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Criminalidade III

22 Agosto, 2008

Agosto tem um efeito na percepção das notícias que tem que ter em conta quando se fala numa “onda de crimes”. Se o número de crimes fosse constante ao longo do ano, o aparecimento de uma onda de notícias sobre crimes em Agosto não prova que existe uma onda de crimes. A onda de crimes é uma ilusão que resulta da ausência de notícias sobre outros assuntos. Se a actividade política e económica diminui em Agosto e se o número de crimes se mantém, as notícias sobre crimes ocupam a atenção e o espaço noticioso normalmente dispensada a outras notícias. O resultado é a ilusão de que o número de crimes aumentou.

282 comentários leave one →
  1. Justiniano's avatar
    Justiniano permalink
    22 Agosto, 2008 22:43

    JM!
    O Minitro da Administração Interna acabou de reconhecer a existencia de uma “onda de crimes”!
    O Ministério deve ter a estatística que procura!

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  2. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    22 Agosto, 2008 22:45

    ««O Minitro da Administração Interna acabou de reconhecer a existencia de uma “onda de crimes”!»»

    Pois reconheceu. O ministro está a fazer política.

    ««O Ministério deve ter a estatística que procura!»»

    Não tem. Ele próprio reconheceu que não tem.

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  3. Justiniano's avatar
    Justiniano permalink
    22 Agosto, 2008 22:51

    JM!
    “Não tem. Ele próprio reconheceu que não tem.”
    Ele tem números de tendencia o que disse é que não tem números exactos!

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  4. ZéTó's avatar
    ZéTó permalink
    22 Agosto, 2008 22:54

    Uma coisa divertida vai ser quando em Outubro for lida a sentença do mega processo de Mario Machado e dos skinheads. Com africanos, ciganos e brasileiros diariamente assaltando impunemente um pouco por todo o país, vai ser divertido ver a cara com que vão anunciar as condenações por crimes de discriminação racial, posse de propaganda nazi e outras acusações do mesmo género.

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  5. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    22 Agosto, 2008 23:18

    ZéTó

    Que grande caldeirada de chocos que vai nessa cabeça.

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  6. Desconhecida's avatar
    JOÃO CARLOS permalink
    22 Agosto, 2008 23:22

    O Joao Miranda parece o ministro da AI a dizer que ” isto é pontual “….de há mais de um ano tem sido este o discurso do ministro.Deve ter sido a 1ª vez que reconheceu um aumento da criminalidade.A verdade é que este tipo de crimes acontece todo o ano, mas os media não os noticiam……pelo menos as TVs.

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  7. Pedro C.'s avatar
    22 Agosto, 2008 23:23

    Será que o JM anda em carro blindado e com colete à prova de bala. É que se acha que isto não está perigoso, começo a pensar que está a sofrer o efeito de espelho do PM e do Ministro da Administração Interna.

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  8. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    22 Agosto, 2008 23:27

    Se cá nevasse , fazia skasky …

    ora vá dar banho ao cão , com as habituais “se, se, se ,se”

    se o Nelson Evora não saltasse ao ouro olimpico no quarto ensaio, se calhar a crise tinha continuado…e assim terminou… e o Comandante do COI Tuga afinal já quer ficar no poleiro…

    posso arranjar mais ? querem amiguinhos ?

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  9. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    22 Agosto, 2008 23:37

    ora aí vai mais uma

    “Se a Paula Vitorino não andasse preocupada para arranjar Argumentos do caraças e super elaborados para “justificar” um TGV Inbicta-Lísbia , talvez SE arranjasSE no Ministério uns direiritos para a linha do Tua ” ;

    mais um

    “se o Rui Pereira vem a SIC , é porque SE calhar é só fumaça !!!

    e outra

    ” e SE comprasse o Correio da Manhã o ano inteiro ? aí já via a tal criminalidade que não vê na TV ” , ou só vê o Fox crime ?”, o CAA não escreve no CM ? peça lá uma assinatura sff…”

    e mais outra

    “Se o Cardoso marcasse 34 golos por epoca SErá que o Benfica SEria campeão”…também dá para entreter em Agosto

    e a ultima

    “Se o Governo que fizesse esta MERDA , não fosse do PS , SErá que AINDA HAVERIA GOVERNO ??????? “

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  10. sam, the kid's avatar
    sam, the kid permalink
    22 Agosto, 2008 23:47

    já temos o desgoverno para esconder a realidade social
    a carneirada vai com o focinho no cu do que vai à sua frente

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  11. Piscoiso's avatar
    22 Agosto, 2008 23:54

    Arranjem aí uns números para o João fazer um gráfico.

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  12. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Agosto, 2008 23:55

    Números?

    100 assaltos a bancos nos primeiros seis meses de 2008.

    Aí tem os números. Eloquentes.

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  13. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    22 Agosto, 2008 23:56

    vá buscar os numeros ao seu amigo Constâncio … ele é muita especialista em numeros … atrasados

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  14. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Agosto, 2008 23:56

    Um número de roubos por “car jacking”, nitidamente superior a qualquer ocorrência desse género há três anos atrás.

    Aí tem outra série. Eloquente.

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  15. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Agosto, 2008 23:58

    Para o resto, basta pegar nos números do Correio da Manhã, destes primeiros seis meses e contar. Pelos dedos, como nas Páginas Amarelas. Vá por aí.

    Mais números eloquentes.

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  16. Desconhecida's avatar
    José permalink
    22 Agosto, 2008 23:58

    Depois destas contas, fazer postais destes, só mesmo para distrair o papalvo que não tem memória.

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  17. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    22 Agosto, 2008 23:59

    ««100 assaltos a bancos nos primeiros seis meses de 2008.

    Aí tem os números. Eloquentes.»»

    Eloquentes, como? Para se falar em “onda de crimes” ou “aumento de criminalidade” tem que haver um aumento do número de crimes. O facto de terem havido 100 crimes de um dado tipo não prova que houve um aumento, a não ser que se acredite que antes de 2007 não havia crimes.

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  18. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:01

    ««Um número de roubos por “car jacking”, nitidamente superior a qualquer ocorrência desse género há três anos atrás.»»

    E isso prova o quê? Que o crime aumentou, ou que os criminosos mudaram de tipo de crime? Não é de esperar que os criminosos mudem a forma de actuação frequentemente de forma que o crime da moda mude frequentemente?

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  19. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:03

    ««Para o resto, basta pegar nos números do Correio da Manhã, destes primeiros seis meses e contar.»»

    O Correio da Manhã sempre noticiou crimes. Porque é que acredita que passou a noticiar mais este ano? Tendo em conta que um jornal tem um espaço limitado, não é mais provável que noticie um número de crimes mais ou menos constante ao longo do tempo? Desde quando é que se pode fazer estatística com base em notícias do Correio da Manhã?

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  20. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    23 Agosto, 2008 00:10

    Bom . Perante os dois ultimos contra-argumentos do JM , vou encerrar a minha participação , e fumar o mesmo que o JM está de momento a consumir .
    Nada como anestesiar o cerebro para não cair na realidade.Assim vou imaginar que não há crimes nenhuns, eram apenas filmagens da NBP para a telenovela da TVI.Aquele de Campolide ficou um espanto.

    JM !!! pró ano pá , bute a Idanha-a-Nova … há umas brocas do camandro para viver num mundo de fantasia forever… trás o Rui Pereira .

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  21. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:12

    Nerdou de novo… quando lhe dá a pancada das leis que governam o universo, não há nada a fazer.

    De vez em quando lá tem estes surtos cientóinos. Já com o aquecimento global é a mesma treta.

    Para um cientóino nunca há prova definitiva de nada. Porque são tão científicos, tão científicos, que só no final dos Tempos, poderiam validar o que o senso comum confirma de forma simples.

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  22. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:14

    Cá para mim agora é que se aplicava ao JM a chalaça dos pretos que não são mais escuros que os brancos.

    Vendo bem, pode ser efeito da estação…

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  23. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 00:14

    Caro José

    Em Marte não há criminalidade. E é isso que está a ser aqui discutido.

    Quando chegarmos à parte das coisas sérias, podemos discutir a criminalidade em Portugal com eles.

    Até lá, com o devido respeito “margaritas ante porcos”…

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  24. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:15

    E eu até pensei que o primeiro post era ironia. Afinal estava mesmo a ter um ataque de cientóinice.

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  25. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:16

    Assur: uma coisa é certa- eles nem compram o jornal onde o CAA escreve.

    “:O))))

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  26. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    23 Agosto, 2008 00:16

    O terceiro também é bom .

    Você tem aquela escola toda á PCP para negar as evidências.Ontem vi a Odete a dizer que o Dalai Lama era um criminoso … SE calhar até é

    estou maravilhado…

    Não compre o CM …

    compre o Acção Socialista … aí não há crimes , e somos uma super-potência da inovação e um País em proa para o Seculo XXI…são numeros mais fiáveis …olhe que é a leitura unica do Governador do Banco de Portugal …

    Quais Qtas da Fonte , qual carapuças … isso era mas é uma rave multietnica

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  27. LPedroMachado's avatar
    23 Agosto, 2008 00:18

    O conteúdo deste post do Miranda já devia ser evidente para toda a gente. Provavelmente, durante o ano o tempo dedicado a crimes pelos media é inferior àquele que as audiências desejam. Os crimes aparecem agora nas TV porque o governo não consegue controlar a agenda mediática como no resto do ano nem os telespectadores estão interessados em política partidária durante as férias.

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  28. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:20

    Zazie,

    Ainda pensei que fosse apresentar números. Pelos vistos nesta matéria a Zazie também emprenhou de ouvido.

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  29. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 00:20

    Zazie

    Devem ter prometido emprego ao homem como aconteceu com o Delgado 🙂

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  30. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:21

    ««Você tem aquela escola toda á PCP para negar as evidências.»»

    Quais evidências. Estou aqui a pedir evidências há horas e nada. Ninguém demonstrou que existe um aumento da criminalidade. Emprenharam todos de ouvido.

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  31. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    23 Agosto, 2008 00:22

    cientóino é bestial

    Zazie

    obrigado por todos nós os incrédulos e pecadores

    ” brevemente Marcha pela Verdade dos Numeros Criminais ” canal Record – TV Cabo … Pastor JM

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  32. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 00:22

    Zazie

    Já que o homem está a desafiar com número, peça-lhe para ele divulgar números que provem que a criminalidade não está a aumentar.

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  33. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:23

    ««Assur: uma coisa é certa- eles nem compram o jornal onde o CAA escreve.»«

    A Zazie é genial. Consegue detectar tendência lendo notícia do CM. Como isso se faz é que eu osaria de saber. Será que a Zazie acredita que se a criminalidade aumenta 20% isso se detecta nas notícias?

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  34. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:25

    ««Já que o homem está a desafiar com número, peça-lhe para ele divulgar números que provem que a criminalidade não está a aumentar.»»

    Porque é que eu o haveria de fazer? Quem acredita que houve um aumento é que tem que demonstrar a sua posição. Eu nem defendi que o crime aumentou nem que diminuiu. Defendi apenas que não existem dados que o demonstrem.

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  35. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:33

    João Miranda,

    Isso é mais coisa para A Virgem Maria.

    É que este assunto é mesmo de emprenhar pelo ouvido e somar pelos dedos.

    Porque, até temos um pais pequeno, onde é fácil ler as notícias de cada terra, e ter gente conhecida em toda a parte a relatar factos- neste caso assaltos e crimes.

    As estatísticas serão sempre mais falíveis que esta observação ou contas feitas pelos jornais.

    É claro que tem vindo a aumentar. Eu própria tenho exemplos de bairro, e exemplos de diversas terras, onde pessoas conhecidas têm sido alvo de assaltos e conseguem detectar a alteração com o acréscimo de imigrantes.

    Porque, se dantes podíamos ter períodos mais constantes, apenas se deve a uma maior homogeneidade da população.

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  36. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:36

    ««Porque, até temos um pais pequeno, onde é fácil ler as notícias de cada terra, e ter gente conhecida em toda a parte a relatar factos- neste caso assaltos e crimes.»»

    Estou a ver. Sociologia de café.

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  37. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:37

    Já lhe respondi. No que eu não acredito é nas pancadas cientóinas que acham que só com dados à prova de bala, conseguem observar o óbvio.

    E isto, para quem anda de transporte público e a pé, é mais óbvio do que para quem vive blindado no apartamento e no carro.

    Fora isso, fora a tal informação que facilmente conseguimos ter pelo facto de vivermos num país pequeno, onde tudo se sabe e podemos ter amigos a dar cobertura, como não tem um habitante de Nova Iorque, existem, de facto, os jornais. São válidos, porque é mesmo aí que se encontra o relato diário antes de qualquer estatística.

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  38. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Agosto, 2008 00:37

    O JM está a dizer que o Ministro admite o aumento de crimes sem ter números que apoiem o que diz!

    O JM está a dizer que o Ministro admite o aumento de crimes tendo números que dizem o contrário.

    O JM alcançou mais um patamar do ridículo!

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  39. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 00:37

    Não?

    Olhe um exemplo: “No que concerne ao “carjacking”, o crescimento deverá situar-se nos 55% (307 casos participados no primeiro semestre), segundo informações que vieram a público na altura da apresentação das equipas especiais criadas pela PSP e GNR para combater aquele fenómeno.”

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  40. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:39

    ««É claro que tem vindo a aumentar. Eu própria tenho exemplos de bairro, e exemplos de diversas terras, onde pessoas conhecidas têm sido alvo de assaltos e conseguem detectar a alteração com o acréscimo de imigrantes.»»

    Olhe, o meu carro foi asaltado 2 vezes há 3 anos. A garagem foi asaltada há uns 2. Nos últimos anos a criminalidade aqui no bairro baixou para zero crimes por ano. Se eu usasse os métodos de avaliação que a Zazie usa, teria que concluir que o crime diminuiu.

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  41. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:41

    ««Olhe um exemplo: “No que concerne ao “carjacking”, o crescimento deverá situar-se nos 55%»»

    Acha que o “carjacking” é um crime representativo? É muito fácil destacar das estatísticas os crimes que mais sobem, ignorando os crimes que mais descem. Fica a sensação que o crime sobe. É treta. Basta 5 segundos de análise para o perceber.

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  42. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:41

    Exacto, informação de rua, informação pessoal e muito “on the road”.

    Com alguns meses de estrada, qualquer pessoa pode observar alterações.

    É precisamente assim que se coleccionam dados.

    Não se coleccionam é se esses dados vierem de histerismos, ou apenas por se ouvirem noticiários.

    Se eu lhe dissesse que andava apavorada com esta constatação, admito que não seria fonte muito válida.

    É assim que também faço em relação aos outros. Não me interessam que digam que “isto está horrível” mas preciso de ter informação factual.

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  43. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 00:42

    Leonel Carvalho, secretário-geral do Gabinete Coordenador de Segurança sublinhou a existência de subidas significativas em determinados tipos de crimes, como o roubo de viaturas (“carjacking”) e os assaltos à mão armada a bancos, postos de combustível e farmácias.

    Será só lá no bairro dele?

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  44. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:42

    ««O JM está a dizer que o Ministro admite o aumento de crimes sem ter números que apoiem o que diz!»»

    O que o ministro admitiu foi a existência de crimes mediáticos nos últimos dias.

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  45. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:45

    Só ouço falar de carjaking. Mas então o que aconteceu ao tráfico de droga, aos assassínios, aos assaltos no meio da rua, assaltos a moradias, roubos etc?

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  46. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:46

    Acredito que isso possa acontecer no seu bairro. O meu, é relativamente sosssegado mas está bem perto de locais onde os assaltos e agressões se prendem com aglomeração de imigrantes.

    E aí, neste aspecto, muito se modificou. O mesmo acontece na província.

    Existem características que se prendem com quem passa a deslocar-se para determinados locais ou com outro tipo de factores propícios à criminalidade.

    Os drogados, por exemplo, já não são o factor quase único para que em determinadas terras se dessem roubos e agressões ou assaltos.

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  47. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 00:46

    carjacking nao é um crime representativo?

    Então os carros não são roubados para ser usados nos assaltos? O que aconteceu na bomba de gasolina da A5.

    Olhe que os assaltos à mão armada a bancos, postos de combustível e farmácias também subiram.

    Qual é o tipo de crime que diminuiu para considerarmos que a criminalidade está a diminuir?

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  48. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:49

    ««E isto, para quem anda de transporte público e a pé, é mais óbvio do que para quem vive blindado no apartamento e no carro. »»

    Mas a Zazie acha que consegue observar variações da ordem dos 20% ao ano por andar a pé? Como é que consegue comparar o que vê a andar a pé em 2008 com o que via em 2007 ou 2006? Lembra-se do que via em 2006 com uma precisão de mais ou menos 20%?

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  49. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 00:49

    JM

    Temos pena de si.

    Olhe só “O assalto a casas aumentou nos primeiros quatro meses deste ano. Uma subida de 3,3 por cento em relação ao ano passado.”

    5 de agosto na RTP

    http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=357703&tema=27

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  50. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Agosto, 2008 00:50

    O Ministro vem á TV dizer que os crimes mediáticos estão a aumentar.Isto não é aumento de crimes é um aumento de actividade de jornalistas e operadores de camara segundo nos informa JM!

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  51. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 00:50

    Zazie

    O homem afogou-se 🙂

    Tenha piedade dele.

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  52. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:51

    ««Olhe que os assaltos à mão armada a bancos, postos de combustível e farmácias também subiram. »»

    Sabe quais foram os crimes que desceram? Se não sabe, como é que pode concluir que no geral o crime subiu? Focar a análise em determinados crimes é mais uma forma de chegar a conclusões erradas.

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  53. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:51

    Exacto- os drogados não são o tal factor típico como eram há bem pouco tempo. Tenho amigos em toda a parte do país e por isso as informações são fáceis de recolher.

    As variações, ou diminuições em determinados locais, por exemplo- metropolitano- que chegaram a fazer a ser a moda, diminuiram, apenas porque passou a haver polícia de metro. Maior vigilância.

    Agora assaltos a casas em vilas onde até se deixava a porta apenas fechada no trinco, são coisa nova. E os autores não são da terra. São os romenos e ciganos imigrantes, conhecidos por andarem nestas deslocações apenas para roubo.

    Há mesmo estatísticas de esquadra e informações de responsáveis. Quando numa dada povoação as pessoas são surpreendidas por estes surtos de assaltos sem que se reconheça o autor- em terras onde isso é fácil- é óbvio que a informação e caracterização dos autores passa a ser caracterizada.

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  54. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:52

    ««Isto não é aumento de crimes é um aumento de actividade de jornalistas e operadores de camara segundo nos informa JM!»»

    Estou à espera que demonstre o contrário.

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  55. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Agosto, 2008 00:53

    Zazie olhe que o Ministro admitiu que há mais crimes mas isto não é para você andar aí a espalhar…

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  56. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:54

    ««Exacto- os drogados não são o tal factor típico como eram há bem pouco tempo. »»

    Ah, ainda vai dizer que o crime motivado pela droga diminuiu. Claro que se nos focarmos apenas nos crimes que aumentam e se esquecermos o verdadeiro inferno criado no passado pela toxixodependencia até podemos concluir que o crime está a aumentar. A memória selectiva tem destes efeitos.

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  57. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 00:55

    ehehe
    Assur-

    São as leis que governam o universo. O JM quando tem estes ataques de cientóinice ultrapassa o mais ferrenho demagogo.

    E, o engraçado, é que os demagogos que fabricam estudos e manipulam dados, conseguem ficar para trás, com este espírito positivista onde a verdade nunca é atingida.

    ehehe

    Eu acho-lhe piada. Porque sei que ele não está a vender a banha da cobra.
    Está precisamente a usar a mesma racionalidade elevada ao cubo, que usou para desmontar o caso dos 100% de êxito na operação dos snipers.

    Ó problema do João Miranda é que não consegue ser flexivo quando trata dados diferentes.

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  58. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:55

    ««Agora assaltos a casas em vilas onde até se deixava a porta apenas fechada no trinco, são coisa nova.»»

    Com uns 10 anos. Existe algum indício que mostre que os assaltos a casas aumentaram no último ano?

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  59. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Agosto, 2008 00:57

    O Ministro já admitiu.Se o JM acha que o Ministro está a tramar o Sócrates com uma onda de crimes que não existe…

    Há outra hipótese é o Ministro,perante a mudez da Ferreira Leite,avançar com esta declaração para Sócrates desmentir amanhã!

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  60. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 00:57

    A Zazie acha que tem acesso à realidade nacional através das suas percepções e das percepções dos seus amigos. Que mais há a discutir? Sociologia de café.

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  61. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 01:00

    ««Uma subida de 3,3 por cento em relação ao ano passado.»»

    3.3% ??

    Possa. Vocês conseguem detectar uma variação de 3.3% através da leitura de notícias, de andar na rua e de percepções pessoais? Os meus parabéns. Isso é que é sensibilidade. 3.3% são pouco mais de 3 casas em 1000. Teriam que ler 1000 notícias de assaltos a casas e concluir que essas 1000 notícias são mais que as 997 do ano anterior. Estou impressionado.

