Saltar para o conteúdo

Sujar (ainda mais) a roupa

22 Julho, 2008
by

O director nacional da Polícia Judiciária considerou hoje que o seu antecessor “não ficou propriamente conhecido pelos seus dotes de investigador”, numa reacção a um artigo de opinião de Alípio Ribeiro sobre o caso Madeleine McCann.

36 comentários leave one →
  1. Lololinhazinha's avatar
    Lololinhazinha permalink
    22 Julho, 2008 12:55

    A judiciária fala demais.

    Gostar

  2. Luís Lavoura's avatar
    Luís Lavoura permalink
    22 Julho, 2008 12:57

    Que nojo de alocução.

    Para dizer coisas destas, mais vale estar-se calado.

    Gostar

  3. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Julho, 2008 13:07

    Triste, porque geram equívocos. Dum lado e doutro. Desnecessário. Tanto um como o outro,são profissionais que merecem consideração, mas deviam ater-se ao seu eido próprio e falar de outro modo, porque desta forma geram apenas ruído, como se vê pelo postal e comentários que seguirão.

    Gostar

  4. Sofia Ventura's avatar
    22 Julho, 2008 13:21

    Só não percebo como é que, num mundo onde os homens dominam os lugares com maior exposição, ainda não se desfez o mito de que as mulheres é que são quezilentas e futriqueiras.

    Gostar

  5. CAA's avatar
    22 Julho, 2008 13:24

    José,

    «… mas deviam ater-se ao seu eido próprio e falar de outro modo, porque desta forma geram apenas ruído, como se vê pelo postal e comentários que seguirão.»

    Suponho que do “apenas ruído” existe a evidente exclusão do seu próprio comentário, não é verdade?

    Gostar

  6. Desconhecida's avatar
    Lionheart permalink
    22 Julho, 2008 13:36

    Tudo isto é LAMENTÁVEL. A imagem da PJ está destruída, por culpa própria. Sempre pensei que os McCann têm alguma coisa a ver com o desaparecimento da filha, e não mudei de opinião. A história deles é demasiado inconsistente e além disso, toda a campanha de desinformação, com “avistamentos” orquestrados para fazer crer que a criança ainda está viva, é altamente suspeita. Oxalá um dia se saiba a verdade, e não me admirava nada que os McCann venham a ser envolvidos num enorme escândalo…

    Todavia, a PJ foi de um incompetência atroz. Basta ler o relatório para ter a noção da investigação descuidada que foi feita. Basta ver esse Gonçalo Amaral para temer pelo nível dos inspectores da Judiciária. Esse senhor esteve por detrás de fugas de informação contínuas para os jornais, cobrindo a PJ e a imprensa portuguesa de ridículo, com as sucessivas teorias que ía pondo cá para fora. Era tudo e o seu contrário! Não contente com isso, prepara-se para ganhar dinheiro com o infurtúnio de uma menina, quando não foi capaz, enquanto polícia, de descobrir o que verdadeiramente lhe aconteceu. Qualquer um é capaz de escrever um livro com suposições e acusações. Mas isso vale ZERO. Revela, isso sim, que a PJ tinha (tem?) muita gente que não presta, porque por muita culpa que possam ter os McCann, não é admissível este comportamento vingativo e oportunista de ex-polícias, como este Gonçalo Amaral, e outros que se transferiram para as televisões. Ai de quem tenha o azar de ser tomado de ponta por “polícias” destes…

    Gostar

  7. Macaco's avatar
    Macaco permalink
    22 Julho, 2008 13:54

    ” Luís Lavoura Diz:
    22 Julho, 2008 às 12:57 pm
    Que nojo de alocução.

    Para dizer coisas destas, mais vale estar-se calado.”

    É verdade. O Luís Lavoura devia estar calado.

    Gostar

  8. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    22 Julho, 2008 13:57

    O LIVRO está quase a saír.
    Falta pouco.
    Falta pouco.

    Gostar

  9. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    22 Julho, 2008 13:58

    Caro CAA,

    Mas quem é que “extraiu” o director que lá estava para “colocar” o Sr.Ribeiro?
    Não sei exactamente, mas tenho ideia que não foi Santana Lopes.
    Quem foi?
    Como foi?
    Porque foi?
    Estaremos a discutir o sintoma ou o problema?
    Alguém se digna incomodá-lo?

