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Na escola (1)

3 Setembro, 2008

« – Desculpe, quando é que saem os horários? Já estamos a 3 de Setembro….

– Talvez no início da próxima semana. É que os professores só foram colocados na sexta…..

– E o que tem a colocação de professores a ver com os horários dos alunos?»

77 comentários leave one →
  1. Bravo's avatar
    Bravo permalink
    3 Setembro, 2008 15:27

    Estamos em Portugal. Haja compreensão.
    Pelo amadorismo, pela desorganização, pela irresponsabilidade.
    Com esta raça, não há volta a dar.
    Recrutem-se dirigentes no estrangeiro.
    O marquês de Pombal fê-lo, com muito bons resultados.

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  2. blogdaping's avatar
    blogdaping permalink
    3 Setembro, 2008 15:38

    Tá-se a ver !!
    Se eu fosse prof. ia querer saber os horários dos putos pra saber quantas horas me tocavam…
    É ou não é ???
    Horário de 40 horitas semanais é que eu não quero !!
    O Ministério que pague as mensalidades…. senão …Manifs…
    Já agora o Grande Marquês herdou de D. João V +/- 33 200 funcionários, saneou a administração pública e ficou com 220 +/-… e esta heeeeeemmm !

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  3. blogdaping's avatar
    blogdaping permalink
    3 Setembro, 2008 15:39

    Queria dizer : 3 200 funcionários… desculpel lá !

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  4. Zé da Póvoa's avatar
    Zé da Póvoa permalink
    3 Setembro, 2008 15:41

    Saudades dos governos de Cavaco e Barroso em que até ao Natal ainda havia colocação de professores?

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  5. FMS's avatar
    3 Setembro, 2008 15:57

    Gabriel, o sentido do post é dúbio.

    Pretende criticar as escolas por ficarem à espera de saber quantos professores vão ou não ter antes de criar os horários, ou pretende criticar o sistema de colocação de professores por deixar as escolas penduradas sem saber com que contam?

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  6. Desconhecida's avatar
    Bafo D'Onça permalink
    3 Setembro, 2008 15:58

    Espanta é sabendo que a situação se arrasta há anos ainda se continuam a licenciar pessoas unica e exclusivamente para o ensino e que sabem de antemão que não terão hipóteses possíveis de colocação durante longos anos.
    Espanta que as soluções apresentadas pelos sindicatos seja a diminuição de alunos por professor, o que a seguir esta politica iría-mos chegar a 2025 com o feliz rácio de um professor por cada 5 alunos.
    Espanta ainda mais que o ensino superior público não congele vagas por tempo indeterminado em determinadas areas que estão saturadas para os próximos 20 anos (Inglês, História, Geografia, Filosofia…) enquanto outros cursos tão essenciais ao desenvolvimento do país definham com vagas esmagadas e com médias altíssimas.
    E não me venham falar de professores no desemprego, há muitos a quem as explicações particulares dão muito mais que um salário do Ministério da Educação, ainda por cima muito desse dinheiro não passa pelo sistema fiscal…
    Bafo’s

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  7. bene dixit's avatar
    bene dixit permalink
    3 Setembro, 2008 16:03

    O que é que tem a ver, ó Garbiel? Oh, tem que os professores colocados é que devem fazer tudo, ou pensará que é esse tal de Sócrates ou a sua sinistra, anh, mesmo juntos ao ministério de tiranetes, caramba!

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  8. bandiduh's avatar
    bandiduh permalink
    3 Setembro, 2008 16:03

    Não percebo o espanto. Afinal qual é a razão de existência da escola? Daqui a pouco estão-me a dizer que é para educar pessoas…As escolas existem para permitir aos professores ganhar a vida honestamente…os alunos são apenas matéria prima.

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  9. Gabriel Silva's avatar
    Gabriel Silva permalink*
    3 Setembro, 2008 16:05

    FMS
    pois a mim parecia-me claro: os horários tem a ver com os alunos, não com os professores, (estes é que são colocados nos horários) pelo que deveriam estar prontos em Junho, o mais tardar.
    Por várias razões: não existe motivo para não se manterem os horários de anos anteriores. A existirem alterações, seriam pontuais. Permitiria aos pais e alunos conhecer, atempadamente, como é seu direito os horários e planear a sua vida (tempos livres, actividades, atls, transportes, tempos, de estudo, etc.).

    Mas sim, o «sistema de colocação» também é absolutamente estúpido: deveriam, como é obvio, ser colocados ANTES do final de Julho. E não ser «colocados», mas sim contratados, directamente por cada escola.

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  10. Desconhecida's avatar
    Yoda permalink
    3 Setembro, 2008 16:05

    Só por puro desconhecimento é possível achar que os horários dos alunos são descorrelacionados dos dos professores. Em Portugal discute-se o sistema de ensino como se discute futebol: Toda a gente sabe muito, mas muitos poucos jogaram. O mais ridículo no meio disto tudo é que desde sempre, na generalidade das escolas, os horários são publicados por volta da data indicada. O escândalo só existe na cabeça de quem é desocupado.

    Ao iluminado do Blogdaping basta dizer que o horário na administração pública é de 35 horas e não de 40. É por aí que se começa, seja isso discutível ou não. Agora podem atribuir as 35 horas a todos os professores, o Blogdaping prepara as aulas, toma conta das tarefas administrativas, corrige os testes e avalia, toma conta das actividades extra-lectivas e dos espaços a elas dedicados e por aí fora. O Blogdaping era bom para xerife, dispara primeiro e pergunta depois. Ah, já agora mande cumprimentos ao cão do Pavlov.

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  11. bene dixit's avatar
    bene dixit permalink
    3 Setembro, 2008 16:08

    E é assim que já falam de alto, ilogicamente, ainda, et ab absurdo. O que é que isso tem a ver? Mas, claro, com um premier a falar de alto, arrogante, como um canudado à pressa, pois pudera. E só me espanta que amanhã os alunos, seguidos das suas companhas, não dêem mais bordoada nos profs do que já deram, até ao dia de ontem. Ai, mas quem obrigasse um governante a tirar o eu curso desde o princípio, como toda a gente. E dizemos nós tiranos um Bush, um Putin e o Obama, já nem falando daquela abébia do outro…

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  12. Gabriel Silva's avatar
    Gabriel Silva permalink*
    3 Setembro, 2008 16:09

    Yoda,

    «Só por puro desconhecimento é possível achar que os horários dos alunos são descorrelacionados dos dos professores.»

    uau, quer fazer o favor de esclarecer tal mistério?

    «O mais ridículo no meio disto tudo é que desde sempre, na generalidade das escolas, os horários são publicados por volta da data indicada.»

    bem, «desde sempre» muita coisa esteve mal e é estupida.

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  13. Desconhecida's avatar
    Yoda permalink
    3 Setembro, 2008 16:11

    “Por várias razões: não existe motivo para não se manterem os horários de anos anteriores. A existirem alterações, seriam pontuais.”

    Em que dimensão é que vive? Tem noção da flutuação no número de alunos (e das áreas e disciplinas que estes escolhem) e, consequentemente, de turmas, a que a generalidade das escolas está sujeita? Já para não referir as sucessivas reformas e alterações curriculares. Acha que a administração escolar faz de propósito para ser demorada? Se isso fosse assim tão simples seria assim há muitos anos. Ou acha-se mais inteligente do que todos aqueles que ao longo dos tempos foram responsáveis pelo processo de criação de horários? Tem ideia de como funciona todo este processo?

    “E não ser «colocados», mas sim contratados, directamente por cada escola.”

    Acho piada a este argumento. Defende então que as escolas possam pagar o que quiserem a um professor?

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  14. JPG's avatar
    3 Setembro, 2008 16:15

    Bem, nos meus nada velhos tempos, quem fazia os horários (como, de resto, todo o trabalho administrativo que deveria competir aos funcionários) eram os próprios profes…

    Presumo que (nem) isso tenha mudado entretanto. São os chamados “direitos adquiridos”: os administrativos do Estado adquiriram, algures num passado não muito remoto, o direito de não fazer porra nenhuma. E, é claro, pois a quem mais havia de tocar, essa tarefa vai também cair nos lombos dos “malvados” dos professores – os quais, como se sabe e é voz corrente, não fazem nenhum. Aliás, quem faz as inscrições? E as pautas? Pois se nem há, por regra, quem tire uma simples fotocópia, porque está tudo muito ocupado a puxar o lustro às cadeiras, como queriam que fossem os funcionários a tratar dos horários, essa coisa extremamente complexa para a qual não são pagos?

