Ganhou pontos
Tenho de reconhecer que Passos Coelho me surpreendeu. A impressão que me tinha transmitido até começar a campanha era esta. Mas desde aí o seu discurso parece-me consolidado, pensado, contrastando em absoluto com o arrepiante déjà vu das candidaturas de Ferreira Leite e de Santana Lopes. Claro que não cometo a veleidade de o ter como ‘liberal’ – mas, sem dúvida, é aquele que mais se aproxima de alguns desses pressupostos. Sobretudo, é o único que transmite alguma novidade ao pensamento político do PSD.
Mas ainda me restam várias dúvidas. Por exemplo, perceber como é que Passos Coelho consegue fazer a difícil transição de alguém que todos viam com bonomia porque apenas estava a preparar o futuro para, agora, esta nova versão de um candidato que tem sérias hipóteses de ganhar. Como é que isso irá matizar a sua atitude, saber se tal não o tornará demasiado semelhante aos seus adversários fruto de compromissos com os interesses que têm forçado o PSD a ser a coisa informe em que se tornou há demasiado tempo.
Também não consegui ainda entender a sua posição face a questões essenciais como a descentralização regional – tem Passos Coelho o nervo suficiente de, também aí, fazer a diferença com o centralismo carcomido de Ferreira Leite? Subsistem dúvidas, igualmente, em relação a alguns combates em que o PSD tem primado pela ausência – por exemplo, a luta contra a corrupção. E outros. Mas ainda há tempo até ao fim de Maio.

Caro CAA, a cada dia que passa, cada vez mais me surpreende.
“Mas desde aí o seu discurso parece-me consolidado, pensado, contrastando em absoluto com o arrepiante déjà vu das candidaturas de Ferreira Leite e de Santana Lopes. Claro que não cometo a veleidade de o ter como ‘liberal’ – mas, sem dúvida, é aquele que mais se aproxima de alguns desses pressupostos.”
Vc. já leu as mézinhas dele para resolver os problemas do PSD e do país?
Pegar nos estudos da S. Caetano e aplicá-los. E voilá. Temos um PSD reformista e liberal.
Tá certo.
Caro CAA, não será da embalagem? Ou do wishfull thinking? 😉
GostarGostar
Eu percebo pouco mas parece-me que ele é quase da mesma idade dos outros todos…
GostarGostar
Espero bem estar enganado. Mas esta “onda” pelo PPC parece-me a mesma onda de muitos, no ínicio do consulado do Pinócrates.
Nessa altura também muitos liberais andavam embevecidos com o populismo e propaganda do Pinócrates contra os grupos de interesse, contra os funcionários públicos, juízes, bófias, etc.
Depois, na hora da verdade, dá-se um passo à frente para ficar tudo na mesma.
Oxalá não me engane e PPC seja mesmo liberal e reformista. Mas por trás da embalagem e das palavras doces, não me parece que seja nada do que se esperava. Faz-me, sinceramente, lembrar o puto-maravilha do cavaquismo, excelso Durão Barroso.
Mas posso estar enganado. Mas raras vezes me engano… 😉
GostarGostar
Na JJJJ leiloou eleição após eleição em concorrência com a jjj PS “meses de SMO”.Eu não esqueço.Se foi irresponsável na JJJ como será em 1º ministro?
Estes tipos julgam que a malta não os topa… mas agora temos oportunidade de falar e lhes chamar os nomes adequados.
Por acaso fui ai site do menino prantei um comentário mas já lá não o vejo… só coisas boas…
GostarGostar
CAA,
Posso assegurar-te que Pedro Passos Coelho é regionalista ( não há que ter medo da palavra e andar com eufemismos). Mas peço-te para não levantar essa questão agora porquanto pode afugentar muitas pessoas.
Repito a pergunta que te fiz ontem: Quando é que começas a postar no “o futuro é agora”?
GostarGostar
“Posso assegurar-te que Pedro Passos Coelho é regionalista ( não há que ter medo da palavra e andar com eufemismos). Mas peço-te para não levantar essa questão agora porquanto pode afugentar muitas pessoas.”
?
Pode afuguentar as pessoas? O candidato da verdade tem medo de afuguentar as pessoas por ser regionalista?
Bem, pelo andar da carruagem, o PPC não será um Durão Barroso Web 2 mas o Pinócrates versão laranjinha. Tá certo.
Entretanto, enquanto a oposição anda aos tiros, uns contra os outros, o Pinócrates prepara fazer mais um golpada política. E o PR vai fechar os olhos a esta pouca-vergonha?
“Quem vier a seguir que pague?”
E pronto. O Pinócrates já se assumiu como mero remake do Guterres.
“Encargos com novas auto-estradas
Sócrates atira factura para depois de 2013
Por Luís Rosa
O Governo de José Sócrates adiou o pagamento das novas subconcessões rodoviárias para depois de 2013. São 1793 km cujas construção, conservação, manutenção e exploração em regime de Parceria Público Privada (PPP) serão adjudicadas até ao final deste ano, mas os encargos para a Estradas de Portugal têm uma moratória de cinco anos”
In http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=91569
O Pinócrates é um espectáculo. Quem vier a seguir que feche a porta. 🙂
GostarGostar
Subsistem dúvidas, igualmente, em relação a alguns combates em que o PSD tem primado pela ausência – por exemplo, a luta contra a corrupção.
pois: http://criticademusica.blogspot.com/
GostarGostar
Eu gostava de saber se este Spacek fala a sério ou a brincar:
“Posso assegurar-te que Pedro Passos Coelho é regionalista ( não há que ter medo da palavra e andar com eufemismos). Mas peço-te para não levantar essa questão agora porquanto pode afugentar muitas pessoas.”
É que o este nosso amigo diz e sabe do que fala, quer dizer que o estilo JSD fez mesmo escola. 😉
O tema pode afuguentar as pessoas. E é o candidato da verdade, da diferença e de uma forma de fazer política?
Vou ali e já venho.
O que vale o PPC lê os comentários. E vai desmentir este comentário do Spacek. Senão, então é que eu ficava mesmo comvencido que é, apenas e mais um, político de plástico, gerado nas famosas jotas portuguesas. Olhem, o Pinócrates também é um subproduto das jotas partidárias, com os bonitos resultados que se conhecem.
GostarGostar
anti-comuna,
O PPC na regionalização diz nim, mas espero que seja recuperável – para os bons princípios regionalizadores, como é óbvio.
GostarGostar
Estou mesmo a ficar aprvalhado.
No sitio oficial do PPC tem lá um menu que enumera os seus valores.
Um deles é a Verdade. O outro a Confiança.
E depois leio isto de um apoiante do PPC:
“Mas peço-te para não levantar essa questão agora porquanto pode afugentar muitas pessoas.”
Porra pró diabo. Se este comentário é verdadeiro, que faz este senhor correr pelo PPC, se afinal a propaganda oficial diz uma coisa e os apoiantes dizem outra?
A Direita só me desilude.
PS A menos que seja uma cenoura para os regionalistas irem a correr atrás do candidato. Estilo Pinócrates. Safa!
GostarGostar
Caro LR, admito que ele tenhas dúvidas. Mas se for verdade que ele vai fugir à questão para não afuguentar pessoas, desculpe, mas ele imita o actual Primeiro-Ministro. E é mais um subproduto das jotas partidárias.
Espero que Vc. não saia desiludido desta aventura. É que a procura sôfrega por alguém que levante bandeiras liberais faz que muita gente se possa enganar.
Não falar nas questões para não afuguentar as pessoas? Essa para mim é demais…
GostarGostar
anti-comuna,
Mas quem lhe disse que ele não fala das questões? Veja a entrevista dele no JN.
GostarGostar
O que o PPC diz não importa. Está nas mãos do LFM e do MAC. A vitória do PPC representaria a continuidade, como se vê.
GostarGostar
Este Coelho é um bom exemplo de liberdade de expressão.
Depois logo se vê.
GostarGostar
“Mas quem lhe disse que ele não fala das questões? Veja a entrevista dele no JN.”
Foi este comentário ilucidativo:
“Posso assegurar-te que Pedro Passos Coelho é regionalista ( não há que ter medo da palavra e andar com eufemismos). Mas peço-te para não levantar essa questão agora porquanto pode afugentar muitas pessoas.”
Se ele, o PPC, me desmentir. É que já na questão da direita e esquerda, ele chutou para canto. E, para bolo na cereja, para ele é fácil mudar o rumo do país. Aplique-se o que o IFSC produz e tá feito. Glup!
Vou ver se a consigo ler a nrevista. Depois digo-lhe mais alguma coisa.
GostarGostar
Há sempre uma causa!!!
Pacheco Pereira apoia MLR
Aqui fica um esclarecedor comentário…
Fernanda 1 Diz:
E o JPP, professor ISCTE, é
amigo do seu amigo porque ainda por cima é convidado.
Hum! (in educar.wordpress.com, Maio 2, 2008 at 9:12 pm, 2 de Maio)
posted by Álvaro | 5:28 PM
A Monstra está chegar!
http://criticademusica.blogspot.com/
GostarGostar
Li a entrevista dele, PPC, ao JN e o que propõe em matéria de regionalização é a mesma coisa que o Durão Barroso andou a fazer. Com o rosto mais visivel dessa regionalização o Miguel Relvas, precisamente um dos apoiantes do PPC.