    Gostar

  10. Lololinhazinha's avatar
    Lololinhazinha permalink
    22 Julho, 2008 13:59

    Ó CAA,

    Que irritação com os seus comentadores…

    Gostar

  11. Lololinhazinha's avatar
    Lololinhazinha permalink
    22 Julho, 2008 14:00

    “Basta ler o relatório para ter a noção da investigação descuidada que foi feita.”

    Alguém me diz, por favor, onde está o relatório que eu ainda não li?

    Gostar

  12. Desconhecida's avatar
    22 Julho, 2008 14:09

    ….enquanto houver uns funcionários do Estado a dizerem uns disparates, salvaguardam-se o PR e o PM, que no fundo são os principais Responsáveis por tudo isto.

    Paquetes para todo o serviço.

    Gostar

  13. Tiago's avatar
    22 Julho, 2008 14:22

    de roupa suja entende o postaleiro. Com ele, o OMO lava sempre mais branco.

    Gostar

  14. Planetas's avatar
    22 Julho, 2008 16:05

    Meu caro CAA se não acredita que existem motivos, veja isto…
    http://planetaspolitik.blogspot.com/2008/07/o-direito-estpido.html

    Gostar

  15. Desconhecida's avatar
    Bafo D'Onça permalink
    22 Julho, 2008 16:09

    Azar o nosso…agora que se estavam a discutir os problemas de fundo do país, agora que se estava a entrar pela via da resolução dos problemas, logo agora que ainda falta mais de um mês para começar o futebol, agora qua ainda havia espaço para um berburinho incomodativo antes da silly season tão típica do mês de Agosto Português, tinha que vir o mais que previsível arquivamento do processo Maddie.
    Agora que vai caír o pano do segredo de justiça, não vão tardar os debates, as aberturas de telejornal, as entrevistas ao Gonçalo Amaral (a este saíu-lhe o Euromilhões-reforma da PJ, agora vai-se fartar de ganhar dinheiro com entrevistas e exclusivos e reportagens e livros, depois vem a CARAS e a LUX fazerem os exclusivos das férias do casal Amaral, etc…), e daqui a uma semana já ninguem quer saber se estamos pobres ou mais pobres, se a Euribor vai subir, ou subir, ja ninguem se vai lembrar se o gasóleo está mais caro, ou mais caro ainda, mas toda a gente vai falar, comentar, fazer opinião,bloggar e julgar sobre o caso Maddie, as bestas vão passar a bestiais e o inverso também vai suceder, e ou muito me engano ou ainda vão rolar cabeças e não me admiro nada se daqui por algum tempo não se irá falar na reabertura do processo…
    Hoje não vou ver os Telejornais…já estou cansado de Maddie, Jerry, Mitchell, Brown, Pinho, Amaral… Hoje só vou ver a Sic Radical!
    Bafo’s

    Gostar

  16. Lololinhazinha's avatar
    Lololinhazinha permalink
    22 Julho, 2008 16:19

    Mas ninguém me diz onde está o relatório?
    Toda a gente fala mas parece que ninguém o vê…

    Gostar

  17. Desconhecida's avatar
    Lionheart permalink
    22 Julho, 2008 16:33

    “Toda a gente fala mas parece que ninguém o vê…”

    Mas não tem lido jornais?? Tenho a impressão que não há nenhum que não trouxesse pelo menos um excerto do relatório da PJ. Parece quase que a PJ entra em diálogo com os McCann, usando o documento para rebater a “tese” do rapto. E desde quando é que o trabalho da polícia é “desfazer” uma “tese” sem que no fim se aproveite o que quer que seja?? A polícia devia estar acima dos jogos mediáticos de um qualquer Clarence Mitchell, mas esteve ao mesmo nível. Por isso acaba tudo num impasse que, quanto a mim, interessa às partes envolvidas…

    Gostar

  18. Desconhecida's avatar
    ourição permalink
    22 Julho, 2008 16:40

    É o mapa cor de rosa da justiça portuguesa. O ponto importante será saber de onde vem a tremenda influência do Dr. Mc Cann no partido trabalhista, tudo o mais acaba no julgamento a que ele e sua mulher deviam estar sujeitos por abandonarem por hábito seus filhos de tenra idade num quarto de hotel. A menos que sejam de etnia cigana, podem fazer tudo e nunca lhes acontece nada.