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  62. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:01

    “O que o ministro admitiu foi a existência de crimes mediáticos nos últimos dias.”

    Não, ele disse que não considera exagerado falar-se numa onda de crimes

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  63. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:01

    João Miranda,

    As cidades estão mais inseguras. Essa é questão que se pode observar sem precisar de tangas.

    E os nºs dos jornais também não são treta.

    Porque restava perguntar-lhe para que serve ao cidadão comum ter um estudo altamente científico que acabe por não dizer nada, se ele próprio sabe que tem de passar a proteger-se de forma diferente.

    A maior agressividade em lutas de bairro, ou assaltos a carro com pessoas lá dentro é um sintoma a ter em conta, precisamente porque nos mostra a facilidade com que se passou a fazer algo que anteriormente não requeria a mesma violência.

    O que interessa saber e ver é se um assalto que dantes se fazia quando as pessoas estavam fora de casa, não pode hoje em dia ser transformado numa brutalidade com as pessoas lá dentro.

    Um roubo a um carro estacionado à porta de casa, é diferente do mesmo roubo ao carro, passar a ser feito com a pessoa lá dentro, incluindo até agressão ao passageiro.

    Estas coisas contam. Porque é assim que se avalia a maior ou menor segurança em qualquer lado que se escolha para viver

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  64. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:03

    Não chute para canto.

    Estamos a perguntar-lhe qual é o crime que desceu segundo o qual podemos afirmar que a criminalidade geral desceu.

    Olhe que já lhe apresentámos vários números e o amigo não apresentou nenhum 🙂

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  65. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:04

    Se v. tem a opção de comprar ou alugar casa, vai precisar de confiar nestas informações “a olho” por aquilo que se vê e vem nos jornais e contam as pessoas, para escolher o bairro.

    É assim que faz toda a pessoa que tem maior mobilidade na vida. E é por isso que as informações mais credíveis vêm mesmo por essa via. Não pelas estatísticas.

    Porque as estatísticas até podem conseguir qualquer item onde estas questões são anuladas.

    E a nós não nos interessa o paraíso, nem o inferno, mas a defesa e prevenção de acordo com a ameaça.

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  66. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:08

    Pergunta para o João Miranda.

    E o João Miranda- como é que então tinha informação credível que o orientasse.

    Se a dos jornais não conta, a das pessoas é de café, e todos os exemplos não são de laboratório, está à espera de quê?

    Do mesmo que espera em relação ao aquecimento global?
    Que só poderemos ter o estudo 100% científico no final dos tempos?

    A informação serve para quê?
    para que é que a quer?

    Para mandar emoldurar e guardar na prateleira das leis do universo que governam o crime?

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  67. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:08

    Vocês conseguem detectar uma variação de 3.3% através da leitura de notícias, de andar na rua e de percepções pessoais? Os meus parabéns. Isso é que é sensibilidade. 3.3% são pouco mais de 3 casas em 1000. Teriam que ler 1000 notícias de assaltos a casas e concluir que essas 1000 notícias são mais que as 997 do ano anterior. Estou impressionado.

    O homem é perito em desconversar 🙂

    Por acaso foi o Gabinete Coordenador de Segurança que afirmou. 🙂

    Pode ver aqui na RTP:

    http://videos.sapo.pt/yVhl1ZlnFjRBUQbt3t2Z

    Olhe que nós é que estamos a ficar impressionados consigo. 🙂

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  68. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:09

    será que foi com ele que o Saramago se inspirou para escrever determinado livro? 🙂

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  69. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:10

    Zazie

    Será que foi com ele que o Saramago se inspirou para escrever determinado livro? 🙂

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  70. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:11

    Zazie

    Olhe que até as tais estatísticas deles estão a dar aumento da criminalidade 🙂

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  71. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 01:11

    ««O homem é perito em desconversar :)»»

    Mostre lá como é que por análise das notícias consegue detectar variações de 3% no crime.

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  72. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:12

    Mais um

    Violência doméstica já matou mais este ano. Observatório regista 31 homicídios conjugais em 2008 e 23 em 2007.

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  73. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 01:12

    ««E o João Miranda- como é que então tinha informação credível que o orientasse.»»

    Quando eu não tenho informação credível não formo opinião. Não tenho nenhuma opinião sobre o aumento da criminalidade, excepto que não há dados para ter opinião.

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  74. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:12

    O JM está a tratar esta historieta precisamente com os mesmo argumentos do aquecimento global.

    Até pode achar que uma descida não é uma subida ou não é significante. Mas eu pergunto-lhe é porque é que limitou a questão a 3 únicas semanas?

    Para responder à oposição?

    E isso que nos interessa? que nos interessa se há aproveitamento político cronometrado à semana se a tendência geral todos a podemos confirmar?

    A mim interessa-me a tendência geral- se se disser que numa semana mudou tudo o que dizia respeito à criminalidade em portugal e estivermos na silly season, sim, isso é o “efeito da onda”. Ou o do peixe que anda a comer pessoas sei onde e mais a ameaça de monstro à solta ou coisas no género.

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  75. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:16

    Caro JM

    Olhe o diz o seu amigo Vital Moreira:

    “O notório aumento dos crimes violentos contra a propriedade — e não da criminalidade violenta em geral, como se apressaram a dizer os tablóides — exige uma posição política firme do Governo e a tomada de medidas apropriadas, nomeadamente o reforço da visibilidade das forças policiais, a imposição de medidas de segurança aos proprietários dos alvos mais “apetecidos” (postos de multibanco, bombas de gasolina, ourivesarias, bancos), incluindo alarmes e videovigilância, o reforço da eficácia da polícia judiciária na investigação dos crimes e do sistema judicial na sua punição.
    A segurança de pessoas e bens é a primeira missão de qualquer Estado e de qualquer Governo. Um governo de esquerda moderna não pode padecer da pecha tradicional dos governos de esquerda, de “moleza” em matéria de segurança.”

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  76. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:17

    “Quando eu não tenho informação credível não formo opinião”

    Não parece.

    “Não tenho nenhuma opinião sobre o aumento da criminalidade, excepto que não há dados para ter opinião”

    Curiosamente já lhe dissemos alguns 🙂

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  77. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:18

    Faz bem. Eu também posso guardar sintomas para mim e não os tornaria públicos sem dados.

    Até aí de acordo. E, se está a fazer estes por causa do aproveitamento político, sempre com exagero a pretexto, de acordo.

    Até lhe diria mais. Eu nem acho que sirva para alguma coisa passarem o tempo a tornar os velhotes ainda mais histéricos ao assistirem ao telejornal.

    E até admitiria que se resolvessem certas questões estruturais ou conjunturais, com menos barulho.

    Mas daí a afirmar que não sei de todo, é mentira. Claro que sei, claro que tenho informações. Claro que até acho que é preciso estar-se a par dos locais mais perigosos.

    É assim que os autoctones fazem com os turistas. Em todo o lado existe saber empírico muito útil. Tão útil que até chegam a fazer patrulhas privadas por bairro. E sabem detectar os “gringos”. Ainda existem aldeias, vilas e bairros, não se esqueça.

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  78. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 01:18

    ««Violência doméstica já matou mais este ano. Observatório regista 31 homicídios conjugais em 2008 e 23 em 2007.»»

    Brincamos às estatísticas. Esqueceu-se desta parte: “39 em 2006 e outras tantas em 2005”. Ou seja, em 2007 o número de assassinatos diminuiu de 39 para 23. Como é que insere essa descida na tese de que a criminalidade está a aumentar?

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  79. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:20

    Caro JM

    “A direcção do petróleo está agora dependente do que o dólar faz agora (…). Os preços do crude subiram durante a noite, mas inverteram a tendência com a subida da ‘nota verde'”, explicou à Bloomberg um perito da Cameron Hanover Inc.

    Reparou? Parece não ter a ver com a tal procura conforme o nosso amigo nos explicou um dia

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  80. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 01:21

    ««Curiosamente já lhe dissemos alguns :)»»

    Alguns nada dizem sobre o todo. Está a seleccionar as estatísticas que mais dão jeito à sua tese.

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  81. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:21

    Ninguem lhe disse que as pessoas precisam de informação absolutamente rigorosa e com estatísticas dadas sabe-se lá por quem
    (já agora, quem é que lhe ia fornecer as ditas estatísticas para chegar à “lei”)

    As pessoas precisam de ter informação para se orientarem.

    E o poder precisa de agir para nos proteger e repensar políticas sem populismos e sem irrealismos apenas por motivos estranhos ao bem estar de todos.

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  82. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 01:22

    ««Reparou? Parece não ter a ver com a tal procura conforme o nosso amigo nos explicou um dia»»

    Vá ler o que eu escrevi sobre o assunto. O caro Assur não lê os posts todos e depois diz que eu defendo o que não defendo.

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  83. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:23

    e vou indo porque a partir daqui já conheço a brincadeira.

    Entramos na espiral do jogo escolástico e o JM ganha sempre por cansaço dos outros.

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  84. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:24

    Não insirimos. Estamos a comparar 2008 com 2007. Não podemos ir ao bau buscar números quando interessam.

    Olhe só: “O director do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) alertou, esta quinta-feira, que a criminalidade violenta e organizada que já existe noutros países europeus está a instalar-se em Portugal, onde deverá crescer.”

    «Há uns anos que ando a dizer que a criminalidade organizada vai aumentar e os factos recentes têm-me dado alguma razão, mesmo que isto ainda não tenha um significado directo nas estatísticas»

    Percebe aonde o homem quer chegar?

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  85. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:25

    “Está a seleccionar as estatísticas que mais dão jeito à sua tese.”

    A tese parece ser mais do director do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo 🙂

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  86. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:27

    Zazie

    Connosco não 🙂

    Vamos retirar para deixar o homem acalmar e dormir bem. Afinal é com ele que gostamos de trocar ideias 🙂

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  87. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:27

    O João Miranda nunca defende nada. Consegue ter boa cabeça hiper-racionaliste e sangue frio para desmontar o que os outros não desmontam por estarem sob o efeito da emoção, em cima do acontecimento.

    Mas, fora isso, é raro ter opiniões. E até acredito que não as consiga ter, uma vez que a exigência para acreditar em alguma coisa é aferida por “lei do universo, provada em laboratório”.

    Mas funciona sempre bem a invalidar as certezas dos outros.

    Só que há alturas em que isto pode ser pertinente e noutras tornar-se mera impertinência inútil.

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  88. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:28

    Ao contrário do PSD não queremos a demissão dele.

    Nada ia mudar e gostamos deste ministro 🙂

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  89. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:29

    Pois, ele é investigador em biotecnologia. 🙂

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  90. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:31

    É verdade, Assur, Eu não o estou a chatear. Estou apenas a dizer que quando ele entra por aqui não há nada a fazer.

    Pois se ele próprio não tem dados e diz logo que sem dados absolutamente certos, nunca teria uma ideia, tudo o que seja factual por parte dos outros é mero acidente faclmente invalidado.

    A´lógica está sempre certa. Mesmo que com excesso de inflexibilidade que invalidaria que se fizesse o quer que fosse.

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  91. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:32

    “O caro Assur não lê os posts todos e depois diz que eu defendo o que não defendo.”

    Não só são lidos como discutidos. Como acontece agora 🙂

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  92. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:33

    Zazie

    Facilmente invalidado como?

    Somos novos por aqui e até ao momento não vimos nada disso. 🙂

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  93. Desconhecida's avatar
    23 Agosto, 2008 01:35

    Caros JM e Zazie

    Fiquem bem porque a noite vai longa e a manhã aproxima-se mais rapidamente que o nosso desejo 🙂

    Assim que possível voltaremos 🙂

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  94. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:36

    Invalida da mesma forma que se invalida em laboratório. Se os dados não estão lá todos e a experiência não pode ser feita, podemos ficar eternamente numa mera hipótese.

    É pura deformação de cientoinice. E nem precisa de motivação ideológica. Acho mesmo que seria difícil ele ceder a este princípio cientóino em caso de ameaça de tomada de Portugal pelos cubanos.

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  95. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 01:37

    Inté Asssur

    “:O))

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  96. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Agosto, 2008 01:45

    ««Não só são lidos como discutidos. Como acontece agora :)»»

    Há um post algures onde analiso a questão monetária. Basta olhar para as variações da cotação do petróleo em euros e dólares para perceber que parte da variação do preço do petróleo em dólares é um fenómeno monetário.

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  97. stevens's avatar
    23 Agosto, 2008 01:47

    A questão não é apenas essa.

    Se o crime não aumentou, ou seja se é assim todo o ano, a coisa ainda é pior do que os (tele)jornais mostram APENAS em AGOSTO.

    E, sendo assim, temos ainda um outro problema, que é o facto dos jornalistas só o noticiarem quando não têm mais nada para fazer.

    Que tal analisar a coisa também por este prisma?

    PS: Eu vivo junto a um desses «bairros violentos» e sou testemunha de assaltos e tiroteio nocturno frequente.

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  98. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    23 Agosto, 2008 01:51

    O João Miranda não notou a quantidade de casas e estabelecimentos que passaram a ter segurança privada nos últimos anos? Estamos todos a ficar mais pobres porque além de pagarmos os impostos para a polícia existir passámos a pagar a segurança privada.

    Os assaltos tém-se multiplicado nas zonas em que vivem várias pessoas conhecidas(arredores de Lisboa).

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  99. Carlos III's avatar
    Carlos III permalink
    23 Agosto, 2008 03:14

    Fico confuso ao ler todos estes comenbtários. Será que, afinal, o crime não existe? Tratar-se-á apenas de uma ilusão de mentes deprimidas?

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  100. Vítor's avatar
    Vítor permalink
    23 Agosto, 2008 05:15

    Se não há estatísticas, não aconteceu 🙂

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  101. Desconhecida's avatar
    Greg permalink
    23 Agosto, 2008 06:01

    Vítor, as opposed to ‘se a televisão diz que aconteceu, aconteceu’?
    Ninguém nega a existência do crime, o que está em causa é a identificação de uma quantidade anormal de crimes, de uma mudança objectiva que obrigue a medidas objectivas.
    É incrível o primarismo de algumas pessoas que aqui comentam.

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  102. LPedroMachado's avatar
    23 Agosto, 2008 07:34

    Podemos todos falar de percepções, mas um político responsável tem de falar com base em números e não com base em percepções, que são facilmente manipuláveis pelos media, como tem acontecido.

    O que eu vejo aqui é comentadores que, tentando mostrar números a provar a tese do aumento da criminalidade, quando o João Miranda os desmonta, resolvem falar do Miranda e da sua actividade de investigador em vez de argumentarem. De mau gosto.

    Dito isto, acho que as percepções formadas por acontecimentos próximos de quem percepciona — e não aquelas formadas por notícias na imprensa –têm o seu valor. As percepções deste tipo são formadas de forma descentralizada e são mais fiáveis que os números oficiais, pois grande parte do crime não é reportado, já que as vítimas sabem que não vale a pena fazer queixa na polícia porque esta a maioria das vezes não faz nada. Penso que o João Miranda será sensível a este argumento tipo de mercado… 🙂

    Agora o que não faz sentido é tirar conclusões gerais a partir duma percepção particular. É por isso que o argumento da Zazie a propósito do suposto aquecimento global é manifestamente infeliz. É que pela minha percepção e, provavelmente pela da Zazie e dos portugueses em geral, o que existe é arrefecimento global. Então quem passou uma semana no Algarve este Verão pôde ter sentido um frio e um vento nada típicos da região. Assim, seguindo o raciocínio da Zazie, existe um evidente arrefecimento global e os cientistas que dizem o contrário são uns “cientóinos” (expressão dela) que se esforçam por negar o óbvio.

    Mas por acaso a minha percepção sobre o crime, da qual não se pode tirar conclusões para o país, é semelhante à da Zazie. Tenho sabido de assaltos a casas a vizinhos e amigos em zonas e circunstâncias inimagináveis há uns anos. Esta nossa percepção não deverá ser só nossa. Se essa percepção baseada em acontecimentos próximos for generalizada, então esse tipo de criminalidade deve provavelmente ter aumentado generalizadamente. Mas temos de ter em atenção todo o tipo de criminalidade, como bem salientou o João Miranda.

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  103. atom's avatar
    atom permalink
    23 Agosto, 2008 07:46

    Então:
    E acerca do assalto a uma ourivesaria de Setúbal, em que o assaltado foi baleado na cabeça, e morreu, ninguem diz nada?

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  104. Desconhecida's avatar
    ... permalink
    23 Agosto, 2008 07:54

    “Não insirimos. Estamos a comparar 2008 com 2007. Não podemos ir ao bau buscar números quando interessam. ”

    E ainda chama tendencioso ao outro. Para si a história inicia-se em 2007? Tendências para si vêem-se entre dois anos? Ou num mês, como parece ser o caso?
    Desculpe, mas quem está a escolher os dados que mais dão jeito é o assur…
    E ainda enchem estes tipos a boca com ciência… Tapem-na, fazem melhor figura.

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  105. jcd's avatar
    23 Agosto, 2008 08:33

    “Eu própria tenho exemplos de bairro, e exemplos de diversas terras, onde pessoas conhecidas têm sido alvo de assaltos e conseguem detectar a alteração com o acréscimo de imigrantes.”

    No meu houve um decréscimo brutal de criminalidade, da ordem dos 100%. 1 assalto o ano passado, 0 este ano. Entretanto, um casal que tinha uma empregada angolana foi-se embora do bairro. Diminuíram os imigrantes e a criminalidade. A amostra só é um bocadinho mais curta que a do Correio da Manhã.

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  106. Safado's avatar
    23 Agosto, 2008 09:40

    Este Miranda é mesmo um craque!
    E eu a pensar que o gajo já estava internado…

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  107. Vítor's avatar
    Vítor permalink
    23 Agosto, 2008 09:55

    “O facto de terem havido 100 crimes de um dado tipo não prova que houve um aumento, a não ser que se acredite que antes de 2007 não havia crimes.”

    Onde andavam os média quando havia mais de 100 roubos de galinhas por ano?!? 🙂

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  108. Vítor's avatar
    Vítor permalink
    23 Agosto, 2008 10:00

    Acho piada à agenda libralóide. Só espero que um dia, lhes batam à porta as consequencias da vossa irresponsabilidade.

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  109. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    23 Agosto, 2008 10:20

    Mas claro que existe uma paranóia em torno da criminalidade. Apresento alguns dados para se reflectir um pouco:

    Homicídios voluntários consumados:

    1998: 340
    1999: 299
    2000: 247
    2001: 282
    2002: 266
    2003: 271
    2004: 187
    2005: 161
    2006: 194

    Ofensas à integridade física graves (com dolo):

    1998: 947
    1999: 894
    2000: 805
    2001: 862
    2002: 841
    2003: 894
    2004: 773
    2005: 683
    2006: 673

    Roubo banco/estab de crédito:

    1998: 130
    1999: 105
    2000: 64
    2001: 72
    2002: 155
    2003: 173
    2004: 100
    2005: 153
    2006: 139

    “87 bancos assaltados só nos primeiros seis meses do ano”

    (http://diario.iol.pt/sociedade/assaltos-bes-banco-pj/979721-4071.html)

    “O deputado do CDS-PP Nuno Magalhães questionou esta quinta-feira o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, sobre «o surto de assaltos» a bancos no primeiro trimestre do ano, exigindo medidas para a segurança dos cidadãos, escreve a Lusa (…)”

    (http://diario.iol.pt/politica/seguranca-assaltos-mai-rui-pereira-cds-paulo-portas/981483-4072.html)

    Este “surto de assaltos a bancos” é tão grave como em 2003, altura em que o CDS fazia parte do Governo.

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  110. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 10:39

    105-

    O exemplo, para sua informação diz respeito ao distrito de Santarém. E pode ser corroborado com outras informações no Norte do país.

    Só mesmo por estupidez é que se vinha negar que não há roubos e aumento deles relacionado com imigração.

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  111. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 10:46

    Quanto às portas que ficavam fechadas só no trinco, também não é exemplo de há 10 anos. Tem mesmo alteração apenas de 1.

    E os dados acerca das pessoas que faziam os assaltos foram dadas pela polícia local, no seguimento de variadíssimas casas assaltadas.

    Não eram sequer habitantes de lá. Foi a polícia que informou e assim os caracterizou, uma vez que já tinham esses dados.

    O exemplo da empregada doméstica é coisa para paranóias de 5 Dias.

    Eu não tenho qualquer paranóia com imigração, o que significa que não preciso de escamotear a realidade. Realidade essa que é exemplo em qualquer país da Europa.

    Este post serve para quem viva fechado dentro de um pacote de cartolina e não saiba aprender com os exemplos dos outros.

    Portugal não é um mundo à parte. A única diferença que tem é ainda ser o mais pobre da Europa. Pelo que a possibilidade de oferta de trabalho ainda é menor.

    A marginalidade e criminalidade têm tudo a favor para aumentarem por cá.

    Negar isto e querer falar de “aumentos de crime num mês ou numa semana” é que é estapafúrdio.

    Até porque isto é como as doenças- é preciso saber-se onde existem os focos e onde falha a prevenção.