Leia aqui, caro LR:
“É a favor da regionalização?
Já fui um grande defensor da regionalização há muitos anos. Não sou defensor deste modelo das cinco regiões plano que é o que está constitucionalmente consagrado. Mas sou defensor da descentralização política. O PSD deve definir, e por referendo a coroar um debate interno amplo, a sua posição. Estou muito aberto a ouvir as pessoas.
Defende a existência de orgãos regionais eleitos?
Concerteza. Supramunicipais.”
O que é diferente do governo de Durão Barroso?
Sem falar que na questão da Segurança Social, ao apoiar o que fez deste desgoverno, mostra que não percebeu nada do que foi feito aos portugueses.
É demasiado fraco, o PPC. Só embalagem e pouco mais. Para mim, até prova em contrário, é a versão Pinócrates laranjinha.
É o candidato do NIM. Não é regionalista mas já o foi. Não é de esquerda nem de direita. É NIM.
Não me convenceu. Mais vale apostar nos outros dois candidatos. Sabem do que falam.
GostarGostar
Caro Anti-Comuna,
Apesar das suas dúvidas pertinentes, considera que algum dos restantes candidatos deu mostras de ser mais regionalista que PPC? (Exceptuando Alberto João Jardim, se se candidatar)
GostarGostar
“Apesar das suas dúvidas pertinentes, considera que algum dos restantes candidatos deu mostras de ser mais regionalista que PPC? ”
Não. Embora o Santana Lopes subscreva as mesmas opiniões que o PPC. Que o diga o próprio Miguel Relvas e o Rui Rio.
Pode parecer teimosia minha, mas posso afiançar que eu tinha legítimas esperanças no PPC, para começar a mudar o partido. Mas eu vi a forma caceteira como se referiu a Manuela Ferreira Leite. E por muitos erros dela, que os teve, por muita centralista que o seja, não merece as críticas à sua política orçamental. Pois PPC não pesca nada do que disse e esqueceu-se de muitas condicionantes políticas.
Por outro lado, não gostei da sua enorme falta de preparação em relação à política económica. Não pode dizer que quer mudar o PSD e depois dizer que é fácil mudar o PSD e o partido: aplique-se os estudos oriundos do Instituto Francisco Sá Carneiro. Ou seja, ele não é diferente do Durão Barroso.
E para cheques em brancos só a pessoas de confiança. E ele apenas trás um discurso diferente mas com a mesma lógica partidária por trás. Aliás, desconfio mesmo que ele usa a cenoura da regionalização para negociar apoios. Tpicamente laranjinha.
Portanto, ou ele mostra mesmo ser de outra cepa, ou para mim não passa de um mero Pinócrates versão laranjinha.
GostarGostar
É fácil descer o preço da gasolina: Boicotem a Galp que é a que puxa as outras.
Facílimo!!!
GostarGostar
Caro anti-comuna,
Eu até poderei no futuro dar-lhe razão em tudo o que agora escreve, mas parece-me que, para já, as suas bases não são muito substantivas para fazer o juízo de valor que faz.
GostarGostar
anti-comuna,
O Miguel Relvas é uma desgraça quando fala em descentralização, conceito acerca do qual não compreende os elementos mínimos.
Basta lembrar que é o autor moral da reforma que recebeu o seu nome, um aborto jurídico, cheia de incompletudes, incongruências e contradições. Duas leis feitas em 2003, aplicadas à pressão até fim de Março de 2004 (com promessas de recompensas financeiras e que nunca, nunca mais, desde aí, mereceram a atenção mais mínima dos envolvidos. Uma farsa feita por farsantes.
Em boa hora o actual Governo pôs fim a essa coisa.
GostarGostar
Políticos como Amaro da Costa ou Sá Carneiro não surgem todos os dias, mas também não percebo como o PSD não consegue arranjar melhor para a renovação do que PPC. Num partido sem uma matriz ideológica forte, uma personalidade aglutinadora e com um projecto com vectores bem definidos é essencial.
GostarGostar
Já a minha tia Ambrósia, diz que o Sócrates é um mero Passos Coelho, versão rosa.
GostarGostar
Note-se que os pontos positivos que se reparam em PPC não se estendem a muitos dos seus apoiantes – Relvas é um exemplo mas há muitos mais. Aliás, para quem mostrar novdade seria melor não ser visto ao lado de NENHUM ex-governantes dos 2 últimos executivos do PSD. Mas é só a minha opinião.
GostarGostar
Peço desculpa:
– digo “Aliás, para quem mostrar novidade seria melhor não ser visto ao lado de NENHUM ex-governantes dos 2 últimos executivos do PSD.”
GostarGostar
“para já, as suas bases não são muito substantivas para fazer o juízo de valor que faz.”
Talvez não. Mas analise com calma e medite naquilo que o PPC tem dito.
O que vai mudar na sua política económica? Novos rostos, velhas receitas. Aliás, a prova do que lhe afirmo está na assumpção plena da reforma sa Seg. Social deste governo, “inovando” apenas na questão da capitalização. Ora, isto é mais do mesmo que o PSD tem dito aos portugueses. Salvo erro foi o próprio Marques Mendes que o fez.
Mas para mim a coisa mais importante e que arrasa com o seu pensamento económico está na forma como vê o défice orçamental. Queira ele ou não, mente aos portugueses se diz que o défice não conta para nada. A menos que ele deixe-se de nins e diga claramente que Portugal pode abandonar o euro. Porque no resto, é tão simples como isto: não há vida para além do défice. Doa a quem doer. E quando ele menoriza a questão orçamental está a mostrar que não se encontra preparado para ser Primeiro-Ministro. Pior ainda. Ele inovaria se começasse era a pensar fazer uma política económica e orçamental que desse primazia ao corte da despesa púbica, consequente superávite orçamental e baixa da carga fiscal. Ora, ele em vez de se evoluir no sentido positivo, vem dizer que, afinal, “há mais vida para além do défice”. (Sem falar que aqui ele leva logo banhada do Sócrates, que fará dele gatinho.)
Mas, como corolário do que afirmo, está a entrevista ao JN. O que propõe ele de diferente do que andou a fazer Durão Barroso em matéria de descentralização politica? Nada. Vai continuar o que foi intererrompido por este governo.
O que falou já ele de reformas do Estado? Parecerias publico-privadas. No caso da Saúde ele devia primeiro estudar o que andou a fazer o anterior titular da pasta Filipe Pereira e talvez este lhe ensinasse umas coisicas sobre o assunto que marcará os próximos anos.
Ou seja, PPC está muito verdinho no seu pensamento político. Estudou apenas marketing e não a sustância das políticas. Mais do mesmo? Não obrigado.
Posso estar a ser injusto? Claro que posso. E serei o primeiro a o apoiar se eu me mostrar enganado. Mas até agora vejo muito barulho para nada. Um flop.
Veremos quem terá razão, nos próximos meses. 😉
GostarGostar
“anti-comuna,
O Miguel Relvas é uma desgraça quando fala em descentralização, conceito acerca do qual não compreende os elementos mínimos.”
Pois é. É precisamente o que propõe o PPC. Se as pessoas lerem o PPC mais com pensamento crítico em vez do tradicional wishfull thinking, reparariam que é isto que ele propõe. Por isso lá está o Miguel Relvas na linha da frente da candidatura do PSD.
Ora, eu que tenho muitas reticências a determinados projectos regionalistas propostos em Portugal, topo logo à distância o que pensa o PPC do assunto.
Se calhar como sou gato escaldado…
GostarGostar
Claro Anti-Comuna é apenas um politico profissional a querer demarcar o seu canto.
GostarGostar
Anti-comuna,
«Pois é. É precisamente o que propõe o PPC. Se as pessoas lerem o PPC mais com pensamento crítico em vez do tradicional wishfull thinking, reparariam que é isto que ele propõe. Por isso lá está o Miguel Relvas na linha da frente da candidatura do PSD.»
Não se pode apoiar um político ou um partido por estarem lá pessoas das quais não gostamos. Ou dizer que não se apoia ‘A’ porque o ‘B’ está ao lado dele.
Eu gosto de poucas pessoas e quase todas as que gosto menos estão em partidos ditos de direita mas quando voto tem de ser desse lado…
E não acredito que PPC vá definir as suas opiniões acerca da regionalização de acordo com aquilo que alguém como Miguel Relvas lhe segreda. Mas esperemos antes de concluir.
GostarGostar
pela aragem se vê quem vai na carruagem
diz-me com quem andas dir-te-ei quem és
GostarGostar
Há dois líderes futuros possíveis no PSD: Rui Rio e Passos Coelho. Rio é mais sólido, mas um pouco rígido; é muito “alemão”. Pode consolidar o PSD. Passo Coelho é mais versátil, mais imaginativo e exprime melhor um eleitorado mais novo. Poderá arejar e renovar o PSD.
Farreira Leite é um compasso de Espera.
GostarGostar
Professores do Norte lançam iniciativa legislativa de cidadãos contra estatuto da carreira docente
http://criticademusica.blogspot.com/
Bravos nortenhos q têm estado sempre na vanguarda!
GostarGostar
“Não se pode apoiar um político ou um partido por estarem lá pessoas das quais não gostamos. Ou dizer que não se apoia ‘A’ porque o ‘B’ está ao lado dele.”
