A expressão pode ter-se vulgarizado nas camaratas e quartos particulares de Oxford e Cambridge, por cá mais conhecidas pelas predilecções dos seus ocupantes (todos invariavelmente gentlemen) por outro tipo de práticas que nós, por enquanto, ainda vamos tendo como menos cavalheirescas.
Mas o artigo não se limita a reproduzir essa designação. Confere-lhe uma localização que julga apropriada: in muck. Na lama, no lodaçal, no estrume. E o resto do texto (não consigo reentrar no artigo completo que cheguei a ler pela primeira vez que lá fui) segue um tom de gozo indisfarçável.
Acho que todo este clamor acerca da designação é absolutamente ridículo. Pode não ser lisonjeira, mas é um acrónimo (uma ofensa enorme que alguém tenha decidido ordenar a iniciais do nome de cada país nesta ordem) que assenta que nem uma luva à situação destes países dentro da UE.
Portugal, pelo menos, não tem grandes razões de queixa (tirando o facto de ter tido acesso a taxas de juro mais baixas do que aquelas que deveriam ter estado em vigor com uma moeda independente), e as queixinhas que se continuam a ouvir em relação à Europa estão ao nível das de um beneficiário de um qualquer programa de ajuda social que se queixa de quem o ajuda porque ele assim não tem qualquer incentivo para encontrar as suas próprias soluções.
Aliás, com o dinheiro todo que ingleses e alemães já enviaram para estas bandas (Espanha e Grécia incluídas), muito me admiro de não haver até maior animosidade em relação a nós.
O texto da wikipedia é um exemplo enorme da pequenez que continua a relegar os PIGS para a cauda da Europa.
O título não passa de um dito espirituoso. É habitual no meio (a economist usa frequentemente este tipo de trocadilhos). E no caso português, é factual.
Consegue, V. consegue. Ânimo! Como já escrevi algures hoje por aqui, anda a escolher mal os alvos e o seu problema é uma crise de confiança passageira. Tal como o Lisandro.
E se for a Oxford ou a Cambridge não precisa de andar sempre encostado à parede.
Isto de chamar porcas às economias que menos se globalizaram devia atrair as atenções para aquelas economias-modelo, a Alemanha por exemplo, e ver como é que lá se sentem por exemplo os jovens altamente qualificados. Mas isso não convém à pandilha mainstream dos economistas globais. Que interessa que metade ou mais das famílias jovens alemãs estejam falidas ou no desemprego? Que importa se a desregulamentação laboral teve aí esses “danos colaterais” se a economia até “melhorou”? Os PIGS podem não voar, mas às vezes quando as asas são como as de Ícaro o melhor é mesmo ficar-se em terra. O principal problema dos no-PIGS é moral: a vida não pode reduzir-se apenas a dinheiro e competição pelo dinheiro. Há por exemplo a siesta, que os nossos irmãos espanhóis infelizmente vêm abandonando; há o prazer de estar sem ter que estar em “luta” por algo, e muito menos quando esse algo só leva ao anismo. Parabéns pois aos PIGS nossos irmãos, e vamos fazer um esforço para nos mantermos unidos. E também com a Irlanda, claro, que mostrou há bem pouco que a esperança ainda existe.
A bem dizer, assim por acaso como quem nao quer a coisa, como as coisa sestao a ficar talvez nem fosse nada má ideia os pigs voarem da eurolandia. A coisa está a ficar negra e feia lá para o leste. O melhor era os pigs dizerem obrigadinho, agora vamos voar sozinhos.
Podemos ser PIGs, mas eles gostam! Vejam as estatísticas de compra de 2a habitação (o chamado turismo residencial): espanha é um dos principais países onde os alemaes e os bifes compram 2a casa, e portugal também está bem posicionado…
Embora dirigido a CAA, tomo a liberdade de agradecer, pois fez-se luz sobre o meu espírito de porco:
Eu pensava que era ofensivo, mas é um dito espirituoso, olha se eu me ofendia, além de porco, fazia figura de burro, obrigado mais uma vez.
É com prazer que leio os comentários de alguém que conhece “o meio” do F.T. e que como grande português cosmopolita ou lá como é que isso se diz, esclarece que no caso português é factual, já percebi, no dos outros três pode ser ou não, também não interessa. Foi neste que teve a desdita de nascer, e anda a fazer o favor de escrever no blog e no DN, esse reduto de higiene , a ver se educa os porcos mas está a ver que é escusado e que não vale a pena e qualquer dia faz como aquele senhor do Benfica que só em Londres o valorizam e vai para lá de vez e se o aborrecem muito até se naturaliza.