    É preciso ir tratando. Apenas isto. E não se tem feito nada no sentido de prevenir nem de remediar.

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  112. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Agosto, 2008 10:48

    Os estrangeiros residentes estão a abandonar o país não só pelo aumento da insegurnaça como e principalmente pelo aumento do custo de vida que é mais alto em cerca de 15% se comparados com os países de origem.
    A maior parte dos crimes é praticada por estrangeiros, nacionalizados ou não.E de Espanha vêm cá muitos fazer razias por aqui ser muito mais fácil como se viu agora no roubo dos 2,5 milhões…
    Curiosamente não existe de facto um controlo de fronteiras e quanto aos ilegais a política do governo é suicida e masoquista.O governo propicia e alavanca a entrada no crime que de facto fica sem castigo.90% dos crimes de roubo ficam sem castigo.O crime compensa em Portugal.As autoestradas com os automóveis roubados levam aos arrastões no Portugal profundo.
    Ao importarem a “animação” ao nacionalizarema “diferença” estão a empobrecer o país(quantos dos 18% da nossa pobreza não é importada?)
    A política de ” o melhor é dexá-los ir” do IGAI ainda em funções que é rigoroso para os ditos excessos policiais e o CPP que liberta criminosos apanahdos em flagrante desmoraliza e retrai as forças policiais que por sua vez têm as “associações” que os educam nos principios do internacionalismo.
    Vão perguntar aos mortos e aos ourives como é que é a segurança…

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  113. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 10:49

    Pode-se fazer a mesma pergunta em relação à vigilância:

    Existe maior vigilância policial? Onde existe e onde não existe?

    Os crimes com armas de fogo, diminuiram?

    Dentro do mesmo tipo de crime ou roubo houve aumento de violência ou diminuição dela?

    Estas é que podem ser questões pertinentes. Agora fazer-se a pergunta absoluta e querer a prova cientóina absoluta, só mesmo para quem acha que não se deve fazer nada para prevenir nada.

    Este post é mesmo à “aqueciemento global”.

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  114. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 10:58

    ò Machado de parte incerta:

    Infeliz és tu por até aproveitares esta treta para vieres fazer propaganda xuxialista.

    Há gente com um descaramento que só com pano encharcado.

    Este post é mesmo uma idiotice pegada. E é idiotice pegada porque o João Miranda pegou num pressuposto que não serve para nada.

    Querer estatísticas de 3 semanas.

    Só um maluqiinho é que achava que os problemas estruturais se resolvem com base em dados de estatísticas de 3 semanas.

    E estatísticas de 3 semanas onde incluiu o “crime” em termos absolutos, tudo, até crimes passionais ou outros privados que nada têm a ver com o problema que está em causa -a segurança pública.

    É mesmo um post à aquecimento global.

    O pressuposto dele é que, como não existem estatísticas de 3 semanas, ninguém pode ter uma opinião.

    Isto é tão imbecil que nem para o alguer de casa servia. Qualquer mercado imobiliário está sujeito a informações onde a maior ou menor insegurança do local também é um factor de peso.

    Razão pela qual há pessoas que têm casas à venda e depois, em virtude de despejo de marginalidade no local, não as conseguem vender.

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  115. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Agosto, 2008 11:01

    Depois os indígenas ao verem este panorama não se querem ficar atrás e zás ou atacam todos ou não ataca ninguém… que sempre foi a táctica cá no rectângulo.
    Quem vai ficar mesmo pobre são os gajos que se meteram nos empréstimos e que por terem propriedade no seu nome são ricos.Todos os outros são pobres, vivem do Estado e complemnetam a sua vidinha a vender droga, assaltar umas coisas… é a vida…
    Africanizar o país sem necessidade nenhuma só por caridade e compromissos assumidos em visitas de Estado não está a compensar…Bairros sociais de estrangeiros nacionalizados a 90% de RSI?Mas onde é que existe produção para sustentar isto?
    Claro que o governo esconde as estatísticas negras dos números para poderem continuar coma política de africanização.Decidida sabe-se lá por quem e com que motivos… mas o que se sabe é que a Directiva Europeis de retorno aqui não será aplicada… e foi condenada!
    Estes palhaços estão a afundar o país e devem ser todos removidos!Eles e quem defender políticas semelhantes!

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  116. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 11:04

    Olha: esta é mesmo em directo.

    Aqui no meu bairro anda um grupo de marginais brasileiros em assaltos. Na minha casa já houve tentativa de arrombamento.
    Ainda os consegui ver e ripostamos, porque a polícia nem apareceu.

    A semana passada, um deles, queria entrar no meu prédio com o truque de que estava com dificuldades a abrir a porta. Até mostrou uma chave e vinha com um carrinho na mão.

    Eu abri a janela e disse-lhe que devia ser engano poruqe ele não morava aqui.

    Fez cara de urso, olhou para a porta e, como nós não saímos da janela, lá subiu a rua.

    Agora mesmo, esse mesmo brasileiro, tocou à porta de qualquer andar que não o meu e entrou na escada.

    Estava à minha porta a dizer que era o contador da electricidade e até trazia um aparelhómetro na mão.

    Eu, como já lhe tinha topado a cara, pedi-lhe a identificação.

    E o tipo aí, disse que ainda não tinha porque a empresa ainda não lhe tinha dado mas que tinha impressos da EDP. E lá enfiou a treta de um impresso por baixo da porta. E desandou. Nem a escada subiu.

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  117. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 11:06

    Isto vale o que vale. Agora uma coisa é certa. Antes destes acontecimentos nunca tinha pronunciado a palavra “brasileiro” no sentido de alguém com quem é preciso ter cuidado por poder assaltar-nos.

    É mesmo um fenómeno que me causou consrangimento, logo da primeira vez, quando as pedradas rebentaram a janela e ainda conseguiram forçar a porta.

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  118. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 11:07

    Portanto, isto vale apenas para as pessoas do bairro ficarem informadas que anda um tipo com aparelhómetro na mão a fazer-se passar por funcionário da EDP, querendo com este truque entrar em casa das pessoas.

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  119. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 11:09

    O facto do tipo ser brasileiro e não minhoto ou transmontano é facilmente detectável pelo sotaque.

    É assim que funciona a realidade. Se eu disser no bairro que se trata apenas de um homem com idade na casa dos 30 anos, moreno e de cabelo encaracolado, estou a omitir informação.

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  120. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 11:11

    O dito impresso que ele enfiou na porta é um papel de propaganda que qualquer pessoa apanha quando os enfiam no correio e outros tantos largam ao acaso por cima das caixas.

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  121. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Agosto, 2008 11:11

    Mas a TAP factura e factura… deveria ser obrigada a recambiar a suas expensas todos os ilegais que transportou…

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  122. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 11:19

    E agora com licença, porque vou ao café da esquina informar o que se passou porque é assim que as pessoas normais se defendem.

    Não é a lerem estatísticas acerca do crime, em termos universais, publicado em parte alguma, para emoldurar e guardar no cacifo das “leis da natureza que também governam os movimentos oscilatórios da criminalidade em Portugal”.

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  123. Desconhecida's avatar
    José permalink
    23 Agosto, 2008 12:05

    Num país civilizado, perante uma ocorrência do género da agora relatada, a polícia comparece, regista, investiga. Com rapidez e proficiência.

    Por aqui, é o que se vê.

    É que já é a própria polícia a entender que não vale a pena fazer nada.

    No caso, se detivesse o indivíduo e o levasse para a esquadra para identificação, ainda tinham problemas, por causa do processo penal que temos.

    Esta é a realidade e a polícia até agradece ( é um modo de dizer, mas sempre é preferível nada fazer, escudando-se na lei, do que tentar resolver os problemas).

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  124. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 12:51

    Ora bem. No café já sabiam. Mais pessoas tinham passado pelo mesmo e um dos presentes até garantiu que o sujeito é o mesmo que assaltou uma mercearia mais acima.

    Isso não sei.
    Sei é que contactei a EDP e dizem que só na segunda-feira podem confirmar se foi enviado alguém para fazer contagem hoje.

    Disseram-me também que há delegações da EDP que já não têm os tais crachás para os funcionários mas que estes levam um documento de contrato e são obrigados a deixar outro com agenda de contagem.

    Este sujeito limitou-se a pegar nuns papéis que estavam por cima das caixas de correio e que eram mera publicidade a outra treta. E, o dito contrato, o que quer que seja, devia ser bem visível sem se precisar de abrir a porta. Ele disse que mo tinha enfiado por baixo da porta e foi mentira.

    Quanto a polícia nem vale a pena. Eu até consigo identificá-lo nas calmas. Já o vi várias vezes. E podia dizer que hoje vinha com calças castanhas e camisa amarelo-terra, que não era informação para nada. A roupa muda-se. O sotaque é que não.

    Quando o outro grupo (eram vários) me tentou arrombar a porta, a cena prolongou-se, eu bem que esperei mais de um quarto de hora ao telefone até que a polícia atendesse e nunca enviaram carro patrulha. Como já contei, o imbecil do cabo de esquadra ainda teve a lata de me perguntar se eu tinha a certeza que eles ainda lá estavam. Isto com pedras a serem atiradas da rua e a porta a ser forçada do outro lado.

    E nunca apareceram.
    Caçar este grupo de marginais brasileiros até é fácil. Temo é que o tipo retornado do café mais acima, faça o que já prometeu- se lá entrarem é tiro a matar.

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  125. Desconhecida's avatar
    Greg permalink
    23 Agosto, 2008 13:01

    E o JM é que vence por cansaço?
    A Zazie não é um indivíduo, é um conjunto de pessoas a escrever por turnos para que não se perca a cadência.

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  126. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 13:21

    E tu és o palhaço para os intervalos.

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  127. Goo's avatar
    Goo permalink
    23 Agosto, 2008 13:35

    Mais uma vez o Pinto mostra a qualidade dos seus comentários. Destacam-se de longe dos restantes.

    Pinto Diz:
    23 Agosto, 2008 às 10:20 am
    Mas claro que existe uma paranóia em torno da criminalidade. Apresento alguns dados para se reflectir um pouco:

    Homicídios voluntários consumados:

    1998: 340
    1999: 299
    2000: 247
    2001: 282
    2002: 266
    2003: 271
    2004: 187
    2005: 161
    2006: 194

    Ofensas à integridade física graves (com dolo):

    1998: 947
    1999: 894
    2000: 805
    2001: 862
    2002: 841
    2003: 894
    2004: 773
    2005: 683
    2006: 673

    Roubo banco/estab de crédito:

    1998: 130
    1999: 105
    2000: 64
    2001: 72
    2002: 155
    2003: 173
    2004: 100
    2005: 153
    2006: 139

    “87 bancos assaltados só nos primeiros seis meses do ano”

    (http://diario.iol.pt/sociedade/assaltos-bes-banco-pj/979721-4071.html)

    “O deputado do CDS-PP Nuno Magalhães questionou esta quinta-feira o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, sobre «o surto de assaltos» a bancos no primeiro trimestre do ano, exigindo medidas para a segurança dos cidadãos, escreve a Lusa (…)”

    (http://diario.iol.pt/politica/seguranca-assaltos-mai-rui-pereira-cds-paulo-portas/981483-4072.html)

    Este “surto de assaltos a bancos” é tão grave como em 2003, altura em que o CDS fazia parte do Governo.

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  128. atom's avatar
    atom permalink
    23 Agosto, 2008 15:01

    Sr. João Miranda:
    Penso que se quiser dar ao trabalho de se deslocar a Setúbal, a fim de explicar à família do ourives vítima da impossibilidade estatística, como que a estatística funciona, lhes dará grande apoio psicológico.
    O Sr. Ex-Bastonário da Ordem dos Advogado, que me parece ser um cavalheiro de esmerada educação, verteu para Português educado um adágio Brasileiro que no vernáculo local o não é muito. Por isso posso citá-lo sem receio de ofender:
    “Pimenta nos olhos dos outros é refrigério”.
    É que a pimenta, no original brasileiro, não está nos olhos e o refrigério é refresco…

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  129. Desconhecida's avatar
    Aldina permalink
    23 Agosto, 2008 16:40

    Estes é que são os criminosos perigosos.

    “A integridade física de Rui Mateus estaria alegadamente ameaçada, havendo fortes indícios de que terão sido feitos contactos com indivíduos ligados ao mundo do crime, para se encarregarem desta «operação» (…). As pressões eram muitas, a começar com as «recomendações de amigo» de Almeida Santos, que o Presidente da República enviara apressadamente de Marrocos e com quem reuniríamos regularmente a partir do dia 17 de Maio em sua casa. Por outro lado eu estava a ser «olhado» como um traidor à causa «soarista» (…).
    Rui Mateus

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  130. Desconhecida's avatar
    Aldina permalink
    23 Agosto, 2008 16:42

    Greg 125

    E eu a pensar que a Zazzie era a equivalente na Net â Marreca de Monsanto!

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  131. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    23 Agosto, 2008 16:54

    “Mais uma vez o Pinto mostra a qualidade dos seus comentários. Destacam-se de longe dos restantes.”

    Deixa-se enganar facilmente. O unico ponto que tem é sobre os assaltos a bancos.

    1-Primeiro deve-se referir a fonte, não foi referida.

    2- nos Homicidios e Violência há uma diferença entre aquelas que foram feitas nos espaço público entre desconhecidos ou ligadas ao crime aquelas que são produto de relações pessoais ou laborais.

    Notei também que não colocou aqui outras estatísticas como roubos e assaltos…

    ———-

    “Portugal surge em terceiro lugar no ranking dos países da União Europeia (UE) onde mais aumentou o número de crimes violentos e de roubos na década de 1995 a 2005.

    Os dados são do Eurostat, entidade responsável pelas estatísticas da UE, que regista, para o nosso país, um crescimento na ordem dos cinco por cento para o crime violento, que engloba violência contra as pessoas, roubo com violência e crimes sexuais. À frente, no crescimento, surge a França (7%) seguida da Holanda (6%).”…

    http://dn.sapo.pt/2007/11/27/sociedade/crescem_o_roubo_e_crime_violento.html

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  132. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 17:06

    O que eu não entendo é o raciocínio que os factos observados geram percepções mais erradas que estatísticas.

    Principalmente quando nessas estatísticas se quer incluir tudo e mais alguma coisa- até violência doméstica- quando o que importa neste caso é a responsabilidade por bairros sociais que se sabia que tinham dar no que estão a dar, a par da imigração descontrolada, as leis frouxas que impedem que sejam condenados e a falta de vigilância e trabalho eficaz da polícia.

    Com estes factores, só por milagre é que alguém pode acreditar que ainda desce; ou se torna menos violenta.

    Isso só poderia ser wishful thinking irresponsável, ou muito suspeito nas intenções.

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  133. lucklucky's avatar
  134. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 17:14

    Ah pois está. E tem dúvidas que a imigração também entra no caso?

    Eu não tenho. Agora o que pode diferenciar grandes sequestros de bairros tem mesmo a ver com a predominância do urbanismo. É claro que não podem evitar guethos, porque o próprio sistema social facilita ocupação de casas para serem dadas aos tais que vivem de subsídios.

    E depois fazem é outra coisa que também acarreta contrapartidas nada agradáveis. Todo o bairro de luxo, ou mesmo médio, é obrigado a ter lá casas para estas pessoas- espalham-nas por diversos bairros para evitarem as concentrações de gangs.

    Mas é claro que os gangs também vão lá ter e depois existem paradoxos em relação ao sossego e preço que se paga por uma casa num local onde, antes disto, não havia despejo.

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  135. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 17:16

    Mas é um facto que esta política de remendo evita as racailles com tomas inteiras de de ruas e bairros, tornando-os inacessíveis ou exigindo que nem sejam patrulhados e correndo com os autóctones.

    E desse problema não estamos livres porque temos copiado a moda à francesa.

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  136. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 17:18

    O que é igual são os sacanas dos ocupas e seus advogados em versão BE. Isso sim, a porcaria ideológica que alimenta e se alimenta disto, é igual em qualquer parte do mundo.

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  137. fado alexandrino's avatar
    23 Agosto, 2008 17:34

    Pronto aqui estão as estatísticas e como o são multipliquei as segundas por dois pois referem-se apenas aos primeiros seiss meses do ano:

    Assaltos a bancos 2007 108 2008 200
    Caixas Multibanco 2007 121 2008 150
    Postos de abastecimento 2007 241 2008 364
    Carrinhas de transporte de valores 2007 75 2008 82

    Acontece que os dados de “Bancos” referem-se apenas à PSP

    Fonte: MAI SIBS Empresas de Segurança

    Vem no SOL página 9

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  138. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Agosto, 2008 18:16

    Vão ver que estas estatísticas ainda vão ser melhoradas.Mandam uns assaltos tirar uns cursos na formação profissional e prontos baixa no desemprego!Perdão nos assaltos!

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  139. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Agosto, 2008 18:41

    Comentadores:

    – “O assalto a casas aumentou nos primeiros quatro meses deste ano. Uma subida de 3,3 por cento em relação ao ano passado.”

    – Violência doméstica já matou mais este ano. Observatório regista 31 homicídios conjugais em 2008 e 23 em 2007.

    – O director do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) alertou, esta quinta-feira, que a criminalidade violenta e organizada que já existe noutros países europeus está a instalar-se em Portugal, onde deverá crescer.”

    -Assaltos a bancos 2007: 108 ———2008: 200
    Caixas Multibanco 2007: 121 —- 2008: 150
    Postos de abastecimento 2007: 241 —- 2008: 364
    Carrinhas de transporte de valores 2007: 75 —- 2008: 82

    – “No que concerne ao “carjacking”, o crescimento deverá situar-se nos 55%

    E aINDA 2008 VAI a pouco mais de metade

    Ju.Mento (o eterno defensor dos ciganos e raptores):

    Nem uma prova, NEM UMA! que a criminalidade não aumentou.

    Se os outros fazem Sociologia de café, a tua é de taberna! Ou deves viver no País das Maravilhas.

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  140. LPedroMachado's avatar
    23 Agosto, 2008 21:40

    Ó Zazie da coca,

    Eu não disse que você era infeliz, mas que o seu exemplo do aquecimento global é manifestamente infeliz neste caso, pois vira-se contra si. É claro que você preferiu não responder a isso e, como de costume, responde com insultos e com a verborreia por que é conhecida. Fez mal, porque se tivesse entendido o que eu escrevi teria percebido que a minha opinião não é distante da sua nesta matéria. E ainda diz que venho para cá fazer campanha socialista. De rir. Você é maluca Zazie, mas como qualquer maluco nunca se irá aperceber disso. Eu se fosse como você dizia que você veio para cá fazer companha socialista a favor do embuste socialista chamado aquecimento global, mas como não sou… E ainda fala de tristeza uma pessoa que passa a vida toda a escrever montanhas de letras na net, sob anonimato, que pensa que é importante e a insultar toda a gente. Isso sim, é que é muito triste, mas não estou à espera que o perceba. Não se canse…

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  141. fado alexandrino's avatar
    23 Agosto, 2008 21:47

    O João Miranda está ocupado a contratar um sniper para abater o fulano que fez aquela estatística

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  142. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 22:06

    LPedro Machado:

    Tem a certeza que percebeu o exemplo do aquecimento global?

    Tem mesmo?

    O que é que acha que eu queria dizer com ele?

    Explique lá que, se acertar, eu até retiro o que disse.

    (quanto à palhaçada dos anonimatos pensava que já tivesse acabado com ela quando lhe deram a resposta que merecia no PC)

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  143. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 22:10

    Está mais que óbvio que não percebeu. V. até disse o disparate que o recurso que eu fiz à “parábola do aquecimento global” do bordão cientóino do JM, se prendia por eu achar o inverso, que havia arrefecimento.

    Ou seja, não percebeu a ponta de um corno. Há exemplos que necessitam de mais subtileza para saberem fazer mais de que ler palavras.

    Se for capaz de explicar o que eu queria dizer, até lhe batia palmas.

    Mas aposto que nem lendo e relendo o que eu escrevi nesse contexto, chega lá.

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  144. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 22:12

    Dou-lhe só uma dica.

    Se eu usasse esse exemplo pelo facto de ter qualquer ideia que em vez de aquecimento havia arrefecimento, era tão cientóina quanto o JM, no caso deste post.

    Ora vá lá. Explique o que se pretendia dizer com essa imagem.

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  145. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 22:17

    E, por acaso, o meu exemplo foi tão certeiro, naquilo que eu pretendia dizer e v. não entende, que reparei agora que até o próprio JM recorreu a ele, no primeiro post desta série comentário 54

    Ora prove lá que é capaz de entender o exemplo que eu escolhi, corroborado, até instintivamente, pelo JM, antes de provar que é paranóico acerca dos nicks das pessoas.

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  146. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 22:25

    A grande loucura desta ideia maluca do JM até é outra. É que mesmo com toda a cientoinice de quem trata tudo como leis da natureza testadas em laboratório, é que tem a ideia que, vivemos num qualquer país, onde nem estatísticas acerca da criminalidade existiriam.

    Qualquer coisa como por “feeling”, sem registos, sem indicações transmitidas, sem nada. Os próprios ministros teriam de fazer como a malta que não tem os dados na mão- perguntava aos amigos e lia nos jornais.