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  15. FMS's avatar
    3 Setembro, 2008 16:16

    Concordo consigo “on both counts”, mas sabe que estas coisas obedecem por vezes a flutuações fractais, mandelbrotianas, como o clima. Nada do assunto em causa é objectivo, porque a máquina anda em auto-gestão.

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  16. FMS's avatar
    3 Setembro, 2008 16:17

    (é para o Gabriel)

    para o anterior post:

    De resto sim, acho que poderia haver uma espécie de guilda das escolas, a tabelar quanto se paga e que bónus se oferecem a bons professores. Corruptível? Oh meus amigos, acordem…

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  17. FMS's avatar
    3 Setembro, 2008 16:18

    Ai. O post anterior é, por ordem, para o Gabriel e para o Yoda. O JPGraça é que se meteu a correr 😀

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  18. FMS's avatar
    3 Setembro, 2008 16:20

    E parafraseando Catão (o Velho, ou Grande, ou o caraças), Delenda Carthago, ou neste caso, Delenda DREL 😀 O mal vem todo dos gabinetes, os gajos nem sabem fazer manuais sem infantilizar os putos, quanto mais sistemas de colocação.

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  19. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    3 Setembro, 2008 16:20

    Até os meninos que entram para certas escolas pré-primárias são função da família e da relação destas com as autarquias, e não iam agora os horários ser função da chegada dos professores. Claro que só depois das colocações de facto podem ser feitos os horários, caso contrário poderiam não agradar. É que dentro da classe existem hierarquias sociais mais ou menos invisíveis, cá fora.

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  20. Gabriel Silva's avatar
    Gabriel Silva permalink*
    3 Setembro, 2008 16:23

    «Tem noção da flutuação no número de alunos (e das áreas e disciplinas que estes escolhem) e, consequentemente, de turmas, a que a generalidade das escolas está sujeita?»

    Os países que começam as aulas no dia 1 de setembro é que são estúpidos…..

    -A flutuação de alunos é (ou é possível ser) conhecida no final do ano lectivo que julgo ser em junho.
    – que eu saiba, do 5º ao 9º ano não há escolha de disciplinas e/ou áreas.
    -nos restantes anos, também o ano escolar acaba em junho, podendo tais escolhas serem feitas atempadamente muito antes de férias e respectiva calendarização para o ano escolar seguinte.

    «Já para não referir as sucessivas reformas e alterações curriculares»

    pois, mais um exemplo de desorganização e amadorismo, totalmente alheio aos pais e alunos.

    «Acha que a administração escolar faz de propósito para ser demorada?»

    pelo menos parece, por se conformar com tal desorganização.

    «Se isso fosse assim tão simples seria assim há muitos anos.»

    Não necessáriamente. As coisas simples são muitas vezes evitadas por retirarem a justificação de trabalho de alguns. É assim em todas as organizações.

    «Defende então que as escolas possam pagar o que quiserem a um professor?»

    defendo que cada escola seja livre de seleccionar, contratar e gerir os seus professores e demais colaboradores, respondendo pelo resultados perante a quem presta serviço, aos pais e á comunidade onde está inserida.

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  21. Desconhecida's avatar
    Yoda permalink
    3 Setembro, 2008 16:26

    Muito bem, e quem decidiria quem são os bons e os maus professores? Suponho que se pagaria a um comité especializado e especialmente designado para o efeito, que andaria pelo país todo a avaliar todos os professores, o que implicaria muita gente e, caso contrário, os melhores poderiam não ser os melhores. Aposto que se pouparia um dinheirão e a eficiência aumentaria imenso. E já agora enviava-se por carta registada um atestado de incompetência a todos os docentes do ensino superior que contribuiram para formar professores ao longo dos anos. Poderia ser você mesmo a assiná-los, vista a sua pronta capacidade para reconhecer o mérito e, sobretudo, o abundante demérito alheio. E claro, como sempre neste país, a idoneidade dos decisores seria absoluta e incontestável, o que garantirá que as escolas ficarão povoadas por profissionais de 20 valores apenas. E quando as escolas só puderem contratar os menos bons porque os mesmo bons já foram contratados? E as escolas que só puderem contratar os menos bons por serem em Carrazeda de Ansiães ou em Mourão? E se afinal é possível pagar mais aos professores porque é que não se paga? Ou sugere que se pague menos? É que os 1000 e poucos euros que a generalidade recebe já não são assim tão poucos. Mas o que eu gostava mesmo é que as doutrinas que gente como esta prega para os outros fossem aplicadas aos próprios.

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  22. FMS's avatar
    3 Setembro, 2008 16:31

    Se é possível ter 14 vias abertas na portagem, ou 42 caixas no Jumbo, porque é que estão só duas? Porque quem paga entende que a combinação poupar 20000 euros + serviço de merda é superior à combinação poupar 5000 euros + serviço aceitável, coisa que só funciona em países cujo eleitorado seja composto por gente gelatinosa e sem cultura enraizada do exercício dos seus direitos. Povo que gosta de ser entalado para depois se queixar dos que lutam por eles, no fundo.

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  23. Gabriel Silva's avatar
    Gabriel Silva permalink*
    3 Setembro, 2008 16:31

    «Muito bem, e quem decidiria quem são os bons e os maus professores? »

    obviamente, mediante os resultados, pela direcção da escola, a qual reportaria aos pais e comunidade.

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  24. FMS's avatar
    3 Setembro, 2008 16:35

    Já agora, 1000 euros é um salário aviltante, que quase só tem par em países onde o trabalho intelectual, por força das circunstãncias, ainda é pago a sacas de cereal. O problema dos portuguesinhos é acharem que estão muito bem. De facto não é preciso ir de caçadeira ao ombro matar coelhos de noite, mas com as benesses que os sucessivos governos têm tido, “deveríamos” estar imensamente melhor. É triste que haja quem ache condigna a actual condição do país.

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  25. Desconhecida's avatar
    Yoda permalink
    3 Setembro, 2008 16:37

    “-A flutuação de alunos é (ou é possível ser) conhecida no final do ano lectivo que julgo ser em junho.”

    A flutuação é conhecida após o processo de matrículas e, por exemplo, do processo de negociação dos alunos a transferir entre escolas de ciclos mais básicos e as dos ciclos posteriores. Sabia que em Portugal existem (muitas) escolas sobrelotadas com necessidade de todos os anos despachar um número diferente de alunos e, consequentemente, de todos os anos alguém acolher um número diferente de alunos?

    “- que eu saiba, do 5º ao 9º ano não há escolha de disciplinas e/ou áreas.”

    Que EU saiba há.

    “pois, mais um exemplo de desorganização e amadorismo, totalmente alheio aos pais e alunos.”

    E tradicionalmente alheio aos professores e aos pessoal administrativo das escolas.

    “pelo menos parece, por se conformar com tal desorganização.”

    Se tem ideias tão boas porque não empreende a decisão de se tornar consultor e fazer milhões de euros com a venda dos ganhos de eficiência que conseguirá oferecer? Poderá vender isso a muito mais do que escolas públicas, que essas nem para cadeiras e secretárias ganham.

    “Não necessáriamente. As coisas simples são muitas vezes evitadas por retirarem a justificação de trabalho de alguns. É assim em todas as organizações.”

    Claro, os professores gostam de ter trabalho desnecessário. É típico das pessoas com pouca escolaridade. E é por isso que em 99.9% das escolas ainda se aplica o sistema de rolhas para fazer horários e computador com o software de largas centenas de euros destinado ao efeito é utilizado como aquário ou para jogar solitário spider.

    “defendo que cada escola seja livre de seleccionar, contratar e gerir os seus professores e demais colaboradores, respondendo pelo resultados perante a quem presta serviço, aos pais e á comunidade onde está inserida.”

    Eu defendo que as fábricas de ideias peregrinas paguem uma taxa sobre resíduos.