Isso não é mais que orgulho ferido dos leitõezinhos cor de rosa . Deve ser lixado ver as bifas rumarem a sul para chafurdar com os pigs latinos. Afinal quantos minutos dura um orgasmo de porco? 30 minutos , 30 , isso.
O título não passa de um dito espirituoso. É habitual no meio (a economist usa frequentemente este tipo de trocadilhos). E no caso português, é factual. JM
E facto é que raro a etimologia esteve a jeito como ora, aqui, para o regalo desse espírito. E pior é o dito ter tanta substância, ser tão rotundo da razão, CAA, caro Miranda, que a outra latitude de Roma, em vez de hipócritas, nos deixaria fodidos. Mas continuará tudo na mesma, com o Sócrates, com a Ferreira Leite ou o Portas, Santana o Paços Coelho. É cultural. Não há saída.
Estou a ver aqui um nicho de mercado para os sociólogos portugueses tão dados a inventarem nomes polidos para todas as situações.Rumo a Inglaterra e já! Aos montes que aquilo está uma lástima!E têm que levar o ex-chefe de missão para arranjar lá no CPP deles umas punições para quem não obedecer…
Nunca me esqueço quando uma vez numa encilopédia inglesa li sobre Portugal “In Portugal, there are three and half million pigs”. Fiquei muito admirada por esse dado ser tão relevante, e também pela quantidade de porcos que há aqui, e até discuti isso com os meus amigos ingleses e fartámo-nos de rir!…
E se em vez de se andarem a debater o uso do acrónimo, seguido ou não de in the muck, se debate-se se o que consta dos artigos consta ou não da realidade. É que a questão está aí! Se os artigos não retratassem a realidade, não havia acrónimo!
Estúpido blog. Vamos a vêr se agora me deixa escrever até ao fim.
——————————————————————————
Quem lêr a entrevista da Newsweek (até oa fim) vai perceber bem porque aparece isto agora.
E porque a Merckle boicotou certas acções do Sarkozy.
E outro ataques que se virão ainda a vir.
Longa vida ao novo Império Romano à beira do Mare Nostrum. Os bárbaros do Norte da Europa não tem defendido NADA os interesses dos países do Sul da Europa e os mesmos só lhes interessaram enquanto fornecedores de mão de obra barata e zonas de férias a preços interessantes.
Hoje já são outros os destinos da mão de obra escrava e outros os países a destruir com turismo de baixa qualidade.
Sempre achei que o futuro da Europa do Sul estava no Mediterrâneo e em África e nunca numa Europa já desenvolvida industrialmente e à qual nunca interessaria ter concorrentes no seu seio.
Vindo o insulto de quem vem até o acho um elogio. Denota o medo que uma União Mediterrânea pode causar ao equilibrio da Europa do Aço e aos seus compadres Americanos.
Viva a Europa da cortiça e da bolota. Viva o porco preto do Alentejo e as migas. E mais os couscous de Marrocos.
Vamos dar mas é um chuto no cu desta Europa “loirinha” e de “olhos azuis”. Viva o morenaço e a trigueirinha.
João,
A expressão pode ter-se vulgarizado nas camaratas e quartos particulares de Oxford e Cambridge, por cá mais conhecidas pelas predilecções dos seus ocupantes (todos invariavelmente gentlemen) por outro tipo de práticas que nós, por enquanto, ainda vamos tendo como menos cavalheirescas.
Mas o artigo não se limita a reproduzir essa designação. Confere-lhe uma localização que julga apropriada: in muck. Na lama, no lodaçal, no estrume. E o resto do texto (não consigo reentrar no artigo completo que cheguei a ler pela primeira vez que lá fui) segue um tom de gozo indisfarçável.
Não é pois, um mera designação entre economistas que está em causa – como se vê pela reacção do líder da associação espanhola:
http://www.ft.com/cms/s/0/bfc97c88-7ae0-11dd-adbe-000077b07658.html?nclick_check=1
É mais do que isso. E quem não se sente…
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Acho que todo este clamor acerca da designação é absolutamente ridículo. Pode não ser lisonjeira, mas é um acrónimo (uma ofensa enorme que alguém tenha decidido ordenar a iniciais do nome de cada país nesta ordem) que assenta que nem uma luva à situação destes países dentro da UE.
