Agosto conta *
Hoje acabarão as férias prolongadas da líder do PSD, um dos factos mais extravagantes da política nacional após o fim do PREC. Ferreira Leite não diz uma palavra ao País há quarenta dias – foi como um jejum de Quaresma fora do tempo e do contexto ou um Ramadão político mais alongado e sem direito a pausa depois do pôr-do-sol.
Claro que os políticos podem parar, até para pensar – mas nunca um sumiço assim. Sobretudo num Verão tão complicado. À falta de incêndios deu-se um turbilhão de notícias de crimes, ainda os portugueses não se tinham refeito da crise dos camionistas e da alta dos combustíveis.
Sem soluções, o PSD pôs a falar dirigentes inaudíveis. Portas, cada vez mais só mas sempre cheio de si, desaproveitou o estado comatoso do único espaço político para onde pode crescer.
Os únicos adversários à altura do Governo foram os dirigentes das corporações da Justiça que forçaram a alteração de leis muito recentes.
Bem sei que amanhã (**) não faltará quem exalte aquilo que Ferreira Leite hoje venha a dizer – mesmo que esta se limite a constatar o carácter molhado da chuva. Mas muitos não esquecerão que este foi o Verão em que o País pedia Oposição e não a teve.
** Hoje, como se está a ver…
Peço desculpa para discordar e para chamar a sua atenção para o facto de TODO O SEU PROGRAMA POLÍTICO estar lá arrumadinho, no meio do discurso, que PARECE ser só se lugares comuns e de raivinhas contra o PS.
É ver:
“http://www.psd.pt/default.asp?s=11644&ctd=69878&h=1
O Estado não pode criar a ilusão de que pode, por si só, resolver todos os problemas de desigualdade e pobreza.
Mas pode fazer muito, se orientar a sua acção exclusivamente para os que dela necessitam.
É indispensável que se descentralize a rede de apoios sociais, ao mesmo tempo que o Estado se deve concentrar na avaliação muito rigorosa dos meios e dos efeitos desta intervenção.”
A dama promete tudo privatizar e transformar o Estado no guarda-nocturno de serviço.
Privatiza e entrega à Santa Madre Igreja, digo eu.
MFerrer
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Falou pouco, sem a palha carunchosa que temos visto aí pelas televisões (entrega de diplomas, computadores de bolso, anúncios de projectos que depois voam para França, quadros interactivos, call centers, carrinhos eléctricos … etc), mas disse bastante. Basta ler … agora comecem a pôr “o avental” que os trabalhos vão começar.
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Não entendo como, por mais boa vontade que se tenha, se pode afirmar que a Senhora esteve à altura do que seria de esperar.
http://planetaspolitik.blogspot.com/2008/09/estratgia-eleitoral-de-mfl-e-c.html
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Esta srª, o que tentou fazer foi um frete.
Quando o discurso caminhava para o fim notava-se que olhava constantemente para o relógio, sentia que já estava a falar à muito tempo e pretendia rapidamente ir para junto do seu netinho, pois é aí que se sente segura e bem.
Isto de ter ideias para os outros as aproveitar não faz sentido nenhum.
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Não a teve. Tem este discurso húmido sobre a humidade. E continuará a não ter.
PALAVROSSAVRVS REX
http://joshuaquim7.blogspot.com/
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Bem sei que amanhã (**) não faltará quem exalte aquilo que Ferreira Leite hoje venha a dizer – mesmo que esta se limite a constatar o carácter molhado da chuva.
Glória.
Não é todos dias que se lê uma frase assim clara e de antologia.
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factotum e alter ego de menezes, o grande timoneiro
porreiro!
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O que interessa não é falar muito; interessa falar pouco e fazer as coisas bem.
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Queria notar que MFL foi manchete em todos os jornais. Porque será?!?
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No Jn se nao em engano traz em manchete uma frase de MFL: ” máquina socialista controla e persegue”
ó gente, a MFL será aquele que vinha aqui escrever como “balde de cal”?!?
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“Queria notar que MFL foi manchete em todos os jornais. Porque será?!?”
porque apareceu vestida de vermelho. Vinha da festa do avante.
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Mais engraçado que um lider de um partido de oposiçao mudo é um outro partido com um vicepresidente que ninguém dá conta que já se demitiu um ano antes. Nenhum jornalista o apanhou para perguntar nada… lol
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A senhora disse quarenta dias depois o que poderia – e não podia outra coisa – ter dito há 39 dias: o que aprendeu há 20anos.
A sra. dra. Manuela é um cadáver político ambulante. Estava-se à espera de quê?
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Acho piada ao plano de favorecer as empresas justificado pela criação de emprego. É vital aumentar o rendimento dos trabalhadores. Se querem apoiar as empresas a criar emprego, diminuam em partes iguais as prestações de segurança social. Em UK, um estado hiperprotector do desemprego, segurança, saúde e educação, as prestações para a segurança social são de 20%. Aqui são superiores a 30%. São 10% a mais, at least! A flexisegurança está aí, ou devia, o estado não devia estar tão preocupado com o desemprego ao ponto de sacrificar durante mais de 10 anos os rendimentos. Onde o estado falha redondamente, é na gestão, especificamente na segurança social. Como se justifica que os brits tenham mais apoio social e paguem menos 10%.
Deixemos o paternalismo às empresas na sua gestão corrente e de recursos humanos. Se a Manuela apresenta um pacote de apoio às empresas está completamente enganada face ao esgananço em que vive a população trabalhadora portuguesa. Esse engano é gravíssimo. Ou seja, temos aqui uma McCain.
Infelizmente, a fuga ao imediatiasmo não corresponde a melhor ponderação.
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José Rocha Diz:
“Acho piada ao plano de favorecer as empresas justificado pela criação de emprego.”
O melhor mesmo é continuar a esmifrar tudo e todos em nome do TGV, do NAL, e de mais umas AEs a encaixar onde couberem e que tanta falta fazem a quem as pretende construir e, sobretudo, adjudicar.
Esprema-se tudo o que (ainda) mexe até não sobrar nada.
Depois é apagar a luz e o ultimo a sair que feche a porta.
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Pois e que tal nem uma coisa nem a outra? Apenas gerir com excelência e tornar este país competitivo para se viver. É que mais 10% do que UK para seg. social e salários bem menores, faz-me pensar no que está errado e no que é preciso mudar urgentemente.
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José Rocha Diz:
“É que mais 10% do que UK para seg. social e salários bem menores, faz-me pensar no que está errado e no que é preciso mudar urgentemente.”
Não me parece que seja preciso pensar muito para descobrir diferenças entre Portugal e UK no que toca à gestão da “coisa publica”
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/england/london/7490687.stm
“London’s deputy mayor has resigned two months into his post amid claims of financial irregularities.”
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/politics/7206812.stm
“Peter Hain has quit the cabinet saying he wanted to “clear his name” after his Labour deputy leadership campaign donations were referred to the police.”
Lá despedem-se, para não serem despedidos, ao mínimo sinal de irregularidades sob a sua responsabilidade.
Cá são promovidos, as responsabilidades nunca existem e as alegações são sempre cabalas ou urdiduras.
E o zé paga e não bufa ou vai corrido a “bota-abaixismo”
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Boa leitura Doe. É uma espécie de escravidão, como o MST relata no Equador, que se vai mantendo e vai enfardando as contas dos maus gestores.
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Até o “blasfémias” se incomodou! Quem diria, parece ter ficado sem folgo com esse “silêncio”. Também se enervou com a falta de assunto. Engraçado!
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