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  26. O Silva's avatar
    O Silva permalink
    3 Setembro, 2008 16:37

    “Bafo D’Onça Diz:
    3 Setembro, 2008 às 3:58 pm
    Espanta é sabendo que a situação se arrasta há anos ainda se continuam a licenciar pessoas unica e exclusivamente para o ensino e que sabem de antemão que não terão hipóteses possíveis de colocação durante longos anos.”

    Realmente é verdade… muitos andam a estudar para desempregados…mas se o estado encerra alguns dos cursos que estes potenciais futuros desempregados frequentam, começam logo as más linguas a reclamar que não há direito, que já estão a controlar e a cencurar e se calhar até a CGTP faz alguma manif, pois fica sem potenciais futuros manifestantes…

    Off-topic:
    Sabiam que o número hexadecimal 0×09F911029D74E35BD84156C5635688C0, está a ser banido da internet? Pelo menos esse é o intuito da MPAA…

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  27. Desconhecida's avatar
    Yoda permalink
    3 Setembro, 2008 16:41

    «Muito bem, e quem decidiria quem são os bons e os maus professores? »

    obviamente, mediante os resultados, pela direcção da escola, a qual reportaria aos pais e comunidade.

    E quem seria a direcção da escola? E quem e são os pais? Que formação possuem para avaliar os resultados? E qual o seus papel posteriormente? E como se desenrolará o processo de avaliação?
    Achar umas coisas é fácil. Ter ideias é mais difícil.

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  28. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    3 Setembro, 2008 16:52

    Uma das razões:

    nos concursos podem ficar colocados professores portadores de deficiências (a lei geral obriga à colocação de alguns, independentemente da qualificação) cujos horários podem ter condicionantes.

    no entanto, na maioria das escolas que conheço a variação horária de dia para dia é mínima, quando se fala em saber os horários está-se sobretudo a falar nas ordem das disciplinas em cada dia… não me parece que afecte assim tanto organizações familiares…

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  29. Levy's avatar
    Levy permalink
    3 Setembro, 2008 17:12

    E o que tem a colocação de professores a ver com os horários dos alunos?»

    Tudo. Se a escola tiver um harario de 22 horas ja preparado e for la colocado um professor que pela idade dê 14, as outras 8 terão de ser incluidas noutros horarios, ou gerar um novo hoarrio de 8.
    Se as 8 forem para outros horarios, começa o efeito dominó: mexer em salas, em turmas, e noutros horários.
    Depois há outro detalhe: as diferentes disciplinas não têm todas a mesma carga lectiva semanal (p ex. ingles 4 horas, ciencias 5 horas, etc etc) para fazer o horario de um professor as soma das turmas tem de ser igual à sua carga lectiva, se não for, mais uma vez começa o efeito dominó e os acertos. Os computadores vieram dar uma grande ajuda, porque gerem simultamente uma série de coisas, mas se dia 1 de setembro a escola ainda não sabe os professores que tem, como é que é possivel saber os horarios dos alunos nesse dia?

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  30. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    3 Setembro, 2008 17:17

    Os blasfemos andam a asnear muito ultimamente.
    Na tropa dizia-se que a antiguidade é um posto rapazinho.Percebe porque é que têm que estar colocados primeiro os prof e só depois se podem escolher os horários?Os prof são a única profissão que faz sempre a mesma coisa ao longo da vida.Daria um gozo do caraças retirarrem-lhes a única coisa que por vontade duns estúpidos armados em avaliadores : a escolha dos horários mercê da sua antiguidade…

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  31. CAA's avatar
    3 Setembro, 2008 17:17

    Yoda,

    «E quem seria a direcção da escola? E quem e são os pais? Que formação possuem para avaliar os resultados? E qual o seus papel posteriormente? E como se desenrolará o processo de avaliação?»

    Se cada vez que lhe dão uma resposta directa e explícita V. opta por fazer perguntas meramente retóricas, temo que daqui a pouco chegue a algumas mais clássicas:
    “Há vida para além da morte?”
    ou
    “Quem somos, de onde viemos e para onde vamos?”

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  32. Laranjo's avatar
    Laranjo permalink
    3 Setembro, 2008 17:24

    O yoda quer tudo como está porque é aí que se sente bem.
    O medo que tem de ser avaliado pelos pais é evidente, pois isso seria uma avaliação indirecta pelos alunos, coisa insustentável para a classe.
    No ensino básico a escola deveria ter um horário único.
    No secundário já se entendem os “horários”.

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  33. Desconhecida's avatar
    3 Setembro, 2008 17:25

    Presumo que a pressa para que saiam os horários (Junho, como li num comentário anterior), antes mesmo de sairem as notas e de se saber que ano irão frequentar os alunos, se deva ao medo de as aulas dos petizes colidirem com a Missa Domingueira ou o jogo vespertino do FCP.

    A mancha horária mantém-se em mais de 95% dos casos, mudando apenas as disciplinas que se terão da parte da manhã de terça ou da parte da tarde de quinta (leia-se situações similares).

    Realmente, os professores têm feito um péssimo trabalho. Pelo menos a avaliar pelo autor do post e de alguns comentadores…

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  34. Laranjo's avatar
    Laranjo permalink
    3 Setembro, 2008 17:31

    Parece óbvio que alguns horários, mais parecidos com queijos suiços, são feitos em razão desse princípio tão querido dos professores: a antiguidade.
    Esquecem-se é dos alunos e se forem das turmas “x”, “U”, “V”, então é uma desgraça.

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  35. Guronsan's avatar
    3 Setembro, 2008 17:48

    Portugal, é este o nosso país…

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  36. Desconhecida's avatar
    Yoda permalink
    3 Setembro, 2008 18:02

    É genial reparar como estes julgam os outros com tanta certeza. Daqui só dá vontade de rir e, talvez, um pouco de tristeza pelas respectivas esposas.

    CAA, as minhas perguntas são particularmente objectivas, tanto mais que as repito: “E quem seria a direcção da escola? E quem e são os pais? Que formação possuem para avaliar os resultados? E qual o seus papel posteriormente? E como se desenrolará o processo de avaliação?”. Pelo menos considerei-as como tal quando as formulei, peço desculpa se não correspondi ao critério que a vossa douta sapiência definiu… e, a menos que tenha escrito enquanto eu escrevo, não lhes respondeu, decidiu apenas tentar ser engraçado. Resta-me dizer-lhe que para vossa excelência ter piada não precisa de esforçar-se por enterrar os dedos nas teclas correctas, basta aparecer. Cumprimentos.

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  37. mar's avatar
    3 Setembro, 2008 18:05

    ha q ter calma, os professores só podem tirar férias em Agosto, ou esqueceram isso?
    Se trabalharem em agosto, vão perder as férias, pq em setembro já não as podem gozar……
    Entendem agora um pouco melhor?

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  38. josé Manuel Faria's avatar
    3 Setembro, 2008 18:09

    Levy acerta. É necessário conhecer o “terreno” antes de lançar postas de pescada.

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  39. Desconhecida's avatar
    Yoda permalink
    3 Setembro, 2008 18:17

    “É necessário conhecer o “terreno” antes de lançar postas de pescada.”

    Não, se alguém for “Liberal” pode apenas aplicar a cartilha às cegas que, para os cegos, a coisa parece fazer sentido e, acima de tudo, é bastante simples e evita ter de ler uma data de papéis e ouvir pessoas, enfim, uma chatice. É, 22 anos depois, a moderna re-edição do capítulo da “moral nova e superior” d’O Partido com Paredes de Vidro.

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  40. tonibler's avatar
    3 Setembro, 2008 18:19

    Porra, Gabriel, foste perguntar isso numa escola pública? Parece impossível… Não disseste de quem és pai, pois não? É que, por vezes, há uns quantos cidadãos que pensam que são iguais aos outros só porque pagam impostos e é nestas alturas que percebem, da pior maneira, que são meros súbditos. Se calhar pensavas que lá porque pagas primeiro aos professores antes de dar de comer aos teus filhos que tinhas direito a ser servido, não?

