não tem capacidade para gerir esse país.
Então que porra é que ele anda a fazer? Passear?
Será que já não há vergonha?
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Meu caro amigo;
O problema do PSD é, neste momento, de sobrevivência e de continuidade. O Partido encontra-se sem “Rei nem roque”, perdido em guerras intestinas. Só haveria uma possibilidade de, por ora, serenar as muito nervosas hostes laranjas: vencer as eleições de 2009. Ora tal parece-me, em Março de 2008, muito improvável que aconteça.
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calma que o articolista ja defendeu portas, monteiro, agora esta com meneses e futuramente sabe-se la por onde andara …
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Por analogia, para o autor do ‘post’ seriam idênticas as seguintes situações:
1ª – Um adepto do Benfica, amante do clube mas triste com o actual estado de coisas, coloca no seu blogue, durante algum tempo e em sinal de protesto, o símbolo do SLB com um periquito em vez de uma águia.
2ª – A Direcção do Benfica decide que, a partir de agora e oficialmente, o símbolo do SLB passa a ter um periquito em vez de uma águia.
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O PSD é um equívoco. E o Pacheco Pereira conhece esse equívoco como a palma da mão. Ele que o desfaça. Publicamente prá gente ver …
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“E o mesmo que encaixar um gato no simbolo do sporting para fins humoristicos… ou mudar o simbolo do sporting para outro animal qualquer.” (Bruno)
Uma lagartixa é que ficaria a matar!…
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Trocar a águia por um periquito… e a roda da bicicleta pela roda de uma carroça.
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Off topic:
O Daniel Oliveira foi condenado (embora com dispensa de pena criminal) a pagar uma indemnização ao Alberto João Jardim, por o ter adjectivado de palhaço. Sejam solidários e indignem-se.
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Santana Lopes foi uma desgraça, paulo Portas entregou amêndoas e quer mais polícia ( assunto saúde). Jerónimo quer acabar com as taxas moderadoras, Louça critica gestão privada dos novos hospitais. Sócrates vira à esquerda ( metade das taxas para 20% dos idosos), gestão estatal Amadora – Sintra. As eleições são em 2009.
A direita está mal, ainda bem.
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Caro Afonso Azevedo Neves,
«Poderia explicar melhor porque diz que se usa e abusa da palavra ética? Acha que ela não está em causa?»
Claro que sim. Mas dos dois lados – na política e muito menos dentro dos partidos não há lados ‘com’ e outros ‘sem’ a dita ética. O maniqueísmo sempre foi uma arma falaciosa na política. Aliás, na política e na vida smpre percebi que aqueles que estão sempre com a ética e os ‘valores’ na boca são sempre os que menos importância prática lhes dão.
«Li e ouvi críticas à ausência de estratégia, não ouviu?»
Quase nenhumas. Ontem, no Porto Canal, num debate sobre este tema ouvi Pedro Vinha Costa pela primeira vez a atacar o papel de Menezes enquanto líder da oposição. Mas foi uma excepção: Capucho avacalhou; Rui Rio disparatou de forma inominável; a generalidade dos críticos falou de regulamentos e de questões pessoais…
«Quanto à questão do símbolo não seria mau que lesse com atenção o que PP escreveu que difere em muito do que o CAA interpreta da inversão do símbolo. Uma coisa é o símbolo e o seu significado, outro é usar o símbolo como forma de protesto invertendo-o.»
Interpreto sempre por aquilo que percebo do elemento literal e até onde o elemento lógico, o meu, deixa alcançar. As interpretações autênticas deixo-as repousar com os seus autores e os outros, os idiotas úteis que nelas crêem.
«Nem percebo como a coêrencia entra aqui.»
A coerência entra no facto de se defender a intangibilidade do símbolo quando se foi o primeiro a abastardá-lo – tá a ver, não foi assim tão difícil, pois não?
«Sinceramente CAA explique-me lá para que se perceba do que está a falar»
Fiz o que pude. Mais não me apetece.