    Gostar

  19. Lololinhazinha's avatar
    Lololinhazinha permalink
    22 Julho, 2008 16:50

    Lionheart,

    De facto não tenho lido jornais. Mas como toda a gente fala no relatório pensava que já o tinham lido todo. inteiro.
    Parece que vamos ter que esperar para dizer mal.

    Gostar

  20. mafaldinha's avatar
    mafaldinha permalink
    22 Julho, 2008 17:04

    Sugiro que leiam o Sol e a investigação que foi feita à volta deste caso.

    Gostar

  21. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    22 Julho, 2008 17:12

    O Sol nao é da ficçao da Felicia Cabrita? Xiça.. fujam. lol

    Gostar

  22. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Julho, 2008 17:29

    CAA:

    Estou de acordo com o problema do ruído, mas não atribuo exclusividades, na sua origem. O efeito ruidoso, é uma consequência, involuntária, por vezes, da falta de tento na exposição do assunto por quem de direito. Sendo involuntária, parece-me que a responsabilidade, também deve ser partilhada por quem amplifica as dissonâncias. Ou seja, os media.

    Hoje, o editorialista do Público, JMF, até pergunta candidamente, se os jornalistas não deveriam preocupar-se em “meditar se não são passíveis de reparos como os inspectores da judiciária”.

    Até me deu vontade de rir…e de escrever logo a seguir. Mas não tenho pachorra.

    Quanto ao Gonçalo Amaral, esperemos pelo livro. Já sabemos que a tese do tipo e a do homicídio. Veremos como chegou lá. Se for do mesmo modo que o colega que já escreveu outro livro sobre o assunto e que já li, resta dizer que fizeram muito bem em sair da PJ, porque eram maus profissionais. Se ainda por cima, for verdade que foi algum deles quem violou sistematicamente o segredo de justiça que num caso como este é essencial, então estamos conversados completamente. Quero acreditar que não foram, mas…

    Gostar

  23. Lololinhazinha's avatar
    Lololinhazinha permalink
    22 Julho, 2008 17:33

    José,

    Eu mantenho-me na minha. Só falo quando vir o relatoriozinho e o despacho de arquivamento. Custa-me muito a acreditar que não existissem motivos sérios para a constituição dos pais como arguidos. (o que não quer dizer que com a mesma seriedade não se possa ter concluído que não havia outra alternativa que não fosse o arquivamento).

    Gostar

  24. Fado Alexandrino's avatar
    22 Julho, 2008 17:35

    Lololinhazinha Diz:
    22 Julho, 2008 às 2:00 pm

    O relatório está aqui

    http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/372749

    consulte no fim da página em PDF.

    Gostar

  25. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Julho, 2008 17:42

    A constituição como arguidos, ocorreu ainda no domínio do CPP anterior à revisão que entrou em vigor em Setembro de 2007.

    Como se sabe, a constituição como arguido, nessa altura, acontecia, por diversos motivos: porque havendo meras suspeitas, como aconteceu, desde que se determinaram indícios que podiam efectivamente apontar para eventual responsabilidade dos pais ( incongruências em depoimentos, sinais de sangue ou meras suspeitas levantas por inconsequência de outras pistas), era sempre obrigatório ouvi-los como arguidos e nunca como testemunhas.

    Actualmente, isso não acontece porque foi exactamente para isso que a revisão também se fez e nesse caso, bem. Essa mudança, além da que mexeu com o segredo de justiça, foram as grandes novidades positivas da revisão, para mim. Só essas, aliás e que se faziam com uma alteração pontual, sem necessidade de uma Unidade de Missão e coisas assim.

    A figura de arguido, longe de poder ser um labéu, destinava-se na filosofia do código de Fiegueiredo Dias, a garantir a suspeitos, mais direitos do que teriam se assim não fosse. Como arguidos, as pessoas, podem mentir sem consequências, podem calar-se, podem dizer o que quiserem e isso nem sequer vale para o julgamento, como confissão. Tem que ser tudo reproduzido em audiência, num bizantinismo processual que tem sido um descalabro ao longo dos anos.

    COmo testemunhas, seriam obrigados a dizer a verdade sob pena de crime de falso depoimento.