    Mas, no racicínio do JM, grave seria dirigirem-se políticas nesta matéria, com dados que ele acredita ninguém poder ter. Portanto, a segurança dos cidadãos, seria o deixar andar.

    Porque isto da segurança, serve tudo apenas para ser ter opinião, ou provar cientificamente nºs em tabelas e estatísticas.

    Coisa de laboratório. Pura teoria abstracta, para a colecção.

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  147. zazie's avatar
    23 Agosto, 2008 22:30

    Mesmo com tantos assessores, eles nem conseguiriam os dados que o Assur e o Fado, rapidamente aqui apresentaram.

    E, por isso, nós é que vivemos de percepções erradas.

    Já que não podem existir percepções certas sem a lei universal, conseguida em situações puramente ideais, aprovada pelo comité dos sábios e guardada na torre de marfim, ao lado de outras leis universais, sem préstimo para mais nada.

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  148. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Agosto, 2008 23:47

    o meu jornaleco regional tem sempre uma secção : ooorrências policiais , ou parecido , relativa aos crimes participados lá no concelho. Tem sempre , friso , e é a policia lá do sítio que disponibiliza os registos semanais. Não costumo ler , mas já reparei que o espaço dedicado à secção vai em aumento. De assim de 4º de página , agora em agosto já vai em mais de meia. Mas tenho ideia , sem nenhuma estatistica a apoiar , que agosto é um mês bué propicio ao roubo : tanta casinha vazia ,tanto carrinho estacionado horas lá na praia , uma tentação.

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  149. Lololinhazinha's avatar
    Lololinhazinha permalink
    23 Agosto, 2008 23:47

    “A onda de crimes é uma ilusão que resulta da ausência de notícias sobre outros assuntos.”

    As tvs costumam ter o programa de Agosto ocupado com os incêndios. Este ano descobriram os assaltos. Nunca antes se viu na Tv chorrilhos de notícias a assaltos de 150 e 300 euros. Isso, pura e simplesmente, não era noticiado.
    Claro que o exagero da comunicação social, sempre no farejo de tragédias, desgraças e catalizadores de pessimismo, não quer dizer que a criminalidade não esteja mesmo a aumentar. Ainda assim não me parece que esse aumento justifique tanta gritaria. E o carjacking aumenta provavelmente na mesma medida em que diminui o furto de automóveis. Os coitados dos ladrões já não conseguem furtar os carros por causa dos sofisticados sistemas de segurança e são obrigados a esperar à esquina pelos donos dos carros, maltratá-los e sacar-lhes as chaves. Este mundo está a ficar difícil para toda a gente.

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  150. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    23 Agosto, 2008 23:55

    “Acontece que os dados de “Bancos” referem-se apenas à PSP”

    ERRADO, ERRADÍSSIMO

    Quem quiser saber a fonte que vasculhe com uma colher, ou então que me peça “se faz favor” e envie um mail para fornecer o endereço. De outra forma, nada.
    Já estou farto de prepotência (e não é por si nem outros como você Fado, mas já estou farto de receber cuspidelas em troca de informação).

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  151. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    24 Agosto, 2008 00:05

    ´Fado, nos primeiros seis meses deste ano só haviam surgido 87 roubos a bancos. Qual a fonte dos 200? Do SOL? Não consta das estatísticas oiciais.

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  152. António's avatar
    24 Agosto, 2008 00:18

    Mais preocupante do que a dita “onda” é a tendência de alguns órgãos de Comunicação Social para passarem repetidas peças jornalísticas onde se fala de “armas”, de “lojas de armas”, de “cada vez mais pessoas a querer tirar licença e porte de arma”, tudo isto temperado com uns velhotes a dizer que se alguém salta a vedação do terreno dele “depois das 11 da noite” vai buscar a caçadeira e só sai dali para a morgue (o “saltador”, claro…). Alguém está interessado em “fomentar” o faroeste como “solução”?…

    http://vivo-em-sintra.blogspot.com/

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  153. fado alexandrino's avatar
    24 Agosto, 2008 00:21

    Qual a fonte dos 200?

    No Sol está lá explicado.
    No primeiro semestre 100 ( o duzentos é previsão minha cf. expliquei no post).
    O Sol explica que os números referem-se apenas à PSP, se considerar a área da GNR verificará que as previsões pecam por modestas.

    De qualquer maneira estes números devem sempre levar uma correcção estatística feita por João Miranda porque conforme se sabe não deixe que a verdade estrague uma boa história ou neste caso não deixe que a realidade estrague a percepção.

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  154. LPedroMachado's avatar
    24 Agosto, 2008 00:30

    Zazie, você agora é que demonstrou não ter percebido a ponta dum corno do que eu escrevi ao afirmar que eu tenha dito que você acreditava num arrefecimento global. Percebeu tudo ao contrário, como é também seu costume. Conseguiu surpreender-me; não sabia que era assim tão burra. Ora, eu fui muito claro. Se percebeu mal, o problema é seu. Não tenho pachorra para me repetir.

    Quanto à “resposta” que me deu no PC sem eu lhe ter dirigido a palavra, foi tão ridícula que nem me mereceu resposta. Não pense que lá por eu não lhe responder lhe estou a dar razão. Pensando assim, toda a gente lhe dá razão, porque ninguém tem paciência para ler tudo o que você escreve (a mesma coisa de 20 maneiras diferentes), quanto mais para perder tempo a responder-lhe.

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  155. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 09:24

    Portanto, confirma-se v. é que é o asno e continua a insultar sem ter percebido o que eu queria dizer.

    Mais grave, é tão asno que até tomou o que eu disse por uma crítica à profissão do JM.

    Não vale a pena. Não lhe vou explicar porque v. só não é limitado para a cretinice.

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  156. caodeguarda's avatar
    24 Agosto, 2008 09:35

    aquilo que o João Miranda preconiza é isto:

    POLITE POLICE: New rules for police in the United Kingdom include special
    guidelines for handlers of police dogs. Officers should consider
    whether the dogs might trigger allergies or panic attacks in criminal
    suspects, which could lead to “costly compensation claims.” Officers
    are incensed by the rules. “The whole point of police dogs is to
    frighten people rigid,” complained one anonymous sergeant. “They should
    have considered the mental trauma and possible allergic reaction caused
    by 60lbs of foaming Alsatian clamping its teeth to their extremities
    before embarking on their criminal escapade.” Another anonymous officer
    asked, “What’s next? Sparing people custody because they have a fear of
    enclosed spaces?” (London Telegraph) …That would save quite a bit of
    money too, actually.

    in http://caodeguarda.blogs.sapo.pt/44960.html

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  157. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    24 Agosto, 2008 09:36

    Fado, vou-lhe enviar o endereço para ver que não minto e que a notícia do Sol é enganadora (e porque consigo ainda se consegue manter uma conversa com civismo e elevação):

    http://www.dgpj.mj.pt/sections/estatisticas-da-justica/informacao-estatistica/estatisticas-policiais-e/anexos6389/sections/estatisticas-da-justica/informacao-estatistica/estatisticas-policiais-e/anexos6389/crimes-registados-1998/downloadFile/file/CrimesRegistados_PJ-PSP-GNR_1998_2006.pdf?nocache=1208772877.9

    Se for a http://www.dgpj.mj.pt encontrará um manancial de informação relativa à justiça (só tem dados até 2006).

    (lucklucky [131], a fonte está dada)

    Agora repare: o jornal “Sol” afirma que no primeiro semestre existiram 100 roubos a bancos só na área da PSP. O Gabinete Coordenador de Segurança – a mesma entidade que diz ter havido 139 casos em 2006 e 108 em 2007 – refere 87 casos nos primeiros seis meses deste ano. E se apresenta 139, o nº de casos em 2006 e nestes estão contemplados os registados por todas as forças policiais, com toda a certeza que os 87 casos também se referem ao registado forças policiais no seu conjunto. Alías, basta saber os dados da PJ, pois é a entidade com competência de investigação deste tipo de crimes e portanto conhecedora de todas as ocorrências. A PJ (como pode ver na notícia que acima referi) dá a indicação de 87 casos nos primeiros seis meses do ano.

    Voltando aos dados da Direcção-Geral da Política de Justiça, podemos retirar váras conclusões:

    1) Embora a criminalidade (total) tivesse aumentado em 2006, relativamente a 1998, não chegou aos números de 2003 e 2004 (os piores de sempre), altura em que o PSD e CDS (agora muito críticos e preocupados) estavam no Governo;

    2) Os crimes mais violentos (crimes de sangue) continuam com uma tendência decrescente (pág. 1), ao que parece mesmo em 2008: “(…) Quando ao número de homicídios, que poderíamos pensar estarem a subir dadas as vítimas mortais que resultaram doos recentes confrontos em bairros sociais e dos casos de violência doméstica, os dados ainda não são conhecidos, mas nos três primeiros meses de 2008 até se verificou um decréscimo.” (http://diario.iol.pt/sociedade/assalto-ao-bes-crimes-crimes-violentos-assalto-criminalidade-seguranca/982671-4071.html);

    3) Os maiores aumentos de criminalidade prendem-se com crimes rodoviários: condução sob o efeito de álcool (>=1.2 g/l), condução perigosa (pág. 4) e condução sem habilitação legal (última página);

    4) Também há um grande aumento dos crimes de desobediência e resistência e coacção a funcionário (pág. 5);

    5) Tem-se notado um decréscimo no nº de crimes de abuso de autoridade (pág. 5);

    6) Houve um fortíssimo aumento de crimes contra os direitos de autor: 44 em 1998 contra 1032 em 2006 (pág. 7);

    7) O crime de tráfico de estupefacientes mantém-se estável: 3458 em 1998 e 3420 em 2006.

    TUDO O RESTO É SENSACIONALISMO JORNALÍSTICO.

    Quanto às restantes provocações (gratuitas e baixas) não vou responder, tendo em atenção a uma frase famosa: “Nunca discutas com um idiota. Eles arrastam-te até ao seu nível e depois ganham-te em experiência.” -Mark Twain.

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  158. tina's avatar
    24 Agosto, 2008 10:15

    Pinto,

    É bom saber que de facto o crime violento desceu de há uns anos para cá. Mas nós estamos a falar na onda de criminalidade que se está a registar presentemente, 2007 para 2008. E eu refiro-me em particular à violência dos crimes cometidos. Esta violência é típica de gangues organizadas. As pessoas não imaginam como basta uma gangue bem organizada, para causar muito estrago. Depois, tendo sucesso, os outros sentem-se mais confiantes, começam a imitar os métodos… É isso que eu acho que infelizmente está a acontecer em Portugal.

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  159. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 10:32

    Bem, pelo contrário. O que aquele gráfico que se fica apenas por estatísticas até 2006 (quando do que se fala é até agora) mostra é aumento de criminalidade na que diz respeito à vida pública.

    Porque é disso que se tem falado- problemas de falta de segurança para os cidadãos, falta de vigilãncia, alimentar monstros em bairros sociais.

    E as estatísticas dizem o o oposto- mostram que subuiu, por aí (crimes de direitos de autor, só mesmo cientóinice como o JM queria- meter tudo no mesmo saco, para que não se veja nada).

    1- homicídio voluntário consumado- sobe e muito

    2- outros contra a vida, ainda mais

    Portanto, não se percebe, comparando até coisas diferentes- aqui foram apresentadas estatísticas para tudo, como é que se pode dizer que tem vindo a diminuir a violência diária e a falta de segurança dos cidadãos.

    Mas enfim… é como se sabe, também é com manipulação de estatísticas que se faz política. A ditadura do nº do capitalismo é cópia da ditadura do nº do comunismo.

    Parafraseando Mark Twain: Há três espécies de mentiras: as mentiras, as mentiras sagradas e as estatísticas.»

    3- sequestro com reféns, ainda mais

    4-

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  160. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 10:33

    o ponto 3 saiu do lugar mas dá para perceber.

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  161. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 10:43

    E cretino mesmo é fazer da segurança das pessoas uma demagogia político-partidária com aproveitamento de dividendos para branquear apaniguados ou atacar grupo rival.

    O que eu sei é que todos os que têm estado no Poder são responsáveis. De há uns bons 10 anos a esta parte que os erros andam a ser feitos.

    Por isso, estou-me pouco lixando se o governo PSD fez não sei o quê que o PS veio e melhorou porque têm mais talento para combater criminalidade.

    O que sei é que todos têm responsabilidades e até penso que nas estruturais não tocam.

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  162. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 10:46

    Mas estranho, isso sim, é a própria polícia só conseguir recolher dados até 2006.

    Então como é? não há trabalho de coligação de dados atempado?

    Andam a trabalhar com informação de há 2 anos atrás?

    Isso serve para quê?

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  163. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 10:49

    Acaso a polícia faz política em vez de fazer aquilo para que pagamos?

    Trabalham com dados do passado e para atirar culpas a partidos do Poder?

    Então para que servem os deputados? para o giro de serviço?

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  164. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    24 Agosto, 2008 11:06

    Pinto Diz:
    “Se for a (…) (só tem dados até 2006). TUDO O RESTO É SENSACIONALISMO JORNALÍSTICO.”

    Tantas certezas sobre o que se passa em 2008 assentes em números de 2006 faz-me pensar o que diria Mark Twain sobre os cretinos. 🙂

    Porreiro pá!…

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  165. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 11:10

    eheheh

    Este Pinto é uma anedota. Como se não bastasse estar convencido que é jurista, ainda é avatar situacionista a berlinde.

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  166. LPedroMachado's avatar
    24 Agosto, 2008 12:00

    Zazie, você não precisa de explicar nada a ninguém. Toda a gente percebeu o que você disse e toda a gente percebeu o que eu disse menos você. Não se canse mais. Deixe lá, você tem um bloqueio mental mesmo. O seu problema é que você pensa que é muito mais inteligente do que na verdade é. Fossem a sua verdadeira inteligência e aquela com que se imagina mais próximas e já não passaria a vida a chamar os outros de imbecis sempre que eles a contrariassem. É uma atitude própria de idiotas pensar que os outros são todos imbecis. Mas talvez você já se tenha apercebido que disse asneira e por isso se defende chamando-me nomes. Já é um começo. Mas agora diz que eu disse que você criticou a profissão do JM. Caramba, você não acerta uma! Como viu que disse asneira, fabrica mais outra. Você é muito engraçada! He he he

    Já agora, só por curiosidade. Você alguma vez estudou estatística? A minha intuição diz-me que não. Estou certo?

    Outra coisa. Ontem à noite havia um comentário depois do meu de alguém que assinava Internet dizendo que a Zazie era insuportável. Porque é que o apagaram? O Blasfémias agora tem censores ao serviço da Zazie? Isto está bonito, está…

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  167. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 12:19

    ò tolo priáptico,

    Leia aqui o que o Wall diz, porque este disse precisamente o mesmo que eu. V. nunca atingirá uma coisa tão básica que até uma criança compreenderia.

    E é fácil chamar burro aos outros sem explicar porquê. V. não argumenta, cacareja que nem uma galinha choca. E veio para aqui como a porteira que é, logo com ideias de tricas, a dar a entender que eu me tinha limitado a criticar a profissão do João Miranda.

    Precisamente porque tem QI negativo. O meu exemplo do aquecimento, tinha precisamente o mesmo pressuposto que o que o o Wall disse. E mais, pode ler noutros comentários, mais pessoas a perceberem que o problema foi este. Tratar questões sociais que se somam por exemplos, como dados laboratoriais, por sintomas em situações ideias e meramente teóricas, onde o caso a caso nunca pode servir para a “lei da natureza”.

    E tenho a certeza, que nem mesmo assim, depois de até já lhe ter contado a laracha e explicado o sentido da comparação com o aquecimento global, vai conseguir entender.

    Nunca, v. só não é deficiente para a trica.

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  168. zazie's avatar
  169. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 12:25

    O comentário apagado foi de uma sua amiga que dá pelo nome de Aldina e que é do RIAPA e tem andado por aqui em espectáculos de escatologia pública.

    Entendeu, ó mulherzinha? Só uma mulherzinha é que pode andar a perseguir uma pessoa na net com merdas de trica larica.

    Se quer chatear-me vá lá queixar-se ao meu blogue e não ocupe espaço com merdas no meio de debates na casa dos outros.

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  170. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 12:36

    Para lhe encasquetar tudo nessa cabeça vazia, aqui vai mais um exemplo de quem compreendeu o problema do raciocínio destes posts

    1. O problema não é das percepções erradas. As percepções podem estar certas. É essa a questão, porque as estatísticas não resolvem problemas sociais e humanos com variáveis que as transcendem.
    É como a Economia. A percepção da realidade para certas pessoas, não coincide com a de outras. Porque estamos a lidar com fenómenos de comportamento social e não com máquinas ou com organismos simples e unicelulares ( mesmo estes, atrevo-me a dizer, estudam-se por algum motivo…)

    Mas isto v. nunca entenderia por si, nem ajudado, nem com explicador privado. Porque nem veio para aqui para mais nada a não ser chatear-me. Não deixou qualquer outro comentário ao post.

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  171. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    24 Agosto, 2008 12:46

    Doe, J

    “87 bancos assaltados só nos primeiros seis meses do ano” ISTO SÃO NÚMEROS RELATIVOS A 2008

    (http://diario.iol.pt/sociedade/assaltos-bes-banco-pj/979721-4071.html)

    “(…) Quando ao número de homicídios, que poderíamos pensar estarem a subir dadas as vítimas mortais que resultaram doos recentes confrontos em bairros sociais e dos casos de violência doméstica, os dados ainda não são conhecidos, mas nos três primeiros meses de 2008 até se verificou um decréscimo.” (http://diario.iol.pt/sociedade/assalto-ao-bes-crimes-crimes-violentos-assalto-criminalidade-seguranca/982671-4071.html); ISTO É UM DADO RELATIVO A 2008

    “(…) De acordo com o Relatório de Segurança 2007, o número de assalto a bancos desceu de 139 em 2006 [valor igual ao da tabela da DGPJ] para 108 no ano passado (…)” ISTO É UM DADO RELATIVO A 2007 que ainda não foi processado para o site da DGPJ)

    (http://diario.iol.pt/sociedade/assalto-assalto-bes-assalto-ao-bes-sequestro/979622-4071.html)

    Doe, J, só me estou a repetir que isto já havia sido dito. Não podemos é querer resultados definitivos de 2008; acaso não saiba, o ano ainda não terminou.

    Também quero aqui lembrar que estou a formular opiniões com base em dados. Sou livre de me expressar e neste caso apraz-me opinar sobre este assunto.
    Independentemente da minha profissão (nunca disse que era polícia mas também não vou confirmar nem infirmar; é um assunto relativo à minha vida privada e indiferente para o caso), sou livre de o fazer. A liberdade de expressão não está vedada a qualquer pessoa.

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  172. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 12:48

    mesmo os unicelulares estudam-se com algum motivo. Para alguma finalidade. Mesmo que de forma absolutamente diferente e com controle de variáveis porque se quer chegar a universais- a leis, não há estatísticas que não tenham um objectivo a cumprir nem estudos que sirvam para guardar em torres de marfim.

    A percepção em relação à criminalidade e insegurança das pessoas tem uma finalidade- actuar, onde é preciso actuar, ver o que falha e falhou, e defender os cidadãos.

    Para isto, ninguém precisa de leis da natureza e muito menos de querelas de sexo dos anjos, de se saber se aumentou ou diminiu todo o crime, em termos universais- onde até o meco polícia mais atrás, incluiu os crimes de direitos de autor.

    Isso é que não teria qualquer utilidade prática em intervenções bem delimitadas onde é bem mais importante caracterizar os autores e o que propicia alterações de tipologias de criminalidade, do que saber explicar mudanças absolutas e universais de percentagens de 10 ou 20% em 3 semanas.

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  173. anabela's avatar
    24 Agosto, 2008 12:51

    Alta criminalidade em Agosto. Portugal aproxima-se do Reino Unido no crime a na política educativa

    – Alta criminalidade
    Portugal está a viver o mês de Agosto com o mais elevado número de actos criminosos associados a alta violência armada. E Sócrates mantém-se em silêncio. Em breve, assistiremos à divulgação de mais um estudo, encomendado às sempre as mesmas equipas do ISCTE, que virá sossegar os portugueses com estatísticas que mostrarão que…blá…blá…blá…, é preciso é desdramatizar porque essa onda de violência só existe porque os jornais e as televisões falam dela…, que Portugal é o país mais sossegado e manso da Europa.