Portugal, pelo menos, não tem grandes razões de queixa (tirando o facto de ter tido acesso a taxas de juro mais baixas do que aquelas que deveriam ter estado em vigor com uma moeda independente), e as queixinhas que se continuam a ouvir em relação à Europa estão ao nível das de um beneficiário de um qualquer programa de ajuda social que se queixa de quem o ajuda porque ele assim não tem qualquer incentivo para encontrar as suas próprias soluções.
Aliás, com o dinheiro todo que ingleses e alemães já enviaram para estas bandas (Espanha e Grécia incluídas), muito me admiro de não haver até maior animosidade em relação a nós.
O texto da wikipedia é um exemplo enorme da pequenez que continua a relegar os PIGS para a cauda da Europa.
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CAA,
O título não passa de um dito espirituoso. É habitual no meio (a economist usa frequentemente este tipo de trocadilhos). E no caso português, é factual.
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Subscrevo o comentário do Porco Sujo (sem ofensa).
Insinuações da treta em relação a Oxford e Cambridge devem ser o efeito pós-traumático da leitura(?)/visualização do Brideshead Revisited.
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Não, Mialgia, é que gosto muito de livros de espiões. Mais longe não consigo ir…
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Consegue, V. consegue. Ânimo! Como já escrevi algures hoje por aqui, anda a escolher mal os alvos e o seu problema é uma crise de confiança passageira. Tal como o Lisandro.
E se for a Oxford ou a Cambridge não precisa de andar sempre encostado à parede.
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Isto de chamar porcas às economias que menos se globalizaram devia atrair as atenções para aquelas economias-modelo, a Alemanha por exemplo, e ver como é que lá se sentem por exemplo os jovens altamente qualificados. Mas isso não convém à pandilha mainstream dos economistas globais. Que interessa que metade ou mais das famílias jovens alemãs estejam falidas ou no desemprego? Que importa se a desregulamentação laboral teve aí esses “danos colaterais” se a economia até “melhorou”? Os PIGS podem não voar, mas às vezes quando as asas são como as de Ícaro o melhor é mesmo ficar-se em terra. O principal problema dos no-PIGS é moral: a vida não pode reduzir-se apenas a dinheiro e competição pelo dinheiro. Há por exemplo a siesta, que os nossos irmãos espanhóis infelizmente vêm abandonando; há o prazer de estar sem ter que estar em “luta” por algo, e muito menos quando esse algo só leva ao anismo. Parabéns pois aos PIGS nossos irmãos, e vamos fazer um esforço para nos mantermos unidos. E também com a Irlanda, claro, que mostrou há bem pouco que a esperança ainda existe.
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A bem dizer, assim por acaso como quem nao quer a coisa, como as coisa sestao a ficar talvez nem fosse nada má ideia os pigs voarem da eurolandia. A coisa está a ficar negra e feia lá para o leste. O melhor era os pigs dizerem obrigadinho, agora vamos voar sozinhos.
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Adoro o CAA!
CAA faz-me gémeos!
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Podemos ser PIGs, mas eles gostam! Vejam as estatísticas de compra de 2a habitação (o chamado turismo residencial): espanha é um dos principais países onde os alemaes e os bifes compram 2a casa, e portugal também está bem posicionado…
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Pelo menos em alguma coisa vimos em primeiro lugar: ora vejam:
.
P – Portugal
I – Italy
G – Greece
S – Spain
ehehehe
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Proponho um assalto á Wikipedia e editar a pagina.É hora de reagir.
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“O título não passa de um dito espirituoso.”
JMiranda
Pigs é espirituoso
Pigs in muck é insultuoso
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O título maior tem um erro (da responsabilidade da fonte), creio: é outflows, com t.
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3. João Miranda:
Embora dirigido a CAA, tomo a liberdade de agradecer, pois fez-se luz sobre o meu espírito de porco:
Eu pensava que era ofensivo, mas é um dito espirituoso, olha se eu me ofendia, além de porco, fazia figura de burro, obrigado mais uma vez.
É com prazer que leio os comentários de alguém que conhece “o meio” do F.T. e que como grande português cosmopolita ou lá como é que isso se diz, esclarece que no caso português é factual, já percebi, no dos outros três pode ser ou não, também não interessa. Foi neste que teve a desdita de nascer, e anda a fazer o favor de escrever no blog e no DN, esse reduto de higiene , a ver se educa os porcos mas está a ver que é escusado e que não vale a pena e qualquer dia faz como aquele senhor do Benfica que só em Londres o valorizam e vai para lá de vez e se o aborrecem muito até se naturaliza.