    Não percebo o escarcéu, com a polémica do serem ou não arguidos. Até me parece que sairam beneficiados, com tal posição processual, como aliás muito bem sabe o advogado deles, Rogério Alves. Faz-se é desentendido…

    Gostar

  26. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Julho, 2008 17:48

    Este caso, desde o início, apresentava-se à PJ, como um enigma. NO entanto, não foi assim que o entenderam. Saloiice, pela certa.

    Mas agora, é fácil criticar. No entanto, suponho que o escrevi logo na altura, por aí.

    A prosápia portuguesa no seu melhor. É ler o livro do tal inspector Paulo PEreira Cristóvão.

    É um retrato a sépia da PJ que temos. Os reizinhos vão todos nus.

    Gostar

  27. Lololinhazinha's avatar
    Lololinhazinha permalink
    22 Julho, 2008 17:52

    Obrigadíssima, Fado.

    Gostar

  28. CAA's avatar
    22 Julho, 2008 18:16

    José,

    Concordo consigo.

    Gostar

  29. mafaldinha's avatar
    mafaldinha permalink
    22 Julho, 2008 19:38

    Ó Anónimo 21

    Ao menos a dita Felícia dá a cara pelos seus escritos…

    Há outros que se escondem… a cada um a liberdade de advinhar o porquê!

    Gostar

  30. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Julho, 2008 20:08

    Mafaldinha:

    Se a Felícia, não desse a cara pelos esritos, o que valeriam estes? Tanto, como um comentário anónimo. Daí não entender quem se incomoda com estes. Só se for a própria…

    Gostar

  31. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Julho, 2008 20:09

    Ah ! E que não fiquem confusões, porque não fui eu quem escreveu o comentário 21. Apenas comento a indisposição de quem se sente atingido pelos comentários anónimos.

    Gostar

  32. mafaldinha's avatar
    mafaldinha permalink
    22 Julho, 2008 20:13

    José

    Concordo… Mas porque reconheço algumas qualidades à jornalista em causa, os comentários anónimos incomodam-me!

    Lamento, mas não sou a própria…

    Gostar

  33. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    22 Julho, 2008 23:05

    Não entendo porque se perde tanto tempo com o caso Maddie. Este caso foi desde início um caso político, desde que embaixador Inglês que decidiu que tinha sido um rapto.
    O dinheiro, a imagem, as relações com o poder dos Mccann, aliados com o servilismo do governo português e cupidez dos media fizeram o resto. Já pensaram o que teria acontecido se fosse um casal da Brandoa em férias num T0 em Quarteira, em vez dos ingleses influentes?
    Como diria o meu avô: Mais vale ser bonito, rico e saudável, que feio, pobre e doente.

    Gostar

  34. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    22 Julho, 2008 23:08

    Não entendo porque se perde tanto tempo com o caso Maddie. Este caso foi desde início um caso político, desde que embaixador Inglês decidiu que tinha sido um rapto.
    O dinheiro, a imagem, e as relações dos Mccann, aliados com o servilismo do governo português e cupidez dos media fizeram o resto. Já pensaram o que teria acontecido se fosse um casal da Brandoa em férias num T0 em Quarteira, em vez dos ingleses influentes?
    Como diria o meu avô: Mais vale ser bonito, rico e saudável, que feio, pobre e doente

    Gostar

  35. Eduardo Correia's avatar
    Eduardo Correia permalink
    23 Julho, 2008 00:26

    Para aprender..

    El ‘caso Madeleine’
    Una telenovela demasiado humana
    La exposición al foco mediático del Madeleine se contrapone a la oscuridad que rodea su desaparición

    MIGUEL MORA – Lisboa – 16/09/2007

    El ruido de las tertulias y los fogonazos de los flases han convertido el caso Madeleine en un caso del que todo el mundo habla. No sólo se habla. Se especula, se lanzan todo tipo de hipótesis y se duda de todas las versiones. La sensación de irrealidad y de perplejidad se acrecienta cada día que avanza la investigación. En medio de todo eso, los McCann, un matrimonio sospechoso de haber montado una ficción en torno a la desaparición de su hija. La policía portuguesa trata de aclarar con pruebas lo ocurrido pero las pistas se confunden con todo lo dicho y publicado.