Completamente de acordo. E se me lê há bastante tempo, eu penso no país e nos líderes, e não nas amizades pessoais, simpatias e antipatias, etc.
Mas eu sou desconfiado por natureza quando leio determinadas coisas. Que me definem muito o tipo de político que temos pela frente.
Mas é como eu digo. Se eu estiver enganado, até o apoio e faço campanha por ele. Mas enquanto ele não me convencer, nem por sombras lhe dou o benefício da dúvida. Já a dei no ínicio e logo que ele começa, começa mal. É imperdoável uma pessoa que deseje ser candidato a Primeiro-Ministro, e logo por um partido de direita, venha dizer ao país que há mais vida para além do défice. Além de imperdoável mostra não estar minimamente preparado para assumir as funções de PM numa altura que Portugal está de rastos e se prevê mais um colapso das contas públicas.
A ver vamos.
GostarGostar
«Rio é mais sólido, mas um pouco rígido; é muito “alemão”.»
Pronto! Por que alguém frequentou o Colégio Alemão já passa a ter qualidades teutónicas no carácter. Realmente neste País é fácil enganar os papalvos…
GostarGostar
E COM ISTO N SE PREOCUPAM? SÓ SE PREOCUPAM C AS GUERRAS DE ALECRIM E MANJERONA DO PSD?
Profissionalização de docentes do ensino artístico com regras temporárias e excepcionais
O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, assinou um despacho sobre a profissionalização de docentes do ensino artístico especializado da música e da dança com conhecimentos científicos e técnicos adequados à docência e larga experiência profissional, cujas expectativas de obter uma qualificação profissional se viram frustradas ao longo dos anos.
O diploma, em anexo, corresponde a uma aplicação excepcional e temporária de um mecanismo que possibilita a estes professores quer a dispensa da realização da profissionalização em serviço, reconhecendo a sua larga experiência de ensino e as competências adequadas à respectiva leccionação, quer o acesso à respectiva realização, dentro de determinadas condições.
O despacho é este e nota-se à légua que é uma forma de tentar aliciar um grupo não muito numeroso de insatisfeitos mas com uma boa capacidade potencial de fazer ouvir a sua voz na comunicação social.
Ou como o ME decidiu nos últimos tempos suavizar a abordagem aos focos de contestação às suas medidas, com uma estratégia mais «confortável» e a esforçar-se imenso por ser sedutora.
4 Respostas to “Tentando Neutralizar Um Foco de Contestação”
Álvaro Diz:
Maio 2, 2008 at 11:03 pm
Isso é uma cretinice – mais uma absurdidade dos “pedagógicos” que querem normalizar (mediocrizar – medianizar) o ensino artístico de qualidade!
Já expliquei isso no primeiro post de hoje no meu blog.
http://criticademusica.blogspot.com/
GostarGostar
o psd e a republica nacional-socialista suburbana de portugal precisam de ir ao “en-direita”
GostarGostar
Uma andorinha não faz a Primavera, mas o PPC faz o liberalismo, a renovação, o salto geracional, o Benfica campeão, a descida do petróleo, a conversão de todos os Homens ao ateismo e a inquisição ao Rui Rio e ao Pacheco Pereira. Ainda revelará a verdade sobre o fundo bom do LFM e transformará o MAC num rapaz escorreito. Tenham cuidado, porque podem não acordar antes de cairem da cama abaixo.
GostarGostar
O PS perto da maioria absoluta
GostarGostar
Avaliar possíveis candidatos a 1º ministro pela sua concordância com a regionalização não leva a lado nenhum, é uma guerra perdida à partida. Se chegam ao poder central, passam automaticamente para o outro lado do campo de interesses.
Mais vale lutar por presidentes de câmara regionalistas, com verdadeira capacidade de negociar a distribuição de poder.
GostarGostar
Pelos vistos a “Merceeira” e o “Menino Guerreiro” têm fortes hipóteses de derrotar o Pinócrates. A avaliar pelas sondagens publicadas pela RR, o Pinócrates pode bem espernear, mas tem os dias contados.
“Os inquiridos neste estudo feito pela Eurosondagem foram também convidados a escolherem para Primeiro-ministro entre José Sócrates e os candidatos à liderança do PSD..
Conclui-se que José Sócrates vence em todos os cenários. Num frente-a-frente com Manuela Ferreira Leite, o actual chefe do Governo vence com uma vantagem de 6,5%.
Com Santana Lopes, Sócrates ganha com uma vantagem de 7 pontos percentuais, com Passos Coelho por 12%, com Alberto João Jardim por 21%.
Assim, Manuela Ferreira Leite é, segundo este estudo, a candidata à liderança social-democrata que está melhor colocada num frente-a-frente com o actual Primeiro-ministro.”
In http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=23&SubAreaId=61&ContentId=245711
O que prova ainda mais que será um destes dois candidatos que enfrentará o actual Primeiro-Ministro.
Por vezes me espanto com alguns raciocínios. Uns dizem que Ferreira Leite representa aquilo que o país está cheio: austeridade. (Erro profundo da candidatura do Passos Coelho, ao desvalorizar o problema orçamental.) Por isso será rejeitada pelo eleitorado. Mas enganam-se redondamente. A partir do momento que o PS assume que o problema orçamental é para ser resolvido, deixa de haver resistências enormes ao combate ao défice orçamental dentro de grandes estratos ideológicos. Por isso é que Ferreira Leite entra bem no eleitorado.
Outros dão como morto Santana Lopes porque representa o passado turbulento mais recente do partido e do país. Mas subestimam a capacidade que ele tem para fazer sonhar o país e grande parte do eleitorado português, que assume o combate ao défice como inevitável, mas que é possível sonhar com o problema do défice resolvido e existir um projecto político que além do problema orçamental ponha a tónica no chamado desiderato colectivo. E aqui Santana Lopes é imbatível.
O mais curioso nesta sondagem é que o Primeiro-Ministro tem pouca vantagem sobre estes dois principais candidatos a líderes do PSD. O que seria de esperar coisa bem diferente, na medida que o PSD tem sido autofágico de uma forma absolutamente inacreditável. O que mostra que o Pinócrates além de má imagem junto dos portugueses não tem muita credibilidade para acumular nos próximos tempos. E estes vão ser bem díficeis para o seu desgoverno.
Daqui se pode depreender que um PSD pacificado, qualquer que seja o líder, pode bater o PS. Estou em crer que Manuela Ferreira Leite é o candidato que melhor derrotará o actual líder socialista. Por muito pouco crível que pareça aos opinion makers. É que há uma característica que Ferreira Leite tem e que o Pinócrates não tem: palavra de honra.
Um dos aspectos pouco salientados pelos habituais opinion makers, é capacidade de um candidato para “prender” com as suas promessas, por muito parcas que sejam, os eleitores. E Ferreira Leite tem essa característica. A sua palavra vale ouro. A palavra de Ferreira Leite vale tanto como um contrato escrito. E isso está a ser pouco valorizado pelos habituais comentadores.
Há aquela piada sobre se a avaliação da credibilidade de um político através do inquérito aos aleitores sobre se comprariam a esse mesmo político um carro de segunda mão. Mas eu diria muito mais. Eu olharia para esta questão da seguinte forma. Emprestaria as suas poupanças a Ferreira Leite? E aí Ferreira Leite não deixa dúvidas a ninguém. Além de confiança é honesta a toda a prova.
Os tempos económicos que aí vêm são ainda mais dramáticos que os que vivemos actualmente. E nessa altura ter um Primeiro-Ministro de confiança e que honra a sua palavra será decisivo no momento do voto. E é por isso que, o mais certo, será os portugueses confiarem o seu dinheiro público nas mãos desta mulher, que pode não prometer facilidades, mas não engana ninguém.
O desgaste dos actuais políticos é elevado. E é tão grande que existem dois políticos em Portugal, para além do Cavaco, grangeiam uma credibilidade a toda a prova. Ferreira Leite e Rui Rio. Mrecidamente ou imerecidamente, quando se traça um perfil de político sério, honesto, honrado, que cumpre a palavra dada e honra os seus comromissos, os portugueses não hesitam entre estes dois nomes.
E nesta altura da vida política portuguesa, para mais a vivermos uma crise económica sem paralelo nos portugueses vivos, o político que mais hipóteses tem de assumir o poder e mudar o próprio sistema político, é aquele que tem como a honestidade a sua imagem de marca. E é este tipo de político, mesmo que seja ideologicamente diferente do daqueles que maissam no voto, mais facilmente chegará ao poder.
É por isso que muitos ainda não perceberam que a Ferreira Leite será provávelmente a próxima líder do PSD e Primeiro-Ministro de Portugal. Ela pode ser de esquerda, direita, do centro, centralista ou regionalista, liberal ou até mesmo antiliberal. Mas é aquela pessoa que dá a sua palavra e que vale ouro. E que os portugueses, na hora da verdade e aflitos, mais e melhor confiarão.
Se relembrarmos a história política portuguesa dos últimos 100 anos, só os políticos tidos com a sua palavra que vale ouro foram marcantes na vida política portuguesa. Desde o Salazar até ao Cunhal; desde o Cavaco até ao Sampaio; todos estes políticos tinham uma marca comum, que acalentava simpatias, mesmo pelos seus adversários políticos: honestidade.
