Boicotes IV
Os Jogos Olímpicos de Pequim são uma oportunidade de ouro para qualquer causa política, do Tibete, à liberdade de expressão, aos direitos humanos, Taiwan ou outras relacionadas com a China. E, em sentido contrário, constituem objectivamente um sério risco político (que não comercial), para o regime chinês. Durante mais de seis meses, qualquer iniciativa política, pequena ou grande que seja, terá uma enorme repercussão e nesse sentido será uma pressão permanente sobre o regime, que, sem os JO, nunca alcançaria. Manifestações em Lhasa, um blogger que seja preso, uma manifestação em Hong-Kong que corra mal, a pretensão de Taiwan para estar presente, qualquer que seja a reacção que o regime tenha, terá um eco, não apenas instantâneo, mas imenso em todo o globo.
Alguns activistas perceberam bem cedo isso e, muito bem, organizaram-se. E não será de espantar que outras acções mediáticas surjam nos próximos meses. Pelo seu lado, as autoridades também se terão prevenido e haverá planos de contra-acção. Julgo que caberá às dezenas de milhar de jornalistas que nos próximos meses por lá passarão, agirem com olhar critico e não se deixarem manipular totalmente pelo regime, por forma a que se possam forçar algumas mudanças e obter alguns resultados. A pressão pública também terá o seu efeito. Nenhum regime gosta de ser apontado, meses a fio, como o «mau da fita» e, com a realização dos JO, ele não estará em condições de agir sempre na base da força.
Por isso mesmo, no meu entender, falar de boicotes não faz sentido. O evento JO em si mesmo só ganha força se todos os atletas, os melhores, puderem competir livremente e em confronto directo com os principais oponentes. O que não aconteceria com um boicote. A diminuição do peso institucional e desportivo dos JO causaria frustração injustificada em centenas de atletas e tornaria os JO numa farsa parcial em termos desportivos. Mas não se entende a troco de quê. Em termos políticos nada se ganharia. Politizar uns JO parece-me legítimo, pressionar um regime, tratando-se ainda para mais de uma ditadura, tudo ok. Mas destruir-se ou enfraquecer-se a única força que pode ser sentida como pressão pelo regime parece-me um disparate político. Um boicote será uma forma de derrota antecipada pela perda de força do evento que chama a atenção para as causas. Uns jogos abertos serão mais difíceis de controlar do que uns jogos para os amigos. E o exemplo de 36 não colhe. Não havia transmissões televisivas, mas ainda assim, uma das imagens marcantes que ficaram (que a existência de tv certamente potenciaria interna e externamente), foram as sucessivas vitórias de Jesse Owens sobre os atletas ditos «arianos».
Nota: ao contrário do que entende o CAA, os JO são efectivamente organizados segundo regras e critérios de um entidade privada, o COI. Os comités olímpicos são associações, entidades igualmente privadas e independentes dos governos e dos Estados (pelo menos nos países livres), e tal como sucede com outros grandes eventos desportivos organizados por outras entidades privadas (campeonatos do mundo, continentais e nacionais), os estados não tem equipas nem se fazem representar oficialmente, mas sim as associações filiadas.
Registem estas palavras. A meio do ano deverão ser recordadas.
“Contenção orçamental não impediu o crescimento económico em Portugal
Sócrates assegura que a crise orçamental “está ultrapassada”
O primeiro-ministro, José Sócrates, reafirmou hoje que a crise orçamental portuguesa “está ultrapassada” e os factores que a motivaram “estão resolvidos”, garantindo que pela primeira vez tal foi possível sem comprometer o crescimento económico.
“Os últimos três anos foram de uma governação muito difícil e exigente, com um grande esforço de contenção da despesa pública, mas a crise orçamental de 2002, que voltou em 2005, está ultrapassada e os factores que a motivaram estão também resolvidos com as mudanças estruturais feitas no país”, afirmou José Sócrates.”
No Público online http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1323614&idCanal=57 .
Gostei especialmente do comentário que se refere ao não comprometimento do crescimento económico português. lolololololol
Estamos lixados com F grande… 😦
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Ó anti-comuna, podia pôr também o boletim meteorológico ?
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E em 80 (moscovo) e 84 (los angeles). Foi saudável? A China merecia um boicote generalizado. não acontece, porque a China representa muito para o capitalismo selvagem.
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se os estados não tem nada a ver com a fantochada dos “jogos” por que é que fazem dos “medalhados” ( e às vezes dopados oficial e secretamente em laboratórios do estado – lasse virén, finland, remember? – heróis nacionais e usam as bandeiras e os hinos desses estados?
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“Politizar uns JO parece-me legítimo, pressionar um regime, tratando-se ainda para mais de uma ditadura, tudo ok.”
Ou seja, mesmo que não fosse ditadura, tudo ok! Pressionar é preciso.
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Este poste é impiedoso: aponta o óbvio, o primarismo do caa.
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“Os comités olímpicos são associações, entidades igualmente privadas e independentes dos governos e dos Estados (pelo menos nos países livres)”
Diz a “socialista” ao “liberal”:
Então os comités e os atletas dispensam o patrocínio (qualquer que ele seja) dos Estados em representação dos quais desempenham.
Senão, são independentes my ass!
É como a adolescência… somos todos muito independentes, mas autonomia (que só se consegue com autosuficiência económica) não há. É uma bela ideia… nos adolescentes faz parte do processo de autoafirmação, mas nessa altura ainda podemos ter esse tipo de devaneio.