    – O que é que a Educação tem que ver com isto?
    Há quem julgue que isto não tem que ver com a Educação e as políticas educativas. Engana-se quem pensa assim. Tem e muito. Sócrates e MLR, apoiados em think tanks modernaços, têm vindo a inspirar-se no “socialismo” modernaço criado por Blair e prosseguido por Brown, introduzindo medidas políticas que aceleraram o processo competitivo nas sociedades e nas escolas, desautorizaram e humilharam os professores, ampliaram as desigualdades sociais e enfraqueceram as comunidades e as tradições culturais. Os resultados estão à vista, quer no Reino Unido quer em Portugal. A colega Ana analisa essa similitude num comentário que me parece muito esclarecedor:
    Sócrates recrutou as mesmas equipas de assessorias e consultores inglesas e, eventualmente, norte americanas que serviram Blair. Estas empresas e consultores seguem programas-tipo – pacotes/tipo.
    Desde há três anos, aviso que a sociedade portuguesa vai tornar-se extremamente violenta e a causa está nas políticas educativas e sociais deste (des)governo. A economia só pode agravar um pouco a situação, mas não explica de modo nenhum a escalada de violência que começa a vir à tona na comunicação social.
    Creio que as pessoas não têm nenhuma consciência, nem relacionam MLR com esta escalada de violência. Enganam-se. Maltratar os professores e injuriar tem consequências gravíssimas do ponto de vista do simbólico. É sobre o simbólico que todas as regras sociais são internalizadas e permitem a expressão, do ponto de vista dos comportamentos – expressão do que é ou não permitido nas relações sociais.
    A expressão social pela via da violência tem por base não questões económicas mas culturais em sentido lato. A Educação, com legado de património cultural do país e universal, é actualmente, quiçá, o maior factor identitário de um povo, de uma nação e da cultura democrática universal.
    O legado de Sócrates e de MLR/VL/JP é também isto.
    Ana
    Políticas desumanas criam cidadãos desumanos
    O culto da mudança pela mudança, o enfraquecimento do peso da herança cultural no currículo, o apoucamento dos professores, a destruição da autoridade dos professores, a culpabilização destes face aos pais e aos alunos e a criação de obstáculos ao exercício das funções lectivas têm vindo a criar na opinião pública a ideia de que os professores são os culpados dos males da sociedade e são uma profissão que perdeu estatuto e importância social. Em termos simbólicos, as políticas educativas de Sócrates e de MLR contribuiram para enfraquecer um dos pilares da autoridade da nossa sociedade. O enfraquecimento do valor simbólico da autoridade dos professores e das escolas veio associado à quebra de referências culturais e éticas, em consequência da destruição das comunidades culturais e laços identitários. A crise económica só acelerou o processo. As verdadeiras razões da onda de violência e do aumento da criminalidade violenta são educativas e culturais. Não são predominantemente económicas. Se estas políticas educativas e a guerra aos professores continarem, só podemos esperar que a violência alastre e assuma contornos cada vez mais cruéis e desumanos. Políticas desumanas criam cidadãos desumanos.
    Sobre o valor simbólico da escola e as consequências que a construção da grande mentira está a provocar na erosão do prestígio e autoridade dos professores, vale a pena ler o post do Paulo Guinote, “Sucesso à Força”.
    Quer participar neste debate? Faça deste tema um fórum de discussão ao logo do dia de hoje. Colabore com os seus comentários.
    In,
    http://www.professoresramiromarques.blogspot.com/

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  174. Wall-e's avatar
    Wall-e permalink
    24 Agosto, 2008 13:03

    O facto de aumentar o número de condomínios privados em Portugal a ponto de já haver gente muito preocupada a fazer “estatísticas” sobre o comportamento eleitoral da malta assim confinada … diz-vos alguma coisa sobre a situação da criminalidade?

    Caro Sr. Pinto: reparei na data que escolheu para começar a série de dados que apresentou e na que achou por bem escolher para a terminar. Não quer agora completar o exercício e correlacionar com outros factos relevantes da vida portuguesa, nomeadamente económicos, para perceber qual o factor de correcção a introduzir nas séries. E pela minha parte dispenso-o de entrar em linha de conta com o factor da liderança política à data dos dados recolhidos. Mas se quiser podia ter interesse verificar qual era a cor da liderança política à data da compilação dos dados acumulados e quais os critérios usados. Pior do que não haver dados (o grande temor do Sr. Miranda) é a forma como se manipula os que existem. Essa é a verdadeira técnica de intox permanentemente usada. É claro que os media empolam. Já se disse isso. É claro que há campanhas orquestradas com fins políticos. Todos estamos de acordo. Mas a situação da criminalidade revela um aumento do mau estar social e é insustentável atribuir isso apenas a estes dois factores sob pena de deixarmos a situação ir demasiado longe.

    Os políticos voluntaristas, formatados como vendedores de aspiradores, queriam um choque não sei de quê? Parece-me bem que vão tê-lo. É a eterna história do aprendiz de feiticeiro. Enquanto isso o circo continua com piscares de olho cúmplices em todas as cerimónias. O porreiro pá serviu de emenda e agora são mais discretos. Mas para quem souber ler nos rostos a verdade é sempre mais profunda do que as estatísticas. A política das estatísticas é justamente o que está a levar o sistema educativo para o buraco.

    Sinceros cumprimentos e bem hajam todos os que aqui discutem com elevação e espírito de cidadania.

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  175. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 14:09

    manipulação de dados também é isto.

    Atiram-se com umas estatísticas globais, com items para tudo, até 2006. Depois acaba aí.

    A partir daí recorre-se apenas a um único item: assaltos a bancos e diz-se esta coisa engraçada:

    «De acordo com o Relatório de Segurança 2007, o número de assalto a bancos desceu de 139 em 2006 [valor igual ao da tabela da DGPJ] para 108 no ano passado (…)” ISTO É UM DADO RELATIVO A 2007 que ainda não foi processado para o site da DGPJ)»

    Não se diz é que, em relação a 2008, nos primeiros 6 meses já se deram 100. Ou seja, apenas menos 8 que no ano passado.

    C’mon, não somos todos tolinhos.

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  176. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 14:11

    Apenas menos 8 que no dobro do tempo

    ehehe

    Não aumentaram em 2008, nem nada indica que venham a aumentar, porque o ano passado, no dobro do tempo, só se deram mais oito que este ano em metade do tempo.

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  177. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 14:13

    E a demagogia tem tanta lata que nem às arrecuas consegue desencantar nºs para tapar o sol com a peneira.

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  178. stevens's avatar
    24 Agosto, 2008 14:15

    «O resultado é a ilusão de que o número de crimes aumentou.» – JoaoMiranda

    Está aqui a vossa “ilusão”:

    «Alguns dos crimes considerados mais violentos, como carjacking, assaltos à mão armada a bancos, postos de combustível e farmácias, e ainda furtos de caixas multibanco, aumentaram no primeiro semestre de 2008. E ainda falta juntar os crimes mais recentes. Estes dados foram confirmados ao «Jornal de Notícias» por Leonel Carvalho, do Gabinete Coordenador de Segurança.»

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  179. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 14:22

    Essa questão do carjacking, por exemplo, não pode ser comparada com “actualização dos ladrões de automóveis” que agora também têm a vida mais dificultada a roubá-los.

    Porque é absolutamente diferente, um rato de automóvel, que nem dinheiro tem para carro, que rouba para ir dar umas curvas com os amigos e o larga no dia seguinte, a um negócio montado, com profissionais que não são pobrezinhos a brincar aos ladrões e que os roubam para negócios de venda clandestina.

    Não tanto clandestina quanto isso, porque até sei de locais, no distrito de Santarém, onde funcionam esses “upgrades”, com garagem e até hotel de estrada incluído.

    Se isto é sabido por cidadãos vulgares não me venham com histórias que a polícia também não sabe o destino que é dado a esses carros em assaltos profissionais.

    E isto sim, é que nada tem a ver com a tal mudança de “profissão” como o JM dizia, do drogado que passou a fazer carjacking ou do assassino que se dedicou a assaltos a bancos, de modo que nada aumentava, apenas se reciclavam.

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  180. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    24 Agosto, 2008 14:25

    Estes são os crimes que realmente importa ter em conta se aumentaram, porque são os que preocupam quem anda na rua, não é a globalidade do número de crimes, que engloba injúrias, ameaças, difamações, etc.

    Se os crimes violentos aumentarem em número de 1000, e as injúricas baixarem 1200, há uma diminuição na estatística mas a qualidade de vida do cidadão piora drásticamente.

    As vossas estatísticas nem para decorar o papel higiénico serviam…

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  181. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    24 Agosto, 2008 14:47

    Wall-e: “(…) Não quer agora completar o exercício e correlacionar com outros factos relevantes da vida portuguesa, nomeadamente económicos (…)”

    Se o factor económico fosse muitíssimo relevante, nos anos 60 Portugal seria um antro de violência. Não me parece que assim fosse.

    Também me parece que, se assim fosse, nunca teriamos lido isto:

    “Lisboa é, juntamente com Helsínquia (na Finlândia), a capital mais segura da Europa (…)”

    (DN online de 21 de Fevereiro de 2007: http://dn.sapo.pt/2007/02/21/cidades/lisboa_e_helsinquia_estao_ex_aequo_s.html)

    É bom recordar que o estudo foi feito por uma entidade inglesa.

    Anónimo: “(…) Se os crimes violentos aumentarem em número de 1000, e as injúricas baixarem 1200, há uma diminuição na estatística mas a qualidade de vida do cidadão piora drásticamente (…)”

    Vou voltar a publicar os dados:

    3) Os maiores aumentos de criminalidade prendem-se com crimes rodoviários: condução sob o efeito de álcool (>=1.2 g/l), condução perigosa (pág. 4) e condução sem habilitação legal (última página);

    4) Também há um grande aumento dos crimes de desobediência e resistência e coacção a funcionário (pág. 5);

    (…)

    6) Houve um fortíssimo aumento de crimes contra os direitos de autor: 44 em 1998 contra 1032 em 2006 (pág. 7);

    (…)

    Anónimo, leia os meus comentários na íntegra antes de me responder.

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  182. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    24 Agosto, 2008 14:49

    Outros dados importantes anónimo:

    Homicídios voluntários consumados:

    1998: 340
    1999: 299
    2000: 247
    2001: 282
    2002: 266
    2003: 271
    2004: 187
    2005: 161
    2006: 194

    Ofensas à integridade física graves (com dolo):

    1998: 947
    1999: 894
    2000: 805
    2001: 862
    2002: 841
    2003: 894
    2004: 773
    2005: 683
    2006: 673

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  183. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    24 Agosto, 2008 14:51

    Que é mais grave, homicídios e ofensas à integridade física graves ou crimes de direitos de autor?

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  184. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    24 Agosto, 2008 15:42

    Caro Pinto:

    Para mim, facto de só haver números até 2006 publicamente disponíveis no site do MJ diz mais acerca da realidade do que uma colectânea de declarações oficiais ou supostos sensacionalismos jornalísticos.

    “3) Os maiores aumentos de criminalidade prendem-se com crimes rodoviários: condução sob o efeito de álcool (>=1.2 g/l), condução perigosa (pág. 4) e condução sem habilitação legal (última página);”
    “4) Também há um grande aumento dos crimes de desobediência e resistência e coacção a funcionário (pág. 5); 5) Tem-se notado um decréscimo no nº de crimes de abuso de autoridade (pág. 5);”

    Se bem me recordo as prioridades nas forças de segurança foram apontadas em força para este campo. É fácil, relativamente barato e traz receitas liquidas frescas o que não acontece com o combate à restante criminalidade. Logo não é de estranhar o aumento de ocorrências registadas ou a diminuição aparente dos números nos restantes campos.

    As alterações do CE que praticamente acabaram com a possibilidade de contraditório à avaliação da infracção pelos agentes da autoridade no terreno acrescido do “pagas já, reclamas depois e mt provavelmente acabas a pagar mais” transformou este campo praticamente num custo “normal” e corrente para quem precisa de utilizar regularmente o transporte privado e não, como seria expectável, numa situação extraordinária devida a circunstâncias extraordinárias.
    Visto por esta perspectiva as aparentes contradições dos números que apresenta com a sensação geral aqui discutida do aumento da insegurança ganham outra força, a meu ver.

    “TUDO O RESTO É SENSACIONALISMO JORNALÍSTICO.”

    Em que é que, para si, o “sensacionalismo” jornalístico difere do governamental? No timbre do papel em que está escrito?

    “Independentemente da minha profissão(..)”

    Quando a profissão for relevante para se poder opinar em fóruns abertos e não especializados temos um problema bem mais grave do que as faltas ou omissões estatísticas.

    Por mim e para finalizar, tal como disse num dos meus primeiros posts acerca do assunto, continuo com a sensação de que a violência está hoje bem mais presente e com maiores probabilidades de surgir, mesmo sem provocação, do que estava há 2 ou 3 anos atrás. Vejo muito mais relatos de tiros, facadas e espancamentos “gratuitos” do que via antes. E menos do “velho” roubo por esticão ou de burlas em série a idosos isolados, por exemplo, se é que isto tem alguma relevância para o caso.

    Se tal se deve à posição adversa das estrelas no horizonte, a uma necessidade no aumento de produtividade por parte dos delinquentes face aos recentes aumentos do custo de vida ou a uma conspiração nacional de jornalistas e agências noticiosas já é coisa que me ultrapassa. 😉

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  185. Wall-e's avatar
    Wall-e permalink
    24 Agosto, 2008 17:25

    Nos anos 60 da pobreza viviamos num estado policial e, como é fácil perceber, os números eram COMPARATIVAMENTE piores (leia-se o artigo de VPV hoje no Público por exemplo). Acresce que contabilizando os crimes das polícias políticas diparariam as estatísticas.

    Venho agora do supermercado e lembrei-me de mais um indicador: o número de supermercados encerrados por razões de segurança, o número de supermercados que só consegue funcionar com presença permanente da PSP, e o número de estabelecimentos comerciais que passaram a ter segurança privada.
    Mas o principal problema na elaboração das almejadas estatíticas parece ser o seguinte: seo snao contabilizados os casos nos quais foi apresentada queixa ou houve verificação por testemunhas de crime público. Basta pensar na quantidade de casos de agressão a professores que não são reportados para ter uma ideia de como os números PODEM ser imprecisos.

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  186. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 18:05

    Wall:

    Os dados eram comparativamente melhores. Isso sim. Claro que no tempo da ditadura tudo era mais policiado. E, por outro lado, o nº da população era muito menor e a sua homegeneidade muito maior.

    Com o fim das colónias, a seguir ao 25 de Abril é que se deu logo uma alteração significativa. A droga, por exemplo, não existia, foi introduzida pelos retornados.

    O que ele disse é que antes da ditadura ainda era pior, o que é natural, os bandos locais e a pobreza sempre foram factores que incentivam o crime.

    Só que a ditadura é que correspondeu ao período de maior crescimento económico, isso sim.

    Quanto à polícia política não ha´qualquer índice sobre população, porque a tendência era apenas caçarem os que atentavam contra a segurança do estado ou estavam ligados a movimentos políticos de extrema esquerda.

    Houve sim, mesmo no final, lutas estudantis onde atiraram a matar. Mas foi no final do regime. Nada disso pode ter qualquer peso comparativo com insegurança.

    Atravessava-se Lisboa a pé, durante a noite, nas calmas, os jornais eram atirados para as varandas ou deixados à porta de casa, bem como as garrafas de leite.

    Não há a menor comparação- perdemos liberdade que nunca mais voltará. Muitos de v.s nunca saberão em que consistiu essa liberdade de se poder gozar calmamente o espaço onde se vivia.

    A menos que emigrem e vão para outros países do Norte da Europa (tipo Áustria, Alemanha) onde ainda existe povo, interiores com aldeias, campo com habitantes, e não como cá, onde tudo desertou, e se transformou em caricaturas citadinas com todos os seus defeitos, mais do que benefícios.

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  187. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 18:13

    Nós até somos um dos países menos provincianos da Europa. E isso é mau.

    Percorra França, o Inglaterra, Países Baixos, Alemanha, Áustria e vai ver que como não há comparação.

    Isto por cá transformou-se na macroencefalia de 2 cidades e o resto ficou desactivado, onde tudo tende a ser cópia citadina- os grandes centros comerciais, as caixas multi-bancos de 2 em 2 passos, engarrafamentos de trânsito em qualquer vila, onde se arrisca a vida a atravessar estrada ou a colocar o pé na rua- sem passeios.

    O problema é mesmo a morte do interior, o envelhecimento da população e as fugas para as cidades.

    Nem transportes públicos usamos como usa a classe média nos outros países. É a africanização e o novo-riquismo a que se junta o despejo do tráfico de mão-de-obra barata, clandestina, que vem para o país mais pobre da Europa.

    Claro que com este cenário, só os utópicos é que podem ter dúvidas que o futuro, não há-de ser nada tranquilo.

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  188. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 18:19

    Onde é que tem exemplo em toda a Europa, de um país com o excelente clima que nós temos, onde as pessoas nem passeiam na rua e as esplanadas são mínimas?

    Onde é que existe um centro histórico de uma capital, que mais parece uma cidade fantasma?

    E a insegurança mede-se assim. Por confrontos com bairros em áreas equivalentes. Londres tem bairros periféricos, com equivalência ao que nós temos (em termos de distância do centro) onde ainda se pode viver como na aldeia (com tranquilidade e excelente patrulha policial) como nós nem em Sintra temos.

    E aqui sim, entra o gigantesco problema de falta de prevenção e de urbanismo que perdeu características, por via da tendência centralizadora. As nossas Juntas de Freguesia não servem para nada. Não fazem o que faz qualquer equivalente no Norte da Europa.

    E é essa vida “provinciana” com espírito de commitment por bairro que melhor mantém a coesão e o gosto por tratar do lugar onde se vive.

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  189. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 18:29

    O simples facto de termos uma capital com uma costa de praia mesmo ao pé e esta ter-se tornado num dos locais mais perigosos de acesso é uma vergonha. É uma absoluta vergonha o que se fez à Linha do Estoril e à Linha de Sintra.

    E não há desculpa que tinha de ser assim, que era algo inevitável. Foram políticas de corruptos que se venderam ao urbanismo mais aberrante e criaram aqueles dormitórios lumpen perfeitamente degradados e tornaram coisa para terceiro mundo o uso de combóios.

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  190. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    24 Agosto, 2008 18:55

    Doe, J: “(…)Se bem me recordo as prioridades nas forças de segurança foram apontadas em força para este campo(…)

    Não é verdade. Até nos pode dar essa sensação na qualidade de condutores mas não corresponde à realidade. Desde que, em 2000, a PSP/GNR passaram a ter competências de investigação criminal de certos crimes (da maior parte deles para ser mais preciso), foram desviadas centenas de agentes para esta função.
    Também foram desviados muitos agentes para patrulhamentos localizados: patrulhas localizadas em bairros sociais, Escola Segura, Idoso em Segurança, Comércio Seguro.
    Antes do Euro 2004 o Corpo de Intervenção também foi reforçado com novos agentes. Hoje fazem patrulhamentos em bairros problemáticos, ao contrário do que muita gente pensa que a polícia não entra nos bairros.

    Penso que este aumento (detenções de condutores sob o efeito de álcool, condução perigosa e condução sem carta) se deve a outro factor: as polícias fazem actualemnte operações STOP de grandes dimensões em locais muito específicos onde antigamente reinava alguma impunidade, nomeadamente, aos fins de semana à noite às portas das discotecas.
    Aliás, se a intenção fosse, simplesmente, a procura de dinheiro fácil, proliferariam os números de radares e não o número de crimes. Para haver crime os agentes tiveram de estar no terreno e presenciar o delito.

    Relativamente à criminalidade, noto que houve um aumento de crimes que visam o dinheiro fácil em detrimento de outros que muitas vezes eram praticados por questões de honra. Falo dos roubos e furtos em detrimento dos homicídios e ofensas graves: A actual sociedade é mais materialista.

    Não sei se a crise económica é um factor preponderante ou não mas relembro uma coisa que, pelo menos, faz pensar: o mesmo estudo que deu conta que Lisboa e Helsínquia eram as capitais mais seguras do mundo, colocou Amesterdão (capital do país com um dos maiores PIB per capita do mundo) na posição inversa:

    “Lisboa é, juntamente com Helsínquia (na Finlândia), a capital mais segura da Europa (…) No fim da linha estão Amesterdão (apenas 31%), Londres e Copenhaga (37%), Atenas (42%), Roma, Berlim, Viena, Dublin, Paris e Estocolmo (43%). Aqui ao lado, Madrid regista 46% (…)”

    (http://dn.sapo.pt/2007/02/21/cidades/lisboa_e_helsinquia_estao_ex_aequo_s.html)

    ____________________________________________________________________________________________________________________________

    Wall-e, quem viveu os anos 60 jura a pé junto que era mais seguro passear-se por Lisboa.

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  191. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 19:03

    Amesterdão, tá-se mesmo a ver, aquele barril de pólvora que até já criou Wilders e Fitnas e ideias de se proibir que alguém fale outra língua na rua (e não se pense que a outra língua, para além do holandês, é o inglés…)

    É que Amesterdão é facílima de compreender. Apenas tem o problema criado à décadas. Por tradição centenária, para ser mais correcta. O multiculturalismo de algumas cidades Holandesas vem desde a Idade Média.

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  192. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 19:04

    há décadas.

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  193. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 19:09

    Os anos 60 e os 70. O VPV diz isso na crónica, Ele fala em maior perigo no século XIX e o período de excepção a ditadura. O problema é que as pessoas têm uma historieta vendida e mal amanhada do que consistiu essa ditadura, durante mais de 4 décadas.