Ferreira Leite, que muitos a têm como uma política inapta, tal como vaticinaram ao contabilista Cavaco, é muito mais inteligente politicamente que a maioria dos comentadores políticos pensam. E sabe mais de política do que aparenta e mostra. É muito mais esperta que muitos seus adversários políticos supõem. E é por isso que o anúncio da sua própria candidatura foi estudada ao máximo e que até a sua apresentação pública seguiu um roteiro de marketing político estudado ao pormenor. Ferreira Leite mete no bolso muitos seus detractores que se julgam mais sofisticados que ela.
Ferreira Leite antes de anunciar a sua candidatura teve tempo para auscultar a opinião pública. (E deve-o ter feito tal como fez Santana Lopes, que este até o referiu na entrevista à RTP.) Soube primeiro mostrar-se disponível sem se comprometer. Terá recebido boas indicações das sondagens e avança, mas de um modo planeado.
Ferreira Leite anuncia a sua candidatura e decide que não comentará as candidaturas alheias. Desse modo distancia-se do estilo caceteiro que tem sido marca do PSD nos últimos meses. (E vejam como sem o referir, desfere um ataque certeiro em Passos Coelho, que usou um inimigo pessoal dela para cavalgar a sua luta contra Ferreira Leite, na entrevista ao Expresso.)
A sua primeira grande mensagem é trazer credibilidade, não se referindo especificamente ao interior do seu partido mas claramente a toda a classe política. E, agora mais recentemente, desfere o ataque mortal ao Pinócrates, dizendo que seguramente dela não esperarão mentiras e promessas vãs.
Depois, começa lentamente a desvendar parte do seu programa do partido, que cobre as várias sensibilidades do partido e do país. Aceita com naturalidade que assume uma ideologia de centro-esquerda mas aposta na liberdade económica como sustentabiliade das suas preocupações sociais. Desta forma, cobre o sector liberal do partido e abafa o próprio Santana Lopes e mais especificamente Passos Coelho. (Não é por acaso que tem como seu estratega de campanha Alexandre Relvas, dinamizador do Compromisso Portugal.)
Ferreira Leite mostra que aos quase setenta anos está mais lúcida que nunca. Por um lado diz confiar no julgamento dos militantes do partido, por outro recusa-se a calcorrear o aparelho partidário, que se socorre dos tradicionais comes e bebes. Por outro lado, diz que vai usar outros meios de divulgação das suas ideias, para além dos tradicionais meios. Leia-se, deverá estar para lançar um site na internet, sólido e mais pensado em conquistar os novos eleitores, adeptos que tudo o que seja gadget digital.
Na entrevista que dá ao Expresso, a primeira como candidata assumida a líder, recalca a imagem de austera, honesta, “mãe-galinha”, cumpridora dos compromissos e que não cede ao facilistimo, neste aspecto quando se nega a respostas rápidas ao jornalista de serviço. Ou seja, a imagem que dá é estudada ao pormenor. Que encaixa no tal perfil ideal que os portugueses têm dos bons políticos de confiança.
Resumidamente. A sondagem do Expresso é excelente para os dois principais candidatos do PSD, já que poderão fácilmente bater o Sócrates. Mas quem será a que mais irá beneficiar, será Ferreira leite, que de um modo pensado, foi dando passos para, mais que vencer no seu partido, vença no próprio país. Parece uma política sem qualquer tipo de sofisticação e manha política, mas é aquela que melhor imagem sabe dar sua própria figura pública, encaixando nos gostos dos portugueses. Que ainda por cima estão fartos de políticos mentirosos, plastificados, desonestos e sem príncipios.
Os próximos meses serão interessantes em Portugal. 😉
GostarGostar
Sampaio? honesto?
GostarGostar
Desculpem ser uma bêsta,mas que querem,não consigo aguentar-me sem dizer patetices…Sou pior que o “anti-comuna”.
GostarGostar
Pronto! Por que alguém frequentou o Colégio Alemão já passa a ter qualidades teutónicas no carácter. Realmente neste País é fácil enganar os papalvos – CAA
Eu também andei no colégio alemão. Devo dizer que ao acordar me sinto um pouco teutónico. Depois, vou trabalhar e, à medida que o dia avança, fico cada vez mais português.:-)
GostarGostar
Caro anti-comuna,
O seu panegírico à MFL é tão precipitado como a crítica que fez ao PPC. Olhe que não lhe vai ser fácil ganhar as directas. Ainda há 2 dias, a apresentação dela no Porto foi um semi-flop.
GostarGostar
Comentei este post e os comentários subsequentes em http://ofuturoeagora.blogs.sapo.pt/15953.html
GostarGostar
Perguntei à minha tia Ofélia, porque é que a pior publicidade que passa na TV é a dos bancos.
A resposta foi lesta:
“Porque é feita por bancários.”
Assim a modos que os comentários-publicitários do anti-qualquer-coisinha-comuna.
GostarGostar
“Eu gosto de poucas pessoas e quase todas as que gosto menos estão em partidos ditos de direita mas quando voto tem de ser desse lado…” CAA
Há qualquer coisa de muito errado nisto.
GostarGostar
Fico a suspeitar que CAA votou em Rui Rio porque tinha de ser
GostarGostar
Dois blogues, um artigos na imprensa.
Os socratianos que meditem a sério:
“De bestial a besta em 10 meses”
Joaquim no http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/
“CAIR PELO BURACO
«Quando Sócrates começou o seu programa de “reformas” seduziu e comoveu a direita. Com Ferraz da Costa (o antigo presidente da CIP) à cabeça, toda a gente veio gabar o homem que chegava e muita gente disse logo que, se ele perseverasse em tão bom caminho, votaria PS em 2009. Com o tempo, o entusiasmo esfriou, mas nunca a direita deixou de considerar o primeiro-ministro como coisa sua ou, pelo menos, parcialmente coisa sua. Alguns “notáveis” até passaram para o outro lado, em nome da imparável decadência do PSD e da velha necessidade de salvar a Pátria. O Partido Socialista não andou (e, de certa maneira, ainda não anda) longe de ser adoptado pelo capitalismo: se não como partido único, como único partido. Nem Portas, nem Marques Mendes, nem Menezes se comparavam ao discreto e autoritário Sócrates, que parecia nascido numa tradição de boa memória.
Ao princípio este amor expansivo da direita não trouxe a Sócrates qualquer problema. Pelo contrário, tornou difícil a oposição do CDS e do PSD. Só que pouco a pouco esse mesmo amor fortaleceu a esquerda. Dentro do PS, Manuel Alegre e um bando inconformado com a ortodoxia financeira do Governo. Fora do PS, o Bloco e o PC e, por exemplo, uma “classe” como os professores. Pior: as grandes manifestações de rua (e houve várias) mostraram que o descontentamento não era um fenómeno momentâneo e ameaçava cristalizar numa rejeição militante e durável. Anteontem, com o anúncio de uma moção de censura, o PC (seguido pelo Bloco), declarou guerra ao primeiro-ministro em termos de uma rara violência. Para Jerónimo de Sousa, Sócrates é um traidor, sem “um neurónio social-democrata”.
Tacticamente, isto põe Sócrates numa posição embaraçosa. Numa época de vacas magras – muito mais magras do que ele esperava – precisa de recuperar o voto da esquerda, sem perder o voto da direita. Ora, para recuperar o voto da esquerda não basta a retórica do costume e as pequenas concessões que ultimamente vem fazendo (um recuo geral está por natureza excluído). E, para não perder o presuntivo voto da direita, precisa que no PSD a presente balbúrdia não acabe. Mas se em 2009 o PSD se conseguir apresentar com o mínimo de decoro e um “chefe” que o país leve a sério, o seu fiel eleitorado talvez não o abandone à sua sorte. Se, por acaso, isso acontecer, Sócrates cairá pelo buraco, que ele abriu, entre a hostilidade da esquerda e a natural preferência da direita pela própria “família”.» [Público assinantes]”
No http://jumento.blogspot.com/
Talvez agora alguns entedam a abosluta necessidade de uma liderança do PSD onde a palavra dada vale ouro e mais que um contrato escrito. (Mesmo que aos Piscoisos lhes cheire a caixas dos bancos.)
Mas é dentro do partido do sr. eng. Pinócrates que as coisas serão a desgraça. António Costa já se prepara para demarcar e abraçar os desiludidos do Pinocratismo. António Costa já se apercebeu que sem receitas fiscais o Pinócrates não vai longe. E o défice volta a ser preocupação central da política portuguesa.
Lembrem-se: de bestial a besta em apenas 10 meses. O pinócrates tem mais de um ano para penar.
GostarGostar
Passos Coelho pode ser a melhor escolha para o PSD desde que:
1) Se comprometa a não avançar com a regionalização;
2) Centre o seu discurso num plano mais Social-Democrata e menos “liberal”.
Podemos ter aqui o início de uma muito interessante carreira política. Sóccrates que se cuide!…
GostarGostar
o anti-comuna tem o discurso tipico do psd da venda da banha da cobra
uma pessoa até fica agoniada de ler tanta sebentice
GostarGostar
“uma pessoa até fica agoniada de ler tanta sebentice”
Beba um bagacinho que isso passa-lhe.
GostarGostar
Propaganda ao bagaço.