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Uma coisa é o desporto prática e, portanto, os atletas que o praticam… Outra a instituição JO. Da instituição não se pode esperar nada especial… Dos atletas individualmente não sei (são cidadãos…)… Outra coisa ainda será o impacto do fenómeno na sociedade chinesa independentemente de haver acções pontuais explícitas de natureza política. Aí sim, mais uma vez o tão maldito desporto vai permitir, a seu propósito, efeitos que os intlectuais encartados nem suspeitam…
Grande Jesse Owens em 1936!!!
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EH… desculpem lá a gralha… INTELECTUAIS
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dar como exemplo as vitórias de Jesse Owens é muito infeliz, se tivermos em conta que ele corria por uma américa racista e segregacionistas.
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Se falamos de boicotes de países, de facto têm pouco valor, porque são politizados e por quem normalmente vira a cara “por razões óbvias” (penso que reconhecem a citação, tão vergonhosa como ela é… agora o boicote por atletas que quebraram todos os seus limites para conseguirem a classificação para um evento que em muitos casos é uma oportunidade única, é de facto um acto de valor e de abnegação em prol de uma causa muitas vezes silenciada… espero que nenhum estado declare um boicote, mas também espero que muitos atletas, individualmente, se mostrem como verdadeiros campeões e não ponham lá os pés… esses sim, são homens e mulheres de coragem que com o seu sacrifício poderão dar um contributo real a uma das causas esquecidas pelos politiqueiros de esquerda que não têm tido a coragem de afrontar a China.
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JR,
não vejo que seja um exemplo «infeliz», pois se ele, com esses handicaps ganhou 4 medalhas……
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handicaps?
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«Então os comités e os atletas dispensam o patrocínio (qualquer que ele seja) dos Estados em representação dos quais desempenham.»
eles, os atletas, não «desempenham» em representação de nenhum estado, mas sim enquanto membros de determinada associação. É consultar os regulamentos.
O facto de os estados gostarem de se aproveitar do sucesso público do desporto é infeliz tradição que remonta pelo menos á Grécia olímpica original
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O Gabriel tem razão. O que faz mudar a situação é o “convívio forçado” provocado pelos JO. É a circulação de informação que se torna inevitável, é o contacto das pessoas umas com as outras. Já se esqueceram que foi isso que acabou com a Cortina de Ferro? Alguém tem a ilusão de que a China se vergaria à “lição” que o Ocidente lhe daria com um hipotético boicote? A China não mudará porque a obrigam a mudar, mas sim porque a obrigam a querer mudar.
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“Já se esqueceram que foi isso que acabou com a Cortina de Ferro?”
claro que não! lembro-me muito bem. foi o joão paulo II. não foram os jogos olímpicos. TAF, essa é um bocado ingénua…
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-Também penso que um boicote será uma má solução. No plano desportivo nem precisamos ir muito longe, bastará perguntar á Vanessa Fernandes, a sua opinião sobre a matéria, já que anda há 3 anos, a investir o melhor de si própria na esperança duma medalha, que em 2012 poderá não estar ao seu alcance. Como ela, milhares pelo mundo fora…
-No plano político, julgo que muitos chineses, ficarão a conhecer melhor, o Tibete ou Taiwan, já que o governo não conseguirá censurar tudo e todos, durante o evento, nomeadamente cerimónias protocolares, conferências de imprensa, por parte de atletas estrangeiros, expulsá-los ou recusar-lhes um visto, estará fora de questão. Afinal, quem sabe se os jogos não representarão um custo elevadíssimo para o PCChinês, ainda que exista o risco, após o final dos J.O., caso os chineses procurem cavalgar a onda, receberem uma nova Tiemnamen.
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JR: Pensei que era evidente que não me referia aos JO por causa da Cortina de Ferro… Referia-me à “circulação de informação que se torna inevitável, é o contacto das pessoas umas com as outras”.
É claro que JPII teve um enorme impacto nisso.
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“eles, os atletas, não «desempenham» em representação de nenhum estado, mas sim enquanto membros de determinada associação. É consultar os regulamentos.”
Então porque é que usam equipamentos com as cores do Estado (que não representam) e quando ganham medalhas se ouve o hino nacional (mais uma vez, do Estado que não representam)?
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Vamos lá ver se eu agora me explico melhor. As ditaduras só se aguentam enquanto não há massa crítica de revolta na população. Quando há um motivo qualquer que permita dar um cheirinho de liberdade às pessoas, elas ficam “viciadas” nisso e dificilmente desistem dela. Os JO são uma excelente ocasião para criar esse “vício”, tal como foi um Papa de Leste, etc., etc. Qualquer motivo serve para esse efeito, desde que proporcione maior circulação de informação e de gente.
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os atletas não representam o estado, mas são membros, na sua esmagadora maioria de determinado estado. O uso das cores nacionais é geralmente livre. Do hino também.
Quando fizermos um campeonato mundial de bloggers está prometido o uso das cores nacionais e respectivo hino.
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Ou seja, JO boicotados não provocam impacto significativo no interior na China, o efeito é mais no exterior. A China é grande demais para mudar empurrada, tal como era a URSS. A mudança tem de vir de dentro, imposta pela própria população.
