Panini
19 Junho, 2008
Estávamos a colar mais uns cromos quando o mais velho me diz, «olha, já viste que todas as selecções tem estrangeiros?».
-Todas? Ora vamos lá ver….»
E vimos: a Croácia tem 7 jogadores nascidos fora do seus país, a França 5, a Turquia, Suíça e Portugal, 4, Alemanha e Áustria 3, Itália e Espanha 2, Suécia, Rússia, Polónia e Holanda 1. Só mesmo a República Checa, Polónia, Roménia e Grécia é que tem jogadores exclusivamente nascidos em solo «pátrio».
38 comentários
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Ainda não tinha comentários, mas vai ter este, que vai ser muito apreciado dado o caracter democrático e europeista dos habituais passantes:
O Reino Unido acaba de ratificar o Tratado de Lisboa, esse!, o tal! o que estava morto! O Dead Walking Treaty!
Lá se vai um punhado de cabelos, não é?
Outros crescerão, para serem todos arrancados oportunamente…
LOLOLOLOL
MFerrer
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curiosamente, ou nao, essas 4 selecçoes sem estrangeiros ficaram de fora na 1ª fase
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Isso significa que Panini é uma enciclopédia geográfica?
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A Polónia jogou com um brasileiro naturalizado.
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Mesmo em épocas de nacionalismos exacerbados, isso aconteceu. Veja-se, por exemplo, a composição da selecção italiana nos anos 30 (campeã do Mundo em 34, salvo erro).
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“Hugo Diz:
19 Junho, 2008 às 3:57 am
A Polónia jogou com um brasileiro naturalizado.”
Roger Guerreiro … Ate’ marcou o golo contra a Austria e tudo! Mas o equivoco e’ de todo justificavel … ele e’ Polaco desde Abril pelo que dizia o comentador desse jogo! 😉
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corrigido.
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So espero que tenha aproveitado a ocasião para esclarecer aos seus filhos o que significa “estrangeiro” e porque é que que, em nenhum pais do mundo, a nacionalidade assenta exclusivamente num critério, como por exemplo o do nascimento no solo patrio.
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esteja descansado que eles sabem perfeitamente que a nacionalidade de qualquer pessoa é uma questão administrativa pela qual um determinado estado reconhece uma pessoa como seu cidadão, podendo este usar os mais díspares critérios (ou mesmo sem nenhum e apenas porque sim).
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Talvez o mais curioso de todos, é o caso do avançado alemão Kuranyi, de um metro e noventa, que nasceu no Rio de Janeiro, de mãe panamiana e de um pai alemão que é descendente de húngaros.
Kuranyi é casado com uma mulher croata.
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…náção váleintji e imórtau…
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Não deve faltar muito para a Roménia naturalizar um dos muitos portugas que por lá andam no seu campeonato!
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A minha pátria é a língua portuguesa.
Cada vez mais me parece que é o que faz mais sentido.
E dado que conseguimos aprender outras línguas…
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No caso da Croácia, não esquecer a Diáspora…
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O que vocês estão a dizer é que não tem sentido fazer campeonatos da Europa ou do Mundo, porque não há selecções de países.
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Claro que tem sentido.
As selecções, por vezes, reflectem a pluralidade das suas sociedades, ou pelo menos não são imunes a tal.
(nota: os campeonatos da europa e mundo não são de «países» (no sentido de representativas de Estados), mas das selecções que emanam de federações desportivas as quais são associações privadas.)
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Gabriel,
Falta-me o cromo do Makukula. Tem prá troca?
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O Kohler da Rep. Checa é Alemão de origem e não é Checo por nascença!!!
Outro exemplo é o Klose da Alemanha que nasceu na Polónia mas é Alemão de origem!!!
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Na Koreia só é Koreano, independentemente do local do nascimento, o sujeito de etnia Koreana!!
Em Inglaterra só é Inglês (de origem)o filho de mãe Inglesa!!!
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Daqui a uns anos, quando o madeirense C.Ronaldo deixar de jogar. Portugal terá todo sotaque brasileiro. Seria interessante dicutir o título de campeão do Mundo com o Brasil.
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justiniano, esse direito da nacionalidade necessita revisão…
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Justiniano,
Isso não é verdade.
Ver aqui:
http://www.bia.homeoffice.gov.uk/britishcitizenship/
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Caro Gabriel!! Não confunda o direito ou faculdade de requerer a Nacionalidade com os critérios que a lei estabeleça com o facto originário atributivo da Nacionalidade!!!
A Nacionalidade em Inglaterra só é atribuida ou reconhecida “automaticamente” ao filho de mãe Inglesa!!!
Óbvio que a lei Inglesa estabelece muitos outros critérios atributivos do reconhecimento da nacionalidade com efeitos retrodatativos ou não!!!
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Justiniano,
Na mesma página atrás indicada:
«If you were born in the United Kingdom before 1 January 1983, you are almost certainly a British citizen. The only exception is if you were born to certain diplomatic staff of foreign missions who had diplomatic immunity.
If you were born in the United Kingdom on or after 1 January 1983
If you were born in the United Kingdom on or after 1 January 1983, you are a British citizen if at the time of your birth one of your parents was:
* a British citizen; or
* legally settled in the United Kingdom.