GostarGostar
Caro anti-comuna,
Você disse tudo sobre Rio: «E nesta altura da vida política portuguesa, para mais a vivermos uma crise económica sem paralelo nos portugueses vivos, o político que mais hipóteses tem de assumir o poder e mudar o próprio sistema político, é aquele que tem como a honestidade a sua imagem de marca.»
Rio cortou com PCosta mas continuou amigo de Valentim; Cortou com a cultura mas gastou com Láféria e aviões; Suspeitou de NCardoso mas fez o negócio da quinta da China, como várias vezes relatou LR e PMorais. O que conta mesmo é construir uma imagem de marca para agradar a lisboetas…
Caro anti-comuna, você ainda é portuense ou também já vive em Lisboa ?
Concordo consigo com a análise a PPC. A única coisa que não compreendo é o preconceito com o fulano que disse que Portugal não é Lisboa no dia que chegou ao governo.
Bloggers e comentadores gostam de se auto-entreter, em vez de encontrar os caminhos mais rápidos…
GostarGostar
A melhor prova que o melhor caminho é PSL, é o facto do SISTEMA ter tido necessidade de montar um golpe palaciano-mediatico para o desalojar do poder. É sinal que PSL ameaçava o status quo.
GostarGostar
Espanta-me como é que bloggers e comentadores experimentados se deixam manipular com argumentos contra PSL fabricados nas profundas caves do status quo vigente… Não devem ser portanto assim tão dotados…
GostarGostar
“Caro anti-comuna, você ainda é portuense ou também já vive em Lisboa ?”
Caro José Silva não sou portuense nem nunca o fui. Nem vivo em Lisboa. 😉
GostarGostar
Caro CAA,
Você tipicamente compra quando deve vender e vende quando devia comprar. Se fosse na bolsa já estava falido. O melhor é dedicar-se por uns tempos aos certificados de aforro ou afins. Ganha pouco mas ganha sempre. Quando perceber mesmo como é que o mercado funciona, então volte a investir em bolsa. Agora que se começa a perceber que PPC é um Sócrates2, em que o próprio LR já esfriou as expectativas, você decide comprar ! Enfim.
GostarGostar
Pois, anti-comuna. Olhe que portuense não apenas o que vota no concelho do Rio…
GostarGostar
“Olhe que portuense não apenas o que vota no concelho do Rio…”
Mas olhe que não sou portuense. O meu anti-centralismo nasceu contra o… Porto. Veja lá a coisa. 😉
Mas eu compreendo a sua pergunta. O problema do centralismo. Mas veremos, como Vc. bem invoca, o que o mais o mercado vai precisar nos próximos anos. Se regionalizarmos já em força se aguentarmos o barco todo, que se afunda a alta velocidade.
Espere pelas surpresas. O país não acaba amanhã. 🙂
GostarGostar
Deixei lá mais uns comentários, no pouco tempo que tenho, infelizmente:
http://ofuturoeagora.blogs.sapo.pt/15953.html
GostarGostar
.
Com todo o respeito por todas as opiniões, a mim ainda nenhum surpreendeu com nada.
.
Ainda não nenhum disse qual o rumo para Portugal a que obrigará, porque o quere, como o irá fazer, onde irá alterar etc e que resultados pretende com ele alcançar para cada Cidadão e para cada Eleitor. São os “Contratos Sociais”.
–
Tudo isto cabe em simples uma ou duas folhas A4 desde que se queira dizer tudo de forma a todos compreenderem bem. Romances já deram o que tinham a dar. Confronto entre Obrigações para o Nacional diferente de cada Partido ou de cada Candidato, unica razão justificativa para haver vários Partidos e vários Candidatos, ou seja, Regime DEMOCRACIA. Outros Sistemas, Partidos e Candidatos para mais ou menos o mesmo, são DITADURA. E os Cidadãos sabem escolher e estão bem informados. Basta ver a Abstenção.
GostarGostar
Cada vez mais fico convencido que PPC é um flop.
A páginas tantas, andou ele pela imprensa a anunciar a boa nova ao país. Ele era o candidato melhor posicionado para tirar a maioria absoluta ao Sócrates.
Quem o ouviu até deve ter ficado a pensar que ele tinha melhores resultados num eventual frente a frente contra Sócrates, nas sondagens.
As sondagens são publicadas e fica-se a saber que ele é o pior do três candidatos num frente a frente contra Sócrates.
Mas que raio de forma de fazer política é esta?
Se ele pode dizer que ainda tem mais tempo para tirar votos ao Sócrates, os demais candidatos também, ainda por cima ainda têm menos tempos que ele no terreno, pois ele há muito vinha preparando a sua candidatura.
Este tipo de marketing político é típico de quem? Do Sócrates, que quando tem maus resultados governativos eleva artificialmente os seus resultados usando o jogo de palavras e até a mentira. O que fez Passos Coelho? O mesmo tipo de propaganda. O mesmo tipo de jogada política.
E agora no blogue de apoio do candidato vem a piada contra um adversário do Passos Coelho, que bem, criticou indirectamente Passos Coelho pela tentativa da venda da banha da cobra.
Mas na verdade Santana Lopes já foi mais longe que os habituais chavões do candidato jovem (basta ler as intervenções de Passos Coelho de hoje na imprensa). Tem como objectivo reduzir 100 mil funcionários públicos, perfilhando a ideia original do Miguel Cadilhe.
E depois vêm as piadinhas às ideias do Santana Lopes. Quando, pelo menos, Santana Lopes não usou chavões e até quantificou uma dos principais objectivos de governação, se for eleito.
É que enquanto uns fazem piadinhas mas apoiam um cadidato que assume a Verdade e Confiança como valores irredutíveis, mas que inventa uma desculpa para surgir como a melhor alternativa a Sócrates, quando na verdade, as sondagens desmentem a palavra do candidato e dizem-nos que ele é o pior candidato possível às legislativas.
Não só o canditato perde credibilidade sempre que abre a boca, como os seus apoiantes arriscam-se a ir pelo mesmo caminho, quando fecham os olhos à realidade nua e crua: Passos Coelho ainda está verdinho para ser Primeiro-Ministro. Não tem passado como gestor público executivo; as suas principais ideias são chavões e é o candidato do NIM. Nem é carne, nem é peixe. É assim, assim.
Santa paciência. Se temos um Sócrates à esquerda que é só propaganda e marketing, arriscamo-nos a ter do outro lado uma imitação laranjinha. Então é que o país fica sem conserto.
Coitado do meu país…
GostarGostar
Caro anti-comuna, entre os critérios que eu uso para escolher o candidato que apoio não estão sondagens. Nem as respectivas interpretações sobre elas. Nem atá a probabilidade de ganharem eleições. Interessam-me as posições que eles propõem e o processo que tencionam implementar no partido para as definir. Ganhar eleições não deve ser um objectivo, mas sim a consequência de um bom projecto bem comunicado.
Todos eles, sem excepção, vão cometer deslizes, vão ter afirmações mais ou menos infelizes (por acaso acho que PPC tem razão quanto ao seu potencial de subida por comparação com os outros). Também não levo demasiado a sério as posições dos apoiantes de cada um deles que, como deve imaginar, não vão perguntar ao candidato se concorda com tudo o que dizem para o apoiar… 😉
GostarGostar
Caro Taf, eu já lhe respondi no blogue de apoio.
Mas seja exigente, pois PPC não tem qualquer historial para nos mostrar. Logo, mais exigentes devemos ser com o que ele diz.
Mas, desculpe, o PPC mentiu largo. Porque PPC como não tem passado, logo imaculado, tinha obrigação de ter melhores resultados que os que obteve. Sem falar que a sua candidatura leva mais tempo no terreno.
Mas, pronto. Contra crenças não vale a pena lutar. Mas olhe que a cada dia que passa mais claro fica que ele, PPC, é um flop. Ele já tinha obrigação de ter uma equipa preparada, um programa eleitoral e as suas ideias definidas, já que se perfilava como candidato há longos meses.
Parece que só agora é que vai começar a reunir equipa para prepara o seu projecto. Mas isto deve ser brincadeira, não? 😉
GostarGostar
O link é este:
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=B2E5B8D6-C47F-4167-BED8-3AE5BC05A523&channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021
“Candidato quer “caras novas”
Passos Coelho alternativa a Sócrates
Pedro Passos Coelho afirmou esta sexta-feira que é o candidato à liderança do PSD melhor posicionado para enfrentar José Sócrates e reiterou a necessidade de uma renovação de “caras”.
“Se em duas semanas de campanha alguém que não foi primeiro-ministro, ministro, nem secretário de Estado, consegue obter 15,5 por cento das preferências dos portugueses – não do PSD porque no PSD sou muito conhecido – e a possibilidade de impedir uma maioria absoluta, imagine o que não pode ser a progressão num ano de campanha eleitoral centrada nos portugueses e a apostar numa nova geração que traga uma política diferente”, afirmou.
Numa sondagem que deverá ser publicada amanhã no jornal ‘Expresso’, Passos Coelho é o segundo candidato nas preferências dos portugueses para assumir a liderança do PSD, atrás de Manuela Ferreira Leite, mas à frente de Santana Lopes.
Num almoço com mandatários, na Costa da Caparica, o ex-líder da JSD criticou as outras candidaturas que “estão a centrar o discurso em dar dignidade e credibilidade para agarrar o eleitorado tradicional e, pelo menos, impedir a maioria absoluta do PSD”. “A minha perspectiva é completamente diferente. É a de que não podemos resignar a ter um comportamento eleitoral digno. Temos de acreditar que é possível encontrar um governo novo para Portugal”, afirmou, sublinhando que isto “só é possível com caras novas”.