    La sofisticada campaña de prensa y mercadotecnia organizada por la familia McCann dio a conocer el caso al mundo. La vacilante investigación policial, cegada por el poder, las cámaras y los focos, lo alargó en el espacio y el tiempo. La historia de Madeleine nació como el alivio para el calvario de dos padres, ha dado una vuelta completa y hoy es una tortura de otro signo para los McCann, antes víctimas oficiales y hoy sospechosos, si no de la desaparición de su hija, al menos de haber construido la coartada del siglo. Ironía cruel, su esperanza ahora es el abogado de Pinochet.

    La madre de Maddie será interrogada por la policía británica esta semana

    La niña es tan famosa como Harry Potter, y su madre, Kate, compite con Lady Di
    Enganchado a esta telenovela demasiado humana que parece escrita por un guionista borracho, el público alucina, analiza, critica, hace preguntas: es el primer suceso interactivo, las páginas webs multiplican la sensación de prisa, la irrealidad se impone. El ruido casi no deja oír, la potentísima luz de los focos apenas aclara nada. Hay cientos de periodistas rastreando la noticia, lejos y cerca, y ahí surgen las especulaciones, hipótesis, verdades y mentiras, filtraciones, y el público quiere más, y el ruido no solo no se apaga sino que va creciendo, y el monstruo alimentándose con pelos y señales, detalles zafios, sangre. ¿Hablamos -escribimos- sobre personas reales o sobre personajes de ficción? Da lo mismo, ¡más madera! En Francia un periódico dice que el análisis ha confirmado una sobredosis, en Portugal un diario filtra la tesis de la bofetada, en Inglaterra otro aventura que la policía ha utilizado pruebas falsas, en España este diario cuenta cómo la policía portuguesa maneja como posible móvil de la desaparición del cuerpo los contactos y la ambición de Gerry McCann… Uno de sus hermanos, John McCann, aclaró ayer en una entrevista con Expresso que fue el propio primer ministro Gordon Brown quien se interesó por el caso, y matizó que sólo él y su hermana Philomena se dedican a la política, cosa que jamás Gerry pensó hacer. El caso Madeleine se ventila en la plaza pública con la velocidad irresponsable y moderna de la tertulia en directo. Los vaivenes de la fama, la construcción de una marca global solo en cuatro meses (FindMadeleine), la obsesión de Occidente por la seguridad, la ética médica, la presencia de celebridades, la conexión católica, el factor económico, las implicaciones Norte-Sur (¡Sostiene Pereira!)… El caso está lleno de aspectos fascinantes y de recovecos… ¡Y la justicia, esa cosa tan antigua, lenta y metódica, tarda tanto en pronunciarse! ¿No podría el guionista correr más? A estas alturas mucha gente ve con espanto (y con razón) cómo el mismo monstruo mediático que tanto cuidó a la familia apabulla ahora, con la misma lógica voraz, la condición de inocentes legales que debería amparar a los McCann. Quizá los padres de Madeleine no pensaron, ha escrito el analista Vasco Pulido Valente, que ése sería el precio a pagar por depositar el caso en manos de la prensa al avisar a la cadena Sky News antes que a la policía. Según afirmaba ayer John McCann, fue otra hermana suya, Patricia, la autora de la llamada, y la hizo para pedir ayuda porque solo habían llegado dos agentes al Ocean Club. Para Valente, esa decisión, inimaginable hace solo 20 años, enseña a lo que ha llegado “la abyecta cultura democrática de Occidente” construida en torno al poder ilimitado de los medios anglosajones. Solo existe lo que sale en los medios. El serial antiguo, dice Vicente Verdú, reconvertido en el éxtasis de la incertidumbre. ¿Pero acaso alguien sabe a estas alturas si este caso es un gran bulo.com, un Show de Truman a escala planetaria, una cortina de humo auspiciada por los centros de poder para desviar la atención (¿qué harían cuatro equipos de la CNN el otro día en Portimão?), una hazaña policial o un linchamiento de inocentes? La locura en curso hace que la opción más disparatada, o todas a la vez, suene plausible. Lo único malo del caso es que no es una ficción. Esa niña de tres años que debía cumplir cuatro el 12 de mayo es (o fue) real. El dolor de su familia (pasara lo que pasara) también. En esta película solo hay una certeza. La buena es Maddie y todos los demás son (somos) sospechosos. Llegados a este punto, el