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estou absolutamente nas tintas para os três anos da vanessa fernandes, comparado com os milhões de opositores do regime chinês que perdem anos de vida a apodrecer nas cadeias quando não a própria vida.
os atletas não são agentes apolíticos. podem e devem ter uma opinião sobre o regime politico chinês. mas por favor, não venham com argumentos do tipo a-desgraçadinha-anda-a-correr-há-três-anos-para-nada.
o boicote aos jogos olímpicos pode e deve ser questionado enquanto estratégia para alterar o regime chinês. talvez não seja a melhor, e nisso estou de acordo com o primeiro parágrafo do post do gabriel. mas apesar disso, entendo que os líderes europeus deveriam, tal como cavaco, invocar questões de agenda.
porém, não me parece que as “vitórias de Jesse Owens sobre os atletas ditos «arianos»” seja um bom exemplo. acho mesmo que é infeliz, porque Jesse Owens era uma vítima dos “arianos” americanos .
se é para dar um exemplo, nesse caso prefiro os jogos olímpicos do méxico de 68. a saudação do poder negro por Tommy Smith and John Carlos, essa sim, foi verdadeiramente demolidora.
e só para terminar: a vanessa fernandes deveria estar caladinha e ter vergonha na cara. dava-lhe mais valor se ela tivesse a coragem (que duvido que tenha) de ter uma atitude de protesto para com o regime chinês, se tiver a sorte de subir ao podium.
mas para isso seria preciso ela pensar. e por aquilo que sei, ela só sabe correr.
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JR, estou mesmo a ver o regime chinês a tremer por causa da Vanessa Fernandes… 😉
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Oh JR desculpe lá (e olhe que o meu pendor agonista é mínimo) mas dizer que o Jesse Owens não foi uma pedra na engrenagem montada nos JO de 1936 porque o país dele era racista e tal e tal … é raciocinar como se a vida fosse linear e tal e tal…(até ia a dizer a preto e branco mas…parecia …) E com espírito lúdico aceite que lhe diga que num tempo de i Pods e tal e tal ..as cassetes… hummmmmmm
:))
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ó mariadosol, onde é que eu digo “Jesse Owens não foi uma pedra na engrenagem montada nos JO de 1936”?
e já agora, e com espírito lúdico aceite que lhe diga: sabe ler?
:))
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««os atletas não são agentes apolíticos. podem e devem ter uma opinião sobre o regime politico chinês. »»
E se a opinião deles for querer ir aos jogos?
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««e só para terminar: a vanessa fernandes deveria estar caladinha e ter vergonha na cara. dava-lhe mais valor se ela tivesse a coragem (que duvido que tenha) de ter uma atitude de protesto para com o regime chinês, se tiver a sorte de subir ao podium.»»
Mas então a Vanessa Fernandes não pode ter a opinião que quiser?
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«porque Jesse Owens era uma vítima dos “arianos” americanos»
estranha «vitima» que a todos vencia, e sem que a «casta» dos derrotados o impedisse de concorrer.
«os atletas não são agentes apolíticos. podem e devem ter uma opinião»
o «devem» é que estraga tudo……
E parece que a «opinião» também só poderia ser uma. Mas nesse caso não é preciso ter opinião. Basta alguém declara-la. Sei lá, o poder político. Como fazem na China.
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“JR, estou mesmo a ver o regime chinês a tremer por causa da Vanessa Fernandes…”
caro TAF, no mundo há dois tipos de pessoas: as que se sobrevalorizam e as que se subestimam. Você pertence há segunda. e com esses os defensores dos direitos humanos, infelizmente, não podem contar.
Se a vanessa fernandes tomasse uma posição política vestindo uma t-shirt, por exemplo, com um slogan denunciando as atrocidades do regime chinês, certamente não faria tremer o regime, mas iria com certeza incomodar.
e se isso fosse imitado por todos os atletas, mostrando que têm consciência e valores políticos e não são ser acéfalos, que se limitam a correr por uma medalha como um cão por um osso, sou obrigado a discordar de si: o regime certamente tremeria.
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«e só para terminar: a vanessa fernandes deveria estar caladinha e ter vergonha na cara.»
«estar caladinha» é o procedimento que as autoridades chinesas avisam que todos os atletas devem ter quando forem a Pequim.
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“Mas então a Vanessa Fernandes não pode ter a opinião que quiser?”
pode, mas eu também posso ter uma opinião sobre a opinião da vanessa fernandes. ou não?
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gabriel, esperava mais de si.
“caladinha” é uma força de expressão. ela pode dizer o que quiser. mas eu sou livre de manifestar a minha opinião sobre isso.
quanto ao “deve”, tenho pena que agir por dever esteja fora de moda. talvez isso justifique a falta de carácter que prolifera nos dias de hoje.
e kant que escreveu tantas páginas a explicar isto…
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julgo que precisamente kant tem alguma coisa a ver com o facto de o tal «agir por dever» corresponder a uma avaliação do próprio e não necessariamente por reacção ou segundo padrões exigíveis por terceiros…..
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Aprecio mais as provas da Vanessa Fernandes, que os comentários do JR.
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“estranha «vitima» que a todos vencia, e sem que a «casta» dos derrotados o impedisse de concorrer.”
caro gabriel, continuo a dizer que esperava mais de si.
de facto ninguém o impedia de correr, porque os “arianos” sempre viram os pretos como uma espécie de animais circenses.
mas frequentar restaurantes, andar de transportes públicos, frequentar as mesmas escolas, ou até mesmo beber água de um simples bebedouro, destinados a brancos, isso era mais difícil.
mas agora correr, podiam. de preferência para bem longe, né?