Num espaço junto à costa, o candidato à liderança do PSD defendeu ainda a criação de uma agência nacional para a reabilitação e reordenamento da orla costeira, acabando com as “mais de 30 entidades públicas que são responsáveis pelo mesmo espaço”.”
E pronto. Espero que tenha ficado esclarecido. Sem falar que a táctica do PPC foi politiqueira. Os resultados obtidos são péssimos, mas ele antecipou a sua divulgação pelos orgãos de imprensa que realizaram as sondagens, manipulou os jornalistas, usou linguagem artificiosa e deu a entender ao país que ele era o melhor.
Ele é o melhor a usar os mesmos métodos do Pinócrates. Isso sim. Quanto ao resto…
GostarGostar
Caro anti-comuna, deixei-lhe isto lá em http://ofuturoeagora.blogs.sapo.pt/
“você pode não concordar com esta análise, mas daí a escrever o que escreveu acima… Eu devo dizer que, nisto, concordo com PPC. Até acho que você, se pensar friamente, também acaba por concordar. E, acredite em mim, olhe que eu não aprecio tudo o que se passa na campanha. Por exemplo esta “divulgação condicionada”. Mas não estamos à procura de alguém perfeito, mas sim do melhor dos candidatos.
GostarGostar
Caro TAF, ele não fez apenas análise. Ele terá afirmado que é o melhor candidato posicionado para bater Sócrates. Ou é ou não é. Se não o é, pode vir a ser. Logo mentiu. Desculpe-me mas não há volta a dar-lhe.
E há outro facto que me preocupou, mas que aí não se pode dizer com toda a certeza que ele praticou esse “crime”. Sabe qual é? Falta de ética. Ele quando se antecipou à publicação dos resultados da imprensa que pagou pelas sondagens, obteve autorização de quem mandou fazer as ditas? Isso para mim era importante saber. É que, veja bem a diferença. Santana Lopes refere-se às sondagens na RTP mas tem o cuidado de não as divulgar para não violar regras elementares de ética. PPC aparentemente violou essas regras para transformar um mau resultado no melhor. Isso revela mais sobre o candidato que milhares de chavões.
Quanto aos financiamentos, nem vou por aí. Vc. próprio ficou embaraçado e com razão. Porque PPC prometeu ser diferente é igual aos demais.
Vc. não quer um candidato perfeito. Nem eu. Porque nem sequer existem. Mas o que vai fazendo e dizendo PPC já nos começa a preocupar. Ou a si não? 😉
GostarGostar
“Ele terá afirmado que é o melhor candidato posicionado para bater Sócrates. Ou é ou não é. Se não o é, pode vir a ser. Logo mentiu. Desculpe-me mas não há volta a dar-lhe.”
Meu caro, quem não compreende o seu raciocínio sou eu, agora. Veja lá: eu acho que o PPC é o que pode subir mais, chegar a um nível mais alto que os outros, e portanto estar em melhores condições de bater Sócrates na altura das eleições (que é quando interessa). Logo, acho que agora o melhor candidato é PPC, certo? Se fosse para eleições hoje, era má aposta. Mas é só para 2009.
“Mas o que vai fazendo e dizendo PPC já nos começa a preocupar. Ou a si não? ;-)”
A mim preocupam-me todos… PPC preocupa-me menos do que os outros. 😉
GostarGostar
“Meu caro, quem não compreende o seu raciocínio sou eu, agora.”
Não compreende porque não quer.
Ele fez uma afirmação. Disse que era o melhor candidato para bater Sócrates. E invocou sondagens.
As sondagens demonstram que ele é o pior posicionado.
Vc. pode argumentar que com tempo ele pode vir a ser. Mas hoje não é.
Quer raciocínio mais claro que este?
“PPC preocupa-me menos do que os outros.”
Diz-me a voz da experiência que devemos ser mais exigentes com quem acompanhamos e damos a cara do que quem combatemos politicamente. Eu no seu lugar ficava preocupado. Vc. não vê porque não quer ver. Porque já escolheu o candidato e racionaliza. Não quer ver. É como as mulheres que amamos. Só vemos coisas boas, não é assim? 😉
Mas não se preocupe. Aparecem sempre uns chatos como eu que fazem perguntas, analisam mais friamente os factos e apresentam os defeitos que os apoiantes não vêm. 🙂
GostarGostar
“Só vemos coisas boas, não é assim?”
Não, não é. Eu não funciono assim, por estranho que lhe pareça. Nunca “desligo o cérebro”. Pode você achar que sou um bocado limitado, mas afim, lá está, ninguém é perfeito. 😉
Aqui vai uma tentativa de contribuição para uma campanha construtiva. Sobre a Regionalização. Para ver no que dá. 😉
http://ofuturoeagora.blogs.sapo.pt/17549.html
GostarGostar
enfim, e não afim
GostarGostar
“Nunca “desligo o cérebro”. Pode você achar que sou um bocado limitado, mas afim, lá está, ninguém é perfeito.”
Não lhe faço essa desfaçatez. Tenho-o em muito boa conta. Mas eu sei mais ou menos como funciona o cérebro, quando pretendemos uma coisa. E olhe que o raio do cérebro prega-nos cada partida, quem nem os mais e melhores conseguem resistir. 😉
Olhe, não me quer comentar a eventual falta de ética de revelar sondagens alheias, sem autorização explicita?
Agora eu analiso desta forma. Se ele como candidato a líder do seu partido, faz uma coisa destas, o que não fará quando um dia tiver, se tiver, poder? E olhe que é legítima a pergunta. Basta olhar para a classe política que temos. É que, mais uma vez, vai confirmando a minha ideia que ele é mais marketing que substância.
Veja a enorme diferença de comportamentos entre Santana Lopes e Passos Coelho, ambos com a mesma informação. Um usa-a, mas sem violar regras elementares de ética. Outro usa-as e parece violar grosseiramente as regras para obter vantagem política. Como sou dos aprecio a honestidade político e, simultaneamente a manha política, só aqui vê porque, mesmo não o apoiando neste combate eleitoral, admiro muito Santana Lopes. Ele é um Senhor e um Gentlement. Os outros…
GostarGostar
“não me quer comentar a eventual falta de ética de revelar sondagens alheias”
Não. 🙂
Não tenho informação suficiente sobre o caso e não tenho tempo para estar a analisar todos os detalhes da campanha. Já me estou a “desgraçar” com o tempo que estou a investir nisto, em vez de estar a ganhar o sustento… Tenho que decidir necessariamente com informação limitada. Mas a que tenho parece-me suficiente e leva-me a apoiar PPC. Não nego virtudes aos outros candidatos, como também sei que todos têm defeitos. Pesando tudo, escolho PPC.
Abraço, vou tentar trabalhar um bocado agora!
GostarGostar
Bom trabalho, caro TAF. Mas olhe que nesta questão está ser um bocado, digamos, ingénuo. Ingénuo e pouco prudente. Esta eventual faltal de ética do seu candidato não é um detalhe. É um, digamos, mais um palavrão, detalhão. O homem não tem passado para mostrar ao país. E a sua actuação presente pode revelar muito do que ele pode vir a ser como executivo dos nossos dinheiros públicos.
O meu critério é sempre este: emprestava dinheiro a este político?
Para bom entendedor, meia palavra basta. 😉
Abraço e bom trabalho. Mais uma vez.
GostarGostar
Já a minha tia Natércia, escolhe o candidato pelo perfume.
GostarGostar
Esqueci-me de acrescentar que isto já vai em 78 comentários e continuo cada vez mais bêsta.Peço desculpa.
GostarGostar
Se se considera besta, ficaria melhor identificado(a) com um nick próprio.
GostarGostar
Entrevista CM: Pedro Passos Coelho
“Não me repugnam os casamentos homossexuais”
lá vai ele subir mais uns pontos na consideração do caa
GostarGostar
“- Mas defende a legalidade dos casamentos homossexuais ou não?
– Não estou com isto a dizer que defendo uma ou outra solução já prática do ponto de vista legal, nomeadamente a celebração dos casamentos. A vida hoje em dia alterou-se muito, sabe que já há as uniões de facto que são muito mais abrangentes do que se pensaria há uns anos atrás. Não sei qual é a solução legal mas não tenho nenhum preconceito, nem nenhuma atitude fechada em relação às soluções legislativas.”
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=B2AD81A6-335B-41C4-95C6-163CF85415DE&channelid=00000229-0000-0000-0000-000000000229
A minha opinião é outra:
– o Estado não se tem de meter na cama das pessoas, elas que façam o que quiserem na sua intimidade, tal como os heterossexuais;
– uma união homossexual não é exactamente a mesma coisa que um casamento heterossexual, e em termos legais é uma situação de economia comum;
– isto está longe de ser uma prioridade para o país.
Como se prova pelo título escolhido pelo CM, é asneira tomar posição sobre assuntos que não são prioritários, porque a atenção pode passar a centrar-se neles. Eu teria apenas dito: “Isto não é um assunto prioritário e não me pronuncio sobre assuntos que não são prioritários (mesmo que possam ser importantes), para não desviar as atenções do que é mais urgente. Além disso uma coisa é a minha opinião, outra a posição encontrada dentro do partido, que podem não coincidir exactamente sempre. A seu tempo o assunto será tratado pelo partido, não agora.”