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Caro C. Medina Carreira,
«Por analogia, para o autor do ‘post’ seriam idênticas as seguintes situações:
1ª – Um adepto do Benfica, amante do clube mas triste com o actual estado de coisas, coloca no seu blogue, durante algum tempo e em sinal de protesto, o símbolo do SLB com um periquito em vez de uma águia.
2ª – A Direcção do Benfica decide que, a partir de agora e oficialmente, o símbolo do SLB passa a ter um periquito em vez de uma águia.»
a) A primeira analogia só teria sentido se esse triste adepto fizesse o que fez e logo depois desfolhasse libelos acusatórios contra aqueles que apoucam o símbolo do clube e assim aniquilam a sua identidade;
b) Materialmente e graças a esta Direcção um periquito é ferocidade a mais. Também por isso, estou muito agradecido a essa gente que tantas alegrias me tem ofertado.
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Era. E no Tibete uma base americana sobre o mundo é que vinha agora a calhar bem.
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CAA,
Você é pessoa de “paixões” e nunca de “razões”.
Pacheco Pereira, ao colocar as setas ao contrário, queria dizer que não aceitava Flopes. Ou o CAA quer que Pacheco lhe faça um “croquis”?
Quanto a Menezes, bastou esta: “Em 6 meses desmantelava o Estado”. Com esta, menezes ambiciona que Portugal esteja ao nível da Libéria e da somália, onde….não há Estado (polícias, escolas públicas, tribuanis, etc.).
Felizmente, que o PCP + BE, vão fazer 20% dos votos em 2009 e impedir uma Maioria Absoluta e finalmente …..fica bem à vista o Pantano de Guterres!
A UE aguentará, até que os Alemães estejam à frente do BCE e da produção industrial europeia.
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J,
Agradeço-lhe muito os avisados juízos que faz acerca da minha pessoa.
No mais:
«Pacheco Pereira, ao colocar as setas ao contrário, queria dizer que não aceitava Flopes. Ou o CAA quer que Pacheco lhe faça um “croquis”?»
Ou seja, como não gostava de um determinado presidente mudou o símbolo do partido, invertendo-o, amesquinhando-o, portanto.
Mas quando uma Direcção faz uma campanha de marketing e muda transitoriamente a cor do fundo é um desrespeito completo e estão a por em causa a identidade???
Como não aceitava Santana que se lixe o símbolo do partido – mas este já passa a ser sagrado se são outros, de que por acaso ele também não gosta, a mexer no dito emblema: de imediato, lança cinza em cima da cabeça e rasga as vestes gritando: “sacrilégio”…
Acho que V., J, era capaz de precisar de alguma da minha “paixão” para ver se lhe sobrava alguma “razão”…
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Ao menos Menezes manteve a seta p’ra cima, erecta.
Já Pacheco pôs a seta p’ra baixo, murcha.
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Abana, abana, mas não cai 😉
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“Um dos críticos mais famosos é Pacheco Pereira. O mesmo que durante os meses em que Santana Lopes foi primeiro-ministro inverteu o símbolo do partido: no seu blogue colocou-o sempre com as setas para baixo. Mais uma superior lição de coerência, sem dúvida.”
Certamente que o que JPP pretendia era arranjar um novo símbolo para o PSD…
O que ele pretendia era um símbolo que transmitisse uma imagem negativa do partido, e não me parece que seja este o objectivo do novo símbolo.
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Como se pode criticar ideologicamente um partido liderado por dois mentecaptos?
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“O que faz falta é mais social – versão sei-lá-quantas” *, por LA, 18.Mar.2008, http://oinsurgente.org/
[ * sobre as propostas inovadoras e liberais de LFM ]
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“Mas quando uma Direcção faz uma campanha de marketing e muda transitoriamente a cor do fundo é um desrespeito completo e estão a por em causa a identidade???”
Transitoriamente? Tipo FCP a jogar de azul, hoje, e de laranja, para a semana?
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Mas que pobreza de crítica! O Pacheco Pereira também foi acusado por ter criticado o Lopes e depois foi o desastre que se viu! E com o Menezes vai ser a mesma coisa. E depois o CAA vai dizer a que a culpa do desastre é do Pacheco Pereira? É capaz disso. A verdade é que o Pacheco Pereira tem tido sempre razão nas críticas ao Lopes e ao Menezes e a malvada da realidade ainda por cima dá-lhe razão. O que dirá o CAA quando o Menezes conduzir o PSD a um desastre em 2009, entregando o poder ao Sócrates para muitos anos? E se verificar que o Pacheco Pereira, o Rio, e outros é que tinham razão?