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“julgo que precisamente kant tem alguma coisa a ver com o facto de o tal «agir por dever» corresponder a uma avaliação do próprio e não necessariamente por reacção ou segundo padrões exigíveis por terceiros…..”
errado: agir por dever não corresponde a uma avaliação do próprio. agir por dever é agir moralmente, o que em kant significa orientar a acção por um PRINCÍPIO capaz de se tornar numa lei universal.
no caso em concreto, se a vanessa fernades tomasse a declaração universal dos direitos do homem como princípio da sua acção, o seu comportamento só poderia ser um: rejeitar e protestar contra o regime chinês.
mas pelos vistos o pessoal quer é medalhas e festas no aeroporto.
e pronto, assim vai o mundo…
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Não querem lá ver… O Gabriel Silva e o João Miranda nasceram ontem!
Só pode…
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Vanessa, estará mais interessada em conquistar uma medalha de ouro para PORTUGAL, com o prestígio que esse feito poderá dar à sua pátria, do que entrar numa acção política, de contornos oportunistas.
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««no caso em concreto, se a vanessa fernades tomasse a declaração universal dos direitos do homem como princípio da sua acção, o seu comportamento só poderia ser um: rejeitar e protestar contra o regime chinês.»»
Como é que chegou a essa conclusão? E se a Vanessa Fernandes considerar que ir aos Jogos Olímpicos fará mais pelos direitos humanos que não ir?
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JoaoMiranda Diz:
26 Março, 2008 às 1:28 am
Se o JM e o GS têm razão, então, a Vanessa Fernandes não tem o que se preocupar, já que nenhum boicote nacional é possível – o comité olímpico patrocina, ela corre vestida com as cores da Stella MCartney (ou otro estilista que o seu livre arbítrio bem entenda) e, no final, ganhando alguma medalha, dispensa o hino.
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“Como é que chegou a essa conclusão? E se a Vanessa Fernandes considerar que ir aos Jogos Olímpicos fará mais pelos direitos humanos que não ir?”
João miranda, deve ser do avançado da hora…
se ler bem, vou repetir, ler bem, a frase que você mesmo cita, perceberá como chego a essa conclusão.
E se a Vanessa Fernandes considerar que ir aos Jogos Olímpicos fará mais pelos direitos humanos que não ir, terá de o demonstrar para eu o poder partilhar da mesma opinião.
porque eu também posso considerar que espetar facas nas costas de alguém lhe faz bem à saúde. e como você faz não faz. mata, não é?
e já agora, é isso que tem a dizer: e se isto? e se aquilo? e se aqueloutro?
se tem argumentos, diga quais são. agora, não me faça entrevistas, nem pense que eu tenho soluções para dilemas morais.
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“Se o JM e o GS têm razão, então, a Vanessa Fernandes não tem o que se preocupar, já que nenhum boicote nacional é possível – o comité olímpico patrocina, ela corre vestida com as cores da Stella MCartney (ou otro estilista que o seu livre arbítrio bem entenda) e, no final, ganhando alguma medalha, dispensa o hino.”
muito bom. e já agora, as medalhas que sejam cravejadas com brilhantes swarovski.
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JR que acha? Saberei ou não ler? Aí está uma questão tão importante como os termos em que este assunto foi aqui discutido…
Pergunta genuinamente inocente: Se fossem umas “olímpiadas da matemática” estariam a colocar a questão nestes termos? Não e sabe porquê? Porque mal ou bem não movimentariam o qu eo JO movimentam…
Meus caros: o que me parece é que o desporto tem as costas largas…e que a questão também pode ser colocada de outro ponto de vista…de q
sorrisos cheiinhos de mimicry
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JR que acha? Saberei ou não ler? Aí está uma questão tão importante como os termos em que este assunto foi aqui discutido…
Pergunta genuinamente inocente: Se fossem umas “olímpiadas da matemática” estariam a colocar a questão nestes termos? Não, e sabe porquê? Porque mal ou bem não movimentariam o que o JO movimentam…
parece-me que a questão também pode ser colocada de outro ponto de vista…os JO não tem de ser vistos como um aval ou aceitação do que se passa na China…eles podem proporcionar uma brecha, uma nesga naquela muralha que até se vê do espaço… pensem que só na “invasão” dos meios de comunicação social e de gente que não vão poder ser controlados nos moldes habituais… e isso vai produzir algum efeito…. é um efeito mais natural e menos drástico? Talvez, mas com algum grau de importância…
(já estou cheia de sono…é melhor parar ehehe)
sorrisos com alguma mimicry
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“JR que acha? Saberei ou não ler?”
não só não sabe ler, como escreve ainda pior.
arre!
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“Se fossem umas “olímpiadas da matemática” estariam a colocar a questão nestes termos?”
e se fossem umas olimpíadas de matutazos? isso é que era…
mas vá dormir, vá….
“sorrisos com alguma mimicry” também para si.
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estou msmo com sono….nem assinei o comentário
isto já não é sono….é vertigem
(só me falta falar na alea) ehehe
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Oh JR
entre a paidia e o ludus ainda havemos de nos entender ehehehe
(Como pode levar isto de forma tão sisuda? olhe as rugas….)
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Olhe que não confundi paidia com paideia eheheh
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Tanto cinismo e hipocrisia.
Uma medalha é só uma medalha,
Boicote-se!