Mas o que interessa mesmo é o resto da entrevista. 🙂
GostarGostar
Lá vou eu esfriar os ânimo do TAF e voltar a criticar o nosso liberal Passos Coelho. E invoco a entrevista do Passos Coelho ao CM para demonstrar que ele não está preparado para ser Primeiro-Ministro, está impreparado e não tem uma visão tão liberal da sociedade como parece.
Às tantas lê-se isto:
“- E na gestão das escolas? Concorda com os directores?
– No que respeita à gestão das escolas eu acho que não houve a descentralização que era de esperar. Eu acho que o Estado continua ainda a querer gerir directamente uma realidade que já está para além das suas capacidades.
– Gerir tudo a partir da 5 de Outubro?
– Exacto. Não é possível que uma ministra ou um ministro da Educação, seja qual for o Governo, consiga administrar e gerir milhares de escolas como hoje existem. Essa gestão deve ser mais descentralizada.
– Passarem para as Câmaras?
– Não tenho dúvidas nenhumas que deve passar o mais rapidamente possível para o âmbito das autarquias locais e não tenho dúvidas também sobre a necessidade de dar mais autonomia a essa gestão?
– Em que aspectos?
– Para ser prático eu acho que o Estado devia definir os programas das diversas disciplinas, devia estabelecer os objectivos e as metas da aprendizagem e da avaliação e deveria evidentemente garantir a fiscalização do sistema e nomeadamente a existência de exames nacionais que torne o ensino mais homogéneo e mais coeso nos seus resultados.
– O resto ficaria a cargo de quem?
– Tirando isso, acho que as escolas deviam ser livres de recrutar os seus professores, deviam ser livres de gerir os seus equipamentos e deviam ser livres também de gerir quem entra naquelas escolas.
– Livres de escolherem os seus alunos?
– Com certeza. Por isso eu acho que deveria haver maior liberdade quer para as famílias e para os estudantes escolherem as suas escolas como deveria ser possível às próprias escolas terem uma maior autonomia e uma maior liberdade na sua própria gestão e na escolha dos seus alunos.”
In http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=B2AD81A6-335B-41C4-95C6-163CF85415DE&channelid=00000229-0000-0000-0000-000000000229
Mas o que diferencia as ideias do Passos Coelho do desgoverno do Sócrates? A promessa de autonomia na escola na escolha dos seus docentes, discentes e até alunos. O resto, Passos Coelho não tira nenhum coelho da cartola: imita o famoso PRACE do actual desgoverno.
Mais, ele mostra não ter rasgo, pois por um lado quer fazer experiências-piloto com a regionalização (uma evolução do que andou a fazer o governo do Durão Barroso, com a diferença que o desgoverno de então queria definidas as regiões em todo o país e não aos bochechos) e por outro pretende manter nas mãos do Estado, mas num nível inferior na hierarquia, as escolas. Ou seja, as escolas apenas passavam da propriedade e gestão do Estado central para o local. Nada de novo, apenas e só o PRACE.
Mas a falta de rasgo e até de projecto global verdadeiramente pensado, ele poderia, não só descentralizar a propriedade e gestão das escolas para as. Tais regiões piloto. Até porque, se ele pensa mesmo a fundo nestas questões, ele teria obrigação de saber que há muitos cursos e escolas que só funcionariam bem e plenamente se alargadas a mais que uma autarquia, em especial no interior desertificado. Ou seja, ele não está a inventar nada. É quase as mesmas ideias prevalecentes no PSD e, pasme-se, no PS. O PRACE já implica essa descentralização.
Mas há outro ponto perigoso que importa reter. E aqui se vê que Passos Coelho não estudou aprofundadamente as questões. Um projecto liberal, mais que a descentralização da gestão e propriedade das escolas, tem como primazia retirar ao Estado essa mesma propriedade e gestão escolar. Não basta mudar as escolas das mãos do Estado Central para as Autarquias. O Estado tem que ser mesmo liberal e apenas financiar os alunos necessitados e deixar a sociedade civil reorganizar o parque escolar de acordo com as suas necessidades e desejos.
Mas o que mais mostra que Passos Coelho não pensou a sério nesta questão é o problema do caciquismo. O Estado Central ao passar para as autarquias a responsabilidade pelas escolas está a dar a estas um poder e uma possibilidade de trazer para as escolas o famoso clientelismo político, tão tradicional no nosso sistema político. As escolas passarão a albergar professores, alunos e discentes de acordo com as cores do sr. Presidente da Câmara, como já acontece hoje com as famosas empresas municipais.
Mais. Pedro Passos Coelho não compreende que de liberal pouco tem as suas ideias para esta área, pois além de uma cópia avant-garde do PRACE do Pinócrates, trás para a escola o risco de se criar em Portugal um Estado clientelar ainda mais perigoso que o actual. Pois ao fazer das escolas propriedade das autarquias, podemos estar a criar a escola boa dos amigos do partido no poder e a escola má dos restantes cidadãos. À imagem do que já acontece no SNS, em que os funcionários do Estado e suas famílias têm acesso priviligiado aos serviços de saúde do Estado e os demais cidadãos pagam esse serviço mas são excluídos.
Penso que alguns liberais andam embevecidos com os chavões do Passos Coelho mas não meditam a sério nestas coisas. Mais. Aquilo que o Passos Coelho propõe não é nada de novo do que já foi proposto pelo PSD e pelo… PS. A única diferença é que o Passos Coelho propõe as mesmas medidas e políticas, mas sob a embalagem liberal, em vez do Estado Social.
É isto que anda a entusiasmar alguns liberais? Se é isto, vou ali e já venho.
GostarGostar
O que o Passos Coelho propõe, além de ser quase a mesma coisa que o PRACE do desgoverno actual, irá estender ao ensino pré-universitário este comportamento típico do nosso SNS:
“Inspecção-Geral de Saúde está a investigar o caso
Hospital de São João abre inquérito a cirurgias estéticas a funcionárias da unidade
A direcção do Hospital de São João, no Porto, vai abrir um inquérito interno à realização de cirurgias estéticas para aumento mamário a funcionárias da unidade hospitalar, uma situação que foi detectada durante uma auditoria e que está a ser alvo de uma investigação da Inspecção-Geral de Saúde (IGAS).”
In http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1327613&idCanal=62
Aliás, este caso das cirurgias mamárias só é escândalo porque são operações para melhorar a beleza das funcionárias públicas. Porque, este tipo de favorecimento aos funcionários públicos e seus familiares no SNS é tão corriqueiro que Portugal já se habituou a este comportamento vergonhoso do Estado.
Passos Coelho parece concordar com esta forma de actuar do Estado, pois pelos vistos quer que nas escolas também funcione o clientelismo, o favorecimento de uns a expensas de todos e que as escolas tenham cores políticas como já têm a genralidade dos serviços camarários por esse país fora.
É isto o que anda a entusiasmar os Liberais?
GostarGostar
Bom dia!
Eu hoje não vou poder conversar como ontem, mas agora ficam aqui três notas.
1) “quer fazer experiências-piloto com a regionalização”
Hum? Pode explicar?
2) A inovação pela inovação não faz sentido. Dizer que PPC não traz nada de novo num campo específico qq não é um mal em si. Mal será se ele defender algo errado.
3) Atendendo ao convite que PPC fez e eu transcrevi aqui, quem tiver melhores ideias pode sugeri-las que serão bem vindas:
http://ofuturoeagora.blogs.sapo.pt/17549.html
😉
GostarGostar
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1327654
GostarGostar
Caro TAF, Vc. tem que ler melhor o que diz o PPC.
Ele numa entrevista a um orgão de imprensa diz que se deve experimentar começar a fazer a regionalização juntando autarquias sociais-democratas.
Eu nem o vou criticar por apenas querer juntar autarquias da mesma cor política, mas só aqui revela que PPC anda a brincar com coisas sérias. Eu já tinha visto de tudo, para defininir critérios para pertença de uma mesma região. Mas pela cor política só mesmo PPC.
Tá certo.
“Dizer que PPC não traz nada de novo num campo específico qq não é um mal em si. Mal será se ele defender algo errado.”
E quer mais errado que transferir as escolas para as autarquias, sem garantir que os pais e alunos tenham financiamento do Estado, se quiserem escolher uma escola autónoma do Estado?
“Atendendo ao convite que PPC fez e eu transcrevi aqui, quem tiver melhores ideias pode sugeri-las que serão bem vindas”
Mas lá está aquilo que mais me faz rir neste candidato. O homem lança as suas ideias, mas pretende implantar as ideias alheias. Ou seja, ele não tem ideias (por isso é que ele quer usar o que faz o Inst. Francisco Sá Carneiro), tem apenas a vontade de exercer o poder. Não lhe interessa a ele as ideias. Tanto podem ser aquelas actuais do PSD como as do PRACE. Para ele é o mesmo. Importante mesmo é conseguir o poder.
Eu sugeria antes uma linha verde, pois é mais acessível a mais portugueses que não se dão bem com as coisas das novas tecnologias.