    Foi período de crescimento económico. O maior que tivemos. Basta ler o Pedro Lains (que por acaso agora até tem blogue a solo) para se entender isso.

    O resto era emigração a magote e população mínima, sem qualquer comparação com o que se deu com fim do ultramar.

    Isso de dormir com porta aberta até se fazia nos arredores das cidades. Nem era preciso ir-se buscar exemplos de aldeia.

    E andar livremente, nas calmas durante a noite, sem roubos, sem ameaças, com as garrafas de leite à porta e o pão pendurado, sem ser roubado, era coisa que se vivia no final dos anos 70. Nas vésperas do 25 de Abril ainda era este o cenário.

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  194. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 19:12

    Ir acampar com os ciganos, em bairros ao lado deles, fartei-me eu de fazer. Em Lisboa e na Linha do Estoril.

    Os filhos da democracia não têm a menor ideia da mudança brutal qeu se deu de um dia para o outro.

    E não têm outra noção- que isto era liberdade. Eu tenho por critério que não existe liberdade num local onde não se pode andar na rua sem se correr risco de vida.

    É este o meu critério de liberdade. Os liberais até devem subir pelas paredes porque não faz parte do cabaz deles.

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  195. Desconhecida's avatar
    Tribunus permalink
    24 Agosto, 2008 19:16

    Vejamos. o Costa esteve 3 anos na administração intterna, vejam a amerda que o mesmo deixou, apadrinhada pleo Socrates.
    Ainda não se percebeu, porque ele foi para presidente da camar, o gajo, não tem feito nada! Será que o Socrates teve medo da concorrencia, para primeiro? mas cuide-se que está ali o Vitorino para lhe tratar da pele! ministro, não lhe interessa, mas ser primeiro ministro, è outro filme. Quem garante que o PS, vai querer o ôco do Socrates?
    Quanto ao desgraçado do MAI, è um pobre diabo, que esteve para ir para o tribunal constitucional (alguem treve o bom senso de correr com ele) tambem sonhou, ser procurador geral!
    O tipo não tem nada para dizer e faz figura de parvo, porque 2 anos atrás o Socrates disse que fechava os concursos para a policia, e este ano, lá iniciou um curso. Mas com a merda da justiça, que solta na Anadia e em Setubal a PJ, prende os brasileiros, no mesmo dia noutro assalto, como querem que esta merda funcione?

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  196. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 19:17

    É claro que escusam de vir já com pancadas que estou a dizer que a ditadura foi tempo de liberdade.

    Calminha, nada de confusões. O que estou a dizer é que esta falta de liberdade não é um custo inevitável do progresso, ao contrário do que as mentes “americanóides” gostam de vender.

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  197. Desconhecida's avatar
    José permalink
    24 Agosto, 2008 19:41

    Ó Pessoal! Mas o Costa, o Costa é alguém com um mínimo de capacidade de pensamento político, capaz de pegar num problema complexo como é a Segurança de um país e resolvê-lo?

    O Costa é filho da Palla, uma jornalista antiga que escrevia reportagens na Flama, uma revista de generalidades, mesmo assim, melhor do que as que hoje se fazem.
    O Costa aprendeu o quê e onde, para ter essas noções importantes que qualificam os líderes?

    O Costa aprendeu e bem foi a luta política de grupelho partidário e de associação aos chefes, para lhes tomar o lugar, mostrando qualidades afixadas pelo grupo, como sejam a intriga, a louvaminha, o riso público e escárneo privado etc etc.

    Intelectualmente, o Costa vale o quê?

    Tanto como o Sócrates.

    E o problema de Portugal ( e de outros sítios) é este: as elites que temos, são os Costas. Um deles até dirige a informação da SIC.

    Pobre país, este.

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  198. Desconhecida's avatar
    José permalink
    24 Agosto, 2008 19:50

    O nosso principal problema político é esse: a falta de líderes que tenham capacidade e discernimento superiores e que mostrem o caminho. Que tenham ideias solidificadas sobre os fenómenos sociais e consigam aprovar e por em prática políticas que resolvam os problemas.

    Em Portugal, os Costas, descobriram um modo de resolver o que não sabem: pedem a pretensos especialistas para os resolverem. É por isso que reservaram no governo actual, no Orçamento do país, quantias fabulosas para pareceres e estudos. Fabulosas! Compram saber!
    O problema maior é que quem não sabe nada de nada, a não ser a politiquice, para conquistar papalvos em eleições, nem sequer sabe escolher quem sabe.

    Daí temos as reformas que temos, porque estas luminárias escolhem cegos para os guiarem…

    Julgam que exagero?

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  199. Desconhecida's avatar
    José permalink
    24 Agosto, 2008 19:55

    Que faz o PSD para contrariar esta pobreza franciscana do PS?

    Escolhe para líder, uma mulher “à maneira”, do líder que um dia lhes mostrou que poderiam governar com seriedade e saber, mas que nunca passou de um diletante, de um economista de bairro, de um medíocre governante de quem José Hermano Saraiva ( que privou com tipo brilhantes nos governos de Salazar e Caetano), definiu como é: um pobre diabo.

    Estou a referir o Cavaco, claro.

    Por isso, temos o país que o país merece: Cavaco ao leme e a contra-mestre, este Sócrates que envergonha uma sombra do que deve ser um líder a sério, num país a sério.

    O PSD, para alternar a isto, escolheu uma líder ainda pior do que o Cavaco.

    Estamos completamente fodidos.

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  200. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 19:58

    ehehe

    É mesmo isso. Parece macumba

    “:O)))

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  201. Desconhecida's avatar
    José permalink
    24 Agosto, 2008 20:02

    Portugal precisa de outro 25 de Abril. De outro Regime. Enquanto tal não suceder, só nos afundaremos.

    Não é o Costa que é visto como líder do PS, pós Sócrates?

    Aliás, não foi um dos nomes possíveis para ser líder, antes de Sócrates?

    Por aí se pode ver, como estamos de país.

    Se isto fosse a Itália, não fazia mal algum. A Itália, nem precisa de governo a não ser para manter uma coesão mínima no que é tarefa pública.

    Portugal, pelo contrário depende do Governo. Totalmente. Esse é o nosso drama.

    Entregar o Governo a um tipo como Sòcrates ou Costa ou mesmo a tal Manuela, é sempre uma desgraça maior.

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  202. Desconhecida's avatar
    José permalink
    24 Agosto, 2008 20:04

    Os liberais andam aqui a lutar ideologicamente pelo esvaziamento do Estado.

    Se o fizessem pelo lado certo ( a redução na Economia não é suficiente, porque há muitos pobres em Portugal), como Salazar o fez ( é que o modelo de Salazar, corporativo, tem e deve ser estudado, nos seus aspectos positivos), até acharia piada.

    Assim, não vejo jeitos.

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  203. tancredo's avatar
    tancredo permalink
    24 Agosto, 2008 20:28

    O Corpo Superior de Polícia, vulgo P.J.,não resolve isto?Têm que pedir é a demissão do Costa,mas do Alberto do M. da Justiça.Porque pedem a demissão do R. Pereira se a competência investigatória dos recentes crimes mediáticos é reservada á P.J.?Oh José vc que se diz jurista o que diz a isto?

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  204. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 20:29

    Assim, quanto a mim fazem é outra coisa- espatifam ainda mais as resistências naturais- como os costumes, a família, os valores- mercantilizam onde deviam conservar e no resto até já estão com ideias de regionalizações (como se isto tivesse dimensão de uma França, ou região natural) para ainda criarem multiplicarem a corrupção pelos caciques-tiranetes locais.

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  205. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 20:32

    É nem acho que seja o esvaziamento do Estado. Estes liberais aumentam o Estado em tudo o que ainda é autonomia civil.

    Essa ideia que é retirar Estado, tudo transformar em mercadoria (caso de casamentos, obrigações sociais, tradições religiosas) é marxismo a renascer.

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  206. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 20:35

    O internacionalismo é o mal e o problema é que é um mal que não volta atrás. A globalização alterou tudo. E é por isso que, às vezes, quase me parece que alguns anarquistas conservadores ainda se vão dando conta do que os outros não dão.

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  207. Desconhecida's avatar
    José permalink
    24 Agosto, 2008 20:40

    Tamcredo:

    resolve o quê?

    Eu não defendo a demissão do Rui Pereira. O tipo até é um bom ministro, apesar da palermice da intervenção do GOE. Antes, fez coisas que apoiei.
    O problema é que a lógica política, deveria levá-lo à demissão. É nessa lógica em que ele se movimenta, por isso, a demissão pode tornar-se inevitável se esta criminalidade mediática continuar.

    Quanto a mim, o principal motivo de crítica a Rui Pereira, é o de ter liderado uma Unidade de Missão para a reforma penal que tornou o código de processo penal, um meio de defesa de delinquentes.

    Nisso, não apoio, nem defendo Rui Pereira. E acho que é um gravíssimo erro, o que fez.

    Em termos pessoais, é dos ministros que aprecio. Apesar de lhe notar uma pusilanimidade que esconde.

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  208. Desconhecida's avatar
    José permalink
    24 Agosto, 2008 20:48

    A questão principal, no entanto, não é a da demissão de um ministro, mas a arquitectura de um Governo e da competência dos seus membros.

    Na Educação, é uma desgraça inominável. Na Economia, ainda vá que não vá, no controlo do défice. Na Justiça, as mudandças deixam tudo na mesma ou pior.

    O que falta, é mesmo uma alteração de paradigma. Uma revolução que não vai ocorrer e que por isso, vamos sofrer nas próximas gerações as consequências desta mediocridade reinante.

    Dá a impressão que qualquer pessoa pode ser ministro…neste tipo de governo. Até o Vara o foi! Até o Dias Loureiro!

    Neste ambiente, não admira o que está a acontecer.

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  209. tancredo's avatar
    tancredo permalink
    24 Agosto, 2008 21:56

    “a demissão pode tornar-se inevitável se esta criminalidade mediática continuar.”
    José:
    Concordo consigo no facto das alterações feitas pela Unidade de Missão lhe terem vindo cair no colo enquanto MAI.As alterações, nós que andamos atentos a estes fenómenos, sabemos a quem serviram e porquê.Se é pusilânime não tenho essa certeza.
    Agora em relação aos recentes crimes mediáticos, a culpa política não pode ser de R.Pereira, mas sim de Alberto Costa, porque a Investigação dos mesmos é reservada da P.J.,logo Ministério da Justiça e não Administração Interna.

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  210. anabela's avatar
    24 Agosto, 2008 22:32

    “O PSD tenta explorar a forma irracional com que o eleitorado reage às notícias sobre crimes violentos”.

    Porque será? Porque não centra as respostas nas causas políticas, de facto? Nas opções da política caseira do desgoverno socretino? Não sabe as causas (não acredito), não pode (impensável, está a fazer oposição política), não quer. Não quer apontar as (verdadeiras) causas para tal (criminalidade) ao desgoverno socretino, porquê?
    As respostas do MAI são as chamadas respostas “tradicionais” do PS e do PSD, deste regime político. Não chega. Estão ultrapassadas. Não têm hipóteses de vingar. Naturalmente. Esta criminalidade é uma “guerra de guerrilha” e quaisquer meios operacionais da melhor polícia do mundo não têm resposta.

    Porque é que Manuela Frreira Leite e o PSD não fazem o ataque ás verdadeiras causas da chamada actual vaga de criminalidade! (?)

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  211. aremandus's avatar
    24 Agosto, 2008 23:26

    pois mas é muito mais violento a porrada diária do homem sobre a mulher do que o assalto a um banco, com o habitual: passa para cá a massa, com o criado do banqueiro a meter a nota no saco diligentemente….enquanto não sodomizarem as minhas irmãs, mãe, filhas e mulher não sinto nada…tà-se bem

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  212. zazie's avatar
    24 Agosto, 2008 23:47

    E ainda mais sobre crianças, já que dessas é que ninguém fala porque não dão lobbie

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  213. Paula's avatar
    Paula permalink
    25 Agosto, 2008 00:09

    Não me lembro de isto ser tão seguro assim no passado. Também não me parece que o efectivo crescimento económico durante a ditadura tenha beneficiado mais do que as 100 famílias que ainda hoje aí estão. Esse passado depende muito do personagem que o viveu. Por exemplo lembro-me de ver os proxenetas de pistola na mão à porta das leitarias a ameaçar as protegidas às 8.30 da manhã no Bairro Alto. Lembro-me de mulheres deixadas às portas da morte pelos pais e irmãos por terem tomado a liberdade de saír de casa dos maridos nesse interior bucólico e idílico. Lembro-me da PIDE a disparar sobre trabalhadores rurais nas aldeias. Lembro-me de mulheres violadas pelos patrões.
    E quem não se lembra do conluio entre polícias e proxenetas na Avenida?
    A insegurança que se sentia já a esquecemos. Hoje somos mais velhos e percepcionamos estes problemas de forma diferente. Com a idade sentimo-nos sempre mais frágeis e inseguros.

    Mesmo em ambientes inóspitos um sector da sociedade pode sentir-se seguro. Os portugueses não se sentiam em geral inseguros nos anos 90 em Macau apesar do domínio das tríades. Passeavam à noite sem problemas e frequentavam todo o tipo de sítios.
    E a segurança depende também do ar de otário que se arvora. E esse era menos acentuado quando tinhamos uns anos a menos e um aspecto menos abastado.

    O meu ponto é que para o que se devia discutir isto é pouco importante. É claro que a “favelização” potenciou os maus resultados mas o principio é o mesmo e as motivações do crime são sociologicamente as mesmas: o que difere entre o Brasil de hoje e o Portugal do passado é uma questão de gradação. E o que distingue o Brasil de hoje do Portugal de amanhã é uma questão de tempo. Também não vejo propriamente uma ruptura na sociedade nem com o 25 de Abril nem com a entrada na CEE. Nem para melhor nem para pior. Apenas uns solavancos. Continuamos a ter o crime passional (agora menos permitido mas ainda considerado justificado em muitos meios), o crime organizado (agora com influências do leste europeu), o crime derivado das dependências (antes o tinto, agora as drogas sintéticas), etc.
    Porém, se o cidadão prescindir de uma série de direitos (ter carro, usar multibanco, saír à noite, andar sózinho, circular em certas zonas, etc.) vai sentir-se mais seguro. Hea quem jure que não teve nenhuma liberdade cerceada durante o regime de Salazar. Não era essa a opinião de Delgado.

    Quanto ao argumento da autoridade creio que nem a autoridade à maneira do pulso de ferro nem a repressão científica resolvem o problema. Nas piores ditaduras os nossos direitos são cerceados, incluindo o de nos defendermos num tribunal. Como poderia daí resultar uma maior sensação de segurança?
    Mas temos um problema sem dúvida … mesmo que estatisticamente ele se não verificasse, o modo como percepcionamos as coisas vai influir no nosso comportamento. E as pessoas começam realmente a ficar assustadas.

    Amsterdão? Actualmente são muitos negócios escuros transcontinentais para uma cidade só. E quando começa a subir o desemprego sobe o racismo. se um grupo é minoritário é mais fraco, logo use-se a descriminação racial para o afastar dos recursos. E o PIB nada diz sobre as desigualdades mesmo nos países mais ricos.

    Em suma penso que se deveria discutir a segurança (um conceito complexo) e não a criminalidade (uma estatística sobre o incumprimento de normas jurídicas). Culturalmente talvez faça falta à sociedade reconsiderar os limites que se devem impor às crianças desde a mais tenra idade. Mas com desequilibrios tão grandes na sociedade não esperem milagres nem de pais, nem de professores, nem de polícias.

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  214. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:19

    Quanto ao crescimento económico não é a olho, por quem se lembra. Estão estudos científicos feitos pelo Pedro Lains

    Segurança era como eu disse. Sem qualquer comparação.

    O resto é blá, blá

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  215. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:23

    Acerca de Amsterdão até tem depoiamentos online.

    Agora o crescimento económico de Portugal em tempos de ditadura é mesmo assim e até no antigo Blasfémias foram publicados os estudos do Pedro Lains

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  216. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:28

    V. pode dar os exemplos de lutas políticas, mas essas não atingiam a população. Apenas quem se metia em partidos, ou apanhava à tabela, em agrupamentos, quer no campo, quer entre os estudantes.

    E, mesmo assim, nada que se compare com revoltas em França ou o que quer que seja.

    Depois tem é a tal barbaridade familiar e essas dependências de prostituição. Mas, nada que se compare com o que se passa a esse nível hoje em dia.

    Mesmo os maus tratos infantis, que deviam ter diminuído, dada a sensibilidade geral que se adquiriu para essas questões e que não existia há 30 anos, não diminuiram. Antes pelo contrário- quando acontecem atingem níveis criminosos e de uma crueldade que ultrapassa tudo.

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  217. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 09:29

    Quando a discussão é sobre isto, é óbvio que se aproveitem da acefalia nata do indigenato Português.

    Aumento de crime não é sinónimo de aumento de notícias.

    Crime é um termo vago. E crime tem muita discussão; organizado, passional, sexual.

    Por um lado há um aumento de crime organizado mas a realidade é que esse crime existe noutros pontos da Europa, aqui é que não existe métodos para os combater.
    Quanto aos crimes passionais de violência pontual e “gangs” é pura especulação de Agosto. Quem discute isto é porque ainda não saíu da roda, enquanto que no mundo se discute o combustível.

    Continuem a financiar mais polícias sem as formar, a reger a política na quantidade e sem prevenção.
    Um dia, o estaleiro rebenta.

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  218. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:31

    E pior, a esse nível é que me tenho dado conta que as pessoas continuam bárbaras por baixo das mais variadas camadas de verniz de causas humanistas,

    Até aqui, na blogosfera, já li depoiamentos que causam vómitos. Vindo de grandes defensoras das causas das mulheres. Pessoas altamente civilizadas e sempre prontas a denunciar meio mundo por pancadas de pseudo xenofobia e racismo, que depois, quando toca a crianças escrevem autênticas barbaridades.

    E não estamos a falar de analfabetos, não.

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  219. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:35

    Há um aspecto que deve estar sempre presente. A barbárie está dentro e nós. Basta alteração das circunstâncias para poder saltar e o mais pacífico virar do avesso.

    Por isso é que não é nada pedagógico passarem-se directos com abates, mostrados como justiça. E fazerem-se depois entrevistas a quem se baba e ulula e pede mais e acha que “o outro também devia ter quinado” ou que foi menos um, no caso do miúdo cigano.

    Isso é dito na rua, é dito na tv, é escrito nos blogues. A natureza humana tem lá esta barbárie adormecida.

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  220. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 09:39

    Pronto e como se não existissem limites à estupidez militantemente observadora;
    zazie Diz: (…) A barbárie está dentro e nós (…)

    Ai está? ena, existem pessoas observadoras e cientes do mundo hein. Então e o que aconselha Zazie?!

    zazie Diz: (..) A natureza humana tem lá esta barbárie adormecida.

    Mais do mesmo.

    Zazie, trabalhar ocupa a mente, ao invés de vir para aqui reflectir no que está pisado.

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  221. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:42

    No caso do racismo é capaz de se passar o mesmo. É coisa em que nunca penso porque nunca conseguiria ser racista. Mas admito que não seja assim com muita gente. Daí que há que ser realista e nãi criar situações impossíveis onde depois o racismo é mesmo inevitável.

    E isto começa por ser criado por políticas irresponsáveis, depois fazem nascer os malucos com aquelas taras de pureza de sangue. Mas são os responsáveis e os malucos inversos- do paraíso da miscigenação absoluta, da integração e desnaturalização das diferenças num ser anódino, sem raça, sem crenças, sem cultura própria- a que chamam “cidadão do futuro”, que dão origem ao oposto- aos segregacionistas, xenófobos, racistas.

    Integração terá ser sempre obediência à lei, mas nunca o que é mais caro às pessoas com cultura diferente deve ser alvo de troça e ofensa, como fazem os ateus militantes na Holanda e nos países Nórdicos, em relação aos islàmicos que deixam entrar e que depois achincalham pelo mais rasteiro e sujo- a própria religião deles.

    Mais honesto será deportar por criminalidade que perseguir por troças e não respeitar as legítimas culturas e o que de mais sagrado existe para muitas pessoas.

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  222. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:44

    Aconselho que enfies o pepino onde te está fazer falta.

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  223. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:45

    Tinha de ser rena.

    Estes também são outros que tais. Vivem bem à conta do parasitismo de tudo.

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  224. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:47

    E se fosses tu trabalhar onde precisas? hãã~?

    V.s não têm mais nada que fazer que andar sempre a cheirar os outros, seus grandes tarados?

    Vieste para aqui fazer o quê? que disseste tu de interesse para além de quereres provocar trica?

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  225. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:49

    O que é que se pode esperar de uma múmia que escreve coisas destas: «Não se admirem com a bufaria e com tantos Patrões, porque sabem perfeitamente que foi o pretexto para nunca termos uma verdadeira guerra civil. »?

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  226. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 09:53

    Eu estava apenas a responde ao comentário da Paula que dava uma visão diferente dos tempos da ditadura. Mais nada.