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Gostava só de registar que entre os muitos méritos de Pacheco Pereira não se encontra o de registar a nomeação de Pedro Santana Lopes com a inversão das setas.
Lopes foi o inspirador do famoso: POBRE PAÍS O NOSSO.
As inversão das setas foram inspiradas, e bem, por Menezes.
Digo bem, porque a sua inversão foi de certo modo premonitória da sua … supressão.
Quanto à substância: Pode CAA registar três ideias para Portugal (ou mesmo apenas uma) sérias, fundamentadas e verdadeiramente novas que Menezes (ou Lopes) tenham apresentado nos últimos meses?
E, já agora, uma ideia que não tenha sido seguida pelo seu contrário?
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Não entendo este senhor CAA…sera que tem algum papel no staf de Menezes?…o fervor religioso com que ataca qualquer critica a menezes e tudo menos LIBERAL, mais, e de uma cegueira bacoca. Como “Bloger liberal” ate deveria discutir as ideias de menezes, mas não! Ataca-se a falta de ideias dos criticos.
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Caro CAA,
Obrigado pelas suas explicações, foram muito esclarecedoras.
Claro que a pequena questão da ética estava e está em causa nas alterações de regulamentos de um partido cujo o líder se arrisca a ser PM.
Que se usa e abusa do conceito dos dois lados tb é verdade, parecia-me que o seu problema era só com um deles.
Pedro da VC não foi o único a condenar a estratégia, a ausência dela. Mas não há tempo para ler tudo, pelo meu lado tb não ouvi o ex-chefe de gabinete de Mendes.
Quanto ao simbolo discordo da sua interpretação, pareceu-me claro porquê. A inversão de uma bandeira é um sinal de perigo por exemplo, não abastardamento nenhum…pelo que a ausência de coerência também não.
De qualquer forma, mesmo não lhe apetecendo muito, muito obrigado pelas explicações.
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Ai, vai ser desastre…
E com o socrático não é,
ó habitante das casas da Guarda… ó profe da Indy, ao domingo… ó desgraçado pagante que não sejas banqueiro ou juiz construtor da obra pública de Portugal!…
Eh, esse pacheco tem muitos sofistas alunos, já aí se diz.
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O CAA está cheio de razão mas
Não há que estranhar esta atitude da maioria dos comentadores.
Em Portugal é assim, há tipos que terão sempre todos os defeitos, por mais qualidades que tenham, e não há nada que possam fazer altere isso. Pelo contrário, também há tipos que serão sempre amados, por mais asneiras que digam e façam.
Só para dar um exemplo paradigmático de cada, no 1º grupo está Santana Lopes e no 2º Mário Soares.
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Comparar uma acção de protesto, em tudo original, e achá-la incoerente com a oposição às tácticas das novas lideranças do PSD, neste caso concreto quanto ao desvirtuar do símbolo (e seus simbolismos) do partido, revela mesmo cegueira.
O Sr. então acha que o Pacheco Pereira ao ter tido aquela ideia de inverter o sentido das setas, se colocou no mesmo plano de quem agora quer, de facto, alterar institucionalmente o símbolo (e seus simbolismos!) do PSD, e que portanto não tem legitimidade para criticar?
O que não pára de me espantar é a demagogia com que comenta este assunto.
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Gaspar,
«O Sr. então acha que o Pacheco Pereira ao ter tido aquela ideia de inverter o sentido das setas, se colocou no mesmo plano de quem agora quer, de facto, alterar institucionalmente o símbolo (e seus simbolismos!) do PSD, e que portanto não tem legitimidade para criticar?»
1. Não há alteração institucional do símbolo;
2. Acho que JPP se colocou num plano que não o legitima para as críticas que fez acerca da campanha de marketing do símbolo. Eu e toda a gente que se atreva a pensar um bocadinho sobre o assunto.
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