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  41. Henrique's avatar
    Henrique permalink
    3 Setembro, 2008 18:20

    Que sensaboria, aqui ainda se malha nos professores e nos danados dos funcionários públicos. Mas esse peditório não rendeu já bastante às hostes socraticas?
    Um país em que o Estado só serve para angariar fundos que há-de dar a algumas empresas privadas e priveligiadas, onde não há outra saída para licenciados senão Ensino ou Emigração, onde a Direita Neo-Liberal não deixa investir em Investigação e Empreendedorismo a sério e destrói, pelo contrário, todo o resto de Empresas que havia em benefício de empresas estrangeiras (a velha questão do sermos pobres e não podermos investir em modernices que já oiço há séculos), o que é que querem? Que se formem licenciados para caixas de supermercado e call centers? Já lá trabalham aos montes.

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  42. roídodefundo's avatar
    roídodefundo permalink
    3 Setembro, 2008 18:47

    Gabriel Silva Diz:
    3 Setembro, 2008 às 4:05 pm

    O sr. pensa assim porque o seu raciocinío parte do pressuposto errado que as escolas públicas portuguesas existem para dar aulas aos alunos, quando na realidade elas existem é para garantir o emprego aos professores.

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  43. bene dixit's avatar
    bene dixit permalink
    3 Setembro, 2008 19:28

    Os profs tomaram em mãos a sua força pela Baixa de Lisboa e um pouco pelo País todo, mas não fizeram uso dela, uma cambada pacífica, bem comportada, que assim tomou por si o Governo e a ministra, saindo-lhe, sem grande proveito, as contas furadas.

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  44. PALAVROSSAVRVS REX's avatar
    3 Setembro, 2008 19:40

    A necessidade de uma programação dirigida em horários diferenciados coloca um problema às colocações que surgem aparentemente rígidas, no final de Agosto, aquém das necessidades e com vista à economia de recursos do Estado, uma vez que todas as colocaçães posteriores a 7 de Setembro equivalem a uma economia de pagamentos em salários.

    Tempo é dinheiro e o que um contratado vai auferir, quando e se colocado depois de esse período de sete de Setembro, só receberá no final do mês de Outubro. Esta é a aritmética a operar pelo orçamento. O Estado joga assim orçamentalmente com as colocações há muitos anos, autorizando-nos a declarar que se o Ministério não uma Agência de Emprego artificializando necessidades para colocar pessoas, também não é uma Boa Agência de Verdade, uma vez também falta à verdade acerca das colocações realmente necessárias inicialmente. Normalmente estes professores contratados, colocados sucessivamente ao longo de cada semana, caem no sistema escolar quando ele está em andamento, quando as primeiras reuniões e os primeiros trabalhos e tarefas já foram distribuídas.

    As colocações são feitas tendo em conta os horários previstos, mas os horários reais são sempre em maior número, divisíveis e plásticos, de acordo com conveniências várias e cálculos variados. A função docente possui uma “nobreza” não passível de sátira e amesquinhamento no horário nobre da bloga e da imprensa que agora é todo dia, a toda hora, dependendo daquilo a que o público é sensível e de que é sabedor ou mau sabedor. Acredito que existe o horário nobre das audiências e das pessoas nos seus trabalhos, que deve ser analisado muito mais do ponto de vista do público que se quer alcançar que propriamente do que é ditado pelo relógio.

    Quando se trata de públicos específicos na Escola, para uma comunicação mais dirigida, outros horários podem ser considerados nobres porque vão atingir, por exemplo, adolescentes. Levando-se em linha de conta alguns dos hábitos desse público, que estuda pela manhã e gosta de sair à noite, o período da tarde pode ser considerado seu horário mais nobre na Escola. Daí o sucesso de produções como a novela Morangos com Açúcar e outras que aliás brincam deliberadamente com a Escola e a figura do professor, remetendo-o para o papel que realmente tem na sociedade, o de bombo. E a mesma coisa se aplica a outros públicos específicos: as donas-de-casa no começo da tarde, as crianças pela manhã, a cada qual o seu horário e também são esses horários nobres perfeitos para um público escolar.

    Hoje o conceito de horário nobre evadiu-se dos media para a Escola: o horário é uma tenaz e uma treta formal, quando toda a vida vi professores a excedê-lo por dedicação apaixonada e eu próprio muitas vezes o extravasei dadas as tarefas entre mãos. Mas isto não anula a outra interpretação: levar as mensagens do Ensino a um número cada vez maior de públicos não pode ser feito à custa do escurecimento deliberado da figura do professor que quer trabalho sem público, o que justifica a diferenciação bipartida das perspectivas quer neste blogue, quer um pouco pela sociedade portuguesa. A cizânia está lançada, os professores foram atirados aos cães que agora os disputam como a raros ossos com tutano em que se pode morder e bater à vontade. Dividir para reina nunca foi tão materializado em Portugal como com esta classe.

    Nunca a publicidade enganosa e a intoxicação pela inveja e pelo preconceito lograram tão magníficos resultados
    a contento das políticas mais restritivas e desqualificantes na prática, enquanto na teoria enchem a boca de qualificação apenas para conformar multidões de cábulas e de culpados pelo próprio percurso escolar medíocre e insuficiente de não apenas serem desempregados crónicos, mas também trabalhadores mal remunerados, maltratados e deixados com os piores restos da riqueza nacional.

    PALAVROSSAVRVS REX
    hppp://joshuaquim7.blogspot.com/

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  45. PALAVROSSAVRVS REX's avatar
    3 Setembro, 2008 19:42

    A necessidade de uma programação dirigida em horários diferenciados coloca um problema às colocações que surgem aparentemente rígidas, no final de Agosto, aquém das necessidades e com vista à economia de recursos do Estado, uma vez que todas as colocações posteriores a 7 de Setembro equivalem a uma economia de pagamentos em salários.

    Tempo é dinheiro e o que um contratado vai auferir, quando e se colocado depois de esse período de sete de Setembro, só receberá no final do mês de Outubro, passando praticamente dois meses a trabalhar sem rendimentos. Esta é a aritmética a operar pelo orçamento. O Estado joga assim orçamentalmente com as colocações há muitos anos, autorizando-nos a declarar que se o Ministério não uma Agência de Emprego artificializando necessidades para colocar pessoas, também não é uma Boa Agência de Verdade, uma vez também falta à verdade acerca das colocações realmente necessárias inicialmente. Normalmente estes professores contratados, colocados sucessivamente ao longo de cada semana, caem no sistema escolar quando ele está em andamento, quando as primeiras reuniões e os primeiros trabalhos e tarefas já foram distribuídas.

    As colocações são feitas tendo em conta os horários previstos, mas os horários reais são sempre em maior número, divisíveis e plásticos, de acordo com conveniências várias e cálculos variados. A função docente possui uma “nobreza” não passível de sátira e amesquinhamento no horário nobre da bloga e da imprensa que agora é todo dia, a toda hora, dependendo daquilo a que o público é sensível e de que é sabedor ou mau sabedor. Acredito que existe o horário nobre das audiências e das pessoas nos seus trabalhos, que deve ser analisado muito mais do ponto de vista do público que se quer alcançar que propriamente do que é ditado pelo relógio.

    Quando se trata de públicos específicos na Escola, para uma comunicação mais dirigida, outros horários podem ser considerados nobres porque vão atingir, por exemplo, adolescentes. Levando-se em linha de conta alguns dos hábitos desse público, que estuda pela manhã e gosta de sair à noite, o período da tarde pode ser considerado seu horário mais nobre na Escola. Daí o sucesso de produções como a novela Morangos com Açúcar e outras que aliás brincam deliberadamente com a Escola e a figura do professor, remetendo-o para o papel que realmente tem na sociedade, o de bombo. E a mesma coisa se aplica a outros públicos específicos: as donas-de-casa no começo da tarde, as crianças pela manhã, a cada qual o seu horário e também são esses horários nobres perfeitos para um público escolar.

    Hoje o conceito de horário nobre evadiu-se dos media para a Escola: o horário é uma tenaz e uma treta formal, quando toda a vida vi professores a excedê-lo por dedicação apaixonada e eu próprio muitas vezes o extravasei dadas as tarefas entre mãos. Mas isto não anula a outra interpretação: levar as mensagens do Ensino a um número cada vez maior de públicos não pode ser feito à custa do escurecimento deliberado da figura do professor que quer trabalho sem público, o que justifica a diferenciação bipartida das perspectivas quer neste blogue, quer um pouco pela sociedade portuguesa. A cizânia está lançada, os professores foram atirados aos cães que agora os disputam como a raros ossos com tutano em que se pode morder e bater à vontade. Dividir para reina nunca foi tão materializado em Portugal como com esta classe.