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  227. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 09:54

    Zazie é o epítome.

    Quero só esclarecer que te conheço e as “mal-entendidos” acontecem.

    Quanto ao resto, cinge-te à discussão de ideias, ainda que não as tenhas.
    Deixa os meus vícios e a discussão pessoal para outra altura.

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  228. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 09:59

    Quando vou à minha aldeia deixo o carro com vidros abertos e vou dormir. A minha avó não consegue sair de casa sem dar duas voltas à chave e se eu não o faço ela obriga-me a fezer e diz sempre que “anda por aí uma gatunagem”. A verdade é que salvo um ou outro episódio muito esporádico, nunca acontece nada.
    A insegurança, por vezes, está na nossa cabeça e quando a comunicação social nos bombaredia diariamente com notícias de crimes, as pessoas ficam apavoradas. A comunicação social é livre de noticiar e dar prioridade ao que bem entender; cabe aos cidadãos fazer uma filtragem daquilo que nos mostram. Quando uma televisão abre um telejornal com uma notícia sobre um assalto a um supermercado em detrimento de acontecimentos sobre a guerra na Geórgia, está tudo dito.

    Independentemente da criminalidade da década 60 ser pior ou melhor que a actual (há quem diga que era menor; há quem diga que havia manipulação de dados) continua a não ser compreensível que as capitais mais inseguras sejam Amesterdão, Londres e Copenhaga.

    “(…) E o PIB nada diz sobre as desigualdades mesmo nos países mais ricos (…)”

    Será Portugal um exemplo de igualdade social?

    Inicialmente apresentei estatísticas de homicídios, ofensas à intergridade física graves e roubos a bancos. Não me parece que se possa resumir estes actos a meros incumprimentos de normas jurídicas. É muito mais que isso. Os homicídios voluntários e as ofensas graves apresentam, desde há muito, uma tendência decrescente, isso é um facto indesmentível.

    Os crimes de desobediência e resistência a coacção a funcionário têm uma tendência inversa. Espelha bem o esvaziamento de autoridade que se tem verificado desde o 25/04. Um polícia finlandês tem nitidamente mais autoridade que um polícia português e não me lembro dos finlandeses se queixarem de viver em ditadura.

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  229. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 10:09

    «Os crimes de desobediência e resistência a coacção a funcionário têm uma tendência inversa. Espelha bem o esvaziamento de autoridade que se tem verificado desde o 25/04. Um polícia finlandês tem nitidamente mais autoridade que um polícia português e não me lembro dos finlandeses se queixarem de viver em ditadura.»

    Caro pinto, em Portugal existe «autoritarismo», não existe autoridade. Porque autoridade está a par de responsabilização, assertividade e coerência.

    Há outro aspecto que são os direitos individuais, direitos de defesa, direitos de propriedade que cada País tem na sua Constituição.

    Em Portugal não existe crime violento como sociedades modernas. Não existe uma malha de violência sub-urbana como na França. Não existem GANGS como South Central, Brooklyn.

    Existem crimes pontuais, violência doméstica, violência gerada por monoparentalismo e alheamento de deveres.

    Estes casos de CRIME organizado onde realmente se toca a uns cobres mais pesados, não tem mão Portuguesa.

    A mão “portuguesa” toca em assaltos que sabe de pena leve. Biscates.
    O resto são danos colaterais.

    A questão é outra. Todos defendem mais segurança, como pretexto para orçamentos mais chorudos para uma polícia débil, funcionalista, sindicalista.
    Ora, se os formarem e minorarem os riscos com uma institucionalização pesada na aplicação da Lei, a par da responsabilização individual, surte mais efeito que colocar mais efectivos nas esquadras (a longo prazo).
    Mas, isso não interessa ao regime e aos mamões “socialistas”. Colocam as verbas para os agentes “porreiros”.

    «há lugar para todos».

    O resto é tema de café.

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  230. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 10:11

    A formação de um polícia em Portugal é em tudo semelhante à maior da maior parte dos países europeus.

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  231. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 10:15

    A mim não me interessa saber se a mão é portuguesa ou importada. Interessa-me saber, isso sim, se o crime foi praticado em Portugal e sobre portugueses ou não.

    Já eu não defendo maiores orçamentos para a polícia. Antes um reforço de poderes de autoridade.

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  232. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 10:18

    O único reforço orçamental visaria o ordenado dos polícias: baixíssimo para quem faz turnos, arrisca a vida e não tem horário de trabalho.

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  233. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 10:21

    ò palerma. Quem veio com palhaçada pessoal foi v.

    Leu o que a Paula escreveu?

    Ela negou que tenha existido crescimento da economia durante a ditadura.

    E eu dei indicação do estudo onde o pode comprovar.

    V. não fez nada disto, fez peixeirada de mulherzinha.

    Ela também escreveu que existia mais violência em tempos de ditadura e deu exemplos de maus tratos familiares e contra prostitutas e eu apenas lhe respondi que isso ainda está pior nos nossos dias.

    Até porque são as tais questões relativas à “natureza humana” por onde não se pode aferir a maior segurança na vida pública.

    Ora responda lá a isto e prove que é mais teoria o seu descabelamento e implicação meramente fulanizada comigo, que nem estava a dialogar consigo.

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  234. Desconhecida's avatar
    Goodfeeling permalink
    25 Agosto, 2008 10:21

    ÚLTIMA HORA:
    (Agencia Lusa)

    O jornal “O Crime” vai dedicar-se a notícias com temática económica, política e desporto, dado que segundo o seu Director “Os jornais diários ao abarcarem em força a temática editorial deste jornal, e consequentemente mostranto uma forte concorrência, tendo como resultado a quebra de vendas, levou a que mudássemos o tipo de notícias incluídas (neste jornal). Sentimos que os leitores precisavam de estar (bem) informados sobre outros assuntos – economia, política e desporto- os quais não têm sido suficientemente abordados pelos jornais mais populares”.

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  235. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 10:22

    E eu não sei de onde me conhece porque “Vicissitudes” não fazem parte das minhas relações pessoais nem nunca foi conhecimento ao vivo como de dezenas de outros bloggers.

    Por isso cale-se que eu não gosto é de bufaria a meter o nariz no que é privado.

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  236. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 10:26

    Olha entretem-te com o Pinto que também tem a mania que é jurista.

    Presunção e água benta cada um toma a que quer e v.s estão mesmo bem um para o outro. Fazem a parelha perfeita de grandes patapoufs, verbos de encher.

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  237. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 10:35

    «A formação de um polícia em Portugal é em tudo semelhante à maior da maior parte dos países europeus.»

    Falso.
    A formação começa pelo civismo. Se à partida o respeito supremo à lei não existe, e cada qual tem a sua interpretação, o mesmo se verifica na APLICAÇÃO da lei.
    Falta INSTITUCIONALIZAÇÃO, regra uniforme. A formação das nossas polícias de si é instrumento para o bem estar do remige, por outro a meia dúzia que não tem condições e aufere mal, porque sobrevive daquilo, morre no suposto “mérito” de profissão.
    Formar a polícia passava por lições de cidadania. Infelizmente teriam de dar cabo desta constituição, construir todas as polícias de origem e modificar os direitos de propriedade e defesa.

    No fim todos sabemos que vamos acrescentar mais cores à borrada já feita.

    «A mim não me interessa saber se a mão é portuguesa ou importada.»

    Então é porque não sabe do que fala. Porque as penas de prisão, os crimes, são tudo constantes sociais que inferem na nacionalidade.

    ZAZIE – «Ela negou que tenha existido crescimento da economia durante a ditadura.»

    Falso. Existia uma considerável independência financeira e um rigor financeiro que hoje não existe.

    Em relação à ditadura, não percebi a QUAL ditadura se referiam. À actual? em que ninguém sabe quem é quem? Ou à que vigorou e todos sabiam o “sacana” que o botas era?

    «que existia mais violência em tempos de ditadura e deu exemplos de maus tratos familiares»

    Que tipo de violência?, é erróneo falar em quantidade, visto que eram gerações diferentes, contextos diferentes.

    A mulher em si tinha um papel diferente, de submissão ao homem, e por sua vez de glorificação ao “füher” das botas. Agora daí a que houvesse uma maior violência, duvido.
    No clima repressivo, havia menor criminalidade, menor mendicidade. Eram ambas proibidas pela Constituição!

    Mas por outro lado havia muita omissão; Exame Prévio.
    E havia propaganda, mas todos sabiam e todos se calavam. Mas note; SABIAM.

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  238. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 10:41

    Etá a repetir-me?

    1- Pois quanto à economia foi isso que eu disse. E mais, até lhe citei os estudos do Pedro Lains. Com gráficos onde se pode aferir, de forma científica esse crescimento.

    Então como é? repete-me, dizendo o mesmo, quando me mandou calar quando era isso que eu estava a dizer antes de si?

    2- «que existia mais violência em tempos de ditadura e deu exemplos de maus tratos familiares»

    Que tipo de violência?, é erróneo falar em quantidade, visto que eram gerações diferentes, contextos diferentes. idem, idem, aspas, aspas

    Foi precisamente isso que eu respondi à Paula.

    Dá-se agora conta do disparate que fez em mandar-me calar e dizer que eu não estava a teorizar quando v. agora é que está a repetir o que eu disse primeiro.

    Concordando até comigo, o que ainda é maior loucura.

    V. acabou de me dar razão, quando apareceu para me chatear, como se eu é que tivesse escrito o que a Paula escreveu.

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  239. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 10:46

    «No clima repressivo, havia menor criminalidade, menor mendicidade. Eram ambas proibidas pela Constituição!

    Mais uma enorme verdade que se limita a corroborar o que eu tenho escrito por aqui.

    A ditadura era legal. A criminalidade nunca foi legalizada. Os actos da polícia eram legais, Precisamente como agora.

    E até havia menos incidentes em civis do que agora. Porque as perseguições diziam respeito a questões que punham em causa a segurança do Estado (gostando-se ou não disto, mas eram- os polícias não andavam a disparar na rua contra qualquer cidadão, por dá cá aquela palha.

    A Paula é que deu uma ideia perfeitamente subjectiva e sem sustentação teórica. Não fui eu que lhe respondi, dizendo o mesmo que v. agora está a dizer.

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  240. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 10:50

    Olhe aqui isto que v. escreveu:

    «ZAZIE – «Ela negou que tenha existido crescimento da economia durante a ditadura.»

    Falso. Existia uma considerável independência financeira e um rigor financeiro que hoje não existe.

    Falso para quem? para mim, que disse o mesmo e respondeu o mesmo à Paula?

    Entende que v. é que entrou a matar e a atacar a pessoa errada, quando eu estava a responder a um comentário de uma qualquer Paula que pegou no que eu antes escrevera e que ia precisamente no mesmo sentido do que v. diz?

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  241. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 10:52

    “(…) A formação começa pelo civismo (…)”

    Os 50 000 polícias são uma amostra de 10 000 000 de portugueses. Você também faz parte desses 10 000 000. Não se julgue melhor nem pior. A vaidade e a presunção não ficam bem.

    “(…) Formar a polícia passava por lições de cidadania (…)

    Essa cadeira já é leccionada há anos porque, estupidamente, se achou que o civismo se resolve com uma disciplina.
    Aliás, o programa curricular de um curso de formação de agentes em Portugal é semelhante à da maior parte dos países europeus.

    “(…) Porque as penas de prisão, os crimes, são tudo constantes sociais que inferem na nacionalidade (…)

    ERRADO. A maior parte das penas de prisão estão estipuladas no Código Penal desde 1982 e é para todos igual, quer o crime seja cometido por um estrangeiro ou português. O que tem diferido é o “modus operandi” dos crimes. E isso é estudado por quem de direito.

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  242. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 10:52

    Vou indo mas acrescento que isto que v. (vissicitudes) escreveu é que é bem pertinente:

    «Então é porque não sabe do que fala. Porque as penas de prisão, os crimes, são tudo constantes sociais que inferem na nacionalidade.»

    Claro. Não se pode combatar nada que não seja primeiramente enquadrado e entendido nos fenómenos que o provocam.

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  243. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 10:57

    Só mais uma coisa: não me venha com o velho estigma anacrónico que o polícia é bronco porque tem a 4ª classe e que “cá eu que tirei o curso na Lusófona, por isso sou pessoa de refinado civismo”.

    Os oficiais da PSP/GNR são quase todos licenciados. A esmagadora maioria tem licenciatura em Ciências Políciais e Segurança Interna (licenciatura vocacionada para a actividade policial em particular). Recentemente a Alemanha fez um Instituto Superior de Polícia que parece uma cópia integral do existente em Portugal.
    Também existem agentes licenciados com fartura. Cada vez mais licenciados concorrem às forças de segurança.

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  244. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 11:05

    O problema é bem mais complexo e tanto pode ter essa vertente de péssima formação e falta de meios geral para tudo, incluindo segurança.

    Como pode ter e tem um pano de fundo ainda mais abrangente que corresponde a uma forma de pensar a segurança com uma mentalidade utópica, completamente irresponsável.

    E aqui, neste aspecto, onde a utopia ainda anda é que não há grande coragem para se tocar.

    Até porque, para se tocar e caracterizar maleitas, era preciso falar-se do que todos têm “muito medo mas pouca vergonha” a política de imigração.

    E esta política de imigração, tal como está, acompanhada de cada vez maior pobreza, de economia mais frágil, de mais gastos em subsídio-dependência que facilitam o complemento marginal sem integração no mercado de trabalho ou na socieade, são políticas suicidas.

    Mas eu sei que os liberais não tocam nelas, como também não tocaram no resto da Europa até o monstro estar criado e depois aparecerem os movimentos ideológicos à skins sem que os conservadores políticos tenham manobra para tentar remediar a estupidez que todos os outros criou.

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  245. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 11:09

    E o problema é que por cá, de liberais só virtuais, nem no poder existem.

    Temos socializantes mais ou menos utópicos, a fazerem os mesmos disparates e políticos sem capacidades que os distingam.

    Depois anda sempre tudo a toque de caixa dos media e a trabalhar para os lobbies por causa do voto.

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  246. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 11:15

    Caro Pinto,

    Não se trata de um “anacronismo”, trata-se de um respeito pela Lei, resultante da acepção da mesma.
    Não se trata de uma “licenciatura”, de formação académica. É o cumprimento da lei uniformizado.
    Para lhe dar um exemplo muito concreto, a repressão colonial no Congo Belga foi feita de uma só maneira; VIOLENTA.
    O Apartheid na África do Sul idem. Separava as águas os “negros” eram tratados como NEGROS. Segregação. Regra geral.

    Se sabe do que falo, saberá que nas províncias Ultramarinas, a segregação era deixada à moral individual, e os “chefes-de-posto” tentavam chatear-se o menos possível, legando responsabilidade aos comerciantes que por sua vez cada qual depreendia o que fazia em função da situação. Nunca de UMA regra geral, de um cumprimento Universal.

    Isso são tudo aspectos que passam de geração para geração. A cidadania é inculcada acima de tudo numa CULTURA. Não interessa se há ou não disciplina, porque cada qual tem a sua acepção.
    O mesmo é verificado no polícia que disparou para os pneus do carro do “cigano” que matou o filho.

    «A maior parte das penas de prisão estão estipuladas no Código Penal desde 1982 e é para todos igual, quer o crime seja cometido por um estrangeiro ou português. »

    Falso. O acesso a recurso é diferente e a pena é atenuada conforme os aspectos da nacionalidade, da residência, da situação.
    Dou-lhe um exemplo muito claro; o Wellington, que vai ser extraditado para o seu País de origem.

    Outra coisa, defender mais prisão é outro erro. A prisão funciona como uma ferramenta de integração, numa cultura de integração. Se, a prisão funcionasse com medidas de esforço como os Estados Unidos têm, a institucionalização estaria mais presente.

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  247. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 11:19

    Só para que se refira que uma das razões para esse quadro nas províncias Ultramarinas; Atraso nacional. Que facilitava a integração, mas colocava os “pé rapados” que nunca tiveram nada, acima dos “pretos” da sanzala.

    Aqui dá-se o mesmo às polícias. Doutrinados para terem uma arma e muitas das vezes acima da lei.

    É o mesmo aspecto, a mesma mentalidade.

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  248. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 11:20

    Os polícias que dispararam 7 tiros para travar uma carrinha, com cigano ou sem cigano, fizeram-no dentro de uma povoação, podendo matar quem fosse a passar.

    Ainda antes da etnia de quem fugia existe este facto. E este facto é que é prova de absoluta indiferença pelos civis que podem ir a passar.

    E esses não têm raça nem etnia marcada na testa.

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  249. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 11:23

    Bem que quem ia dentro da carrinha podia ser branco VIP ou ministro que o acto de se achar que se trava uma fuga de automóvel com tiroteio dentro de uma povoação é que devia dar direito a processo imediato.

    Apenas isto. Sem precisar dos choradinhos dos ciganos ou da xenofobia. E mesmo que nem tivesse morrido um rapaz que ia dentro.

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  250. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 11:25

    7 tiros à altura de uma pessoa. Foi isto, junto ao adro de uma igreja.

    Estes são os factos mais pertinentes para se ver onde está o profissionalismo ou o civismo, ou a pura vingança como se fosse gang rival e não força da ordem com treino e obrigações cívicas.

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  251. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 11:39

    “(…) O acesso a recurso é diferente e a pena é atenuada conforme os aspectos da nacionalidade (…)”

    ERRADO. ERRADÍSSIMO.

    ” Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, TERRITÓRIO DE ORIGEM, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social.”

    (nº 2 do art. 13.º da Constituição da República Portuguesa)

    Não confunda acordos internacionais de extradição com aplicação da lei penal.

    “(…) Se, a prisão funcionasse com medidas de esforço como os Estados Unidos têm, a institucionalização estaria mais presente.”

    Agora vejamos outros exemplos: o Brasil tem uma moldura penal mais leve. Será que a criminalidade brasileira se deve a esse factor?
    A Finlândia, a Suécia e a Noruega têm um sistema penal mais severo. Será que a segurança (invejável) destes países reflecte os seus ordenamentos jurídico-penais?

    “(…) Aqui dá-se o mesmo às polícias. Doutrinados para terem uma arma e muitas das vezes acima da lei (…)”

    Preconceito. Estigma anti-polícia bem patente.

    A minha avó teve 13 filhos. Era muito pobre. Nenhum dos filhos teve, alguma vez, qualquer problema com a polícia. Parece que a polícia para eles não era injusta e autoritária.
    Hoje, há meninos em bairros sociais que são umas “vítimas” das “atrocidades” policiais. Os polícias é que são injustos porque eles não fazem mal a ninguém. Mas de vez em quando levanta-se o véu e toda a gente pode ver o que existe dentro desses bairros. A notícia de ontem (de um polícia baleado na cabeça) é um levantar do véu: há dinheiro para pistolas e não para a prestação de uma habitação.
    O que vale é que a esmagadora maioria das pessoas já não engole essa cantiga.

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  252. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 11:41

    Sim Zazie, lapso meu.

    Tive uma descoordenação. Já passou, já passou…

    Quanto à complexidade do tema, tem absoluta razão. Mas a criminalidade existe nas sociedades, sempre existiu. Maior ou menor grau é outra coisa. Há um facto, estamos e somos atrasados a responder à crescente violência. Seja em crime organizado, seja em crimes passionais.

    Mas, a direita fala como se tivéssemos uma violência ao estilo Brasileiro. A esquerda fala em integração social.
    No fim, acabamos ou por pender para um Estado de controlo total, com o erário total na formação de Polícias deformadas, ou por continuar com o actual sistema de integração, igualitarismo e facilistimo.

    Zazie: (…) de economia mais frágil, de mais gastos em subsídio-dependência que facilitam o (…)

    Já percebeu que o regime vive desse coitadismo e assistencialismo? Que, por trás dessa pobreza institucional há um assessor para tratar da papelada? É o arremesso ideológico para manter os chupões e a política de mediocridade.

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  253. zazie's avatar
    25 Agosto, 2008 11:48

    Assino por baixo e estou de saída. Mas é isso mesmo. O resto, tem no post mais acima ( de hoje do João Miranda a propósito das polícias) um comentário do Carlos (galo verde) que acrescenta o que falta

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  254. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 11:52

    Caro Pinto;

    Não vou discutir Direito consigo.

    « o Brasil tem uma moldura penal mais leve. Será que a criminalidade brasileira se deve a esse factor?»

    Tem uma violência diferente. Tem uma pobreza diferente, tem uma cultura diferente. Tem um sistema penal diferente.
    A repressão no Brasil funciona como catalizador para uma maior violência e o Brasil é um caso perdido, de corrupção e cultura de violência que chega a níveis assombrosos.

    Os países Nórdicos que indicou são países protestantes que na sua constituição protejem a propriedade privada contra terceiros.

    Quanto à polícia não entendeu claramente o que eu quis explicar.
    Os exemplos da sua avó é conversa descabida, porque eu quando era mais novo usava fralda e o meu Pai nunca roubou e a minha tia tinha pêlos.
    Agora o meu Pai não rouba, a minha tia fez um tratamento e eu não uso fraldas. Pinto, aprenda que o mundo não é a sua vivência, e isso não serve de argumentação para nada, principalmente num quadro como este.