Cumprimentos.
http://nacionalistas.wordpress.com/
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Só se os Chineses ficarem ricos(e assim ficarem menos dependentes do Regime) é que nascerá a possibilidade de liberdade. Os JO se servirem para pressionar serão mais vantajosos do
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Já decidi não participar nos JO.Junta a tua á nossa voz!Pelo boicote dos vermelhos colonizadores do Tibete e de África!
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Eu gosto dos que criticam o racismo nos EUA em 36 (neste caso).
Trinta e tal anos depois ainda os portugas ainda estavam a pensar dar cidadania aos naturais das suas colónias.
Olhando para os outros tudo parece pertinho, olhando para nós próprios, tudo parece mais distante.
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o Anónimo do 38 que escreveu: «O Gabriel Silva e o João Miranda nasceram ontem!», no meu caso, acertou em cheio!
Só faltou mesmo o ano.
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“eles, os atletas, não «desempenham» em representação de nenhum estado, mas sim enquanto membros de determinada associação. É consultar os regulamentos.”
Bem, isto é muita ingenuidade sua, Gabriel. Os atletas de facto representam um estado, digam os regulamentos o que disserem. E no caso da China isso é ainda mais flagrante e assumido. Eu não estou interessado no boicote. Gosto do espectáculo. Mas não duvido de que a maior derrota para o regime chinês seria mesmo o boicote. Porque cada uma das participações nacionais será vista, por toda a gente (menos para o Gabriel ;)), como uma forma de legitimação do regime chinês por parte do respectivo Estado. Durante esse periodo, a China poderá dizer: vejam o que quiserem, não temos nada a esconder. E durante algumas semanas alguns chineses mais afoitos efectivamente darão alguns recados à imprensa internacional. Nada de novo e passados dois meses, já toda a gente se esqueceu. E a grande maioria ou se calará, com medo de represálias, ou dirá como aqueles jovens chineses muito modernos que apareceram numa reportagem do Público há tempos: desde que possa ir comer hamburgueres à MacDonalds e tenha um telemóvel último modelo, acenderei uma velinha ao glorioso e eterno Partido Comunista Chinês e pagarei as respectivas quotas. É que não são só os jornalistas internacionais que andarão atentos…
Os Jogos Olimpicos são uma manifestação política de regime, sempre foram, digam os tais “regulamentos” o que disserem. Acho que nem o Pierre de Coubertin teria a ingenuidade de negar isso.
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Pelo que vejo, o lukiluke é dos que acham que é o dinheiro que libertará os chineses do regime. Mais outro que não percebe nada nem da natureza do regime chinês, nem da natureza de qualquer ditadura.
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Gabriel,
«… ao contrário do que entende o CAA, os JO são efectivamente organizados segundo regras e critérios de um entidade privada, o COI. Os comités olímpicos são associações, entidades igualmente privadas e independentes dos governos e dos Estados (pelo menos nos países livres), e tal como sucede com outros grandes eventos desportivos organizados por outras entidades privadas (campeonatos do mundo, continentais e nacionais), os estados não tem equipas nem se fazem representar oficialmente, mas sim as associações filiadas.»
Apenas formalmente. Materialmente discordo. O COI é uma entidade privada, de facto. Tal como os comités olímpicos de cada país. Mas defender que as equipas vão aos JO em serviço privado e não em representação dos Estados é um absurdo.
Todas as equipas recebem importantíssimas dotações públicas para a preparação dos atletas. E nos JO, mais do que em qualquer evento meramente desportivo, o ‘factor bandeira’ é fundamental. Os JO não podem ser comparados a um campeonato do mundo seja qual for a modalidade – ninguém o faz em lado algum. São o evento onde o orgulho nacional está mais em causa e com maior envolvimento dos estados e dos seus dirigentes políticos. Defender o contrário só a nível de excepção que confirma a regra – como fez o João Miranda quando citou o exemplo de Sebastian Coe em 1980…
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Parabéns ao recente aniversariante que nasceu ontem!
Bébé!
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Gabriel,
«A diminuição do peso institucional e desportivo dos JO causaria frustração injustificada em centenas de atletas e tornaria os JO numa farsa parcial em termos desportivos. Mas não se entende a troco de quê. Em termos políticos nada se ganharia. Politizar uns JO parece-me legítimo, pressionar um regime, tratando-se ainda para mais de uma ditadura, tudo ok. Mas destruir-se ou enfraquecer-se a única força que pode ser sentida como pressão pelo regime parece-me um disparate político.»
Esta é matéria de opinião: no fundo, nada fazer porque não vale a pena e estraga-se a festa.
A minha opinião é diametralmente contrária: os JO são acontecimento com repercussões políticas e enormes e evidentes, tudo o que se fizer antes, durante e depois, tem consequências políticas, e força a tirania chinesa a reflectir sobre os seus métodos como nunca o fez até hoje.
Confesso que me causa algum aborrecimento discutir evidências: será que as declarações de Sarkozy, os avisos de Rice, as ameaças do presidente do PE, as manifestações de chinesice de Barroso, os incidentes de anteontem na ONU, o falar-se desta questão em TODAS as iniciativas internacionais em que a China está presente, será que tudo isto e o mais, se deve a um acontecimento desportivo?
Ou não será, na verdade, que por detrás destas alegações aterradoras pelo seu formalismo desviado da realidade, ainda há liberais que defendem que alguma liberdade económica é suficiente para se chegar, por infusão divina, certamente, a todas as vertentes que aquela contém???