    Nunca a publicidade enganosa e a intoxicação pela inveja e pelo preconceito lograram tão magníficos resultados
    a contento das políticas mais restritivas e desqualificantes na prática, enquanto na teoria enchem a boca de qualificação apenas para conformar multidões de cábulas e de culpados pelo próprio percurso escolar medíocre e insuficiente de não apenas serem desempregados crónicos, mas também trabalhadores mal remunerados, maltratados e deixados com os piores restos da riqueza nacional.

    PALAVROSSAVRVS REX
    http://joshuaquim7.blogspot.com/

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  46. Henrique's avatar
    Henrique permalink
    3 Setembro, 2008 20:07

    «Nunca a publicidade enganosa e a intoxicação pela inveja e pelo preconceito lograram tão magníficos resultados
    a contento das políticas mais restritivas e desqualificantes na prática, enquanto na teoria enchem a boca de qualificação apenas para conformar multidões de cábulas e de culpados pelo próprio percurso escolar medíocre e insuficiente de não apenas serem desempregados crónicos, mas também trabalhadores mal remunerados, maltratados e deixados com os piores restos da riqueza nacional.»

    Bem dito!

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  47. who let the dogs out?'s avatar
    who let the dogs out? permalink
    3 Setembro, 2008 20:27

    O autor do post desconhece a realidade no terreno. Se eu fizer um horário de 22 horas lectivas e o professor que for colocado só tiver 14 no seu contrato certamente que terei de refazer o horário e encaixar as outras 8 horas no horário de outro docente, o que, por sua vez, vai mexer nos horários de outros docentes e de outras turmas – e assim sucessivamente. A não ser que se façam horários com variantes e incógnitas.

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  48. Portugal Decosta's avatar
    3 Setembro, 2008 22:09

    Caro Gabriel,
    posso perguntar-lhe umas coisitas?
    Que formacao tem?
    Que conhecimentos tem do funcionamento interno duma escola?
    Por acaso conhece algum sistema de ensino por dentro?
    Quantos sistemas de ensino frequentou?

    Olhando para os seus comentarios resposta, da’ a clara sensacao que e’ treinador de bancada…

    Nunca hei-de perceber porque razao, ai em Portugal, ha’ pessoas que gostam de fazer dos professores e funcionarios publicos bodes expiatorios das suas proprias incompetencias.

    Voce aqui no Reino Unido estaria bem caladinho, porque aqui nao se tratam os professores dessa forma.

    Voce nao faz ideia nenhuma do trabalho que os professores sao obrigados a fazer em Portugal, apesar de serem enxovalhados, continuamente, por uns quantos cretinos.

    Um professor devia estar na escola so’ para ensinar, tirar duvidas aos alunos e tambem aprender continuamente.
    Em vez disso tambem sao obrigados a fazer trabalhos administrativos.

    Voce, que nunca deve ter feito um horario ou escalas de turnos, nao entende a complexidade disso.

    Como outro comentador ja disse, se voce fosse um perito do assunto andaria pelo pais a resolver os problemas.
    Mas voce nao passa dum treinador de bancada, ou nem isso.

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  49. darioalexandresilva's avatar
    3 Setembro, 2008 22:14

    A rebaldaria continua, deve ser do choque tecno-coiso.

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  50. tonibler's avatar
    3 Setembro, 2008 22:18

    Caros professores,

    O horário é dos alunos, os professores devem preencher os horários dos alunos. Aquilo que estão a dizer é que os horários são dos professores e depois encaixam-se alunos lá, exactamente o sentido do post e a justificação de que tudo isto existe pelas razões erradas. Ou seja, parem de dar razão ao autor do post porque atiram-me à cara que boa parte do meu trabalho só serve para sustentar pançudos e eu não gosto.

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  51. darioalexandresilva's avatar
    3 Setembro, 2008 22:33

    Caro Portugaldecosta,

    “posso perguntar-lhe umas coisitas?
    Que formacao tem?
    Que conhecimentos tem do funcionamento interno duma escola?
    Por acaso conhece algum sistema de ensino por dentro?
    Quantos sistemas de ensino frequentou?”

    Eu também gostava de responder enquanto ex-aluno do nosso sistema de ensino e enquanto contribuinte.
    À última questão respondo: um, o sistema público, desde a escola primária (1982-1986) até à universidade.
    Para as outras perguntas não tenho respostas, tenho apenas outra pergunta: o meu desconhecimento do funcionamento interno de um sistema deve-me impedir o ver a funcionar bem?
    Enquanto contribuinte para todos os sistemas do Estado não tenho o direito de ver o meu dinheiro bem aplicado?
    E como não conheço com detalhe o modus operandi da Educação, acuso apenas os seus frutos – é normal o melhor aluno de uma turma do 9º ano não saber indicar nem o nome nem a localização de cinco rios portugueses?
    É normal não saber dizer “my name is…” sem dar erros?
    É normal não conseguir apontar no mapa três capitais de distrito?
    É normal um aluno assim, “o melhor da turma”, transitar de ano?

    Como é que isto aconteceu?
    Será fruto do bom funcionamento da Educação?
    O aproveitamento escolar é sinónimo de competência ou de iliteracia?
    O choque tecnológico é o quê?

    Estou chocado… e não é de agora.

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  52. José Silva's avatar
    3 Setembro, 2008 23:06

    Agora, finalmente, alguém está a pôr ordem no sistema, Já não são os sindicatos que mandam. Habituem-se todos. Portugal precis ade fazer mais e melhor e o ensino precisa de melhorar!

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  53. José Silva's avatar
    3 Setembro, 2008 23:09

    O comentário do 47 revela que não percebe nada de escolas. É o que dar fazer “agitprop” sem estudar! O que vai a concurso são as horas, não são os professores que v~em para as escolas com horários pré definidos. A MLR é a melhor Ministra de Educação e a terceira que mais tempo ocupa o lugar!

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  54. darioalexandresilva's avatar
    3 Setembro, 2008 23:23

    53.
    “A MLR é a melhor Ministra de Educação e a terceira que mais tempo ocupa o lugar!”

    Isto deixa-me um pouco, um pouquinho preocupado.
    Esta “melhor ministra” também defende que um aluno ignorante deve transitar de ano por decreto?*
    Eu acho que não mas se faz falta às estatísticas, então… decrete-se.

    * todos temos direito a Novas Oportunidades.

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  55. Ricardo Silva's avatar
    Ricardo Silva permalink
    3 Setembro, 2008 23:46

    Caro PortugalDeCosta,

    Felizmente nao estamos no Reino Unido, e aqui podemos criticar uma classe que tem tanto de BOM como de MAU.Há professores excelentes, bons, maus e muito maus. Infelizmente fruto de inumeras politicas (ou falta delas) esta ultima secção tem vindo a aumentar. Estes professores obviamente nao têm culpa…mas o facto é q os deixaram lá chegar. A profissão de professor tem que ser encarada pelos politicos como a de médico. Um médico mau, que erra sistemáticamente, que nao sabe, nao pode exercer (Aliás…a maior parte desses felizmente são logo travados na faculdade pelos próprios médicos que nao querem merda na sua classe, claro há excepções, felizmente muito poucas)! O mesmo tem q se passar com os professores, que são sem duvida um dos pilares de qualquer país que se preze. É utópico pensar que são todos iguais, e como durante anos se abrirum cursos e mais cursos e se deixou entrar “qualquer um” para a profissão, alguem mais cedo ou mais tarde vai ter que controlar isto! Se não há uma Ordem, e os sindicatos só se preocupam com salários e regalias (pelo menos é o q deitam cá para fora), então aqui sim o estado, o governo, tem quer ter um papel fundamental (q nao tem…nem nunca teve) de ser ele a controlar a qualidade efectiva dos mesmos e dos cursos que os formam, e claro devolver a autoridade aos professores.