folletín es imparable. Maddie es tan famosa como Harry Potter, y su madre, Kate, compite de igual a igual en afecto, odios y portadas con Lady Di. Aunque el motivo de su fama no sea un truco fácil, sino esa angustiosa forma de esfumarse de repente y no aparecer, mucha gente piensa que en la tozuda ausencia de Madeleine hay algo mágico, muy difícil de explicar. No solo se esfumó sin dejar huellas (peor aún, la policía solo consiguió encontrar sus huellas 90 días después de que se esfumara, el 8 de agosto), sino que su desaparición coincidió con actos y decisiones poco claros. Pero, si analizáramos cualquier nimio suceso cotidiano con un telescopio, ¿no pasaría lo mismo? Por ejemplo: según publicó la prensa británica unos días después de la desaparición, los propios McCann contaron inocentemente que aquella tarde los padres “jugaron un rato con los niños antes de darles el té y meterlos en la cama”. La policía ha dejado filtrar su extrañeza. ¿Cómo unos niños toman una bebida excitante antes de irse a la cama a una hora en la que todavía era de día? Conclusión: teoría de los sedantes. ¿Floja? Un momento. El abuelo de Maddie contó hace días a un tabloide que los padres de Maddie solían usar Calpol, un inofensivo jarabe antitérmico, para ayudarles a dormir. Antes de eso, Sandra Felgueiras, que cubre el caso para la televisión RTP, preguntó a los McCann si daban Calpol a los niños. Gerry hizo una mueca, bajó la mirada, luego lo negó. Otro ejemplo. El 10 de agosto, cuando la policía portuguesa acababa de decir por primera vez en público que consideraba “muy probable” que Madeleine muriera la noche del 3 de mayo en su apartamento, sus padres lanzaron al mundo un vídeo de Laura Bush, esposa del presidente estadounidense, como parte de la campaña abierta el 29 de mayo y llamada Don’t you forget about me (No te olvides de mí). “A través de este nuevo canal YouTube, el Centro Internacional para los Niños Desaparecidos y Explotados ofrece esperanza a padres que aún están buscando. Por favor, miren estos vídeos y estudien los rostros de estos niños desaparecidos”, dice la primera dama. ¿Alguien comprende que nadie parara ese lanzamiento si la investigación policial había girado ya hacia la muerte de la niña? La batalla de la información-desinformación había empezado el 4 de mayo. Exasperados con el hermetismo policial, los medios ingleses pidieron desde el primer día briefings informativos, lograron que se nombrara un portavoz oficial para el caso (Olegario de Sousa, que ayer fue por cierto, dispensado del cargo), presionaron, sugirieron líneas de investigación. El 6 de mayo, De Sousa dijo que la policía no podía decir si la niña estaba viva o muerta. Se habló de pederastas, de tráfico de órganos, de rescates, todas las modalidades del rapto fueron puestas sobre la mesa. Maddie fue buscada en 15 kilómetros a la redonda. No apareció. Los días que no había novedades, algunos usaban la fantasía. El 12 de mayo, el corresponsal de sucesos de Sky News, entró en directo y dijo: “Me dicen que un pueblo o aldea ha sido rodeado por la policía en Sevilla, al sur de España. No es un viaje demasiado largo a través de la frontera”. No era verdad, pero la audiencia no lo supo hasta el día después. Lamentablemente para la familia de Madeleine, lo único cierto es que la policía ha descartado la tesis del rapto. Kate será interrogada de nuevo esta semana. El juez del caso ha autorizado el interrogatorio, que será realizado esta vez por la policía británica y en el Reino Unido. El cuestionario está basado en 40 puntos que los investigadores consideran esenciales, según publicó ayer Diario de Noticias. La burbuja de irrealidad ha explotado. Los McCann están sufriendo y lo que queda puede ser muy largo. John McCann dijo ayer que “Gerry y Kate están arrasados por lo que están leyendo estos días”. Hicieran lo que hicieran, ¿merece alguien tanto castigo? El monstruo no contesta, las rotativas están rodando…

    MIGUEL MORA, EL PAÍS

    Gostar

  36. Desconhecida's avatar
    Tribunus permalink
    23 Julho, 2008 18:50

    Mas quem escolheu o Alipio para director, sabe o que está a fazer? o homem nem è normal a falar, quanto mais a actuar!
    Vir com piadas,depois de ser corrido, precisava mesmo da resposta que levou: INCOMPETENTE……….

    Gostar

Deixe uma resposta para Luís Lavoura Cancelar resposta