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Aliás, outflow.
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Isso não é mais que orgulho ferido dos leitõezinhos cor de rosa . Deve ser lixado ver as bifas rumarem a sul para chafurdar com os pigs latinos. Afinal quantos minutos dura um orgasmo de porco? 30 minutos , 30 , isso.
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O título não passa de um dito espirituoso. É habitual no meio (a economist usa frequentemente este tipo de trocadilhos). E no caso português, é factual. JM
E facto é que raro a etimologia esteve a jeito como ora, aqui, para o regalo desse espírito. E pior é o dito ter tanta substância, ser tão rotundo da razão, CAA, caro Miranda, que a outra latitude de Roma, em vez de hipócritas, nos deixaria fodidos. Mas continuará tudo na mesma, com o Sócrates, com a Ferreira Leite ou o Portas, Santana o Paços Coelho. É cultural. Não há saída.
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Estou a ver aqui um nicho de mercado para os sociólogos portugueses tão dados a inventarem nomes polidos para todas as situações.Rumo a Inglaterra e já! Aos montes que aquilo está uma lástima!E têm que levar o ex-chefe de missão para arranjar lá no CPP deles umas punições para quem não obedecer…
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Nunca me esqueço quando uma vez numa encilopédia inglesa li sobre Portugal “In Portugal, there are three and half million pigs”. Fiquei muito admirada por esse dado ser tão relevante, e também pela quantidade de porcos que há aqui, e até discuti isso com os meus amigos ingleses e fartámo-nos de rir!…
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“Afinal quantos minutos dura um orgasmo de porco? 30 minutos , 30 , isso.”
pois, pois, acredito mesmo…
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20. Tina
3.500.001, pelo menos, e rindo!!
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Quem sente a abundância de toucinho que se sinta.
Eu cá, sou um tipo giro e não há cá banhas.
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alegrai-vos Senhores meus: só existem 4 PIGS e nós somos um deles!!!!!!!!!!!
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E se em vez de se andarem a debater o uso do acrónimo, seguido ou não de in the muck, se debate-se se o que consta dos artigos consta ou não da realidade. É que a questão está aí! Se os artigos não retratassem a realidade, não havia acrónimo!
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Os portugueses e Portugal não são PIGS.Mas quando se é governado por PIGS(Pedophiles Incorporated Generously Subsidized)fica-se com a fama…
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Antes PIGS que FUKD (France, United Kingdom, Deutschland).
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Quem lêr a entrevista da Newsweek (até oa fim) vai perceber bem porque aparece isto agora.
E porq
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Estúpido blog. Vamos a vêr se agora me deixa escrever até ao fim.
——————————————————————————
Quem lêr a entrevista da Newsweek (até oa fim) vai perceber bem porque aparece isto agora.
E porque a Merckle boicotou certas acções do Sarkozy.
E outro ataques que se virão ainda a vir.
Longa vida ao novo Império Romano à beira do Mare Nostrum. Os bárbaros do Norte da Europa não tem defendido NADA os interesses dos países do Sul da Europa e os mesmos só lhes interessaram enquanto fornecedores de mão de obra barata e zonas de férias a preços interessantes.
Hoje já são outros os destinos da mão de obra escrava e outros os países a destruir com turismo de baixa qualidade.
Sempre achei que o futuro da Europa do Sul estava no Mediterrâneo e em África e nunca numa Europa já desenvolvida industrialmente e à qual nunca interessaria ter concorrentes no seu seio.
Vindo o insulto de quem vem até o acho um elogio. Denota o medo que uma União Mediterrânea pode causar ao equilibrio da Europa do Aço e aos seus compadres Americanos.
Viva a Europa da cortiça e da bolota. Viva o porco preto do Alentejo e as migas. E mais os couscous de Marrocos.
Vamos dar mas é um chuto no cu desta Europa “loirinha” e de “olhos azuis”. Viva o morenaço e a trigueirinha.
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O meu contributo para o contra-ataque…
http://antoniopovinho.blogspot.com/2008/09/porcos-e-cabras.html
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O trackback nã funcemina, companheros!
‘Tá aqui ma nã chega cá.
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