O que o TAF tem é que meditar nas minhas críticas e avaliar se são justas ou injustas. E daí retirar as suas ilações. Eu já as retirei. Sempre que o Passos Coelho abre a boca mostra que não estudou os dossiers que mais preocupam o país mas apenas marketing. Será que ele tirou uma pós-graduação na mesma escola do José Sócrates? 😉
GostarGostar
Caro TAF, este link do Público dá razão ao que eu digo. Ele não é regionalista. Ele teve foi medo de dizer claramente que não o era para não perder votos e apoio.
Quanto não vale escalpelizar o que o homem diz. ahhahahahah
Pronto. Ficamos a saber que o Passos Coelho não quer a regionalização mas apenas a descentralização. Um ponto a favor dele, pois começa a ter coragem de se definir realmente como é. Com jeitinho e tempo iremos descobrir mais coisas. Como tentar perceber como se faz liberalização económica sem ser economicista. lololololololol
Santa paciência. Só falta ver um porco em cima da bicicleta. 😉
GostarGostar
“Ele numa entrevista a um orgão de imprensa diz que se deve experimentar começar a fazer a regionalização juntando autarquias sociais-democratas.”
Onde?
Nunca tinha lido isso, mas eu próprio tenho vindo a sugerir isso há imenso tempo quanto a Porto e Gaia (e eventualmente Matosinhos, embora Matosinhos seja PS). Quem escreveu sobre juntar autarquias PSD fui eu ontem em http://ofuturoeagora.blogs.sapo.pt/17549.html.
Não estará a fazer confusão entre o que eu escrevi e o que PPC disse? A cor política não é o critério, apenas digo que sendo os autarcas do mesmo partido, seria em teoria mais simples “autofundirem-se” sem esperar pela iniciativa do Poder Central com uma solução completa para todo o país.
http://taf.net/opiniao/2004/12/regionalizao-e-descentralizao.htm
Vá lá tomar um cafézinho para ver se acorda. 😉
GostarGostar
“Vá lá tomar um cafézinho para ver se acorda.”
Prefiro o tradicional bagacinho.
Sou capaz de jurar que li que ele defendia que era preferível experimentar juntar autarquias sociais-democratas. Não o podendo provar agora, dou de barato que me posso ter confundido com algo que li, talvez a si mesmo.
Mas olhe que este homem não me engana.
Passos Coelho diz que já foi um adepto da regionalização mas já não o é. Como em algumas coisas tenho memória de elefante, nada como mostrar que ele nunca foi regionalista. Aliás, nao seria de esperar de alguém que sempre manifetsou concordância com Cavaco em tudo. Lembram-se?
“«Seria mais razoável voltar à única realidade administrativa que, apesar de tudo, se enraizou no País, que foram os distritos.» Pedro Passos Coelho, deputado social-democrata na Assembleia da República, não tem dúvidas que «ou voltamos a recentrar serviços nos distritos ou então vamos andar neste equívoco da regionalização». No debate organizado pela candidatura de Carlos Andrade, que juntou no passado Sábado algumas dezenas de pessoas, o parlamentar foi mais longe nas críticas ao processo de regionalização tendo considerado «lamentável e deplorável» a decisão do PS e do PCP em «criar primeiro as regiões e só depois ouvir as pessoas». Até porque, recordou, «o PS já se tinha comprometido em fazer primeiro um referendo sobre a regionalização». O que é certo é que está já agendada para o próximo dia 9 a votação na Assembleia da República da Lei de Criação das Regiões Administrativas.
Ao traçar um breve historial sobre a regionalização, Pedro Passos Coelho salientou que «durante vários anos pensou-se que era possível alterar o desequilíbrio entre o Litoral e o Interior, criando regiões mais reivindicativas», só que, «apesar da criação de mais equipamentos, as pessoas continuaram a deslocar-se para outras regiões». Por isso, «aquilo que correspondia à razão de fazer a regionalização deixou de ter sentido».
Por outro lado, afirmou o deputado social-democrata, «hoje, uma boa parte do que podia ser a regionalização está feita, uma vez que «não há um sector da administração pública que não esteja representado nas Comissões de Coordenação Regional». Para o processo ficar completo, sublinhou, «bastaria eleger as juntas regionais». ”
In http://www.freipedro.pt/tb/021097/polit1.htm
Ou seja, ele hoje queixa-se da completa e escandalosa assimetria existete no país, mas esquece-se que ela existe por culpa sua. Aliás, ele pouco mudou nestes anos todos.
TAF, vou ver se o café tem formigas. 😉
GostarGostar
” – O resto ficaria a cargo de quem?
– Tirando isso, acho que as escolas deviam ser livres de recrutar os seus professores, deviam ser livres de gerir os seus equipamentos e deviam ser livres também de gerir quem entra naquelas escolas.
– Livres de escolherem os seus alunos?
– Com certeza. ”
Seja quem for que diz isto (neste caso parece ser TAD ou PPC, mas outros(as) também), não sabe o que é a “Coisa Pública”, nem a “Escola Pública”.
(Curiosamente, já uma vez tinha percebido a dificuldade que certos liberais/neo-liberais têm em entender o que é a “coisa pública”, e essa dificuldade volta-se a verificar. Ora quem não percebe o que é a “coisa pública”, nunca a poderá gerir, óbvio.)
Por exemplo, ao se defender esta situação, poderá acontecer o seguinte
Se um aluno, por algum motivo, for recusado por uma escola, outras poderão fazer o mesmo e esse aluno(a) ficará sem O DIREITO A ESTUDAR.
Só as escolas privadas podem expulsar alunos(as). As escolas públicas não, pelo menos sem estar assegurado que outra Escola recebe o aluno(a).
Só se o aluno tiver cometido algum crime, mas se isso acontecer, o caso é outro e passa pelos tribunais, etc. Em ultimo caso entra para a Casa Pia ou outros.
A acontecer isto, poder-se-a mesmo, fazer chantagem sobre alguns adversários políticos, e fazer com que nem os filhos estudem. Digo isto como hipótese, mas é possível.
A estrutura das Escolas com um Director(a), a estrutura das Câmaras com um Presidente(a), fará com que apenas duas pessoas , possam decidir se um aluno tem direito a estudar ou não.
Basta duas assinaturas. apenas
Sabendo-se ou não, o que se passará aí para o interior do país, isto poderá ser calamitoso.
Ainda hoje, vem na Imprensa os resultados da vila chamada Vila do Rei, que parece que gastou dinheiro para ir buscar brasileiros ao Brasil (com tanto desempregado aqui, até brasileiros).
Quem lá manda, uma presidenta, parece que também manda nos negócios de metade da vila, além da autarquia. Será que pretendem os autores desta ideias, que esta senhora presidenta e outros como ela, passem a decidir quem entra na escola ? A mandar TAMBÉM NA ESCOLA ?
Sim, é a resposta.
Pessoas como esta presidenta, e sem querer julgar ninguém por estarem processos a decorrer, como o de Marco, o de Oeiras, a de Felgueiras, o de Gondomar, o de já nem sei, vão passar a mandar nas escolas.
E até, poderem expulsar alunos.
Se isto é propostas descentralizadoras, reconheço a bondade da solução, mas como se diz, culpo a falta de noção não só da realidade, mas DE NEM LEREM JORNAIS.
É que nem lerem jornais, quanto mais saberem o que se passa e não vem em jornais, por isso nem “fazem conta e parte da equação”.
Voltando a Vila do Rei e pelo que sabe de jornais, e tvs, os resultados foram tão maus, que só resta hoje um casal de brasileiros a lá morar.
Esta senhora a mandar também na escola , é bom de querer ?
É nisto que temos que pensar, que histórias semelhantes há muitas. Mais do que se pensa.
Querem esta Presidenta, ou o Avelino, ou outros, a dizer quem entra para as escolas ?
Fica a pergunta, para quem anda completamente afastados da realidade.
(nota o sistema de ensino actual pode ter defeitos. Por vezes nem tem tantos como parece. É o país todo que tem defeitos. Mas não piorem ainda com ideias absurdas)
Para mais detalhes e exemplo de como seria presidentes(as) a mandar nas escolas, ver esta noticia antiga sobre Vila do Rei :
“Em Vila de Rei, caí no conto do vigário”
(peço desculpas por qualquer erro, mas foi escrito de enfiada )
GostarGostar
Quanto a decidir uma coisa publica quem contrata, é nitidamente de quem não percebe, mais uma vez, o que é a “coisa pública”.
Quem contrata quem quer, são os privados. A coisa pública, obedece a critérios como concursos públicos, e outros.
Seria como diz o anti-comuna e bem, o clientelismo fácil
Tem que se perceber que quem anda no privado, pode mudar de estabelecimento de ensino e tem poder , até de não pagar.
Quem anda no publico, além de não ter esse poder, muitas vezes vivem em locais remotos, onde de qualquer maneira a possibilidade de escolha até é diminuta. Dai o cheque ensino também não ser solução. Existem localidades com apenas um ou duas escolas.
Escolher o quê ?
As pessoas querem é melhor (as que querem) não escolher entre uma má e outra menos má.
GostarGostar
Tiago Azevedo Fernandes Diz:
” Valerá a pena conversar com alguém que não se dá ao trabalho de ler o que é escrito? Ou que quando lê algo diferente do que esperava “
… não responde ?
Esse é o caso do Tiago.
Mas, curiosamente, critica o CAA se aparentemente ele lhe faz algo semelhante.
GostarGostar