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Isso do boicote à China pelos estados, na’ tem realmente nada a ver com o amor ao Tibete e aos direitos humanos… tem a ver com quanto mais lixarem a China, mais ela atrasa o crescimento e melhor é para a UE e os USA. O que interessa é boicotar e dar cabo do crescimento económico da China e causar-lhe prejuízo com os JO é uma ideia.
A política é feia e serve-se de tudo.
Claro que há pessoas cheias de boas intençoes que sao usadas no pagode.
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A China parece ter investido tanto nestes JO, que como estava compradora de tudo, acumulou as comodities de tal modo que subiu tudo a pique. Agora acabou as compras. Devem ter stoc’s para 20 anos de pitroleo e trigo, e berloques para os turistas.
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..e consequentemente eles estao prontos para a guerra. Nao brinquem com o perigo amarelo..lol
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Caro CAA,
«Todas as equipas recebem importantíssimas dotações públicas para a preparação dos atletas.»
É um facto. Aliás acontece o mesmo em inúmeras outras actividades. Mas não creio que tal as torne estatais ou representativas dos estados.
É também um facto o aproveitamento político dos estados face ao desporto, á competição desportiva, á tentativa de politização e interferência (este ano não é diferente), à pretensão de retirar dividendos, etc. etc. etc.
Mas o mesmo acontece com o prémio nobel, com a formula 1, com o salão do livro de munique, com o campeonato de xadrez e do berlinde……Os Jo tem é mais impacto.
Creio mesmo que seja uma grande mérito do COI (aliás como a Fifa), que uma competição privada seja o maior acontecimento mediático do mundo e como tal a politica não fique de fora.
que o público, os políticos e os estados se revejam, em termos nacionais, nos atletas, não será especialmente inconveniente. Mas de facto e de direito tal não sucede. Os jogos olimpicos são uma competição entre atletas e não entre estados.
Não é apenas o exemplo do Sebastian Coe. Há inúmeros casos semelhantes, incluindo Timor-Leste. Incluindo o facto de existirem oficialmente a192 Estados mas 201 Comités Olímpicos reconhecidos.
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Al-fenos Diz:
26 Março, 2008 às 9:00 am
Eu gosto dos que criticam o racismo nos EUA em 36 (neste caso).
Trinta e tal anos depois ainda os portugas ainda estavam a pensar dar cidadania aos naturais das suas colónias.
Olhando para os outros tudo parece pertinho, olhando para nós próprios, tudo parece mais distante.
VEJAM BEM . ESTE É DOS QUE DEFENDE QUE DEVEMOS RECEBER MENOS PARA OUTROS RECEBEREM MAIS.
OLHA FILHO A TUA MÚSICA ANDA DESAFINADA.QUANDO HAVIA COLÓNIAS ERA TUDO PORTUGUÊS.O PCP DOUTRINOU CÁ, NA CASA DO IMPÉRIO, OS FUTUROS DIRIGENTES, QUE CONQUISTARAM O PODER Á FORÇA DE ARMAS, NÃO QUERENDO PORTANTO SER PORTUGUESES.O GUEBUZA ATÉ SÓ FALA MOÇAMBICANO PORQUE PORTUGUÊS É LINGUA DE COLONO.OS PORTUGUESES BRANCOS FORAM EXPULSOS E ROUBADOS.QUAL É A LÓGICA DA BATATA NÓS ESTARMOS A DAR A NACIONALIDADE( NÃO É ISSO QUE ELES QUEREM , MAS PS RESPECTIVOS BENEFÍCIOS) A QUEM A COMBATEU COM ARMAS NA MÃO?OLHA OS INTELECTUAIS DO CONTRAANDAM AÍ TODOS A VIVER POR CONTA DOS EX-COLONIALISTAS…
REPARA FILHO QUE NINGUÉM NAS COLÓNIAS DÁ OS MESMOS DIREITOS.QUERES MONTAR UMA EMPRESA?DIVIDES COM UM INDÍGENA.MONTASTE UMA EMPRESA? DE REPENTE TENS QUE VENDEDAR METADE A UM INDÍGENA…NACIONALIDADE?A BRANCOS? PORRA…
PORTANTO MENINO O QUE AQUI ANDAM A FAZER É PURA TARIÇAÕ AOS NORTENHOS QUE TÊM QUE SAIR DO PAÍS POR LHES ROUBAREM O TRABALHO COM IMPORTAÇÕES DE DESQUALIFICADOS QUE TRABALHAM BARATINHO PARA O PATRÃO, MAS SAEM MUITO CARO AOS CONTRIBUINTES… ESTE REGABOFE É QUE NINGUÉM TEM TOMATES DE ACABAR.E TODOS PAGAM E BEM POR ISSO.SIDOSOS A 2000 EUROS/MÊS QUE NEM TÊM PARA COMER…TUDO NACIONALIZADO E RÁPIDO.
DEVES SER ADEPTO DAQUELE ES.COMISSÁRIO QUE NOS COLOCOU EM 2º MELHOR ACOLHIMENTO NA EUROPA QUANDO A ECONOMIA É A ÚLTIMA… ESPERTOS, MUITOS ESPERTOS ESTES NOSSOS POLÍTICOS ARMADOS EM JESUÍTAS DO SEC XXI…
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Porque é que o sr. “escritor de baladas” ainda não escreveu um música chamada “Ai Tibete!”? Porque será? Pela mesma razão pela qual nunca escreveu uma “Ai Cuba”, “Ai Coreia”, “Ai RDA”, “Ai Angola”, etc! É a típica coerencia desta gente…! Ai Ai!!!