    Eu nunca fui assaltado, e no entanto existem assaltos. A minha vivência pessoal NÃO é o mundo.

    Quanto à polícia, refiro-me claramente ao RULE OF LAW que os países protestantes (anglos) TÊM!

    ENTENDE ISSO? Há um cumprimento uniforme à lei.
    Em Portugal existe a “altivez” do cargo, o abuso de confiança, a mesquinhez de nunca ter saído da miséria, e a DESRESPONSABILIZAÇÃO GERAL!
    É um facto. É a cultura!

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  255. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 12:11

    E a mesquinhez das pessoas que entram em confronto com a polícia, ainda este não abriu a boca? Se é verdade que os portugueses são mesquinhos, a verdade é que a mesquinhez não se resume à polícia mas à população em geral. E deixe-me dar a minha opinião: o estigma anti-polícia é um sinal de mesquinhez. A desculpa da “caça à multa” (como se o condutor não tivesse, efectivamente, infringido a lei) é sinónimo de mesquinhez.

    Não podemos dizer que a altivez vem da polícia e os cidadãos são pobres vítimas de arrogância policial. ISSO É FALSO.

    Acho muito estranho que já tenha sido mandado parar em dezenas de Operações STOP e nunca tive polícias arrogantes a falar comigo e vejo outros queixarem-se, eternamente, deste problema. Acho, simplesmente, estranho.

    O exemplo da minha avó e de mais 13 filhos e de mais 19 netos e de mais 4 bisnetos é a prova viva que a pobreza não é sinónimo de criminalidade. Mas se não quisermos entrar em realidades particulares basta voltar a ler o meu comentário [228], segundo parágrafo.

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  256. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    25 Agosto, 2008 12:13

    Pinto Diz:
    “Desde que, em 2000, a PSP/GNR passaram a ter competências de investigação criminal de certos crimes (da maior parte deles para ser mais preciso), foram desviadas centenas de agentes para esta função.” “Também foram desviados muitos agentes para patrulhamentos localizados: patrulhas localizadas em bairros sociais, Escola Segura, Idoso em Segurança, Comércio Seguro.”

    E se acrescentarmos aqui os agentes que se ocupam exclusivamente em funções administrativas quem sobra para os “patrulhamentos de proximidade”. O velho “policia de giro” que desapareceu da vista?

    Não é devido a todos estes programas de serviços “avulsos” que deixaram de ver policias na rua que não estejam em gratificados a entidades particulares, à porta de organismos públicos ou a tratar da receita seja em operações STOP ou à cata dos “mal” estacionados.

    “Antes do Euro 2004 o Corpo de Intervenção também foi reforçado com novos agentes. Hoje fazem patrulhamentos em bairros problemáticos, ao contrário do que muita gente pensa que a polícia não entra nos bairros.”

    Então foi por isto que deixaram de existir problemas nos bairros “problemáticos”. I get it! 🙂
    Aqui perto, o Corpo de Intervenção também faz segurança a uma residência de um diplomata estrangeiro. Aquela porta é o local mais “seguro” da freguesia. Além do “normal” PSP à porta 24/7 também se lá vê, por vezes, um par de C.I.s a descansarem o braço nas UZIs. 🙂

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  257. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 12:20

    Exemplo típico de actuação da polícia de giro, em Portugal, ocorrido há minutos:

    Depois de vários dias de festa e de trânsito por onde calha e estacionamento em cima das calhas e passeios, numa cidade, um polícia entendeu fazer o ser trabalho de apanha multas, hoje, de manhã.
    Vai daí, um carro em cima de um passeio, é canja e dinheiro no cofre do Estado. Para tal, anda o polícia de carro, a rondar e para onde verifica a infracção. Para o carro mesmo ao lado e com outros carros estacionados, impedindo ele mesmo, a saída dos outros carros estacionados, para fazer o seu trabalho.
    Talvez por isso, quando uma pessoa pretende sair do lugar onde estava estacionada e verifica que p carro da polícia lhe impede de realizar a manobra com facilidade, nem se dá ao cuidado de puxar um pouco o carro atrás.
    Depois de interpelado pela pessoa que quer sair que lhe pede para o fazer, nada melhor, para este desafio á autoridade do que dizer-lhe: “tente sair assim”. E perante a insistência da pessoa e da dificuldade acrescida na manobra a efectuar, ainda por cima: “se não consegue tirar o carro assim, nem devia ter carta”.

    Foi isto. E não sei se fica por aqui.

    O exemplo de carroceirice, de bronquice é tanta que até dá vómitos.

    Não foi comigo, entenda-se. Comigo, a coisa não ficava assim.

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  258. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 12:23

    É este o exemplo concreto, quase geral da formação cívica dos cívicos.

    Uma participação contra este energúmeno de farda, dá o quê?

    Uma brincadeira. O tipo vai mentir ao superior e quem a faz, ainda fica mal.

    Isto é de terceiro mundo? Não, é Portugal no seu melhor. Sempre foi assim.

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  259. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 12:24

    Vicissitude(s), está a ver o estigma anti-policia bem saliente [256].

    “(…) E se acrescentarmos aqui os agentes que se ocupam exclusivamente em funções administrativas quem sobra para os “patrulhamentos de proximidade (…)”

    As funções administrativas também são vitais para a actividade policial. Em Portugal e em qualquer país do mundo.~

    “(…) Não é devido a todos estes programas de serviços “avulsos” que deixaram de ver policias na rua que não estejam em gratificados a entidades particulares (…)”

    Os gratificados são feitos nas horas de folga e só os faz quem quer. Cada polícia faz ao seu tempo de folga o que entender (desde que seja lícito).

    “(…) Aqui perto, o Corpo de Intervenção também faz segurança a uma residência de um diplomata estrangeiro (…)”

    E as embaixadas portuguesas no estrangeiro são guardadas pelos polícias de lá.

    Que os elementos do CI andam nos bairros andam. Se isso tem algum efeito dissuasor desconfio muito. A polícia não ode fazer o papel que compete aos tribunais e os meninos desses bairros já se aperceberam,há muito,que a ida ao tribunal é breve; é mais breve que uma ida às urgências.

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  260. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 12:25

    Pinto,

    Não defendi as “pessoas” e não estou a diabolizar a polícia. Afinal a polícia são; pessoas.

    A ver se nos entendemos, entre pessoalizar as “pessoas” e explicar-lhe um enquadramento cultural.
    Todos os povos têm “mesquinhez” na sua genética, uns mais outros menos. O que eu me refiro é que em Portugal culturalmente a polícia não age como principal cumpridor da lei, porque culturalmente Portugal não CUMPRE a lei. Mas, não é porque é contra a lei, ou porque a população é criminosa ou porque temos excesso de imigrantes. É porque simplesmente a cidadania não é um ponto assente culturalmente. O conceito de “liberdade” foi o engodo máximo para NÃO se cumprir a lei. Nos países nórdicos a LIBERDADE é o cumprimento da lei. Com isso bem assente, criam-se POLÍCIAS, quadros, serviços; PESSOAS.

    É claro que há bons polícias e maus polícias. A cultura vigente é de laxismo, não negue isso. Ter um polícia sem formação cívica é o mesmo que ter um macaco com uma sniper. O que temos é polícia que ao invés de cumprir escrupulosamente a lei, tem uma percepção da lei….

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  261. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 12:28

    E não me queixo dos serviços administrativos da polícia. Mas, até o Marinho Pinto veio à praça gritar contra a má formação dos quadros. Contra o excesso de polícias nas lindas manhãs Lisboetas que se acumulam nas esquadras. Com a excessiva concentração administrativa de serviços INÚTEIS.

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  262. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 12:32

    A polícia em Portugal, na sua generalidade, tem a noção de que é A autoridade. A autoridade reside neles, e não nas leis.

    Por isso é que se dispensam de as cumprir, como pretendem fazer com os outros. Andam em excesso de velocidade ( as brigadas da BT), sem ser em serviço assinalado; estacionam e param onde bem calha e onde lhes apetece e nem sequer tem a noção do dever que tem de cumpir. Eles, antes de todos e em primeiro lugar.

    Se alguém tem o topete de lhes chamar a atenção, temos a autoridade em acção.

    Foi o que sucedeu no caso apresentado, mas os exemplos são aos milhares.

    Com polícia deste género, e no meu entender, a generalidade é assim mesmo, não é possível termos um país civilizado.

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  263. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    25 Agosto, 2008 12:33

    Pinto Diz:
    “A desculpa da “caça à multa” (como se o condutor não tivesse, efectivamente, infringido a lei) é sinónimo de mesquinhez.”

    Como se o CE não estivesse feito para um pais virtual e não para o pais real. Com normas que levadas à letra tornam praticamente impossível circular durante um dia numa qualquer cidade ou estrada sem cometer uma infracção ainda que involuntária.

    Porque apesar de no pais virtual tudo fazer sentido e bater certo, no Pais real há sinalização “escondida”, inaplicável à realidade ou mesmo contraditória e até normas gerais impossíveis de cumprir em certos locais por não baterem certo com a realidade do terreno.

    Já para não falar no quase livre arbítrio com que a sinalização é colocada nas mais variadas situações. Costumo desabafar a este respeito dizendo que em Portugal e ao contrario do que seria expectável, a sinalização existe e faz sentido para quem já conhece bem a zona e não para quem chega de novo quando o bom senso implicaria exactamente o contrario. Só aqui à minha volta, numa freguesia urbana normalíssima nem muito antiga nem muito nova, conheço uma meia dúzia de exemplos que, apesar de para mim fazerem sentido pois conheço bem o local, é raro o dia em que não vejo lá uns “atrapalhados” a tentarem decifrar o que fazer a seguir. 🙂

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  264. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 12:37

    Os passeios de carro da polícia, alegadamente para patrulhar, servem para tudo e se calhar até para isso, embora esteja por verificar na prática, onde e quando uma patrulha desse género tem dado resultados concretos, para além da sinalização da passagem e da imagem de que existe efectivo patrulhamento.

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  265. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 12:41

    Uma boa parte das pessoas, por falta de formação, não entendeu ainda que podem efectivamente “multar” a própria polícia quando são estes os prevaricadores.

    Por exemplo, nos estacionamentos proibidos e abusivos.

    Se o fizessem, tirando a matrícula e referência aos carros e enviando directamente ( com prova documental e pessoal) directamente para a Autoridade Rodoviária, talvez os procedimentos se alterasssem.

    Assim, predomina o espírito policiesco, herdado do tempo do Salazar em que a mera vista de um polícia era muito mal vista.

    O autoritarismo generalizado da polícia em Portugal, não muda facilmente.

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  266. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 12:42

    Então a frase “(…) Caro pinto, em Portugal existe «autoritarismo» (…)” [229], deveria ser substituida por: “Em Portugal existe falta de civismo” ou “não existe o civismo que desejaríamos”.

    A população acusa a polícia de autoritária. A polícia sente que há atrito entre eles e os cidadãos e é menos cordial nas abordagens. A população não gosta dessa abordagem e é ainda mais ríspida para a polícia. A polícia sente que há mais fosso e é ainda mais agressiva.

    É este o filme que eu não desejo mas poderá ser este o filme se todos contribuirem com comentários menos próprios (como o empolgar de casos pontuais e quiçá exagerá-los).

    Leio muitas vezes aqui ferozes críticas à polícia: “porque no outro dia fez assim e fez assado”.
    Acontece que nunca chegamos a saber o outro lado, a outra versão, a versão da polícia.

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  267. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 12:45

    Estão a perceber o filme, com estes comentários?

    Nem é preciso por mais na carta. A Autoridade tem sempre razão!

    Acontece que não tem.

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  268. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    25 Agosto, 2008 12:47

    Pinto Diz:
    “Vicissitude(s), está a ver o estigma anti-policia bem saliente [256].”

    O que eu vejo é, mais uma vez erradamente, a tomada de dores corporativas como se fossem ataques pessoais.
    Se o ponto que tento focar nesse post é precisamente o de, normalmente, não ver policia “de giro” na rua como é que isto é um “estigma anti-policia”?

    “As funções administrativas também são vitais para a actividade policial.”

    E para manusear papeis é indispensavel ter o curso de policia. Óbviamente.

    “Os gratificados são feitos nas horas de folga e só os faz quem quer. Cada polícia faz ao seu tempo de folga o que entender (desde que seja lícito).”

    Então se só estão visiveis nas horas de folga o que fazem nas horas de serviço?

    “E as embaixadas portuguesas no estrangeiro são guardadas pelos polícias de lá.”

    Não é uma Embaixada. É a residencia de um diplmata que não sei se é ou não o Embaixador porque tal nunca me interessou. Nem me incomoda que lá estejam ou deixem de estar. Apenas constato o facto.

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  269. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 12:47

    “(…) Como se o CE não estivesse feito para um pais virtual e não para o pais real. Com normas que levadas à letra tornam praticamente impossível circular durante um dia numa qualquer cidade ou estrada sem cometer uma infracção ainda que involuntária (…)”

    São em tudo semelhantes às dos restantes países europeus.

    Doe, J, tenha paciência. O problema de se circular a 220 Km/h numa auto estrada não é da sinalização. O problema de se circular a 140 Km/h, dentro de uma localidade e em frente a uma escola não é problema da sinalização.
    A má sinalização (que efectivamente é má) não pode servir de desculpa para tudo.

    É muito frequente ouvirmos turistas dos países do norte da Europa comentarem a velocidade estonteante com que os condutores circulam em plena cidade de Lisboa. Este flagelo é gritante.

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  270. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 12:47

    Houve um indivíduo em Portugal que tentou por cobro a excessos policiais, na altura evidentes e frequentes: Rodrigues Maximiano, já falecido e que dirigiu ( muito bem aliás) o IGAI.

    Neste momento, já não é a mesma coisa.

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  271. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 12:49

    Os casos pessoais e pontuais, são apenas o exemplo do que se permite fazer a polícia. Todos conhecemos casos deste género ou piores e o sentimento generalizado é de que o autoritarismo, não cedeu lugar ao civismo.

    Há casos deste género noutras profissões, claro que há. Mas no caso da polícia, que é o que estamos por aqui a falar, a notoriedade do problema é endémica.

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  272. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 12:50

    Aliás, é isso que se nota em certo tipo de comentários, aqui mesmo: o espírito de polícia no seu melhor.

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  273. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 12:53

    Doe, J, não considero ataque pessoal mas o facto de esclarecer alguns mitos que existem sobre a polícia não ofende ninguém.

    “(…) E para manusear papeis é indispensavel ter o curso de policia (…)”

    1º Quem faz esses serviços tem acesso a matérias que estão sob segredo de justiça. Portanto têm de ser funcionários juramentados.

    2º E que se faz aos polícias com problemas de saúde. Colocam-se no lixo? Reformam-se e colocam-se mais funcionários a fazer um papel que poderia ser feito por eles?

    “(…) Então se só estão visiveis nas horas de folga o que fazem nas horas de serviço? (…)”

    Não vemos o nº de polícias que desejaríamos. Aceito. Mas de aí a dizer que não existe nenhum vai um grande passo.

    O policiamento de embaixadas e residências diplomáticas resulta de acordos entre os países e é uniforme, mais ou menos, em todo o mundo. Seme perguntar se acho que esse´policiamento é exagerado respondo: claro que sim.

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  274. Vicissitude(s)'s avatar
    25 Agosto, 2008 12:56

    Vou repetir a ver se percebe o léxico;

    A polícia Portuguesa sofre de “autoritarismo” mas não é autoritária.

    É inusitado estar a discutir aquilo que não se percebe. Nunca vos entrará na mentalidade os direitos pessoais.
    Uma vez mais comparo com a América que tem uma sociedade civil forte e a polícia actua com freios e contra-pesos (há casos de violência sim e omnipotência). Todos na América estão cientes dos seus direitos e acima de tudo; DEVERES. Todos na América ou é raro encontrar alguém que não saiba a 5ª Emenda.

    Cá o 25 de Abril trouxe a reivindicação que nunca existiu no regime do Estado Novo. Cá essas desculpas mesquinhas que aqui vê escrito (ex. a polícia é a 1ª a pisar o risco) é o sintoma perfeito da mesquinhez Portuguesa. Na vossa mentalidade ladram porque “ele” (a autoridade) não tem autoridade quando é a 1ª a pisar o risco. Se ele faz, eu faço. E a polícia como vive na cultura do “porreiro” e laxismo, faz porque eu faço.
    Um cumprimento não existe e todos ladram contra a polícia porque ele fica isento e nós “peões” rapados não ficamos isentos.

    Acabaram de demonstrar que um cumprimento firme sobre a lei e direitos não existe na mentalidade Portuguesa.
    Admiram-se de “Salazar” ???? Um país de atrasadinhos tem o regime que merece.

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  275. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 13:01

    Vicissitude(s), os polícias fartam-se de aprender os direitos fundamentais, os códigos, a legislação.

    Os polícias portugueses são cidadãos portugueses. Ao colocar defeitos na polícia portuguesa está a colocar defeitos em si próprio.

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  276. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 13:03

    Na América, há pouco tempo, numa cidade, apareceu um tipo que tem um blog e que se dedica a filmar abusos da polícia de giro, nos estacionamentos. Filma e interpela directamente os prevaricadores, da propria polícia.

    É in teressante verificar a reacção deles.

    Por cá, se alguém fizesse isso, a primeira coisa que lhe faziam era apreender a câmara. Depois, prendiam-no eventualmente. No mínimo, haveriam de arranjar maneira de lhe assacar um crime de coacção…

    A polícia actual, em Portugal e especialmente a PSP ( a GNR é outra loiça, é uma desgraça. Completa. Em termos de civismo entenda-se

    Milhares e milhares que se gastam nessa formação e redunda sempre no mais básico: “eu sou A autoridade”.

    É simples de entender, mas polícia português não entende. Como se comprova por aqui mesmo.

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  277. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 13:05

    A polícia portuguesa não são cidadãos como os outros. É isso que falta entender. Há uma diferença para com os cidadãos não investidos de autoridade para fazer cumprir as leis.

    A confusão entre autoridade e agentes de autoridade é dramática.

    O discurso modernista é esse mesmo: o de que são cidadãos como os outros e bla bla bla.

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  278. Desconhecida's avatar
    José permalink
    25 Agosto, 2008 13:07

    Escrevi que a GNR é outra loiça e a redacção deu a noção contário do que pretendi.

    O que pretendo afirmar é que a PSP é que me parece uma desgraça, neste aspecto. A GNR lá vai fazendo melhorias.

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  279. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 13:07

    “(…) Uma vez mais comparo com a América que tem uma sociedade civil forte e a polícia actua com freios e contra-pesos (…)”

    Muitos açorianos sabem disso. Não vêm com grandes recordações da polícia americana.

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  280. Pinto's avatar
    Pinto permalink
    25 Agosto, 2008 13:08

    E por aqui me fico.

    Não acusem a polícia por tudo e por nada. Tão mal formado é o polícia pouco elegante como o cidadão que passa a vida a falar mal da polícia. ~
    Deixem-se disso.

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  281. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    25 Agosto, 2008 13:13

    “Pinto Diz:”
    “O problema de se circular a 220 Km/h numa auto estrada não é da sinalização.”

    Mas é, p.ex., o problema de haver saídas só sinalizadas já quase em cima da faixa de desaceleração ou com interpretações dúbias.
    E celebre artista dos 220 Km/s hora era ministro. Está imune a questões terrenas.

    “O problema de se circular a 140 Km/h, dentro de uma localidade e em frente a uma escola não é problema da sinalização.”

    Aqui perto há varias escolas e universidades. Uma delas, EB qq-coisa, com crianças pequenas era “invisível”, para quem não conhecesse o local, até já estar em cima da passadeira e tinha uma alcatrão bastante escorregadio mesmo após décadas de empedrado polido.
    A sinalização existente era praticamente invisível pois estava quase em cima de uma lomba com curva, embora ligeira, e entroncamento à esquerda, para onde a atenção era dirigida, e que era o lado oposto ao do único sinal de passadeira. De vez em quando havia sarilho.

    Finalmente, há uns tempos, resolveram colocar sinalização nova, grades que dirigem a saída das crianças para a zona da passadeira evitando as correrias directas do pátio da escola para o meio da rua e, principalmente, fazer antes da passadeira principal uma faixa alargada em alcatrão “vermelho”, daquele extremamente abrasivo, que não só ajuda imenso em caso de travagem inesperada e repentina como não é afectado pela agua e ainda “salta à vista” a quem circule de automóvel mesmo sem conhecer previamente a zona. Problema resolvido.

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  282. tancredo's avatar
    tancredo permalink
    25 Agosto, 2008 17:30

    Ó Pinto não responda porque das duas uma:ou são mentes preversas ou contra-informação.Deixe-me dizer-lhe que a inteligência não é directamente proporcional ao nível académico.Este é o País que temos, confunde-se plausível com racional, logo qualquer “artista”,pintor,escultor,jurista,gatuno,proxeneta,…se juga mais capaz de usar o intelecto, só porque tem umas ideias plausíveis.

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