    Tal como o DarioSilva já disse, é chocante qualquer puto do 9º ano actualmente não saber coisas tão básicas como as citadas. Fruto deste ciclo já vicioso, hoje em dia já nem os mais recentes professores se calhar sabem responder a estas questões. Antigamente…e nao é preciso recuar para antes de 74…basta recuar uns 10..20 anos, para os 80’s e inicios de 90’s, um professor ainda era aquela entidade que alem de saber da sua àrea especifica, tinha uma cultura geral acima da média. Isso acabou!

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  56. Levy's avatar
    Levy permalink
    4 Setembro, 2008 00:23

    “O horário é dos alunos, os professores devem preencher os horários dos alunos. Aquilo que estão a dizer é que os horários são dos professores e depois encaixam-se alunos lá”

    Quer o horario dos alunos, quer o dos professores têm condicionamentos vários. Não podem ser feitos indepedentes uns dos outros. Porque para além de ter de lidar com uma série de regras, há o problema dos espaços fisicos. Nunca se consegue fazer um trabalho destes, olhando apenas para um dos lados, como sugere.

    Eu não sei como é que tanta gente consegue escrever sobre coisas que nunca fez, que não conhece e que nunca viu. Este é um dos principais problemas do ensino em Portugal: tem muitos treinadores de bancada.

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  57. roídodefundo's avatar
    roídodefundo permalink
    4 Setembro, 2008 00:39

    Não é apenas a elaboração dos horários que causa constrangimentos aos alunos e pais, os processos de inscrição nas escolas públicas também parecem ter sido inventados na antiga União Soviética. O que conto abaixo aconteceu-me hoje de manhã.

    Tenho uma filha que completou no anterior ano lectivo o 9º ano, pelo que teve de mudar de escola para continuar para o 10º ano.
    Depois de alguma escolha e algum aconselhamento, optamos pela Escola Secundária Professor Herculano de Carvalho, nos Olivais.
    Após a saída das pautas, os alunos iniciam o processo de matricula na escola que frequentaram, entregando aí toda a documentação exigida (boletim de saúde, BI, NIF, Fotografias, etc.) preenchem todos os formulários respectivos, dando aí indicação da escola para onde pretendem transitar, com 4 opções por ordem de preferência. A escola onde a inscrição é feita depois de verificar que existe vaga na escola pretendida, envia a documentação entregue na referida inscrição bem como o registo biográfico do aluno.
    Ora com tudo isto tratado e confirmado, eis que recebo um postal da Escola Secundária Professor Herculano de Carvalho para ir confirmar a matricula, lá me apresentei mais a minha filha no dia e á hora marcada.
    O processo que tive de seguir e que descrevo em forma de paródia, deixou-me com interrogações se a escolha terá sido a melhor.
    Os nomes das salas e respectivos funcionários fui eu que inventei tendo em conta as funcionalidades.
    Desconheço a profissão ou o grau académico de todas as pessoas que me atenderam, tendo todas tido para comigo um atendimento cordial, não lhes tendo eu dado motivos para o contrário.

    Processo para matricula na Escola Secundária Professor Herculano de Carvalho:
    – Ir á papelaria da escola (daqui em diante designada sala dos funcionários de confiança) levantar um formulário designado de “termo de matricula” (se o educando tivesse menos de 15 anos era gratuito, caso contrário custava 0,30€)
    – Ficar cerca de hora e meia na fila da sala dos funcionários básicos, aproveitando para preencher o “termo de matricula” com informações já constantes no processo enviado pela outra escola, e informações que era a própria Escola Professor Herculano de Carvalho que disponibilizava e inclusivamente tinha afixado.
    – Verificação dos documentos por um dos funcionários básicos.
    – Ficar aproximadamente 1 hora na fila da sala dos funcionários experientes.
    – Verificação dos mesmos documentos por um dos funcionários experientes que me entrega relação de custos da matricula, com indicação para proceder ao pagamento dos mesmos na sala dos funcionários de confiança (pelos vistos, os únicos que podem manusear valores em moeda).
    – Ficar mais ou menos 15 minutos na fila da sala dos funcionários de confiança (vulgo papelaria).
    – Pagar 32,56€ á funcionária de confiança e receber o comprovativo.
    – Regressar á sala dos funcionários experientes e entregar o comprovativo do pagamento ao funcionário experiente que nos tinha atendido anteriormente para que o junte ao processo.
    Processo de matricula concluído.

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  58. MJP's avatar
    MJP permalink
    4 Setembro, 2008 00:52

    Os professores, agora colocados podem ser de 22, 20, 18, 16 ou 14 horas lectivas. Todos os horários estão feitos para 22 horas mas pode ser colocado um professor mais velhito que ficou sem horário na sua escola. Neste caso, uma turma que seria para o professor X vai ter que ser retirada e atribuída a outro. Isto vai obrigar a redefinir o serviço porque nesta altura não há um outro livre para receber uma só turma e o ME não deixa pedir professores para uma só turma de 4 horas.
    Os horários dos alunos, costumam ter a hora das aulas das diferentes disciplinas marcadas. Se quiserem um horário provisório, neste momento, todas as escolas os podem fornecer, mas penso que o que se pretende são horários definitivos e esses estão a ser ultimados.
    Os professores têm dois dias para se apresentar na escola e podem não aceitar a colocação. Só no dia 2 é que se soube com que professores se podia contar.
    Algum treinador de bancada quer sugerir como se resolve o problema de um professor de 18 horas que foi colocado numa vaga de 22 horas? Nota: é proibido ter uma turma em horas extraordinárias, mas apenas fracções de turma e não se pode contratar um professor novo para 4 horas. Acho justo que se aplique o “vosso” prazo à resolução deste desafio, ou seja, um dia.

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  59. Portugal Decosta's avatar
    4 Setembro, 2008 01:28

    Caro Ricardo,
    claro que no Reino Unido se pode criticar – que eu saiba ha’ muito mais tempo do que ai…
    O que nao se faz e’ enxovalhar os professores, tal como o Gabriel fez com a sua piada sarcastica.

    Responderei agora a si e ao comentador Dario, colocando o que o Ricardo escreveu:
    “Estes professores obviamente nao têm culpa…mas o facto é q os deixaram lá chegar.”

    Caro Dario, aquela frase responde as suas objeccoes, que o Ricardo, tendo identificado o motivo, estranhamente repetiu.
    Em qualquer profissao ha-os melhores e ha-os piores.
    Logo, se o problema do ensino e’ sistemico, a abordagem nao pode feita por aqui – as caracteristicas pessoais sao casuisticas.

    Tenhamos todos uma coisa bem presente:
    Os professores duma qualquer escola, nao sao responsaveis pelos programas.
    O ME e’ que os elabora e os IMPOE aos professores.

    Dai que nao faz sentido imputar aos professores os seus exemplos – supondo-os verdadeiros – do “melhor aluno de uma turma do 9º ano”.
    Ser o melhor aluno so’ quer dizer, em qualquer situacao, conseguir atingir um numero maior de objectivos, dentre os possiveis, do que os colegas.
    Mais nada!

    Que rios deveria ele saber?
    Isso faz parte do programa?
    Nao sei o que se da’ no 9 ano, mas eu nao dei isso, e ja o fiz ha muito tempo.
    Se o amigo acha que ele devia saber uns quantos rios – nao o estou a criticar, eu concordo – esta’ no seu direito, mas essa questao e’ programatica, e os programas vem do ME.

    O ME tambem anda a impor a diminuicao da exigencia – tendencia claramente associada ‘a presente ministra.
    Logo, os professores nao so nao controlam os conteudos programaticos, como ate a responsabilidade do nivel de exigencia lhes esta a ser retirada.
    Nao foram os professores que decretaram as passagens, ao inves da retencao, no caso de maus resultados pois nao?
    Foi a ministra.

    Tambem e’ o ME o responsavel pelo sistema de colocacoes de professores.
    No entanto, e’ so’ ler o que o Gabriel e outros escreveram para ver que os professores sao os bodes expiatorios, tambem para isto!
    O Gabriel escreveu isto:

    “defendo que cada escola seja livre de seleccionar, contratar e gerir os seus professores e demais colaboradores, respondendo pelo resultados perante a quem presta serviço, aos pais e á comunidade onde está inserida.”