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“Os jogos olimpicos são uma competição entre atletas e não entre estados.”
Novidade absoluta, para mim e para quase toda a gente… Gabriel, no inicio dos jogos, os atletas desfilam atrás de uma bandeira, separados de outras bandeiras, cada um representando um Estado. Quando ganham medalhas, não é a sua música favorita que consta na sua página do Hi5 que ouvem, mas o hino do seu país. A sua equipa é, de facto, o seu Estado. Salvo casos raros (as tais excepções), os atletas não concorrem em seu nome individual. Esses são os casos anómalos, e o Gabriel reconhece isso mesmo quando fala nas excepções. E muito menos concorrem em nome de empresas comerciais, como é o caso da Fórmula 1, por exemplo. Os Jogos Olimpicos não são uma competição privada. São uma competição entre Estados. De facto, é assim. E tanto é assim de facto (apesar dos “regulamentos”), que de facto nos rankings de medalhas em qualquer quadro estatístico dos JO, figuram os Estados. Isso não acontece nem no xadrez, nem na fórmula 1 por alguma razão. A competição é entre estados e não entre atletas. Os atletas nos JO são instrumentos dos Estados. Os jogos olimpicos sempre foram assunto de Estado.
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Al-fenos Diz:
26 Março, 2008 às 9:00 am
“Eu gosto dos que criticam o racismo nos EUA em 36 (neste caso).”
Ainda bem, porque isso é o que está certo. O racismo deve ser criticado, seja ele de 36 ou de 2008, americano ou chinês. Mas essa não era a questão.
Concordo com quase tudo o que o gabriel disse. Mas entendo que o exemplo é mau e infeliz.
Em 36 tínhamos de um lado a américa democrática e racista; do outro a alemanha nazi e igualmente racista.
Neste caso o Jesse Owens foi apenas usado como arma de arremesso político: no seu país era discriminado e tratado abaixo de cão; nos JO serviu para os americanos mostrarem que os seus “macacos amestrados” eram capazes de feitos muito superiores aos “super-homens” nazis. ora isto, para mim, é bullshit.
Como imagem e como exemplo prefiro o Tommy Smith e o John Carlos: no pódio, de luva negra e de punho erguido. isso sim, foi demolidor. principalmente para ele: perdeu a mulher, a casa, o emprego, os amigos. ou seja, perdeu tudo. menos a força de um grande exemplo para todos.
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Pois Caramelo, não duvido nem por um minuto que seja novidade. Mas a percepção errónea não transforma a realidade.
Para quem não saiba, no site do Comité Olimpico internacional diz-se:
«The Olympic Games are competitions between athletes in individual or team events and not between countries. They bring together athletes designated by their respective National Olympic Committees (NOCs) and whose entries have been accepted by the International Olympic Committee (IOC). They compete under the technical direction of the International Sports Federations (IFs) concerned.»
Isto também é capaz de interessar:
«The IOC is an international non-governmental non-profit organisation and the creator of the Olympic Movement. The IOC exists to serve as an umbrella organisation of the Olympic Movement. It owns all rights to the Olympic symbols, flag, motto, anthem and Olympic Games. Its primary responsibility is to supervise the organisation of the summer and winter Olympic Games.»
«no inicio dos jogos, os atletas desfilam atrás de uma bandeira, separados de outras bandeiras, cada um representando um Estado.»
Exacto. No Festival de Folclore Aguiar da Beira também.
«Salvo casos raros (as tais excepções), os atletas não concorrem em seu nome individual.»
Ver citação acima.
«E muito menos concorrem em nome de empresas comerciais, como é o caso da Fórmula 1, por exemplo.»
Mas estes também recebem os trofeus com bandeirinha e hino……
«Os Jogos Olimpicos não são uma competição privada.»
lá está, é so novidades. O COI é uma entidade privada, registada e com sede na cidade de Lausana, regendo-se pelo direito da Confederação Helvética. Os comités olímpicos locais (201 face aos 192 estados…) são entidades privadas, normalmente associações, embora existam também alguns com configuração de empresa (caso da Irlanda). As regras de competição, a selecção dos atletas, as instancias de recurso são fixadas pelo COI, ou pelas entidades federadas, que são também elas mesmas associações privadas. Se conseguir dizer-me onde é que está a interferencia estatal, agradeço.
«E tanto é assim de facto (apesar dos “regulamentos”), que de facto nos rankings de medalhas em qualquer quadro estatístico dos JO, figuram os Estados»
certamente saberá que «quadros estatisticos» são isso mesmo, quadros estatisticos. Se consultar a lista de campeões do mundo de formula 1 (ou de qualquer outra competição internacional), também aparecerá á frente do nome do corredor a sua nacionalidade. E até encontrará um ranking dos estados agrupados pelos que tem maior número de corredores vencedores.
«Isso não acontece nem no xadrez, nem na fórmula 1 por alguma razão. »
convirá fazer melhor pesquisa.
«Os atletas nos JO são instrumentos dos Estados.»
se assim fosse, aí estaria uma boa razão para boicote permanente.
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Frequentemente, o(a) vencedor(a) no pódium, depois de receber a medalha, ao ouvir o hino enquanto a bandeira é hasteada, liberta algumas lágrimas dos olhos.
Não é por lhe estar a doer um calo.