If you were born in a qualifying territory on or after 21 May 2002
If you were born in a qualifying territory, you are a British citizen if either your father or mother is a British citizen.
If neither parent is a British citizen, you will still be a British citizen if either your mother or your father was legally settled in the United Kingdom at the time of your birth.«
Ou seja, a lei britânica utiliza o critério de atribuição originária a quem seja filho de pelo menos um pai/mãe cidadão ou então que tenham ali residência legal. Em caso algum faz distinção entre ramo maternal/paternal.
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A Alemanha tem três jogadores nascidos na Polónia.
Um dos argumentos mais utilizados contra o fecho das maternidades é que sem nascimentos desaparecia a identidade do lugar.Os Elvenses passaram a ser Badajozenses?
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Eu creio que a FIFA tem as suas próprias regras em matéria de nacionalidade, precisamente para evita abusos. Creio que a regra é que cada jogador só pode jogar, durante toda a sua vida, pela seleção de um único país. Ou seja, se por exemplo o Deco escolheu ser português em matéria futebolística, não poderá jogar nunca em qualquer outra seleção que não a portuguesa.
É claro que há muitas pessoas que têm múltiplas nacionalidades. Tive um chefe na Alemanha que tinha três passaportes (grego, norte-americano, e alemão), e que em cada fronteira utilizava aquele que fosse mais convenivente para o país no qual desejava entrar.
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Luís Lavoura,
Sim, existem esses condicionamentos, mas são relativamente recentes.
No passado, por exemplo a selecção italiana dos anos 30 que ganhou o campeonato mundial duas vezes, vários eram argentinos, incluindo jogadores da selecção.
Mais recentemente (anos 50/60) um celebre jogador hungaro, Puskas jogou pela sua selecção e posteriormente pela espanhola.
Ou o célebre Di Stefano que jogou pelas selecções Argentina, Colombiana e Espanhola
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Luis Moreira (25),
Na actual lei portuguesa, apesar de se nascer factualmente em determinado local, pode-se registar a criança onde os pais bem entenderem, pelo que não se põe o problema do fim dos elvenses, a não ser que as pessoas assim o queiram.
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Não é que seja relevante, mas Portugal tem 5 jogadores nascidos fora (e não 4 como indicado):
Petit, Nani, Bosingwa, Deco e Pepe
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Gabriel Silva
Claro que sim,mas um dos argumentos da população era esse.Há mesmo casos em que a conflitualidade entre lugares era grande e só passados muitos anos se consegui varrer esse preconceito.Dou-lhe um exemplo.Penafiel/Paredes.Para se conseguir convencer as populações (e não só) que a construção do Hospital Padre Américo (Vale do Sousa) seria bom para todos foi uma estafa.Das grandes!
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Qual e’ o “estrangeiro” a jogar pela Holanda? Ha dois jogadores nascidos na Holanda com pais marroquinos, o Ibrahim Afellay e o Khalid Boulahrouz …
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agora não lhe sei dizer, apenas me lembro que era nascido no Suriname, antiga colónia holandesa.
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Curioso, que Portugal, como em relação a tantas outras coisas, antecipa-se em relação ao mundo, pois Eusébio, Mário Coluna, Espírito Santo ou José Águas não nasceram em Portugal, mas representaram sempre as “quinas”!
Agora, a forma de formar Impérios é mais burocrática e cínica, mas não está longe da anterior!
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Em relação ao tema em causa… gostei mesmo do comentário nº 1, muito a propósito… a Inglaterra, ainda está a jogar?!… ehehehe!
Este tal de “mferrer” vem-se pondo em bicos de pés, por quem e para quê?!…
Foram vocês que o mandaram vir?…
Viva a globalização, que gera esta maravilhosa mistura… também na “bola”.
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Hoje é para ganhar , pessoal .Com estrangeiros ou não .
O que achei mais piada era o brasileiro turco Mehmet Aurélio.Mais que o mitra do Kurany.
Qualquer dia fazem o campeonato da liga islâmica com a Suíça, Holanda ,e França .
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J,
«Agora, a forma de formar Impérios é mais burocrática e cínica, mas não está longe da anterior»
Não. É livre (ao invés dos impérios), quem quer (e tenha condições) naturaliza-se. Ou não. Ninguém é forçado. Eusébio e Coluna eram «forçados« a serem portugueses. Quando puderam escolher, com a independência, Eusébio ficou português e Coluna moçambicano, tendo mesmo presidido à Federação de Futebol de Moçambique.
(Espírito Santo nasceu em Lisboa)
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Nota final: estive a confirmar na caderneta e o tal brasileiro/polaco não consta (emroa tenha obviamente jogado). E o Nani é apontado como tendo nascido na Amadora (embora o seu site pessoal indique ter nascido em cabo-Verde).
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Nani?
Nani was born in Praia, to Maria do Céu Almeida and Domingos da Cunha, but emigrated with his family to Portugal at an early age. He was raised by his aunt Antónia Almeida in the Amadora district of Lisbon[1], where he and Everton FC midfielder Manuel Fernandes, with whom he has been friends since childhood, would often kick a ball about together…
http://en.wikipedia.org/wiki/Nani_(footballer)
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