Escreveu o CAA….

… já por duas vezes, em defesa da argumentação de Luís Filipe Menezes. Que aquele teria sido sujeito a «um vendaval de desaforos que impossibilitou qualquer acção política normal. Tudo foi feito com uma enorme virulência (…)» e que «atearam todos os fogos que puderam, vilipendiaram, denegriram, boicotaram. Não houve um só dia em que a direcção que venceu em Setembro passado não fosse difamada nos jornais e TV’s pelos ‘notáveis’ do seu próprio partido.». Portanto, seria caso de «basta», como disse o outro.

O certo é que por mais que eu pergunte, ainda não me conseguiram mostrar um só desses vilipendos, desaforos, denegrimentos ou boicotes. Do que retive destes seis meses, fica-me a ideia de ter sido muito criticado é certo. Por um dia dizer que vai desmantelar em seis meses o Estado social e dias depois anunciar que com ele nem um serviço do estado será encerrado. Por não ter nada a dizer sobre o tratado europeu e dias depois vir propor uma nova constituição. Por escolher ou aceitar que Santana Lopes fosse chefe do grupo parlamentar, e que o mesmo tivesse uma agenda própria. Por alterar os regulamentos do partido permitindo que quem queira possa financiar a compra de militantes. Por se colocar ao lado dos manifestantes contra a ministra da educação. E por aí fora. Não sei, posso não estar a ver a coisa bem, mas parecem-me críticas acertadas. Ah e coisa e tal, e o que disse Rui Rio (o mesmo que todos os anteriores secretários gerais a propósito do novo sistema de quotas), a Paula Teixeira da Cruz (que o então novo líder era um hiato, o que se confirmou), o Capucho (que acusado de faltar aos seus deveres partidários, negou e chamou-lhe mentiroso, o que LFM engoliu…). Eram esses os «boicotes»? Parece-me fraquinho. E a propósito de vilipendos, lembro-me de recentemente um seu vice-presidente, por si escolhido, apesar de um passado pouco recomendável na mesma matéria, vir deitar uns perdigotos, daqueles nojentos, que felizmente lhe caíram em cima. E que fez Menezes? Presidindo a uma comissão politica, manifestou total solidariedade ao sujeitinho. Ah, pois ele é vítima. Só de si mesmo. Que faz então? Guterrou. E claro, a culpa é dos outros.
Contudo, e por isso mesmo, admito, sou seu fâ desde a primeira hora. Que os outros falhem em indesejáveis «renovações» sociais-democratas, e que ele regresse rapidamente e em força. É ele o ungido para levar o psd a bom termo. Termo mesmo, claro. A bem da nação.