    O Gabriel pode defender o que quiser, mas desde quando isto e’ da responsabilidade dos professores?!
    Isto e’ da responsabilidade do Governo e do Parlamento.
    Alias, mexer naquele assunto e’ muito mais complicado do que o Gabriel alguma vez sonhou – decreta-se e esta’ feito, tipo ditadura…
    Ha’ ali questoes culturais particularmente complexas que nao sao resoluveis nem por decreto, nem ‘a mocada.

    Ser professor em Portugal e’ extremamente dificil. Em muitos casos uma pessoa nem sequer pode ter vida familiar, pois nunca sabe para onde ira no ano seguinte. Conheco uma serie de casos, sendo o mais radical o de uma professora da Beira Interior que foi para a Madeira. Agora ja esta de volta, mas a escola onde lecciona e’ de tal maneira longe que so volta a casa ‘a 6a. E nao constituiu familia.

    Gostava de saber se quem andou para aqui com dislates tem problemas destes.

    O que o Gabriel escreveu era o que todos os professores queriam: saber em Junho que ficariam na mesma escola com o mesmo horario!

    E’ preciso ser muito obtuso para achar o contrario!
    Mesmo que nada se saiba do sistema por dentro.

    Caro Dario, concordo totalmente, que o Estado de contas aos contribuintes. Mas o senhor esta a confundir isto, com o poder criticar um sistema desconhecido. O que o Gabriel escreveu nao tem sentido algum. Ele esta a falar duma questao tecnica precisa: organizacao de horarios. E e’ evidente que, em questoes deste genero, so quem conhece a maquina e’ que as sabe.

    Infelizmente, a atitude de treinador de bancada e’ endemica em Portugal.
    Todos acham que podem opinar sobre tudo.
    Nao podemos nao!
    Se assim fosse, nao seria preciso estudar!
    Qualquer um seria medico, advogado, engenheiro, de si proprio.

    Uma coisa e’ questionar;
    outra e’ chamar “estupido” a torto e a direito, arranjando bodes expiatorios, para problemas complexos.

    Porque razao nao foram referidos os pais?
    Por acaso os pais mandam os meninos estudar?
    Por acaso ensinam uma cultura de esforco?
    Ou vao comprar as consolas ultimo grito?
    Ou poe tvs no quarto dos meninos e meninas para eles engolirem os Moranguitos ou os Tokio?
    As meninas, por exemplo, em vez de se preocuparem com os estudos, atafulham o quarto com fotos dos Tokio e sonham fazer sexo com eles – elas disseram isso explicitamente na tv – e os pais riem-se!
    Por acaso, sao os professores os culpados de criancas estarem do lado de fora do Pavilhao Atlantico, varias noites seguidas, em vez de estarem em casa?
    Ou no Rock in Rio?

    Quem estuda e esta atento nas aulas e’ logo ostracizado!
    Estudar?
    Esta’ bem ta’!
    Para que se querem as cabulas e o copianco?
    Entra-se com media negativa na universidade!
    Onde se continua a cabular ate’ ter o canudo…

    Visoes simplistas do ensino nao levam a qualquer lado, a nao ser culpar sempre os mesmos: os professores.

    O problema do ensino e’ de toda a sociedade portuguesa, que nao entende que e’ preciso esforco.
    Em vez disso incentiva-se a rebaldaria.
    Numa sociedade doente, nao existirao resultados, por muito bons que os professores fossem.

    Cumprimentos.

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  60. Desconhecida's avatar
    4 Setembro, 2008 02:12

    Diz a verdade NUA & CRUA o comentador com os textos numerados “48” e “59”. Bravo!
    Por ser também VERDADE, é irresistível a re-publicação do Comentário 44! SUBSCREVO!
    [Alguma lucidez e conhecimento de causa, finally!]

    «Hoje o conceito de horário nobre evadiu-se dos media para a Escola: o horário é uma tenaz e uma treta formal, quando toda a vida vi professores a excedê-lo por dedicação apaixonada e eu próprio muitas vezes o extravasei dadas as tarefas entre mãos. Mas isto não anula a outra interpretação: levar as mensagens do Ensino a um número cada vez maior de públicos não pode ser feito à custa do escurecimento deliberado da figura do professor que quer trabalho sem público, o que justifica a diferenciação bipartida das perspectivas quer neste blogue, quer um pouco pela sociedade portuguesa. A cizânia está lançada, os professores foram atirados aos cães que agora os disputam como a raros ossos com tutano em que se pode morder e bater à vontade. Dividir para reinar nunca foi tão materializado em Portugal como com esta classe.

    Nunca a publicidade enganosa e a intoxicação pela inveja e pelo preconceito lograram tão magníficos resultados
    a contento das políticas mais restritivas e desqualificantes na prática, enquanto na teoria enchem a boca de qualificação apenas para conformar multidões de cábulas e de culpados pelo próprio percurso escolar medíocre e insuficiente de não apenas serem desempregados crónicos, mas também trabalhadores mal remunerados, maltratados e deixados com os piores restos da riqueza nacional.»

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  61. Dario Silva's avatar
    4 Setembro, 2008 02:21

    Caro PortugaldeCosta,

    Permita-me:

    “Que rios deveria ele saber?
    Isso faz parte do programa?
    Nao sei o que se da’ no 9 ano,(…)”

    Aqui começa e termina o lindo resultado da escola portuguesa: os alunos só têm que saber o que vem no programa e, mesmo assim, nem isso porque fazem-nos, por decreto, progredir na carreira…

    Que rios deveria um aluno do 9º ano conhecer?
    Provavelmente, no livro da 3ª classe surgem mapas de Portugal onde aparecem alguns rios,,,
    Fará parte do programa da 3ª classe?…

    É que eu, que desconheço os meandros malandros do funcionamento desta Máquina, não sei se conhecer alguns rios faz parte do programa do 9º ano. Mas sei, isso sei, que faz parte da cultura geral.

    O que vem acontecendo é a depreciação sistemática do conhecimento, o assassínio da curiosidade, a depreciação do mérito e do esforço. A Escola tem crescido – havendo felizes excepções – como um depósito de putos e miúdas mimadas a quem ninguém exige nada, apenas se dá tudo, até diplomas.

    Como não tenho respostas nem soluções, vou continuar a fazer perguntas. Que nenhum “melhor ministro” dos últimos tempos se sinta ofendido!

    Para onde vai Portugal se o número crescente de miúdos com a tal “escolaridade obrigatória” sai da escolinha com menos conhecimento, sabedoria e, sobretudo, desenvoltura?
    Quem andam estes ministros a querer enganar com tanto sucesso escolar?
    Quando se vai começar a notar?

    Não devia ser obrigatório conhecer cinco rios portugueses, devia ser uma vergonha não saber onde desagua o rio que passa na nossa cidade….
    Não, o Douro não desagua em Aveiro…*

    *baseado numa “entrevista” real a um aluno do 9º ano, estagiário, de um curso profissionalizante. Obviamente não foi além do estágio.

    Dario Silva.

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  62. Apache's avatar
    4 Setembro, 2008 03:06

    “Parece óbvio que alguns horários, mais parecidos com queijos suíços, são feitos em razão desse princípio tão querido dos professores: a antiguidade.”
    Há muitos anos que deixou de haver furos nos horários dos alunos, está a falar de quê, Laranjo?

    Se há exames para corrigir até ao final de Julho e as aulas começam a meio de Setembro, quer que os professores tirem férias quando, Mar?
    Os professores agora colocados apresentaram-se a 2 de Setembro, dos que pertencem aos quadros, metade ainda gozam os últimos dias de férias, muitos alunos ainda se estão a matricular, que surpresa, esta de no dia 3 não haver horários definitivos…

    É assim em todas as escolas, Ruído de Fundo. Chamam-lhe Simplex.
    Só uma correcção, a matrícula só é gratuita para menores de 15 anos, até ao 9º ano, no décimo paga-se, independentemente da idade.

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  63. anabela's avatar
  64. Desconhecida's avatar
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    4 Setembro, 2008 05:31

    “…como um depósito de putos e miúdas mimadas a quem ninguém exige nada, apenas se dá tudo, até diplomas.”