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“Ou não será, na verdade, que por detrás destas alegações aterradoras pelo seu formalismo desviado da realidade, ainda há liberais que defendem que alguma liberdade económica é suficiente para se chegar, por infusão divina, certamente, a todas as vertentes que aquela contém”
Na passada sexta-feira vinha um excelente artigo no suplemento de economia do público. Assinava o artigo uma professora de direito político, se não estou em erro (cito de cabeça).
em traços gerais, dizia-se o seguinte: o actual regime chinês prova que a liberdade de mercado não é suficiente para se chegar à liberdade democrática, ao contrário do que muitos “crentes” ainda pensam. e isto porque a classe média chinesa tem dado claros sinais que não está nem aí para a questão dos direitos humanos, se o dinheirinho não lhes faltar.
mas no artigo dizia-se mais: o actual sistema chinês é tentador e um “bom” exemplo para todo o tipo de mentecaptos (a palavra é minha) e ditadores africanos, sul americanos e do resto do mundo.
ou seja, aquilo que se dizia é que no futuro a “luta” será entre as sociedades capitalistas liberais e as sociedades capitalistas totalitárias.
e eu não estou certo que as sociedades ocidentais ganhem esta guerra. a julgar pela defesa das medalhinhas de cortiça, há muita gente disposta a vender a alma em troca de meia-dúzia de vinténs.
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Sim, Gabriel, andamos todos com as percepções erradas, a começar pelo Estado chinês e acabar no zé da esquina. Estamos todos a precisar de ler o regulamentozinho.
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JR,
Dos mitos urbanos.
«perdeu a mulher, a casa, o emprego, os amigos. ou seja, perdeu tudo.»
Mas quem será tal desgraçadinho?
John Carlos continuou a correr, foi jogador de futebol, treinador, tornou-se agente da Puma, membro do comité olimpico dos usa, do comité organizador dos JO de 84, é condecorado, tem uma estátua.
Tommie Smith jogou futebol, tornou-se professor universitário, faz conferencias por todo o lado, é um especialista na sua área academica, etc.
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ò Beirão..(desculpe trata-lo assim mas…já que trata por “filho”)…..
Não contrariou nada do que eu disse apesar de transcrever o meu post.
Pelo contrario, só sublinhou aquilo que é uma verdade.
O que vc não percebeu é que eu falava exactamente do tempo em que elas eram colonias e não depois de se tornarem independentes.
Quis sim fazer ver a quem do alto de uma suposta moralidade critica os outros que nós como povo tb temos e tivemos do mesmo ( e ainda temos).
O resto que me dirige é bastante desconexo porque entende mal.
Já agora vou-lhe acrescentar que o tal de Guebuza (agora não trinta anos depois dos portugas) mas setenta anos depois dos tais JO de 36 em que os “americas eram racistas” fez parte de uma associação pela negritude, ou seja, pelo afastamento que um qualquer negro de todo e qualquer cargo de poder fosse ele politico ou económico, em Africa. Racismo puro!!!!e ninguem se incomodou ou se incomoda com tal, muito menos os que criticam os américas em 36 e “saltam” por cima dos portugas.
Talvez assim tenha percebido o meu post.
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errata: de um qualquer que não negro……
as minhas desculpas
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Al-fenos Diz:
Desculpe lá mas li mal o seu post.
É que a maioria da rapaziada da “propaganda”, dos políticos de vão de escada e sede inexistente só “entalam” os Portugueses, que os elegeram…
Estou farto de mentiras piadosas e de cobranças de IRS para as “boas acções” dos que num dia descoloziza de qualquer maneira, porque sim e logo a seguir fazem um império no quadrado e por nossa conta.E ninguém faz perguntas, nem reclama… deste constante baixar da cueca que se fosse só a deles que gozassem , agora passar isso aos outros alto que aí não…
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mas no artigo dizia-se mais: o actual sistema chinês é tentador e um “bom” exemplo para todo o tipo de mentecaptos (a palavra é minha) e ditadores africanos, sul americanos e do resto do mundo.
ou seja, aquilo que se dizia é que no futuro a “luta” será entre as sociedades capitalistas liberais e as sociedades capitalistas totalitárias.
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censurinha, hã?… que atitude tão liberal.
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Aqui fica o mito urbano do gabriel retirado do wikipedia:
“Some people (particularly IOC president Avery Brundage) felt that a political statement had no place in the international forum of the Olympic Games. In an immediate response to their actions, Smith and Carlos were suspended from the U.S. team by Brundage and banned from the Olympic Village. Those who opposed the protest said the actions disgraced all Americans. Supporters, on the other hand, praised the men for their bravery. The men’s gesture had lingering effects for both Smith and Carlos, the most serious of which were death threats against them and their families.”
claro que esta parte das ameaças de morte, segundo o gabriel, é pura invenção. até porque isso nunca aconteceu na américa. como todos sabemos o martin luther king continua a viver na sua velha casa na carolina do sul.
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e até lhe fizeram uma estátua – que bom!
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«censurinha, hã?»
não, apenas se apagam comentários contendo insultos.
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«claro que esta parte das ameaças de morte, segundo o gabriel, é pura invenção.»
invenção é essa parte de que eu disse não sei quê.
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sobre Tommie Smith aconselho a consulta do seu site: http://www.tommiesmith.com/
e sobre John Carlos, aqui: http://as.sjsu.edu/legacy/john.htm
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fora color!
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