    É um facto. Mas quem os moldou dessa forma? Não acha que está a errar o alvo? Qual deve ser a primeira entidade a exigir algo de pessoas em formação?
    Pais que nem conseguem controlar a gritaria dos meninos num supermercado? Meninos que mandam os pais para lados simpáticos e recebem ou uma gargalhada ou silêncio dos pais, sem uma reprimenda? Que vêem os meninos tornarem-se trastes completamente fúteis sem uma única palavra a dizer? Que nem sequer sabem detectar que os filhos DECORARAM as palavras e respectivos sons em vez de APRENDEREM A LER (sim, isto é verídico)? Pais que aceitam chantagens dos filhos? Pais que se orgulham que os filhos saibam uma merda qualquer passada em 1950 relacionada com futebol mas que nem se importam que os meninos não saibam sequer um mínimo de português? Pais que vão à escola bater em professores porque os meninos foram chamados à atenção por qualquer motivo?

    Os professores estão lá para ensinar, não para fazerem milagres ou substituirem-se aos pais. Esses sim, são os principais responsáveis pelo estado actual dos meninos. Não digo que não exista alguma responsabilidade por parte dos professores, principalmente a transmitir interesse sobre a matéria que leccionam, mas nem de longe se compara à dos pais, que ou se estão a borrifar para os meninos e respectivos percursos escolares (e outros) ou pura e simplesmente não os conseguem acompanhar, devido à vida que têm. Mas isso não lhes remove a responsabilidade que têm para com a educação dos filhos.

    Já agora, Yoda, espero nunca o ver a opinar sobre algo que não seja a sua área. Principalmente sobre os insondáveis mistérios da governação que tutela a sua actividade. Que percebe o senhor de política, de governação, de gestão de um país? É professor? Entretenha-se então a fazer os seus horários sossegado e deixe a ministra governar. É esta a resposta que pretende? Não é isto que está a exigir aos outros? Não seja tão rápido a meter mordaças na boca dos outros, os outros podem fazer-lhe o mesmo. Digo-lhe mais, semelhante actitude nem é digna de vir da boca de um professor, se é que o Yoda o é. É mais digna de alguém que se rendeu às complicações e não se importa (quiçá, até lhe interessa) que se perpetuem, mesmo que a simplificação more ao lado e seja do benefício de todos os outros, os tais que não podem ter voto na matéria. Ainda existem professores que não estão a ajudar a formar carneiros.

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  65. Marcos Garrido's avatar
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    4 Setembro, 2008 09:13

    O que eu nao percebo é como é que da questao inicial do post se consegue pasar à qualidade do ensino, dos valores, passando ad nauseam ao argumento do “treinador de bancada que nao tem direitos a falar, só a pagar” e por aí fora.

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  66. Jota's avatar
    Jota permalink
    4 Setembro, 2008 10:25

    A explicação é simples: os professores fazem o horário de acordo com as suas conveniências, para ficar sem “buracos” no seu horário e provavelmente algum dia livre. Quem se lixa é o aluno que passa a ter muitas vezes buracos no horário (principalmente à tarde, e por exemploe 3 horas de almoço).

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  67. Desconhecida's avatar
    Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 11:15

    “… Diz”: obviamente não sou professor e, honestamente, não percebi o que quis dizer, não percebi a sua “actitude”.

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  68. Laranjo's avatar
    Laranjo permalink
    4 Setembro, 2008 11:56

    Apache,
    deve leccionar numa escola especial (há anos)

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  69. mar's avatar
    4 Setembro, 2008 14:31

    Oh deuses, o q eu estou a tentar dizer, é q os horários têm q ficar pré-feitos em julho, pq agosto é o nosso mês de férias, obrigatóriamente. Dps, como é obvio no inicio de set. têm q se fazer alterações pq ha mais ou menos alunos……. entre outras coisas

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  70. blogdaping's avatar
    blogdaping permalink
    4 Setembro, 2008 14:42

    O blogdaping informa com todo o prazer o Yoda, que já tive a profissão de prof, mas como me cansei de aturar putos ranhosos e sabia fazer outras coisas, fui trabalhar noutro ramo !
    Não fui para Xerife nem para presidente de qualquer coisa e quanto às 40 ou 35 horitas, é irrelevante, na medida em que se passa o dia a coçar qualquer coisa …
    Agora, podem blasfemar à vontade !!!

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  71. Apache's avatar
    4 Setembro, 2008 16:32

    Não percebi a piada, Laranjo. Vai ter que fazer um desenho.

    Mar, se é isso que está a dizer, as minhas desculpas por não ter entendido. Nesse caso, o que está a dizer é exactamente o que se faz em “todo o lado”. Os horários provisórios ficam feitos antes das férias, na primeira semana de Setembro fazem-se os ajustes necessários, tornando-os definitivos por volta dos dias 8 a 10, aproximadamente.

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  72. Portugal Decosta's avatar
    4 Setembro, 2008 17:04

    Cara Ines,
    obrigado.

    Caro Dario,
    como escrevi em cima, eu concordo consigo.

    Eu so’ estava a esclarecer a sua exclamacao sobre “o melhor aluno” nao saber os rios.
    O melhor aluno pode ser mais ignorante do que os outros e, no entanto, ter notas superiores.
    Lembre-se que o que interessa sao os resultados dos testes.

    Caro comentador “…Diz” (64) grandes verdades ai escreveu nos 2 1os paragrafos.
    E eu ate’ acrescentarei:
    e quando as “mamas e os papas” vao ‘a escola bater nos professores porque o menino, ou a menina, foi para o castigo ou teve negativa?
    Tambem e’ culpa dos professores?

    Caro Marcos, se nao percebeu sugiro que leia tudo o que o Gabriel foi escrevendo: artigo; #9; #12; #20; #23.

    Cumprimentos.

    PS Peco desculpa por nao ter sinais graficos portugueses.

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  73. Desconhecida's avatar
    Tribunus permalink
    4 Setembro, 2008 18:04

    aMIRADOS? a ministra está fora de prazo…….

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  74. roídodefundo's avatar
    roídodefundo permalink
    4 Setembro, 2008 18:58

    Apache, é mesmo ROÍDODEFUNDO.
    Não me leve a mal por dar um conselho, refreie essa sua tendência para corrigir os outros, ou então ou então leia com um pouco mais de atenção.
    A sua correcção está a ser feita a coisas que não leu no meu comentário, eu não falo de matriculas gratuitas para qualquer idade.
    O que digo, com a certeza de o ter presenciado e vivido, é que um formulário designado de “termo de matricula” era vendido a 0,30€ aos alunos maiores de 15 anos, e dado aos alunos com menos dessa idade, que é o caso da minha filha, e todos as matriculas feitas nessa escola naquela manhã eram do 10º ano. Tudo o resto, pelo que pude apreciar, foi pago em igual valor por todos os alunos independentemente da idade.
    Já agora, confessando o meu desconhecimento, tenho algumas dúvidas que aquele processo, de fazer as pessoas preencherem documentos redundantes, perderem horas em filas para fazer duas vezes a mesma coisa, tenha origem no Simplex.

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  75. Desconhecida's avatar
    o prof permalink
    6 Setembro, 2008 09:15

    É claro que a colocação de professores pode influenciar os horários dos alunos. Eu estou a fazer mestrado e acabei de ser colocado numa escola. É óbvio que os horários (o meu e o dos meus alunos) devem ser elaborados de forma a que eu possa continuar a frequentar o mestrado sem ter que faltar às aulas na escola.

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  76. A. Santos's avatar
    A. Santos permalink
    7 Setembro, 2008 15:41

    Prof:
    ou seja os alunos ficam dependentes dos seus horários?

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  77. Desconhecida's avatar
    ... permalink
    8 Setembro, 2008 05:24

    Yoda: “… Diz”: obviamente não sou professor e, honestamente, não percebi o que quis dizer, não percebi a sua “actitude”.

    Claro que não percebeu, nem lhe interessa puxar pela cabeça. Se a única coisa que tem a apontar é um erro de escrita que começou como “acto” e passou a “atitude” e por engano ficou lá o “c”, está mais que visto que não tem sequer o interesse de perceber. Ou faz-se de desentendido. Passe bem.

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